TEXTO BIBLICO: Lc 10.25-37
ENFOQUE BIBLICO:
“Porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade” (Ef 5.9)
OBJETIVOS:
Definir os termos benignidade e bondade.
Demonstrar exemplos bíblicos de benignidade e bondade.
Enfatizar que essa característica deve ser manifesta em ações.
INTRODUÇÃO
“Porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade, aprovando o que é agradável ao Senhor” (Ef 5.9,10)
DEFINA OS TERMOS BENIGNIDADE E BONDADE.
O pastor Antonio Gilberto classifica benignidade e bondade como fruto,
gêmeos, Mattheus Henry, disse que benignidade, é um temperamento brando,
especialmente em relação aos nossos subordinados. A benignidade nos
torna afável e cortês a ponto de perdoar quando alguém nos ofende e isso
nos leva a bondade, que esta pronta para fazer o bem a todos sempre que
possível.
Benignidade = (Chrestotes – gentileza – o oposto da irritabilidade, que gera a aspereza).
Em 1Ts 2.6-9, o Apostolo Paulo se compara a uma mãe que amamenta o seu
bebê. A palavra grega indica também o não querer magoar ninguém, nem
lhes provocar dor (Ef4.32; Cl 3.12). É a qualidade que uma pessoa tem de
fazer com que os outros se sintam a vontade em sua presença tem a ver,
portanto, com empatia e simpatia.
Bondade = (Agathos – capacidade de fazer o bem por índole pessoal –
oposto de malicia) um aspecto do fruto encontrado em Jose, que mesmo
podendo agir com justiça e denunciar sua noiva Maria, não ousou a
difamá-la (Mt 1.19). A palavra “agathosune” significa zelo pela verdade e
pela retidão e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc
7.37 – 50), ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13). A
bondade é uma virtude interior que inunda todas as ações. A parábola do
bom samaritano é a mais perfeita ilustração de bondade.
Na lição ser benigno é ser suave, brando e agradável, algo que parece
impossível em uma sociedade má e egoísta como a que vivemos. O apostolo
Paulo fala que a possibilidade para exercer essa faceta do fruto,
precisa morrer para este mundo, viver uma vida cheia do Espírito Santo,
sem se importar como os acontecimentos aterrorizantes desse mundo sem
Cristo. A bondade deve ser mostrada em ação, na parábola do Samaritano,
os dois que passaram eram da religião, o outro se tivesse passado ao
largo nem seria notado. Entretanto parou sem se preocupar com o que ia
gastar, com o atraso de sua viagem, sem olhar que raça era aquele
moribundo, quem o machucou nada lhe atrapalhou a abraçar o ferido e
levá-lo ao lugar de tratamento. A expressão da bondade não esta em
recompensas futuras, antes em ajudar o necessitado, caso venha a
precisar no futuro.
Algumas pessoas se propõe a ajudar os velhinhos, mas se forem
aposentados, ou seja, os auto pagáveis e se possível os que podem até
trazer algum lucro. São chamadas pessoas do bem, os que assim procedem,
na verdade isso não é bondade ou benignidade, não se trata de fruto.
Quando uma pessoa age assim embora esteja fazendo o bem, não se trata
de uma pessoa benigna, o benigno não quer nada em troca com já dissemos.
O fruto do Espírito se opõe as obras infrutuosas das trevas (Ef
5.9,10), é a natureza santa operando na vida do crente, o que o faz
andar na luz independentemente das condições a ele oferecida.
Agradamos ao Senhor quando as nossas ações são testadas pelo critério
da bondade e justiça de Deus. Para sabermos se estamos agradando ao
Senhor, precisamos perguntar a ele se nossas atitudes são: boas, justas e
verdadeiras. Se a resposta for sim então glorias a Deus, mas se for
não, logo não somos dignos de sermos chamados filhos da luz e a bondade
de Deus não estará em nós, ficamos com isso longe de ser benigno com
alguém. Aos Gálatas o Apostolo Paulo disse que a benignidade está
fundamentada no amor, pois é uma qualidade que não quer dizer apenas
puro e bom, antes uma devoção e atitudes bondosas. O serviço de Deus
prestado por alguma troca é insuportável, uma prisão, mas por amor é um
alto privilegio.
DEMONSTRE EXEMPLOS BÍBLICOS DE BENIGNIDADE E BONDADE.
A bondade como já vimos é o resultado da benignidade, não há como
distinguir quem é bom e quem é benigno, são virtudes que se misturam.
Encontramos na Bíblia vários exemplos de benignidade e bondade, um dos
princípios da benignidade é o serviço ao próximo, exemplo encontrado em
Jó (Jó 29.15,17; 31.32); Davi (2 Sm 9.1-3); Jesus (Jo 19.26, 27); Paulo
(1Ts 2.7); Estevão (At 7.59,60).
É claro que dos exemplos acima citados Jesus é o que sobrepõe, pois a
bondade explícita em sua pessoa o fazia tratar a todos com benignidade,
até mesmo os que o insultavam. Jó é generoso em suas atitudes, a bondade
para como os deficientes e sua benignidade ao julgar as causas dos
necessitados e ainda mostrava zelo, dando hospedagem aos estrangeiros.
