sábado, 20 de junho de 2015

LIÇÃO 12- SOMOS TODOS UM

Objetivos   mostrar  como parte do corpo de Cristo temos a nossa importância,                                
                   o amor promove a união, e o perdão exerce um poder em nossa vida.


Texto Bíblico   1 Jo 2.6-11    Rm 12.2-5
Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou.
Irmãos, não vos escrevo mandamento novo, mas o mandamento antigo, que desde o princípio tivestes. Este mandamento antigo é a palavra que desde o princípio ouvistes.
Outra vez vos escrevo um mandamento novo, que é verdadeiro nele e em vós; porque vão passando as trevas, e já a verdadeira luz ilumina.
Aquele que diz que está na luz, e odeia a seu irmão, até agora está em trevas.
Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo.
Mas aquele que odeia a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos.

E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,
Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.


Introdução
Nesta lição, estaremos estudando a  nossa importância  como membros do corpo de Cristo, assim como o corpo humano possui vários membros e cada um deles com a sua função e importância, assim nós também possuímos a nossa importância.
Essa união é realizada por meio do amor, a qual permanecemos como sendo um, e também exercitamos o perdão.

I-Dedo ou dente ?
Corpo de Cristo - A Definição
O Corpo de Cristo é um termo comum, mas ao mesmo tempo complexo, usado na fé cristã. Alguns talvez pensem inicialmente que estamos falando sobre o corpo físico de Cristo, ou seja, a Sua forma humana na Terra. Entretanto, o termo "Corpo de Cristo" na verdade se refere aos membros de Sua igreja ao longo da história. Quem ou o que é o corpo de Cristo? O corpo de Cristo é a Igreja, composta por todos aqueles que aceitaram Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal. Cada cristão, então, é uma parte do corpo de Cristo. A primeira referência bíblica a este corpo foi feita por Jesus durante a última ceia. Marcos 14:22 diz: "Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Tomem; isto é o meu corpo.’" Este ato simbólico marca o início do serviço da santa ceia que os cristãos aceitam como uma lembrança de que são uma parte do corpo de Jesus Cristo devido à morte de Jesus na cruz.

Corpo de Cristo - A Unidade
O Corpo de Cristo, como todos os corpos, é composto de muitas partes. Há extremidades, órgãos e vários membros que, quando isolados, são inúteis, mas quando se juntam formam o corpo inteiro. 1 Coríntios 12:12-14 o descreve assim: "Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito. O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos." Isto significa que cada cristão é uma parte igual do corpo de Cristo!
Há organização no corpo de Cristo, conforme se descreve em Efésios 1:22-23: "Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés e o designou como cabeça de todas as coisas para a igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância."

1 Coríntios 12:27-28 também diz: "Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dom de curar, os que têm dom de prestar ajuda, os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas." Todo cristão tem um dom e é chamado a utilizá-lo em ministério dentro do corpo de Cristo para edificá-lo, fortalecê-lo e levar a cabo o seu propósito no mundo. Cada membro do corpo de Cristo também é chamado para servir à igreja através de seus dons e habilidades naturais. Este serviço é oferecido por devoção a Cristo pelo sacrifício que Ele fez na cruz, proporcionando-lhes a vida eterna no céu. A diversidade de dons, cada um apoiando o outro, fortifica o corpo!

Corpo de Cristo - Aplicação Pessoal
Como uma parte da igreja, o que você pode fazer para melhorar o corpo de Cristo? O corpo é uma entidade sagrada e deve ser respeitado e tratado com completa honra e cuidado. A Bíblia fornece vários princípios práticos para a edificação do corpo de Cristo:
Você é chamado para promover a verdade e a unidade - Efésios 4:25 diz: "Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo."                                                                                                                Você é chamado ao serviço - 1 Coríntios 12:4-11 descreve a importância de usar o dom espiritual dado por Deus, pois ele (o seu dom) é único e igualmente importante. É essencial ao corpo que você o use em serviço de Deus.
Você é chamado para compartilhar Jesus - Romanos 1:16 diz: "Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê..." Como parte do corpo de Cristo, você deve compartilhar a sua história de transformação com outras pessoas!    Você é chamado a adorar - "Como é bom render graças ao Senhor e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo, anunciar de manhã o teu amor leal e de noite a tua fidelidade" (Salmo 92:1-2) Você é chamado a amar uns aos outros - 1 João 4:11 diz: "Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros."
Você é um membro que contribui ao corpo de Cristo? Você está ativamente servindo a Deus e compartilhando-o com outras pessoas? Você está encorajando a paz e unidade dentro do corpo? Você adora regularmente? Tome um momento para avaliar a sua vida à luz destes princípios:
Fonte:http://www.allaboutgod.com/portuguese/corpo-de-cristo.htm

