sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

LIÇÃO 09- CAMINHANDO EM SANTIDADE

Texto bíblico   1 Ts  4.3

Objetivos  
Ensinar ao alunos a necessidade de vivermos em santidade, ou seja, separados do mundo, vivendo segundo os preceitos bíblicos.

Introdução
Desde a criação, Deus quis um povo santo. Ele desejou uma comunhão especial com os homens que fossem capazes de andar com ele e falar com ele numa união especial. Mas a própria natureza de Deus estabelece limites para tal associação. Seu caráter santo não pode permitir ser contaminado pelo pecado e pela corrupção. Os homens só podem estar na sua presença se forem puros.

Adão e Eva andavam no mesmo jardim que Deus, e falavam com ele. Mas logo pecaram e perderam esta convivência especial. Foram expulsos do jardim do Éden ­separados de Deus­ o que foi a morte espiritual que Deus havia prometido como conseqüência do pecado (Gênesis 2:17; 3:23-24). Povo sem santidade não podia permanecer na presença do santo Deus.

Depois que gerações de pecadores morreram num mundo corrompido, Deus escolheu os descendentes de Abraão para serem um povo santo. Ele os separou da má influência dos senhores egípcios e preparou uma terra onde poderiam habitar livres da corrupção dos povos idólatras. Ele até mesmo lhes deu uma lei especial, que ressaltava a distinção entre o puro e o impuro. Deus explicou a necessidade da pureza deles quando lhes deu essa lei:

"Eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo. . . Eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo" (Levítico 11:44-45).

Contudo, o povo que Deus havia selecionado excepcionalmente e resgatado não permaneceu santo. Os israelitas repetidamente exibiram seu pecado aos olhos de Deus. Ele às vezes avisou que poderia entrar no meio da congregação pecaminosa e destruir o povo (Êxodo 33:5; Números 16:44-45). Por quê? Simplesmente porque não pode haver comunhão entre a santidade de Deus e a impureza do homem. O homem tem que ser purificado, ou morrerá (veja Isaías 6:1-7).

Deus ainda quer um povo santo, e providenciou, através de Cristo, o meio de purificar os pecadores para servirem-no. Os cristãos são o povo santo de Deus (1 Pedro 2:5,9). Aqueles que se dizem ser seguidores de Jesus deverão conduzir-se como um povo santificado e purificado da impureza do mundo.                                                                                            Fonte: Dennis allan

I- Estou separado do mundo
Há muitos mandamentos, exemplos e ensinos na Bíblia relativos ao tema da separação. Visto que o mundo tem tantas e variadas facetas, a nossa separação dele deve ser absoluta e completa. Há quatro diferentes lugares na Bíblia utilizados para caracterizar o mundo: o Egito representa os prazeres do mundo; Ur da Caldeia, a religião do mundo; a Babilônia, a confusão do mundo; e Sodoma, os pecados do mundo. Temos que nos apartar de isto.
Como Deus libertou os israelitas da mão do feridor? Por meio do cordeiro pascal. Quando o anjo de Deus desceu para a terra do Egito ferindo os primogênitos, ele omitiu aquelas casas que estavam marcadas com o sangue. Se não houvesse sangue sobre a porta, ele entrava e feria o primogênito.
Assim, toda a questão da salvação não depende se a porta é ou não boa, se os postes são especiais, se a casa é recomendável ou se o primogênito for obediente. Mas depende se tem o sangue. A diferença entre a salvação e a perdição está determinada pela aceitação ou a rejeição do sangue. A base para a sua salvação não está no que você é, ou é a sua família, mas no sangue.
Nós, os que fomos salvos pela graça, fomos redimidos pelo sangue. Recordemos, no entanto, que uma vez que fomos resgatados pelo sangue, devemos começar a fazer a nossa saída. Os israelitas mataram o cordeiro antes da meia-noite e, depois de ter posto o sangue nos postes e nas vergas, comeram apressadamente. Enquanto comiam, tinham os seus lombos cingidos, o seu calçado nos pés e os seus cajados nas mãos, porque estavam preparados para sair do Egito.
O primeiro efeito da redenção, portanto, é a separação. Deus nunca redime a alguém e o deixa para que continue vivendo no mundo como antes. Cada pessoa regenerada, logo que foi salva, precisa tomar o cajado em suas mãos e começar a fazer a sua saída. Tão logo como aquele anjo destruidor faz separação entre aqueles que se salvam e aqueles que se perdem, as almas salvas devem sair. Isto está muito claramente tipificado no livro de Êxodo.
Um cajado é utilizado para viajar; ninguém o usaria como travesseiro para deitar-se. Todos os redimidos devem tomar os seus cajados e sair na mesma noite. Todo redimido pelo sangue, se torna em peregrino e estrangeiro neste mundo. No momento em que eles são resgatados, saem do Egito e se separam do mundo. Já não deveriam seguir habitando ali.

