Igreja Evangélica Assembleia de Deus –
Recife / PE
Superintendência das
Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton
José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 –
000 Fone: 3084 1524
2º
TRIMESTRE 2015
(Lc 4.38,39; 7.11-17)
INTRODUÇÃO
Nesta lição destacaremos que o Espírito do Senhor estava sobre Jesus, o
Messias, a fim de lhe conceder poder para a realização de sinais e prodígios em
benefício dos pecadores. A profecia de Isaías, lida por Jesus na sinagoga, não
se referia a Isaías, nem ao povo de Israel, esta mensagem apontava diretamente
para o Messias e suas atribuições, e ela teve seu real cumprimento em Jesus,
pois nenhum outro homem atende aos pré-requisitos deste vaticínio como Ele.
I – JESUS E O INÍCIO DE SEU MINISTÉRIO
Lucas é o evangelho que
foca a ação do Espírito Santo na vida de Jesus. Ele diz que Jesus foi concebido
pelo Espírito Santo (Lc 1.35); quando batizado nas águas o Espírito Santo
desceu sobre Jesus (Lc 3.22); pelo Espírito ele foi conduzido ao deserto (Lc
4.1); ao sair da tentação vencedor, Jesus saiu cheio do Espírito (Lc 4.14); e,
acrescentou ainda que Jesus foi ungido pelo Espírito Santo (Lc 4.16). No
presente texto Lucas registra um fato que se cumpriu na vida de Jesus e que deu
início ao seu ministério com curas e prodígios. Jesus vai a
sinagoga de Nazaré, onde ele se apresenta publicamente a nação como o Ungido
pelo Espírito de Deus. Convidado pelo maioral da sinagoga a ler as Escrituras,
Jesus se levanta, recebe o rolo e abre-o na passagem desejada. Ele lê a
passagem, fecha o rolo, devolve-o ao assistente e se senta para falar, enquanto
todos os olhares permanecem fixos em sua pessoa (Lc 4.16-20). Isaías 61.1-2 fazia parte da leitura indicada, e Jesus usou essa
passagem como texto de seu discurso em que fez três anúncios surpreendentes:
1.1
Jesus, o cumprimento profético do AT (Lc 4.17,21). Após a leitura da Escritura, na sinagora em Nazaré, Jesus
asseverou que aquela profecia estava sendo cumprida nele. O
AT contém centenas de referências ao Messias que viria. Por meio dos
profetas, Deus falou a cerca da vinda do Redentor do mundo (Gn 49.10; Nm 24.17; Dt
18.15; Sl 2.7,11; 45.6,7,11; 72.8; Dn
9.24; Ml 3.1). Em Isaías 61.1-2 “as palavras do profeta retratavam a libertação de Israel do exílio
na Babilônia como um Ano Jubileu (ano aceitável), quando todas as dívidas
seriam canceladas, todos os escravos libertados, e todas as propriedades
voltariam aos seus donos originais (Lv 25). Mas a libertação do exílio na
Babilônia não tinha trazido o cumprimento que o povo tinha esperado; eles ainda
eram um povo dominado e oprimido. Isaías estava profetizando uma futura era
messiânica, uma época em que alguém viria no Espírito do Senhor para fazer
coisas maravilhosas” (APLICAÇÃO PESSOAL, 2010, vol. 01, p. 343). Isaías em especial,
intitulado o “profeta messiânico”, foi o profeta que mais falou
acerca do advento do Messias. Abaixo pontuaremos algumas dessas profecias:
PROFECIAS DE ISAÍAS SOBRE O MESSIAS
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REFERÊNCIAS
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Nascimento virginal
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Is 7.14
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Natureza humana e divina
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Is 9.6
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Descendente de Davi e herdeiro do trono
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Is 11.1,2,10
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Seu reino na terra
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Is 11.3-9
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Sua pessoa e caráter
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Is 42.1-4
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Sua unção e ministério
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Is 61.1-2
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Seu sofrimento
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Is 50.6; 52.13-15
|
Sua morte vicária
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Is 53.1-12
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Sua ressurreição
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Is 60.1-7
|
Sua aparição em glória
|
Is 45.22,23
|
1.2 Jesus, o Ungido de Deus (Lc 4.18). A palavra
portuguesa Cristo é a transliteração do adjetivo
verbal grego, christos, que significa “ungido”.
Essa palavra hebraica, por sua vez, traduz o termo hebraico mashiach,
que tem o mesmo sentido” (CHAMPLIN, 2006, p.977). Em Israel, desde os
tempos mais remotos, os sacerdotes, os reis e os profetas eram ungidos (Êx
29.16; I Sm 9.16; I Rs 19.16). Essa unção servia de confirmação externa da
escolha divina, que conferia a eles os seus respectivos oficios. O título “Messias”
foi usado para o Salvador do mundo no AT (Sl 2.2; Dn 9.25,26), e teve seu
cumprimento na pessoa de Jesus no NT, pois Ele é o Ungido de Deus (Lc 2.11,26;
24.26; Jo 4.25,26; At 2.36; 8.5; Rm 1.1; I Co 1.1). Somente Jesus possui a
unção tríplice. Ele é: (a) Sacerdote (Hb 2.17; 3.1; 4.14,15;
5.10; 6.20; 7.26; 8.1; 9.11; 10.21); (b) Profeta (Dt 18.15; Lc
24.19; At 3.22-26); e, (c) Rei (Lc 1.33; Jo 18.37; Ap 11.15;
17.14; 19.16).