II-Ta tudo bem?
A União Entre os Membros do Corpo de Cristo. Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros (...). Então, tende o mesmo sentimento uns para com os outros. (Rm 12:5,16)
Do mesmo modo como o Pai está unido ao Filho e o Filho está unido ao Pai, os cristãos devem viver unidos entre si. Viver em união com os seus irmãos na fé constitui a melhor prova que o cristão pode dar de sua união com Deus. Esse foi o desejo expresso por Jesus em sua oração ao Pai: Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. O Mestre completa seu pedido, dizendo: Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade (Jo 17:21,23). É dessa união entre os fiéis que trata o estudo de hoje.

ENTENDENDO O MANDAMENTO                                                                                   
Com base nos ensinos de Cristo e dos apóstolos, trataremos a questão da união espiritual entre os cristãos. Antes de tudo, porém, cumpre-nos dizer que o viver em união constitui uma das mais importantes recomendações da palavra de Deus. O apóstolo Paulo, por exemplo, escreve aos Coríntios e solicita desses irmãos, em nome Jesus, que sejam unidos entre si. Ele diz: ... que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo sentido e em um mesmo parecer (1 Co 1:10). O cristão que ainda não aprendeu a viver em harmonia com seus irmãos de fé, ainda não entendeu a verdadeira essência do evangelho de Cristo.
Precisamos aprender a andar em unidade: Para tornar mais clara a questão da nossa unidade, temos a contribuição dada por Paulo, na comparação que fez entre a igreja e o conjunto de membros que formam o corpo humano. No corpo humano, como sabemos, cada membro tem a sua maneira própria de operar e nenhum pode dispensar a participação dos demais. Sobre isso, o apóstolo diz que, assim como, em um corpo, existem muitos membros e nem todos têm a mesma função, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros (Rm 12:4-5).
Considerando a comparação feita entre a igreja de Cristo e o corpo humano, há algo que jamais podemos esquecer: cada membro desse corpo está de tal modo ligado aos demais que aquilo que acontece com um deles afeta, de alguma forma, os outros. A Bíblia afirma: Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele (1 Co 12:26 – NVI). Em virtude dessa dependência que há, entre os membros do corpo de Cristo, Paulo novamente sugere: Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram (Rm 12:15).
A frase anterior nos mostra que precisamos aprender a ter empatia, a ponto de sofrermos com os que sofrem e alegrar-nos com os que se alegram. Devemos nos importar e nos preocupar uns com os outros. Não estamos num campeonato dentro do corpo de Cristo (igreja), competindo para saber quem é o mais talentoso, o mais espiritual ou para saber quem é o maior ou o melhor. Somos companheiros e não concorrentes. Aos Efésios, Paulo recomendou vida cristã em união, dizendo: Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz (Ef 4:3 – NVI). Isso porque a convivência dos irmãos em união é boa e agradável(cf. Sl 133:1).
O perigo de se destruir a unidade: O modo de tratamento dos membros da igreja de Cristo em relação aos outros pode fortalecer ou enfraquecer a unidade entre ambos. A atitude partidarista, por exemplo, uma vez adotada, pode destruir a comunhão, porque divide as pessoas entre si, colocando-as umas contra as outras, gerando contendas e desentendimentos. Esse tipo de atitude não pode existir entre os cristãos. Daí a recomendação do servo de Deus: Nada façais por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo (Fp 2:3).
Para que os irmãos vivam em união, é necessário, ainda, que cada um reconheça as virtudes que existem nos outros. Foi seguindo esta linha de pensamento que o apóstolo dos gentios escreveu aos filipenses as seguintes palavras: Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros (Fp 2:4). Quando subvalorizamos os outros e nos supervalorizamos, tornamo-nos egoístas, e o egoísmo leva-nos ao orgulho, que, por sua vez, pode determinar a ruína da unidade existente entre nós, igreja de Cristo. Precisamos ver e reconhecer as virtudes dos outros e evitarmos em nós qualquer sentimento de superioridade.
Além disso: não há unidade onde não há humildade! O humilde alegra-se com o bem-estar do outro e se entristece com a tristeza do outro. A partilha dos sentimentos fortalece a unidade. A palavra de Deus nos exorta: De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus (Fp 2:5-6). Se quisermos permanecer unidos, como Cristo deseja que sejamos, sigamos o exemplo do Mestre, que foi humilde por excelência. Todos nós somos iguais. Não devemos nos achar superiores, ao contrário, devemos nos ver inferiores aos demais irmãos. De outra forma, estaremos contribuindo para a destruição de nossa unidade.

