sexta-feira, 1 de julho de 2016

LIÇÃO 01 - A PALAVRA ETERNA HABITOU ENTRE NÓS

Texto bíblico: Jo 1.1-5, 10-14.  

Objetivos
Ensine aos seus alunos, que a natureza divina e terrena de Jesus e o conceito bíblico do Filho de Deus.

João, o apóstolo amado
João era irmão de Tiago, filho de Zebedeu (Mc 1.19). Tiago e João trabalhavam com "os empregados" de seu pai (Mc 1.20). Alguns eruditos especulam que a mãe de João era Salomé, que assistiu a crucificação de Jesus   (Mc 15.40). Se Salomé era irmã da mãe de Jesus, como sugere o Evangelho de João (Jo 19.25), João pode ter sido primo de Jesus.
Jesus encontrou a João e a seu irmão Tiago consertando as redes junto ao mar da Galiléia. Ordenou-lhes que se fizessem ao largo e lançassem as redes. arrastaram um enorme quantidade de peixes - milagre que os convenceram do poder de Jesus. "E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram" (Lc 5.11) Simão Pedro foi com eles.
João parece ter sido um jovem impulsivo. Logo depois que ele e Tiago entraram para o círculo íntimo dos discípulos de Jesus, o Mestre os apelidou de "filhos do trovão" (Mc 3.17). Os discípulos pareciam relegar João a um lugar secundário em seu grupo. Todos os Evangelhos mencionavam a João depois de seu irmão Tiago; na maioria das vezes, parece, Tiago era o porta-voz dos dois irmãos. Paulo menciona a João entre os apóstolos em Jerusalém, mas o faz colocando o seu nome no fim da lista (Gl 2.9).
Muitas vezes João deixou transparecer suas emoções nas conversas com Jesus. Certa ocasião ele ficou transtornado porque alguém mais estava fazendo milagres em nome de Jesus. "E nós lho proibimos", disse ele a Jesus, "porque não seguia conosco" (Mc 9.38). Jesus replicou: "Não lho proibais... pois quem não é contra a nós, é por nós" (Mc 9.39,40). Noutra ocasião, ambiciosos, Tiago e João sugeriram que lhes fosse permitido assentar-se à esquerda e à direita de Jesus na sua glória. Esta idéia os indispôs com os outros discípulos (Mc 10.35-41).
Mas a ousadia de João foi-lhe vantajosa na hora da morte e da ressurreição de Jesus. Jo 18.15 diz que João era " conhecido  do sumo sacerdote".  Isto o tornaria facilmente vulnerável à prisão quando os aguardas do sumo sacerdote prenderam a Jesus. Não obstante, João foi o único apóstolo que se atreveu a permanecer ao pé da cruz, e Jesus entregou-lhe sua mãe aos seus cuidados (Jo 19.26-27). Ao ouvirem os discípulos que o corpo de Jesus já não estava no túmulo, João correu na frente dos outros e chegou primeiro ao sepulcro. Contudo, ele deixou que Pedro entrasse antes dele na câmara de sepultamento (Jo 20.1-4,8).
Se João escreveu, deveras, o quarto Evangelhos, as cartas de João e o Apocalipse, ele escreveu mais texto do NT do que qualquer dos demais apóstolos. Não temos motivo para duvidar de que esses livros não são de sua autoria.
Diz a tradição que ele cuidou da mãe  de Jesus enquanto pastoreou a congregação em Éfeso, e que ela morreu ali. Preso, foi levado a Roma e exilado na Ilha de Patmos. Acredita-se que ele viveu até avançada idade, e seu corpo foi devolvido a Éfeso para sepultamento

