COMO ENFRETAR OPOSIÇÃO À OBRA DE DEUS
Texto áureo: Ne. 4.9 – Leitura Bíblica: Ne. 4.1-9
Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
Objetivo: Refletir com os alunos sobre como devemos lidar diante daqueles que se opõem à obra de Deus.
INTRODUÇÃO
A
obra de Deus sempre enfrentará oposição, pois não são poucos os que a
confundem com obra de homens. Na lição hoje estudaremos a respeito de
como os crentes devem responder às ameaças daqueles que desejam o
fracasso do trabalho. Nesta aula aprenderemos a identificar os inimigos e
as suas estratégias, em seguida, destacaremos a necessidade de
confiança em Deus diante das afrontas do inimigo, e por fim,
demonstraremos que a melhor defesa contra os adversários está no
desenvolvimento do trabalho do Senhor.
1. OPOSIÇÃO À OBRA DE DEUS
Existem
muitos inimigos da obra de Deus, e não é fácil responder às ameaças dos
adversários. A fim de paralisar o serviço, os opositores se unem, como
fizeram Sambalá (norte), Tobias (leste) e Gesém (Ne. 2.19). No capítulo 4
de Neemias, outros inimigos são apresentados: os arábios (sul), os
amonitas e os asdoditas (Ne. 4.7). Uma das razões pelas quais os
inimigos não querem o progresso da obra de Deus é a inveja. Eles não
medem esforços para atingir aqueles que trabalham para o Senhor.
Sambalá, o líder dos adversários, ajunta o seu exército, incitando o
povo contra o povo de Deus (Ne. 4.2). A estratégia do inimigo é a
ridicularização, ele escarnece a fim de afetar a autoestima dos
obreiros, chamando-os de fracos (Ne. 4.3). O inimigo não quer que
acreditemos no potencial de Deus em nós para fazer o trabalho. Se
deixarmos de crer que Deus está conosco, e que nos capacitará para a
obra, o inimigo terá êxito e vencerá a batalha, pois aquele que pensa
que é incapaz já perdeu a luta. Para tanto, os inimigos tentaram se
infiltrar no meio do povo de Deus a fim de causarem confusão (Ne. 4.8).
Essa estratégia do inimigo visa desintegrar a identidade, não por acaso,
muitos movimentos que nada têm de doutrina bíblica se apresentam como
evangélicos, a fim de fazer com que as pessoas deixem de identificar os
que servem verdadeiramente a Deus dos que servem apenas a eles mesmos.
Eles também atacam frontalmente os obreiros do Senhor, usam todos os
recursos possíveis, para, se possível, destruir o povo de Deus. A mídia,
nos dias atuais, tem desempenhado esse papel, os inimigos a utilizam em
larga escala para denegrir a imagem dos evangélicos. Os
pseudoevangélicos também contribuem para a descaracterização daqueles
que seguem o evangelho de Cristo.
2. A CONFIANÇA NO DEUS DA OBRA
Mas
essa não é obra de homens, mas de Deus, pois Ele mesmo nos comissionou
para que a desempenhassemos (Mt. Mc. 16.15; Mt. 28.19,20). Por essa
razão, devemos, a todo instante, confiar em Sua Palavra, e demonstrarmos
nossa confiança nEle através da oração. Neemias ora a Deus, pois o
servo do Senhor está consciente de a quem está servindo (Ne. 4.4-9). A
oração de Neemias é urgente, ele não deixa para depois, sabe do perigo e
do risco que a obra corre, por isso, lança-se aos pés do Senhor. É
também uma oração franca, pois ele abre o seu coração, destacando como o
povo, e ele mesmo, se sente diante da ridicularização dos inimigos. As
palavras de Neemias na oração são fervorosas, ele demonstra paixão pelo
Deus a quem serve. Mas não apenas Neemias orou, todos os obreiros foram
conduzidos à oração, e diante da afronta do inimigo, eles oraram e
também se prepararam para o caso de precisarem entrar em peleja (Ne.
4.9). A oração continua sendo uma demonstração de confiança em Deus nos
dias modernos. Estamos diante de uma geração que esqueceu o real valor
da oração, as facilidades tecnológicas e científicas instigam à
autoconfiança. Muitos cristãos praticamente deixaram de buscar ao Senhor
em oração, preferem tão somente agir, mas é preciso orar antes, durante
e depois da ação, em todo tempo e lugar (Mt. 26.41; Ef. 6.18; I Ts.