1.3 A finalidade da unção de Jesus (Lc 4.18,19). “Notem-se os cinco ofícios com que o Espírito Santo habilitou
Jesus: 1) Evangelista,
“pois me ungiu para evangelizar os pobres”. Uma das marcas mais notáveis da divindade do ministério de
Cristo, em grande contraste a qualquer outra obra no mundo, foi a de
evangelizar “a toda criatura”, inclusive aos pobres e desprezados. 2) Médico,
“enviou-me a curar”. Jesus, ao voltar do deserto, iniciou Sua investida tríplice
contra o reino de Satanás (Mt 4.23): O diabo dominava os pensamentos dos
homens, Jesus os livrara ensinando. O mesmo inimigo escravizava os homens, Jesus os libertava pregando o
Evangelho. Satanás afligia os corpos e as almas dos homens, Jesus os curava. 3)
Libertador, “a apregoar liberdade aos cativos”. Jesus é o verdadeiro Emancipador, rompendo o poder do mal sobre
a vida dos homens. 4) Iluminador, “dar vista aos cegos”. Sua obra de restaurar vista aos cegos servia como símbolo de Ele
restaurar a visão física e espiritual. 5) Restaurador,
“anunciar o ano aceitável do Senhor” (II Co 6.2). Cristo
anunciava a chegada da era de grandes favores dos céus” (BOYER, 2011, p. 61 –
acréscimo nosso).
II – MILAGRES DE JESUS
REGISTRADOS POR LUCAS
Um fato bastante
interessante é que apesar de Lucas ter formação médica (Cl 4.14), o evangelho
que leva o seu nome nos mostra que ele acreditava, no poder de Deus que atuou
sobre Cristo para cura de enfermidades (Lc 5.17). Vejamos os milagres
registrados por Lucas:
Nº
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MILAGRES
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REFERÊNCIAS
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01
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Libertação de um endemoninhado em
Cafarnaum
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Lc 4.33-35
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02
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A cura da sogra de Pedro
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Lc 4.38,39
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03
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A pesca maravilhosa
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Lc 5.1-7
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04
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A cura de um leproso
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Lc 5.12,13
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05
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A cura de um paralítico
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Lc 5.18-26
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06
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A cura do homem com a mão ressequida
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Lc 6.6-10
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07
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A cura do servo do centurião
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Lc 7.1-10
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08
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A ressurreição do filho de uma viúva
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Lc 7.11-17
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09
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Acalmou a tempestade
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Lc 8.22-25
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10
|
A libertação dos gadarenos
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Lc 8.26-40
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11
|
A cura da filha de Jairo
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Lc 8.51-56
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12
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A cura do fluxo de uma mulher
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Lc 8.43,44
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13
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A multiplicação de pães e peixes
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Lc 9.12-17
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14
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A expulsão de um demônio de um menino
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Lc 9.38-43
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15
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A libertação do endemoninhado surdo e
mudo
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Lc 11.14
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16
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A cura de uma mulher que tinha um
espírito de enfermidade
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Lc 13.11-13
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17
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A cura de um homem hidrópico
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Lc 14.1-6
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18
|
A cura de dez leprosos
|
Lc 17.12-14
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19
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A cura de dois cegos
|
Lc 18.35-43
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20
|
O servo do sumo sacerdote
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Lc 22.50.51
|
III – A CONTEMPORANEIDADE
DOS MILAGRES DE JESUS
Os milagres de Jesus foram eficientes para
provar sua messianidade (Mt 11.1-5; Jo 20.31). Ao curar enfermos, expulsar
demônios e operar maravilhas e grandes sinais, tinha como objetivo maior
mostrar o grande amor de Deus pelos pecadores, que deseja que todos se
arrependam e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (I Tm 2.4). É importante
destacar que os milagres continuam ocorrendo em nossos dias (Mc 16.17; Jo
14.12; At 2.39; I Co 12.7-10).
CONCLUSÃO
Sinais, curas e milagres
ocuparam parte importante do ministério de Cristo Jesus, como sinal de sua
messianidade e demonstração da sua compaixão pelos pecadores. Este mesmo poder,
permanece com a Igreja nos dias de hoje a fim de que esta se desenvolva
espiritualmente e possa conduzir muitas vidas a experiência da salvação.
REFERÊNCIAS
·
APLICAÇÃO PESSOAL. Comentário do Novo Testamento.CPAD.
·
BOYER, Orlando. Espada Cortante. CPAD.
·
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia.
HAGNOS.
·
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
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