sábado, 27 de setembro de 2014

LIÇÃO 13 – BOA MEDIDA



Texto bíblico     1 Samuel   30.11,13,15-17
E acharam no campo um homem egípcio e o trouxeram a Davi; deram-lhe pão, e comeu, e deram-lhe a beber água.
Então, Davi lhe disse: De quem és tu e de onde és? E disse o moço egípcio: Sou servo de um homem amalequita, e meu senhor me deixou, porque adoeci há três dias.
E disse-lhe Davi: Poderias, descendo, guiar-me a essa tropa? E disse-lhe: Por Deus, me jura que me não matarás, nem me entregarás na mão de meu senhor, e, descendo, te guiarei a essa tropa.
E, descendo, o guiou. E eis que estavam espalhados sobre a face de toda a terra, comendo, e bebendo, e dançando, por todo aquele grande despojo que tomaram da terra dos filisteus e da terra de Judá.
E feriu-os Davi, desde o crepúsculo até à tarde do dia seguinte, e nenhum deles escapou, senão só quatrocentos jovens que, montados sobre camelos, fugiram.

Objetivos
Após a aula seu aluno deverá  saber reavaliar o seu conhecimento quanto “quem é o seu próximo”. Bem como saber partilhar o seu amor.
Introdução
Estamos na lição 13 encerrando mais um trimestre, desta feita estaremos estudando sobre o amor, sobretudo  ao próximo, o que se constitui no mais sublime direito, o de ser amado,  temos também com isto o dever de amar.

I-Ser respeitado
Durante as ultimas 12 semanas estudamos  o tema, “ descobrindo meus direitos e deveres”
Nesta ultima, estaremos abordando um tema, que sem duvida alguma, se constitui o mais sublime direito, o de ser amado.
O tópico tem como titulo “ ser respeitado” justamente , porque a ação de ser amado esta ligado ao fato de ser respeitado, e  considerado.
Nós vemos  este principio no ministério  de Jesus, o Senhor conhecia a todos, os bons  e os maus,  o que criam nele, bem como o que não lhe davam credito, contudo a Bíblia afirma que o Senhor amou a todos.
João 13:1  Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.
Este amor esta associado a respeitar e considerar, como afirmei acima, o Senhor conhecia os corações de todos os homens, contudo, os tinha em grande estima.
Esta é uma atitude subseqüente, quando alguém de fato nos ama, essa pessoa nos respeita.

II-Respeitando ao próximo
O respeito ao proximo nos traz sobretudo a responsabilidade em amar.
È preciso amar
A iniciativa de amar é de Deus: é Ele quem nos ama primeiro e nos convida ao amor. Somente experimentando o amor é que a humanidade poderá experimentar, ainda que limitadamente, quem é Deus.  Amar é tocar no mistério da divindade, aberto definitivamente à humanidade pelo amor doado por Deus à criação.
Em Jesus Cristo, Deus mostra a capacidade humana de amar.  O Filho, encarnado e feito homem para suportar a limitação humana, faz de Sua vida uma vida inteira de amor ao outro e ao Pai.  E nos ensina a viver no amor: “como o Pai me amor, assim também eu vos amei.” (Jo 15:9) e, mais adiante, “amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” (Jo 15:12).
O Filho Amado, Senhor da Vida, não escraviza a humanidade.  Ao contrário, a faz amiga, irmã.  Escolhe homens e mulheres para que cada um saiba que pode contribuir com a obra da criação.  E assim nos diz: “Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor.  Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.  Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça.” (Jo 15, 15-16)
Qual é o sentido profundo da palavra amor, para cada um de nós?  Hoje, é uma palavra tão banalizada, tão usada para designar relações egoístas e hedonistas, que poucas vezes lembramo-nos da sua origem divina: tudo foi criado por amor, para o amor e no amor. 
Foi o amor de Deus, que não coube em si só e que expandiu dando origem a vida, porque o amor é fonte de vida.  Por isso, as palavras de Jesus: “...para que produzais fruto...”(Jo 15:16 a).  O fruto esperado é a vida que somos capazes de gerar através de nossos atos que devem refletir o verdadeiro amor de Deus pela humanidade.
Que a experiência do amor possa ser restauradora da nossa relação filial com o Senhor para que seja consciente em nossas vidas a importância de sermos filhos amados por Deus.