5.17; I Tm. 2.8). A oração e a leitura da Bíblia resultam em coragem e
disposição para enfrentar os boatos espalhados pelos inimigos (Ne.
4.12), aqueles que confiam em Deus e se dispõem a orar não se deixam
tomar pelo desânimo causado pelos opositores (Ne. 4.10). As palavras de
encorajamento do líder também fazem toda a diferença, Neemias disse ao
povo que não temesse, que se lembrasse do Senhor e que lutasse pelas
suas famílias. Os cristãos estão envolvidos em uma batalha espiritual,
mas nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra as potestades
do ar. As armas das nossas milícias são poderosas em Deus para a
destruição das fortalezas do Inimigo (II Co. 10.4). Portanto, façamos
uso de toda a armadura de Deus, para que possamos estar firmes contra as
ciladas do Diabo (Ef. 6.10,11).
3. DESENVOLVENDO A OBRA DO SENHOR
Ao
invés de dar ouvidos às palavras do Inimigo, devemos nos voltar para o
Senhor, e fazer a parte que nos compete na obra (Ne. 4.15). Se ficarmos
paralizados, refletindo sobre as afrontas do inimigo, não conseguiremos
progredir, por isso, mantenhamos as mãos ocupadas, trabalhando para o
Senhor, e em constante vigilância, com os olhos bem abertos (Ne.
4.16-18). Os ouvidos também devam estar atentos ao caso de algum chamado
urgente, isso aponta para a necessidade de identificar os diferentes
toques do Inimigo, principalmente a liderança deve ser capaz de
reconhecer a voz do Adversário, para não se deixar levar pelas suas
estratégias (Ne. 4.18; Cl. 2.4,8). Em resposta à fragmentação que o
inimigo tenta impor ao povo de Deus, devemos permanecer juntos uns dos
outros, em unidade (Ne. 4.19; At. 2.47,48). O convívio da igreja é um
antídoto contra o individualismo que campeia na sociedade moderna. As
pessoas estão cada vez mais isoladas, mesmo as igrejas não estão imunes a
essa realidade. As grandes igrejas padecem desse mal, pois os membros
não conseguem construir relacionamentos, apenas contatos esporádicos. O
envolvimento social, desenvolvido por Neemias no capítulo 5, é uma
demonstração de integração do povo de Deus e de compromisso com as
questões sociais. Não podemos nos deixar controlar pelo capitalismo
selvagem que objetifica as pessoas, sacrificando-as ao deus mercado. Na
crise os ricos se aproveitam para tirar vantagem e explorarem os mais
pobres (Ne. 5.5). A solidariedade, ao invés da ganância, deva ser a
moeda mais forte, a situação dos que passam por privação precisa ser uma
preocupação constante (Ne. 5.1,2). As pessoas endividadas devam ter a
oportunidade de sairem de tal condição, caso contrário estarão para
sempre debaixo do jugo da opressão, em desequilíbrio tanto moral quanto
espiritual (Ne. 5.3). Os impostos devam ser usados para investir nas
necessidades básicas da sociedade, não para o enriquecimento ilícito de
uma minoria (Ne. 5.4). A liderança cristã deva ter cuidado para não se
tornar presa e serem cúmplice de esquemas corruptos que defraudam o
dinheiro dos pobres (Ne. 5.15,16). O interesse pelo desenvolvimento do
público sobre o privado é uma das principais marcas do líder
compromissado com Deus (Ne. 5.14, 18), seu objetivo maior não é o de
tirar vantagem, muito menos de viver em ostentação, mas o de permanecer
íntegro e ver o bem de todos (Ne. 5.14).
CONCLUSÃO
A
obra de Deus sempre enfrentou oposição, e nós, enquanto Igreja do
Senhor Jesus, não estamos imunes às afrontas do Inimigo. Passaremos
tanto por oposição externa quanto interna, mas precisamos estar
vigilantessermos, fundamentados na Palavra de Deus, e em oração, para
não sermos prisioneiros das armadilhas do Diabo. Se confiarmos no Senhor
seremos capazes de vencer, a ninguém temeremos senão ao Deus que segue
adiante na batalha (Ne. 5.15; Pv. 1.7). As portas do inferno não
prevalecerão contra a Igreja do Deus Vivo (Mt. 16.18), e isso é motivo
para demonstrar compaixão pelo povo (Ne. 5.18), não agurdando recompensa
de homens, mas a que vem de Deus (Ne. 5.19; II Tm. 4.8).
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