sexta-feira, 30 de outubro de 2015

LIÇÃO 05 - O QUE SÃO AS EPÍSTOLAS

Texto Bíblico: 1 Co 1.1-9.

Para refletir
"Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, àqueles que, mediante a justiça de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, receberam conosco uma fé igualmente valiosa" (2 Pe 1.1 - NVI)

Introdução
Epístolas são cartas. Estas foram escritas, em sua maioria pelo Apóstolo Paulo. As primeiras a serem escritas foram aos tessalonicenses aproximadamente em 51 d.C.
O objetivo das cartas eram instruções à igreja na organização, e aconselhamento nas situações e adversidades de cada região. As epístolas mencionam os fatos e ensinamentos bases para o crescimento espiritual e fortalecimento de fé de todos os cristãos.
São cartas escritas com a finalidade de dirigir, aconselhar e instruir nos seus primeiros desenvolvimentos as igrejas recém-formadas ou para ajudar os responsáveis por pastoreá-las e administrá-las.

Necessidade da escrita de cartas
A rapidez com que o evangelho se expandiu veio, muito cedo, revelar que o trabalho missionário não se reduzia a promover pequenos grupos de crentes em diversos lugares, mas exigia, também, manter com as novas comunidades um relacionamento vital que contribuísse para edificá-las espiritualmente e para orientar a sua conduta de acordo com os preceitos da sua fé em Cristo. Como consequência de tal necessidade, o anúncio do evangelho, basicamente oral no princípio, teve de ser suplementado não muito tempo depois pela comunicação por carta. Isso tornou possível aos apóstolos continuar o seu labor de extensão missionária sem por isso abandonar a atenção às igrejas já estabelecidas.
As epístolas, como os demais livros do Novo Testamento, estão escritas em grego, o que não significa que o estilo literário epistolar estivesse especialmente difundido no mundo grego da época. Mas era um estilo muito difundido entre os romanos, que fizeram uso normal do correio como instrumento idôneo para vincular a metrópole com as legações políticas e militares de serviços nas províncias do Império.

A estrutura literária das epístolas
A estrutura literária das epístolas apostólicas não é uniforme. Inclusive algumas delas (Hebreus e Tiago) parecem mais sermões ou tratados doutrinais, aos que, por alguma razão pastoral, agregou-se algum aspecto de caráter epistolar (como o cap. 13 de Hebreus ou o começo de Tiago).
As cartas que, com maior propriedade podem assim chamar-se, respondem em termos globais ao modelo clássico romano, que consistia em:
  1. uma saudação inicial, precedida da apresentação do autor e a indicação do destinatário
  2. o texto ou o corpo da carta propriamente dito
  3. a despedida, que incluía saudações de pessoas conhecidas do autor e do receptor e saudações para essas pessoas.
Os autores cristãos modificaram, em certas ocasiões, esse modelo de carta em alguns dos seus detalhes. Paulo, por exmplo, no lugar da característica saudação inicial romana "Saúde", introduz no começo de quase todas as suas epístolas uma expressão mais completa, que dá testemunho da sua fé:
"Graça a vós outros e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo" (Rm 1.7).
Essas palavras vão normalmente seguidas de uma ação de graça ou de uma oração em favor dos destinatários da carta. Do mesmo modo, a despedida não se limita ao simples e frio "Saúde", que lemos, por exemplo, na carta do tribuno Cláudio Lísias ao governador Félix (At 23.30), mas frequentemente inclui, junto às saudações pessoais, uma exortação, bênção ou doxologia, que é como uma afirmação final da sua fé, com a qual o autor encerra os seus escritos.

Redação das epístolas
Na época em que surgiram as epístolas neo-testamentárias era prática habitual que o autor ditasse o texto a um assistente ou amanuense. É muito provável que Romanos tenha sido ditada pelo apóstolo Paulo a um crente que se identifica a si mesmo como "Tércio, que escrevi esta epístola" (Rm 16.22).
Em certas ocasiões, o autor não se valia de um escrevente, mas de um autêntico secretário, que, uma vez informado dos assuntos a tratar, se encarregava de compor e redigir a carta do princípio ao fim. Em qualquer caso, também era comum que, ao término do escrito, o próprio autor acrescentasse, do próprio punho, o seu nome e umas poucas palavras de saudação (1Co 16.21 Gl 6.11 e, 1Pe 5.12).
Também frequentemente acontecia de um livro, cujo autor queria oferecer o pensamento ou os ensinamentos de um personagem de reconhecido prestígio, era publicado com o nome desse último, sem se importar se ainda estava vivo ou já havia morrido. Em tais casos de nome ou título figurado, o autor, evidentemente, permanecia anônimo. Alguns estudiosos pensam que esse procedimento, admitido nos usos literários da antiguidade hebraica, grega e latina, possivelmente tenha sido introduzido em certas ocasiões no Novo Testamento. Entretanto, seja como fosse, a autoridade das Escrituras, suporte da fé cristã e norma da vida e da conduta do povo de Deus, em nada ficou por isso depreciada.

Classificação das epístolas
De acordo com certas características comuns, podemos agrupar as epístolas do Novo Testamento do seguinte modo:
  1. Epístolas paulinas (13):
  2. Primeiras epístolas: 1 Tessalonicenses e 2 Tessalonicenses (alguns a consideram posterior).
  3. Grandes epístolas: Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios e Gálatas.
  4. Epístolas da prisão: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom.
  5. Epístolas pastorais: 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito.
  1. Epístola aos Hebreus (1)
  1. Epístolas universais (7):
Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João e Judas.
O título que recebe cada grupo está inspirado no tema ou propósito geral das cartas que o integram ou nas circunstâncias que rodearam a sua redação. Alguns dos títulos se explicam por si mesmos e não precisam de maiores comentários porém, nos seguintes casos, convém fazer algum esclarecimento:
Primeiras epístolas: É uma epígrafe que faz referência à época em que foram compostas. Não somente se considera que são os escritos mais antigos do apóstolo Paulo, mas também de todo o Novo Testamento.
Grandes Epístolas: Entre elas está incluída a de Gálatas apesar da pequena extensão do texto. A razão está no seu estreito parentesco com Romanos, o que requer considerá-las juntamente.
Epístolas da prisão: Quando Paulo redigia estas cartas, se encontrava preso em algum lugar que não se conseguiu determinar. Muitos pensam que se tratava de Roma outros sugerem Éfeso entretanto, na realidade, nem sequer se pode afirmar com certeza que as quatro epístolas tenham sido escritas desde uma mesma prisão.

Epístolas pastorais: Correspondem a um tempo em que o Cristianismo, tendo já progredido na fixação da doutrina e na elaboração da estrutura eclesiástica, precisava ordenar administrativa e pastoralmente a sua vida e o seu trabalho.

Epístolas universais ou gerais: Começou a se aplicar este título no séc. II, quando ainda estava se formando o cânon dos livros do Novo Testamento. Significa que as sete cartas do grupo (exceto 2 João e 3 João, que foram incluídas aqui por seu parentesco com 1 João) não são dirigidas a um destinatário determinado, mas aos crentes em geral.

Conclusão
As epístolas apesar de serem escritas há séculos atrás, continuam atual no aconselhamento, instrução e fortalecimentos à todos os cristãos dos dias atuais, por ser palavra divinamente inspirada pelo próprio Deus.

Bibliografia:
Ilúmina - A Bíblia do século XXI

Colaboração para o Portal Escola Dominical – Prof. Jaciara da  Silva
Fonte: PortalEBD

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