sexta-feira, 16 de outubro de 2015

LIÇÃO 03 - O FILHO QUE VOLTOU

Texto Bíblico: Lc 11.15-32
Segundo Deuteronômio 21.17 cabia ao filho mais moço um terço da herança do pai, o que era comum os herdeiros receberem a sua parte por ocasião da morte do pai.
Porém o moço da parábola iniciou o processo com o pai ainda vivo, o que significou um atitude arrogante de falta de consideração pela autoridade de seu pai como o chefe da família.
Por fim o resultado da sua escolha foi terrível. De acordo com a lei, os porcos eram animais imundos, eles não podiam ser comidos e nem oferecidos em sacrifício, para não se contaminarem os judeus nem ticavam nos porcos.
Rebaixar-se ao ponto de alimentar esses animais é uma grande humilhação para um judeu, para o jovem desta parábola o comer a comida que os porcos haviam tocado significava uma grande degradação, ele verdadeiramente havia naufragado e submetido as profundezas. 
Contudo vemos no pai do jovem a imagem de Deus, um pai amoroso e pronto para perdoar, e aceitar o filho de volta ao lar.

Objetivos da aula 
Fazer seus alunos reconhecerem que devemos obedecer a Deus, bem como guardar seus mandamentos, pois isto é vital para a vida cristã.
Fazer os alunos compararem a situação entre o filho que obedece ao pai e o que não obedece.

Memorizando
"Dêem graças ao Senhor, porque ele é bom. O seu amor dura para sempre!" (Sl 136.1 - NVI)

I- Deus como Pai
Um aspecto interessante é que em algumas religiões não existe a concepção de que Deus seja pai. Muitas religiões e crenças idealizam um deus sem esta característica, na verdade eles não concebem que um ser como Deus possa ter filhos, ainda mais humano cheios de erros e imperfeições.
As primeiras concepções de Deus como pai, aparecem no antigo testamento, pela ocasião da criação, pois Deus preparou tudo para que o homem pudesse viver em paz ao seu lado e, um estado perfeito e eterno. 
Embora o antigo testamento relate muitos fatos sobre o povo de Israel, se passou muito tempo para se dar conta dessa realidade, desse fato, dessa experiência de Deus como Pai. Muitos o imaginavam, até com preferência, como juiz, como Senhor, legislador e rei. 
Deus é Pai: essa experiência encontramos refletida já no rumo da historia, quando o povo passa pelo mar vermelho a pé enxuto e os egípcios perecem no mesmo mar. Os Israelitas entoam, então, um bonito canto em que aparece exatamente Deus como nosso Pai. Eles já o conheciam através da criação como: o pai que cuida, que alimenta, o pai que se preocupa até com a veste dos seus filhos, o pai que os acompanha naqueles dias difíceis no deserto.
Outro exemplo disto encontramos em Os 11.1-4
Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho.
Mas, como os chamavam, assim se iam da sua face; sacrificavam a baalins e queimavam incenso às imagens de escultura.
Todavia, eu ensinei a andar a Efraim; tomei-os pelos seus braços, mas não conheceram que eu os curava.
Atraí-os com cordas humanas, com cordas de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas; e lhes dei mantimento.
Aqui Deus Pai se apresenta com tudo o que um pai pode fazer pelo seu filho, filho rebelde, filho que não se deixa conduzir, não se deixa levar como Deus desejava. Deus se dirige a esse povo com toda essa bondade paterna, cuida dele, e até por uma certa severidade de pai, o conduz ao deserto para a reflexão mais profunda.
Em Isaias encontramos diversas vezes a afirmação de Deus como Pai, observe:
Mas tu és nosso Pai, ainda que Abraão nos não conhece, e Israel não nos reconhece. Tu, ó Senhor, és nosso Pai; nosso Redentor desde a antiguidade é o teu nome.
Mas, agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai; nós, o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos. ( Is 63.16, 64.8)
Na passagem do Gênesis 6.6, diz-se que “Deus se arrependeu de ter feito o homem” e sentiu uma profunda dor pelo fato de o homem pecar continuamente. Mas tudo isso não evitou, que Ele continuasse seu plano de amor, de paternidade para com toda a humanidade. Não abandonou o ser humano, mas o seguiu como um pai que acompanha um filho rebelde.
Castiga para poder salvar, castiga para que o povo sinta os seus passos errados, para voltar ao bom caminho.
Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho.
Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a quem o pai não corrija? (Hb 12.6,7)
Por fim entendemos que Deus é o Pai universal, a qual faz chover sobre justos e injustos; faz nascer o sol sobre os bons e maus.