Amor é ação
“ Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor.” (Jo 15:9 - RA).

Tudo começa em Deus. Não conseguiremos entender o por que precisamos amar ao próximo se não tivermos uma visão clara de que Deus é amor e Fonte de todo o amor. Tudo começa n'Ele. O Pai amou a Cristo, que por sua vez, nos amou da mesma forma, e nos incumbiu de fazer o mesmo em relação às outras pessoas. A única forma de estarmos ligados à Fonte divina é expressando o mesmo amor que d'Ele recebemos primeiro.



O Mandamento: Amar-nos Uns aos Outros
“ O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (Jo 15:12 - RA)

Quando falamos sobre mandamentos logo pensamos em “não matar”, “não adulterar”, “não roubar”, etc. No entanto, Jesus está falando de algo muito mais profundo do que simplesmente não fazer isso ou aquilo. Ele fala do que está na base do coração do ser humano: o ódio ou o amor.
Por que as pessoas matam, roubam, adulteram, desonram seus pais, buscam outros deuses para adorar, ou cobiçam o que é dos outros? Porque a semente de ódio ainda está em seus corações. Mas, quando uma nova semente é plantada no interior, a semente do Amor de Deus, então, seus atos serão diferentes porque o coração será diferente. O mandamento requerido, portanto, é “amai-vos uns aos outros”, porque quem ama não rouba, nem adultera, nem fala mal do próximo; e assim, cumpriremos a lei de Deus.


As Conseqüências termos o amor em ação
a) Alegria Completa
 “Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo.” (Jo 15:11 - RA)

É impossível alguém desfrutar a verdadeira alegria tendo o coração endurecido em relação a alguém. A verdadeira alegria é fruto de um coração perdoador e amável.

b) De Servo a Amigo
“Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.” (Jo 15:15 - RA)

Quem ama ao próximo permanece no amor de Cristo e torna-se íntimo Dele. A relação será de amigo para amigo e não mais de senhor para servo, onde não há confidências. Quem permanece na amargura de alma não conhecerá nem desfrutará das riquezas do coração do Pai.

c) Frutificação
“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça...” (Jo 15:16a - RA)

Se Deus é amor e Sua semente está em nós, qual o fruto que Ele espera colher de nós? Certamente uma vida em amor. Os lares serão transformados por esse amor; as empresas, o governo, as cidades, a sociedade, serão impactados por esse amor. Vamos pregar o evangelho e trabalhar para Deus motivados pelo amor. Todos os nossos empreendimentos devem ser feitos em amor porque esse é o único fruto que Deus espera colher.

d) Vitória na Oração
“ ... a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” (Jo 15:16b -RA)

Se os nossos atos e motivos são fundamentos no amor, nossas petições não serão egoístas, interesseiras, vingativas, ou coisas parecidas. Deus ouvirá e atenderá as orações que estiverem em linha com Sua Palavra, as quais foram feitas em amor.

III-O bom ato de Davi
A lição discorre acerca da maneira correta de como Davi procedeu para com um homem, que necessitava de ajuda, contudo, vejo que a passagem dobom samaritano, seria mais apropriado para exemplar a atitude de fazer o bem, de considerar, e  respeitar o próximo.
Alimentar, dar condições de sobrevivência ao homem necessitado foi nobre, porem não podemos  concluir  exatamente, que foi somente por amor, por esta razão não farei maiores comentários deste tópico.