A palavra já existia
O termo “Verbo”, aplicado a Jesus, procede do original Logos e, apesar de seu amplo significado secular, “palavra”, “razão”, ou “pensamento”, é usado no versículo 1 com o sentido de “Verbo ou Palavra divina”. O mesmo vocábulo aparece em 1 Jo 1.1 descrevendo o “Verbo da vida”, e no capítulo 5 versículo 7 da mesma epístola, apenas como “Palavra”. Na Bíblia, o termo “palavra”, quando vinculado a Deus, revela o seu infinito poder criador, protetor e sustentador de todas as coisas criadas, visíveis e invisíveis (Gn 1.3; Sl 33.6,9; 107.20; Hb 1.3; 11.3).
“No princípio era o Verbo” (Jo 1.1a). Esse trecho afirma que Jesus é eterno. A Bíblia assevera: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Porém, em Jo 1.1 a Sagrada Escritura vai infinitamente além do fato expresso em Gn 1.1 ao afirmar que “No princípio era”, ou seja, o Verbo já existia. O Senhor Jesus existe antes de todas as coisas, inclusive antes de o tempo ter início: “E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.17).
O Filho de Deus, além de existir por si mesmo (Jo 5.26), estava com o Pai antes da criação do mundo (Jo 17.5,24). Ele existe por si mesmo e sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3). Isto é consolo e restauração espiritual para o crente, pois o propósito dessa gloriosa encarnação do Verbo divino é prover a “purificação dos nossos pecados”, como afirma a parte final de Hb 1.3 (cf. Jo 1.14). Louvemos ao Verbo, o Criador, Sustentador e Fim de todas as coisas (Ap 1.8).
“E o Verbo estava com Deus” (Jo 1.1b). O texto é inequívoco: O Filho Unigênito estava com o Pai (Jo 1.18). O Verbo, o Emanuel, não é apenas eterno, mas também distinto do Pai. Essa ortodoxa afirmação aniquila o falso ensino dos modalistas e unicistas que, embora defendam a divindade de Jesus, negam a santa doutrina bíblica da Trindade. Segundo os hereges, Pai, Filho e Espírito Santo são uma só pessoa. Eles não crêem na doutrina da existência de um só Deus que subsiste em três distintas e Santíssimas Pessoas (Mt 28.29). Todavia, esse ensinamento está claramente exposto nas Escrituras. O batismo de Jesus (Mt 3.16,17), sua oração sacerdotal (Jo 17), e a declaração da sua suprema autoridade são refutações clássicas contra essas heresias (Jo 8.17, 18; 1 Jo 2.22-24). Crer e defender a santa doutrina da Trindade não é um privilégio, mas um dever de cada cristão (1 Pe 3.15; Jd v.3).
“E o Verbo era Deus” (Jo 1.1c). O evangelho de João (1.1-14) afirma, subsídios suficientes para crer e confessar a doutrina. Todavia, esse ensino é asseverado em todo o contexto bíblico (Jo 5.18, 10.30; Cl 2.9). Portanto, inúmeras e inegáveis provas bíblicas atestam que a crença na divindade de Jesus é indispensável para a salvação da alma (1 Co 15.1-4; 1 Tm 6.15,16; Hb 1.1-3; 1 Pe 1.2-5; 1 Jo 5.5.1-13).