Princípios que regem a separação
Provavelmente, alguém se perguntará: De que coisas devemos sair? Quais são as coisas do mundo? No que devemos nos apartar? Sugeriremos alguns princípios da separação. Mas, antes de abordar estes princípios, requer-se uma coisa prévia: devemos primeiro ter o nosso coração e espírito libertados do mundo. Se alguém ainda deseja estar no mundo, estes princípios não lhe serão de nenhum proveito. Embora ele se separe de centenas de coisas, estará ainda no mundo. A separação da pessoa com seu coração e seu espírito deve preceder à separação das coisas.
O homem deve sair totalmente do Egito e ser separado do mundo. Não tema ser chamado de peculiar ou estranho. Há coisas que temos que enfrentar e há maneiras nas quais deveríamos ser diferentes do mundo, embora devêssemos desejar estar em paz com todos os homens. Em nossos lares, no escritório, ou em qualquer lugar que estejamos não sejamos contenciosos. Não sejamos daqueles que causam guerras com ninguém. No entanto, há coisas das quais devemos nos apartar.

  1. Coisas que o mundo considera indignas de um cristão
Devemos nos separar de algo que o mundo considere indigna de um cristão. Começamos nossa vida cristã diante do mundo, e o mundo estabelece certas normas para os cristãos. Se nós não cumprirmos os seus padrões, onde estará o nosso testemunho? Com respeito às coisas que nós fazemos, não devemos nunca permitir que os incrédulos levantem as suas sobrancelhas dizendo: «Os cristãos também fazem isso?». Sob tal acusação, nosso testemunho diante deles se desmorona.
Por exemplo, se você for a um certo lugar e se encontrar ali com um incrédulo, ele murmurará: «Os cristãos vêm a este tipo de lugar?». Há muitos lugares que os não crentes podem frequentar e podem defender a sua ação quando são interrogados. Mas, se um cristão se puser ali, suscitará imediatamente uma objeção. Eles podem pecar, mas você não pode fazê-lo. Eles o farão sem nenhum problema; mas se você imitá-los, será criticado. Portanto, evitaremos fazer tudo aquilo que o mundo condena como indigno de um cristão. Este é um requisito mínimo.

  1. Coisas que são incompatíveis com a nossa relação com o Senhor
Algo que seja contrária a nossa relação com o Senhor deve ser rejeitada. O nosso Senhor foi humilhado na terra; nós podemos buscar glória? Ele foi crucificado como um ladrão; desejaremos o favor do mundo? Ele foi falsamente acusado de estar possuído por demônios; podemos esperar que os homens nos elogiem por sermos inteligentes e racionais? Tais condições revelam a sua inconsistência em nossa relação com o Senhor, fazem-nos diferentes do Senhor e até contrários a ele. Em todos os caminhos que ele andou, nós também devemos andar. Por isso, devemos suprimir tudo o que seja incoerente na nossa relação com o Senhor.
«O discípulo não é mais do que o seu mestre, nem o servo mais do que o seu senhor» (Mat. 10:24), disse o Senhor. Isto se refere a nossa relação com o mundo, mostrando como nós também sofreremos calúnias e rejeições. Se esse for o modo em que eles trataram o nosso Mestre, podemos esperar algo diferente?
Se nós formos tratados de forma distinta, algo deve estar drasticamente mal em nossa relação com o Senhor. Sejamos cuidadosos, de tal maneira que, com todos os filhos de Deus, caminhemos juntos no caminho do Senhor. Toda situação que o nosso Senhor confrontou nesta terra, nós também devemos encará-la.
O que é o mundo? O que não é o mundo? Você irá saber quando vier ao Senhor. Você só precisa comparar como é que hoje enfrenta qualquer assunto em relação com o que ele fez enquanto esteve na terra. Qual era a sua relação com as pessoas do mundo? Se o seu relacionamento não for diferente de Cristo, tudo bem. Mas se a tua posição difere da dele, algo está mau.
Somos seguidores do Cordeiro que foi imolado; seguimos ao Cordeiro por qualquer lugar que ele vá (veja Apocalipse 14:4). Permanecemos com o Cordeiro em sua posição de morte. Aquilo que não está nessa posição, que é contrário à posição do Senhor, é o mundo do qual devemos nos apartar.