IV-Ajudando os inimigos
Como discípulos de Cristo não nos declaramos inimigos de ninguém, pois temos o mandamento de amar a todos como diretriz de vida. Mas não podemos impedir que outros se declarem nossos inimigos, e é a esses que Jesus está dizendo que devemos orar e abençoar.
Paulo nos estimula em Rm 12:20,21 a fazer o bem àqueles que se dizem nossos inimigos ajudando-os nos seus momentos de necessidade. Com isso não seremos derrotados pelo mal mas venceremos o mal com o bem. Na linguagem de Paulo colocaremos a consciência do nosso inimigo para pensar em porquê, apesar da sua atitude para conosco, nós retribuímos com uma atitude totalmente diferente da que ele esperava.
Estamos precisando de um exército, não de guerreiros sedentos de consumir seus inimigos, mas de discípulos que estejam dispostos a amar incondicionalmente como Jesus, o Mestre, o fez. Com certeza isso provocaria uma revolução, não com sangue derramado, mas com corações transformados.
"Senhor, ajuda-me a amar incondicionalmente a todos assim como incondicionalemente tu me amas."

Fonte; http://cris-omeudeusnuncafalhara.blogspot.com/2009/03/aos-inimigos-amor.html
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Um bom exemplo de ajuda aos inimigos e amor ao próximo é a parábola do bom samaritano
Esta parábola está relatada em Lucas 10:25-35. Nós conhecemos bem a história: Um homem viajava de Jerusalém para Jericó;; no caminho ele foi assaltado por marginais que além de roubarem todos seus pertences, o maltrataram cruelmente, abandonando-o muito ferido, quase à morte.

Jesus contou esta história ao um doutor, "Intérprete da Lei" (V.25) a quem demonstrava que o único caminho para a vida eterna era o: "Amar a Deus em primeiro lugar e amar o próximo como a si mesmo. A isto o doutor perguntou, "E quem é o meu próximo?" Na história do Bom Samaritano, os indivíduos não são idendificados pelos nomes, mas caracterizados pelas funções e ações. O homem assaltado é um anônimo: talvez um viajante
Enfim, é alguém carente, desprotegido, marginalizado, sem amigos, sem dinheiro, sem família - sem ninguém - a sós no mundo, como milhões de outros por aí. Lá está ele: jogado à beira da estrada, caído na sarjeta abandonado.

Entram em cena, então aqueles que tinham a solução do problemas às mãos: Um sacerdote e um levita. Diz a Palavra de Deus: "Casualmente descia um Sacerdote por aquele mesmo caminho." Você perguntaria: Será que o sacerdote parou para ajudá-lo? Não! A Bíblia fala que numa atitude de completo "desamor" o sacerdote passou de lado, ou seja tentou ignorar aquela situação; procurou não envolver-se nem se incomodar com o pobre miserável.
Quem sabe o sacerdote havia trabalhado todo fim de semana; estava cansado e saudoso do lar. Queria ter o seu merecido repouso e ficar me paz, às sós. E afinal de contas o que tinha acontecido com aquele estranho não era da sua conta.

A história continua: "Semelhantemente um levita descia por aquele mesmo caminho, e vendo-o também passou de largo. O sacerdote nem sequer olhou para o ferido viajante. O levita, quem sabe, preocupado pois poderia ser um parente ou amigo seu, deteve-se por um instante, olhou-o, e como não o reconhecesse, passou de largo.
E lá estava o moribundo, quase a morrer. Será que ninguém se preocuparia com ele? Será que ninguém se importava? Será que ninguém tinha amor para dar?
Neste momento apareceu um estranho, um "inimigo" , ou seja um samaritano, um estrangeiro. Ora, durante cerca de 800 anos os judeus não se davam com os samaritanos, porque em 722, Salmanezer ou Sargão II, reis da Assíria tomara Samaria e substituíram seus habitantes por bailônios e sírios, que trouxeram suas tradições, crenças religiosas contrárias às dos judeus.