Enquanto Davi é benigno com seu inimigo, ele consegue essa virtude vinda
de Deus, pois somente cheio de Deus se chega a esse patamar
espiritual. É muito complicado ver um colérico como o apostolo Paulo
ser bondoso com alguém, no entanto após sua conversão ele pode dizer
“fomos brandos entre vós”, o mártir Estevão mesmo sendo apedrejado pode
expressar a benignidade. Muitos exemplos vão encontrar exalados nas
Escrituras, porem o exemplo a ser seguido é o do mestre amado.
Ouvi certa vez um pastor dizendo que ser benigno é ir à frente abrindo
caminho para o próximo, achei interessante. Mas quem é o nosso próximo?
Esta é a questão, o nosso próximo pode ser aquela pessoa que fala mal de
nós, quer-nos ver sempre derrotado, nunca acha algo de bom em nós. A
natureza humana jamais usará de benignidade nesse caso, a nossa
tendência é o revide. O que faremos é fechar o caminho para essa gente,
agora, quando estamos cheios do Espírito não há violência em nós, não
irritamos facilmente e conseguimos abraçá-los. Jose quando maltratado
por seus irmãos, como sofreu nas mãos dos ímpios e nas cadeias do Egito,
embora liderasse mesmo na cadeia, mas estava preso, sem perspectiva
alguma. A misericórdia de Deus que o alcançou e o tirou de lá, que
oportunidade teve ele de mandar seus irmãos para a cadeia e mandar
espancá-los e até matá-los. Porque não fez? Frutos? (Gn 41.38)
O apostolo Paulo estava feliz em saber que a igreja estava cheia de
bondade (Rm 15.14), hoje não pode ser diferente. A igreja tem a
necessidade de ser cheia do Espírito para viver em comunhão (Sl 133),
duas coisas esta exarado neste salmo, primeiro a falta de união é como a
falta de unção, sem a unção não há diferença, haverá discórdia entre
nós como em qualquer outro grupo. Em segundo lugar a falta de união é
como a falta de água, sem água não há benção, nada se planta logo não há
colheita, não havendo colheita não há vida. A igreja tem a necessidade
de estar sempre cheia do Espírito Santo e viver unidade em bondade e
benignidade (Rm 13.6-10)
A BENIGNIDADE MANIFESTA EM AÇÕES.
Hoje se fala muito em amor, mas pratica-se pouco, são longos discursos e
na hora de tratar o subordinado ou aquele que está em menor escala que
nós é que despregamos tudo. Tenho ouvido muitas reclamações na igreja
que determinados irmãos que ocupam cargos nas igrejas, passam de largo
ao contemplar certos irmãos mais pobres ou subordinados a ele. Esses são
pregadores do amor, falam em bondade, que é a expressão do zelo pelas
coisas certas, mas se deixam levar pela soberba (1Jo 3.18). As nossas
ações são mais eloqüentes que nossas palavras, o irmão administrado por
nós é também membro do corpo de Cristo e pertence à mesma igreja. A
posição do obreiro chamado por Deus deve ser respeitada e quem ele por a
frente de um determinado posto deve pelos demais ser admirado e
respeitado.
A nossa lição é para jovens, a pratica da benignidade e bondade inclui o
zelo pela casa de Deus. Tenho visto desenhos escabrosos nos bancos da
igreja, nas paredes dos banheiros, sem contar o famoso papel higiênico
molhado e jogado no teto do banheiro. As portas de banheiros em
determinadas igrejas são semelhantes às de rodoviárias, cheias de contos
pornográficos. Quem escreve essas coisas? Que fruto é esse? A arvore é
conhecida pelos seus frutos (Mt 7.16,20), que tipo de fruto produzimos?
Há arvore que produz enorme quantidade de frutos, mas azedo, o
tamarineiro, por exemplo, produz muitos frutos, pouco aproveitável
domesticamente. Outras produzem bons frutos doces e saudáveis é
aproveitado por todos, dificilmente encontrar alguém que não goste de um
bom fruto.
É importante observar que ser praticante do bem, não significa ser
conivente com erros, Jesus é o exemplo da bondade, seu zelo pelas coisas
do Pai o fez expulsar os cambistas do Templo. Ajudar o próximo não
significa que temos que esconder seus erros, pelo contrario, ser benigno
é ajudar o próximo a sair do pecado e vir para a luz, Jesus foi
interpelado algumas vezes por pessoas importantes, o mancebo de
qualidade, não suportou as palavras e foi embora, o Dr Nicodemos, ouviu a
verdade sobre o novo (Jo 19.38-42).
CONCLUSÃO.
A benignidade nos leva a sermos compassivos, aprendemos com ela a
perdoar nossos irmãos e também nossos opositores. Há muitos na igreja
que ainda usam a severidade para tratar seus subordinados, para resolver
problemas. O crente cheio do poder de Deus e dirigido pelo seu Espírito
a benignidade é um balsamo que trás união e crescimento a obra de Deus.
A bondade nos leva a ser generosos e nos leva a retidão dada por Deus, o
crente cheio de bondade é uma benção para o próximo. A bondade leva o
crente a se preocupar com o próximo de forma pratica e dinâmica, ele não
fica apenas dizendo que o próximo precisa de roupas e de alimentos ele
procura providenciar.
OBRAS CONSULTADAS:
SILVA, Antonio Gilberto – O fruto do Espírito – CPAD
Site – docstoc.com/serie fruto do Espírito
Bíblia de Estudos Pentecostal - CPAD
Colaboração para Portal Escola Dominical - Pr Jair Rodrigues
Fonte: PortalEBD
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