  1. Coisas que apagam a vida espiritual
Perguntamos de novo: O que é o mundo? Tudo aquilo que tenta apagar a nossa vida espiritual diante do Senhor, é o mundo. Quão impossível é dizer aos novos convertidos quais coisas são lícitas e quais coisas não são permitidas. Se lhes mencionarmos dez coisas, perguntarão pela décima primeira. Mas, se eles entenderem apenas um princípio, poderão aplicá-lo a inumeráveis situações. Algo que te faças perder o zelo por orar ou por ler a Bíblia, ou que apague o seu valor em testemunhar, é o mundo.
O mundo cria uma espécie de atmosfera que esfria o nosso amor ao Senhor. Murcha a nossa vida espiritual, apaga o nosso zelo e congela o nosso desejo por Deus. Portanto, deve ser rejeitado.
Algumas coisas que não são pecaminosas podem ser consideradas como coisas do mundo? Há coisas que gozam de alta estima na valorização humana, mas, contribuem para nos aproximar mais do Senhor? Ou apagarão a nossa vida espiritual? Sem dúvida, podem ser coisas boas; mas, fazendo-as frequentemente, o nosso fogo interno começa a diminuir e, se seguirmos nelas, o fogo logo se converte em frio. Sentimo-nos incapazes de confessar os nossos pecados, orar e ler a Bíblia.
Embora tais coisas mundanas possa não ter ocupado o nosso tempo, certamente ocuparão a nossa consciência. Enfraqueceram a nossa consciência diante de Deus e nos deram uma indescritível sensação de insegurança. Nossa consciência não pode elevar-se acima desse sentimento; tira-nos o gosto pela Bíblia, faz-nos sentir vazios quando desejamos testemunhar, cala as nossas palavras. Não importa quão sadia pareçam aquelas coisas, quão corretas possam ser, elas devem ser etiquetadas como do mundo. Tudo o que apaga a nossa vida espiritual pertence ao mundo.

  1. Assuntos sociais que obstaculizam o testemunho
Outro princípio se refere às relações sociais. Qualquer reunião social, festa ou passatempo que consiga fazer que a nossa lâmpada se oculte debaixo do velador, é do mundo. Isto deve ser rejeitado. Como podem os cristãos seguir em compromissos sociais se ali não podem confessar que são do Senhor, e se tiverem que fingir serem corteses ouvindo e rindo com os incrédulos? Como podemos reprimir o nosso sentimento interior e mostrar uma cara sorridente? Como podemos interiormente perceber o mundo, enquanto exteriormente lhe mostramos simpatia? Como podemos julgar alguma coisa pecaminosa, se externamente concordarmos com ela? Muitos filhos de Deus se deixaram gradualmente a serem atraídos pelo mundo, porque não puderam marcar a diferença em sua vida social.