Os samaritanos eram inimigos, para os judeus , um foco purulento incrustado no seu território. Eram considerados como cães. Mas, vejamos: lá estava o moribundo; ele sentiu que alguém parou, desceu da montaria e se aproximou dele. Quem seria? Oh, impossível! Era um samaritano!
E o samaritano compadeceu-se dele, curou-lhe as feridas aplicando óleo e vinho; e colocou-o em cima do seu próprio animal e o levou para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: cuida deste e, se alguma coisa gastares a mais, e to indenizarei quando voltar. Finalmente alguém viu o drama do homem abandonado; alguém sentiu por ele; alguém se envolveu, alguém ajudou. Por estranho que pareça, quem ajudou era um ser rejeitado, um inimigo, um cão.
Ao Jesus terminar o relato perguntou ao doutor da lei: "Qual deste três parece ter sido o próximo do homem. . ." V.36. O homem respondeu sem titubiar, "Aquele que usou de misericórdia para com ele."  sua resposta estava correta.
Aqui estão algumas verdades para nós:

1. Muitos se dizem religiosos, cristãos, mas não desejam nenhum comprometimento com os problemas dos outros. Isto é negação de religião, isto é negar a Cristo.

2. Muitos julgam que devam ajudar aos seus familiares, seus parentes, colegas e amigos, e nada mais. O seu círculo de amor é muito limitado, sua atuação muito restrita.

3. Na concepção cristã, o nosso próximo não está limitado à nossa família, nossas amizades, nossa raça. Nosso próximo é todo aquele que necessita de auxílio e quem podemos ajudar.

4. A parábola nos ensina que a verdadeira religião é a prática do amor. É crer fazendo. É viver o que crê, e fazer o bem que se deve fazer. Tiago diz:
"A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações." Tiago 1:.27

A Bíblia nos diz: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de todas as tuas forças e todo o teu entendimento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo." Lucas 10:27
Quando Jesus terminou de contar esta história do bom Samaritano, disse para o doutor da lei: "Vai e procede tu de igual modo, e mais, . . . faze isto e viverás." Lucas 10:37-38.
Fonte: http://www.jesusvoltara.com.br/sermoes/sermao01.htm

Conclusão 
Os discípulos foram os primeiros a experimentarem de perto o amor de Jesus Cristo. No encontro pessoal e íntimo com Ele, puderam descobrir e desenvolver sua vocação primeira de viver em comunhão com Deus e com as pessoas, a partir do amor que agora transborda naturalmente.

O encontro com Cristo é a condição ao seu seguimento e à observância de seu mandamento maior: “Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (Jo 13;34).
Mas quem é o outro, ou o próximo, conforme nos referimos mais normalmente? Essa pergunta é muito importante: o próximo não se refere a um parente ou amigo, mas ao ser humano. Amar a Deus é amar a pessoa necessitada, que precisa de minha ajuda e presença. Seja ela quem for, conhecida ou não. Esse é o verdadeiro compromisso com Deus e com o outro. É também esse compromisso que motiva e justifica as muitas obras assistenciais. Essa é a condição: que amemos, como Ele mesmo, os nossos inimigos, que nos tornemos próximos dos mais afastados, que amenos como Ele as crianças, os pobres, os excluídos... enfim a todos.

O apóstolo Paulo nos recomenda a bem viver o amor. Diz-nos ainda: “Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é a caridade.” (1 Cor 13:13).

Em outras palavras, o novo mandamento “amai-vos uns aos outros como vos amo” (Jo 15:12) nos leva à ação concreta em relação aos mais necessitados: como Jesus dirá aqueles que vivem o amor:
“Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, era peregrino e me acolhestes.” (Mt 25:35).
Deus nos auxilie a viver esse amor, assim viveremos Nele – pois Deus é amor.

Colaboração para Portal Escola Dominical - - Prof. Jair César S. Oliveira e profª Jaciara da Silva 
Fonte: PortalEBD

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