III. A Palavra se tornou um ser humano
A natureza humana de Jesus. Ele “Nasceu da descendência de Davi segundo a carne” (v.3). Essa expressão, usada por Paulo, revela a identificação de Jesus com a humanidade. O apóstolo empregou o termo “carne” com esse mesmo sentido em Romanos 9.5. Era conveniente que Jesus viesse ao mundo como homem; se assim não fora, não poderia sofrer e, por conseguinte, ser o Salvador da humanidade (Hb 2.17). Além disso, a Bíblia mostra a humanidade de Jesus, inclusive sua linhagem (Sl 22.22; Fp 2.6-11; 1 Tm 2.5; 2 Tm 2.8). Sua genealogia encontra-se em Mateus 1.1-17 e Lucas 3.2-38.
Os Evangelhos revelam que Jesus possuía atributos próprios do ser humano. Embora gerado por ato sobrenatural do Espírito Santo, o Mestre nascera de uma mulher (Mt 1.18,20; Lc 1.35) e teve irmãos e irmãs (Mt 12.47; 13.55-56). Sentiu sono, fome, sede e cansaço (Mt 21.18; Mc 4.38; Jo 4.6; 19.28). Sofreu, chorou, angustiou-se (Mt 26.37; Lc 19.41; Hb 13.12) e, por fim, passou pela agonia da morte.
Mas, ressuscitou glorioso, poderoso e triunfante ao terceiro dia (1 Co 15.3,4).
Embora gerado pela ação sobrenatural do Espírito Santo, Jesus possuía todos os atributos humanos, exceto o pecado: sentiu sono, fome, sede e cansaço.
A natureza divina de Jesus. Explícita na declaração “Filho de Deus” (v.4). A expressão “Filho de Deus”, conforme vimos na lição passada, é uma das revelações da divindade de Jesus (Jo 5.18, 10.33-36). O Senhor Jesus declarou “ser um com o Pai”; isso significa ser o mesmo Deus e não a mesma pessoa (Jo 10.30).
A divindade de Cristo é ensinada em toda a Bíblia de maneira direta: “e o Verbo era Deus” (Jo 1.1), “este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5.20) e, também, através dos seus atributos divinos, tais como onipresença, onipotência, onisciência, eternidade entre outros (Mt 18.20; 28.18; Jo 21.17; Hb 13.8).
Jesus nunca disse “eu acho”, “eu penso”, “eu suponho”; jamais afirmou não poder resolver este ou aquele problema. Para o Mestre, não há impossível. Jesus não somente declarou ser Deus, mas revelou suas qualidades divinas, demonstrando seu poder sobre a natureza, o pecado, as enfermidades, o inferno, e a morte.
Os Evangelhos estão repletos de suas manifestações divinas e sobrenaturais (Lc 24.19; At 2.22) Claro exemplo disso é o fato de Jesus ter perdoado os pecados do paralítico de Cafarnaum (Lc 5.21,24) e, por diversas vezes, ter recebido adoração (Mt 8.2; 9.18; Jo 9.38). Ele afirmou ser o grande “Eu Sou”: “antes que Abraão existisse, eu sou” (Êx 3.14; Jo 8.58).

Os que recebem a Palavra de Deus tornam-se filhos de Deus
“Mas a todos (aqueles) que O (Jesus Cristo) receberam, a estes (aqueles que receberam a Jesus) deu-lhes o poder de se tornarem (isto é não eram, mas se tornaram) filhos de Deus” (Jo 1.12).
Esta passagem diferencia aqueles que se tornaram filhos de Deus daqueles que ainda não se tornaram filhos de Deus !
Somente aqueles que receberam a Jesus Cristo são filhos de Deus! Esta é a verdadeira adoção, nos tornamos filhos de Deus, humanamente falando, adoção é o processo pelo qual uma criança é trazida e aceita numa família, quando por natureza não tinha direito algum de pertencer àquela família. Esta transação legal traz como resultado, a criança torna-se um filho, um novo membro da família, com plenos direitos sobre o patrimônio da família que o adotara.
“Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido.” (1 Jo 5.1). Vemos no evangelho de João que alguém se torna filho de Deus, acreditando no Senhor Jesus Cristo. Aqui é repetido novamente. Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, isto é, o Ungido, o Messias, é nascido de Deus. É simples e bom! Evangelho significa boa notícia e estas SÃO realmente boas notícias!

Conclusão
Jesus não é metade Deus nem metade homem. Ele é o perfeito homem Jesus Cristo (1 Tm 2.5), e o perfeito Deus, em toda a plenitude “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9).

Colaboração para o Portal Escola Dominical - Prof. Jair César S. Oliveira
Fonte: PortalEBD

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