Sair do mundo
 «Pelo qual, sai do meio deles, e vos aparteis, diz o Senhor, e não toqueis o imundo; e eu vos receberei, e eu serei para vós por Pai, e vós me sereis por filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso» (2ª Cor. 6:17-18).
Esta é a primeira ocasião no Novo Testamento em que aparece o nome «o Senhor Todo-Poderoso». Também o veremos mais adiante no livro de Apocalipse. Em hebreu, é El Shaddai. El significa Deus, e Shaddai tem a sua raiz na palavra que se refere ao peito ou ao leite materno. Portanto, este nome pode ser traduzir como «o Deus Todo-Suficiente». O que um menino precisa é leite, e este leite vem do peito da mãe. O peito materno supre todas as necessidades de um menino. Assim ocorre com o nosso Deus.
O Senhor, como o Deus Todo-Suficiente, chama-nos a sair do mundo e a não tocarmos as coisas imundas, para que ele possa nos receber como filhos e filhas. Estas não são meras palavras, porque são sustentadas pelo Deus Todo-Suficiente. Se nós deixarmos tudo, ficaremos com as mãos vazias, mas ele nos receberá.
Fonte; http://www.aguasvivas.ws/revista/71/vida.htm

II- Sou santificado pela Palavra
A Palavra que Santifica                                                                
 O versículo: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” ( Jo 17:17 ) é esclarecedor sobre o tema Santificação. É a mais ilustre oração de Jesus em favor de seus discípulos, e nela fica claro a extensão do amor e cuidado de Deus para com os homens que creem em seu Filho.                              Jesus, num primeiro momento levanta os olhos aos céus e declara: “Pai é chegada a hora” ( Jo 17:1 ). Com estas palavras Cristo estava dando por encerrado o seu ministério como servo, na condição de Filho do homem para ser declarado Filho de Deus em poder, pela ressurreição dentre os mortos! ( Rm 1:4 ).
A glória de Deus é proveniente de suas obras, e não decorre da boca ou de atos humanos. Os homens entoam cânticos em reconhecimento do que Ele fez e faz, porém, a glória de Deus se manifesta naquilo que Ele mesmo realiza. O cântico que se rende a Deus constitui somente reconhecimento as obras por Ele realizadas “Os céus manifestam a glória de Deus; o firmamento proclama a obra de suas mãos” ( Sl 19:1 ).
O salmo 19 é um exemplo claro desta verdade. Ele é um cântico onde o salmista reconhece a glória de Deus através do firmamento, porém, o verdadeiro louvor à glória de Deus decorre daquilo que Ele criou.
Não é o entoar cânticos ('louvor' dos lábios), que constitui, ou que dá forma à glória de Deus, antes são as suas obras que revelam a dimensão da Sua glória. Os céus, obras das mãos de Deus, é uma das manifestações de Sua glória, e louvamos (entoamos cânticos) a Ele por reconhecimento.
Neste diapasão é que se dá a declaração de Jesus: "Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura os tais que assim o adorem" ( Jo 4:23 ). Se alguém quer realmente adorar a Deus, é necessário aceitar a Cristo, para ser gerado de novo em espírito e em verdade. Esta nova criação é que se constitui em louvor à glória de Deus ( Ef 1:12 ).
Neste capítulo Jesus orou ao Pai da seguinte maneira: “Pai, é chegada a hora. Glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti” ( Jo 17:1 ). O primeiro ‘glorifica’ refere-se à posição que Cristo abdicou antes de vir ao mundo. Ele não poderia, por si mesmo, lançar mão da glória decorrente da posição anterior a sua vinda ao mundo, antes deveria aguardar pela 'coroação' do Pai ( Jo 17:5 ). O segundo ‘glorifica’ refere-se à conclusão da obra magnífica de Cristo: a obra que o Pai O comissionou a cumprir. Concluída a obra de redenção da humanidade, e após ser restabelecido à sua posição inicial, o Pai é glorificado através do Filho por causa da obra que o Pai comissionou o Filho ( Jo 17:4 ). O versículo um é resumo do que se segue nos quatro versículos seguintes.
Jesus continua a oração em prol dos discípulos e nela descreve alguns aspectos de seu ministério:
a) manifestar o nome de Deus aos homens ( Jo 17:6 );
b) dar a conhecer aos homens que tudo que pertence ao Pai, também pertence ao Filho ( Jo 17:10 );
c) o nome que pertence a Deus também pertence a Cristo "...guarda-os em teu nome, o nome que me deste..." ( Jo 17:11 ); Ele demonstrou nesta oração que, embora sejam distintos quanto pessoas, o Pai e o Filho são um em essência ( Jo 17:11 -12);
d) em Cristo os cristãos são guardados “guarda-os em teu nome, o nome que me deste” ( Jo 17:11 ), para que os cristãos sejam perfeitos em unidade com o Pai e o Filho. O cristão é prefeito por causa do vínculo que tem com Cristo. A união com Cristo não está atrelada a essência da divindade em poder e glória (em Cristo o homem não se torna deus), e sim, torna-se participante da natureza de Cristo (semelhantes a Cristo);
e) é santificado por Deus: Cristo orou: “Santifica-os na verdade” ( Jo 17:17 ). O crente é santificado através da verdade, e não através de seus próprios esforços! A verdade é a palavra de Deus, e todos os que creem na palavra de Deus são santificado.