II- São todos filhos de Deus?
Embora que no mundo, as pessoas sem o conhecimento de Deus; afirmem serem filhos de Deus, a realidade é bem diferente; a Bíblia nos esclarece.
Ela afirma que somente aqueles que são gerados por Deus são de fatos filhos de Deus, assim como o Senhor Jesus, que foi gerado por obra e graça do Espirito Santo, bem como todos que aceitam a Cristo como seu Salvador.
Algo importante de ser notar é que no principio da criação a Trindade Divina revela:
Façamos o homem conforme a nossa imagem e semelhança. (Gn 1.26)
Como já havíamos explicado em outra lição; a imagem e semelhança se refere ao carater, ao estado perfeito que o homem foi criado, isto no sentido material e espiritual.
Mas após a queda, a situação mudou: 
E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e chamou o seu nome Sete. (Gn 5.3)
Observe que os descendentes de Adão e Eva já não eram formados segundo a imagem e semelhança de Deus, mas sim conforme a sua própria imagem, ou seja, os seus descendentes herdaram toda corrupção do pecado. 
Um outro fato que diferenciou o ser humano como filho de Deus se verificou nas linhagens dos descendentes de Adão.
Sabemos que inicialmente Adão gerou dois filhos, Caim e Abel, Caim matou Abel porque era má, logo em seguir Eva teve mais um filho chamado Sete, quando este gerou um filho pos o nome de Enos, daí por diante se começou a invocar o nome de Senhor.
Deste modo, a linhagem dedicada a Deus, vinda de Sete passou a ser considerada como os filhos de Deus e a linhagem má de Caim se afastou de Deus por completo, tornando-se os filhos dos homens.
Mas de um modo geral e espiritual, todos herdaram de Adão a condenação, pois estavam mortos espiritualmente, não eram filhos de Deus, mas apenas criaturas de Deus.

II.1- Filhos de crente
Popularmente alguns afirmam que Deus não tem netos e sim filhos, isto ocorre porque muitos adolescentes imaginam pelo fato de terem nascidos em uma lar onde seus pais são cristãos, já o fazem um filhos de Deus.
Mas na realidade, todos precisam passar pelo mesmo processo do novo nascimento, o fato de ter nascido em berço evangélico não o constituí como filho de Deus, mas somente o ser gerado por Deus, foi neste sentido que o Senhor afirmou a Nicodemus, quem é nascido da carne é carne, mas que é nascido do Espirito e´espirito.
Este mesmo mal entendo já causou problemas para o povo de Deus; quando Israel saiu do Egito a Bíblia afirma que toda aquela geração morreu no deserto, e uma nova se levantou, porem esta nova geração não sabia das maravilhas que o Senhor havia feito no Egito.
Eles eram filhos de crentes, porém desconheciam a Deus.
Por esta razão, Deus não possui netos, todos tem de ser filhos, se o adolescente nasceu em um lar evangélico, no tempo certo ele deve aceitar a Jesus como seu Salvador, e assim passar pelo novo nascimento, para que de fato se torne um filho de Deus.

III- Quem são os filhos de Deus?
Já vimos acima que nem todos são filhos de Deus, é necessário passarem por um processo, para que de fato sejam legítimos filhos de Deus.
O apostolo João afirma que todos quantos o receberam, dei-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus. João afirma que para se tornar um filho de Deus é necessário recebe-lo, e receber significa crer, ter fé no seu nome e na sua obra.
Também o apostolo Paulo afirmou que somente os que são guiados pelo Espirito Santo são filhos de Deus.
Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. (Rm 8.14)
Através do nascimento espiritual sofremos um processo de adoção, a qual nos tornamos filhos de Deus, humanamente falando, adoção é o processo pelo qual uma criança é trazida e aceita numa família, quando por natureza não tinha direito algum de pertencer àquela família. Esta transação legal traz como resultado, a criança torna-se um filho, um novo membro da família, com plenos direitos sobre o patrimônio da família que o adotara.
A adoção espiritual é baseada neste mesmo princípio, se bem que a adoção divina é infinitamente mais abrangente no seu alcance e finalidade, quando recebemos a Jesus Cristo em nosso coração, como Senhor e Salvador, nos tornamos filhos de Deus, e passamos a ter os direitos e privilégios inerentes àquela posição.
Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados
(Rm 8.15-17) 
Passamos então a ter o privilégio de sermos membros da família de Deus, e o direito de sermos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo.
Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus. (Ef 2:19). 
Por fim concluímos com as palavras de Paulo aos Gálatas:
Pois todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. (Gl 3.26-28)

Conclusão
O professor dever fazer as devidas adaptações a sua aula, o que sugiro utilizar o comentário da revista quanto o filho pródigo, o que dispensa de minha parte algum comentário, visto na revista já conter o suficiente, caso o professor utilize os textos.
Que Deus os abençoe.

Colaboração para o Portal Escola Dominical- Profº Jair César S. Oliveira
Fonte: PortalEBD

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