O único homem que pôde santificar-se a si mesmo foi Cristo “Por eles me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade” ( Jo 17:19 ).                              O 'santificar a mim mesmo' de Cristo está vinculado em Ele cumprir a vontade de Deus “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor” ( Jo 15:10 ); “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” ( Jo 4:34 ).
Só Jesus pôde cumprir a vontade do Pai, ou seja, santificar-se a si mesmo, pois ele é nascido de Deus, o verdadeiro homem espiritual. Jesus como servo procurou cumprir a vontade de Deus com um único objetivo: que os cristãos fossem santificados na verdade! Ou, santificados através da palavra de Deus. Como ser santificados através da palavra de Deus? A resposta encontra-se na carta de Pedro: "Tendo purificado as vossas almas na obediência à verdade..." ( 1Pe 1:22 ), ou seja, a Santificação decorre da Regeneração, que advém da semente incorruptível, a palavra de Deus.
Somente o nascido da semente incorruptível é Santificado. A palavra de Deus é poder para fazer os que creem filhos Seus. São nascidos do Espírito, e, portanto, espirituais.Através da Regeneração em Cristo, o homem é criado em verdadeira justiça e santidade, pois a sua palavra é poder e/ou semente incorruptível. A Palavra de Deus é a verdade, e por ela o homem é Santificado, pela fé em Cristo, o Verbo encarnado ( At 26:18 ).
Fonte: http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/a-palavra-que-santifica-138

III- Cristo vive em mim
Basicamente todo o livro de Gálatas, onde por 5 vezes fala da crucificação e seu efeito no crente, colocando-o na posição de morto no que diz respeito à sua velha vida:
Jesus foi crucificado diante de mim Gál 3:1
Eu fui crucificado em Cristo Gál 2:20
Os que são de Cristo crucificaram a carne, as paixões e as concupiscências Gál 5:24
O mundo foi crucificado para mim Gál 6:14
Eu fui crucificado para o mundo Gál 6:14
No capítulo 2 que está sua dúvida, Paulo comenta o episódio ocorrido com Pedro, que parecia querer voltar às práticas da lei dada a Moisés, como se sofresse de um retrocesso na fé. William MacDonald explica tão bem a passagem em seu livro "Believer's Bible Commentary" que prefiro traduzir e colar logo abaixo:
2:16 Os judeus que tinham sido salvos sabiam que não havia salvação na lei. A lei condenava á morte aqueles que fracassavam em obedecê-la perfeitamente. Isso trouxe maldição sobre todos, porque todos romperam seus sagrados preceitos. O Salvador é aqui apresentado como o único objeto da fé. Paulo recorda Pedro de que "até mesmo nós judeus" chegamos à conclusão de que a salvação é pela fé em Cristo, não pela guarda da lei. Como podia agora Pedro colocar gentios sob a lei? A lei dizia ás pessoas o que deviam fazer mas não lhes dava o poder para fazer. A lei foi dada para revelar o pecado, não para ser uma salvadora.
2:17 Paulo e Pedro e outros tinham buscado a justificação em Cristo e somente nele. As ações de Pedro em Antioquia, porém, pareciam indicar que ele não estava completamente justificado, mas que precisava voltar à lei para completar sua salvação. Se assim for, Cristo não é um Salvador perfeito e suficiente. Se vamos a Ele para ter nossos pecados perdoados, porém depois precisamos ir a algo mais, acaso Cristo não se torna um ministro do pecado ao falhar cumprir suas promessas? Se por um lado professamos depender de Cristo para a justificação, e por outro voltamos à lei (que só pode nos condenar como pecadores), será que estamos agindo como cristãos? Podemos esperar a aprovação de Cristo com uma conduta assim que, na prática, faz dele um ministro de pecado? A resposta de Paulo é um indignado "De modo algum!".
2:18 Pedro havia abandonado todo o sistema legal pela fé em Cristo. Ele tinha repudiado quaisquer diferenças entre judeus e gentios quando se tratava de encontrar o favor de Deus. Agora, ao recusar comer com os gentios, ele está reconstruindo o que havia destruído. Fazendo assim, ele se revela como um transgressor. Ou ele estava errado por trocar a lei por Cristo, ou está errado agora por trocar Cristo pela lei!
2:19 A pena pela transgressão da lei é a morte. Como pecador, transgredi a lei. Portanto, ela me condenou a morrer. Mas Cristo pagou por mim a pena da lei transgredida ao morrer em meu lugar. Assim, quando Cristo morreu, eu morri. Ele morreu para a lei no sentido que atendeu a todas as suas justas demandas; portanto, em Cristo, eu também morri para a lei. O cristão morreu para a lei; ele já não tem mais nada a ver com ela. Será que isso significa que o crente está livre para transgredir os Dez Mandamentos como bem entender? Não, ele vive uma vida santa, não por medo da lei, mas por amor daquele que morreu por ele. Os cristãos que desejam se colocar sob a lei como um padrão de comportamento não entendem que isso os coloca sob a maldição da lei. Além do mais, eles não podem tocar a lei em um ponto sem que sejam responsáveis por cumpri-la integralmente. A única maneira de podermos viver para Deus é estando mortos para a lei. A lei jamais poderia produzir uma vida santa; Deus nunca teve a intenção de que ela fizesse isso. O caminho de santidade que Ele determinou é explicado no versículo 20.
2:20 O crente está identificado com Cristo em sua morte. Cristo não só foi crucificado no Calvário, mas eu fui crucificado ali também - em Cristo. isto significa o meu fim como pecador aos olhos de Deus. Isto significa o meu fim como alguém que busca merecer a salvação ou consegui-la por meus esforços. Isto significa o meu fim como filho de Adão, como um homem sob a condenação da lei; um fim de meu velho e irremediável eu. O velho e mau "eu" foi crucificado; ele já não pode reivindicar um lugar em minha vida diária. Isto é verdadeiro no que diz respeito à posição que ocupo diante de Deus; deveria ser verdadeiro no que diz respeito ao meu comportamento.
O crente não deixa de viver como uma personalidade ou como um indivíduo. Mas aquele que é visto por Deus como tendo morrido não é o mesmo que vive. Não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim. O Salvador não morreu por mim para que eu siga vivendo minha vida como bem entender. Ele morreu por mim para que de agora em diante ele possa viver sua vida em mim. A vida que agora vivo neste corpo humano, eu vivo na fé do Filho de Deus. Fé significa dependência. O cristão vive em contínua dependência em Cristo, ligado a ele, permitindo que Cristo viva sua vida em si.
Assim a regra de vida do crente é Cristo, não a lei. Não é uma questão de se esforçar, mas de confiar. Ele vive uma vida santa, não por medo do castigo, mas por amor ao Filho de Deus, que o amou e a si mesmo se entregou por ele.
Fonte: http://www.respondi.com.br/2010/06/o-que-significa-galatas-216-21.html

Conclusão
Vivemos num mundo que tem sido manchado, por milhares de anos, pelo pecado. Estamos rodeados por violência, pornografia, desonestidade e falsa religião. Deus não pretende que nos isolemos deste mundo (João 17:14-21), mas que fujamos dos seus pecados (1 Timóteo 6:11) e brilhemos como luzes num mundo de trevas (Mateus 5:14-16).
Nunca foi fácil viver como povo santificado num mundo de corrupção e injustiça, mas é possível. Jesus provou isso durante uma vida de pureza sem pecado. É nossa responsabilidade seguir seus passos:

"Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca" (1 Pedro 2:21-22).
fonte: Dennis Allan

Colaboração para o Portal Escola Dominical – Prof. Jair Cesar S. Oliveira
Fonte: PortalEBD

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