Como preservar a unidade na igreja: A “unidade cristã” não é criada pelos cristãos, mas é produzida pelo Espírito Santo (cf. Ef 4:3). Portanto, é nosso dever preservá-la como algo indispensável à boa convivência entre os cristãos. O desejo que o apóstolo expressou, no tocante aos filipenses, ilustra o desejo de Deus em relação a todos nós. Paulo dizia: ... completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude (Fp 2:1 e 2). Na carta aos Efésios, o mesmo Paulo ensina que essa preservação da unidade deve ser feita com toda diligência e amor (Ef 4:2-3), ou seja, precisamos trabalhar de maneira esforçada e amorosa pela integração da igreja.
Para conservarmos a unidade de pensamento entre os irmãos, precisamos cultivar, entre estes, uma boa relação de amizade. O apóstolo Pedro ensinou: Quanto ao mais, tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, amem-se fraternalmente, sejam misericordiosos e humildes. Não retribuam mal com mal, nem insulto com insulto (1 Pe 3:8-9 – NVI). Tiago, por sua vez, ensina que não devemos falar mal uns dos outros (Tg 4:11). Paulo também diz que não devemos mentir (Cl 3:9), nem invejar (Gl 5:26), nem odiar (Tt 3:3) uns aos outros. Ao contrário, devemos amar cordialmente uns aos outros com amor fraternal (Rm 12:10).
Em suma, a comunhão uns com os outros se desenvolve e prevalece através do esforço comum e da boa vontade de todos. A nossa maior prioridade deve ser cuidar de nosso irmão, e a do seu irmão deve ser cuidar de você. É assim que acontece com o corpo humano. Por exemplo: você, às vezes, gosta de um tipo de comida; todavia, o médico o proíbe de comê-la, por não ser boa para a sua saúde. Assim, você deixa de comer tal alimento. Por que você deixa de comer? Por causa da saúde do corpo! Imagine que você esteja com dor de cabeça. Você precisa tomar um analgésico. Então, as suas “mãos”, que não têm nada a ver com a sua dor de cabeça, se envolverão, levando o remédio até a boca, o que lhe produzirá o alívio. Isso quer dizer que um membro sofre pelo outro e trabalha em benefício de todo o corpo. [1]
Até aqui, tratamos sobre a necessidade de união entre os filhos de Deus. Vimos a comparação feita pelo apóstolo Paulo entre a igreja de Cristo e o corpo humano. Nesta comparação, ficou claro que, assim como no corpo humano, no corpo de Cristo, cada membro tem a sua maneira própria de operar. Só há regularidade no funcionamento geral da igreja quando cada um dos seus membros estiver operando em perfeita harmonia com os demais. Unir-nos uns aos outros é mandamento do Senhor. Por isso, no que depender de nós, devemos cultivar e preservar a unidade entre os irmãos

APLICANDO A PALAVRA DE DEUS EM NOSSA VIDA                                                     
Não é saudável caminhar sozinho - Se “é melhor andar só, do que mal acompanhado”, muito melhor é andar bem acompanhado do que andar só. Foi isso que disse o sábio: Melhor é serem dois do que um. E ele explica a razão: ... porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só, pois caindo não haverá outro que o levante (Ec 4:9-11). Em nossa caminhada cristã, que tipo de companheiros temos sido? O que ajuda quem precisa ou o que precisa de ajuda? Biblicamente, cada um tem o dever de ajudar o outro.
Não podemos pensar que somos superiores - Em muitos casos, a comunhão da igreja é prejudicada em decorrência da falta de humildade. Há nela algumas pessoas que, por terem a seu favor uma maior experiência religiosa, por terem mais tempo de caminhada cristã, por serem financeiramente mais favorecidas, por serem intelectualmente mais esclarecidas, por serem socialmente mais bem relacionadas etc., julgam-se superioras às demais, chegando a demonstrar isso com gestos, palavras e atitudes. Essas coisas não deveriam existir entre os filhos de Deus, porque, segundo Jesus, não somos nem maiores e nem melhores do que ninguém. Todos nós somos iguais!
 Não devemos provocar divisões na igreja - O apóstolo Paulo parece ter sido, entre os apóstolos, aquele que mais sofreu, em consequência das divisões entre os membros da igreja, no seu tempo. Para algumas delas, ele pediu com “rogos” que se mantivessem unidas (Rm 16:17; 1 Co 1:10; Fp 2:2). Em sua primeira carta aos Coríntios, ele diz textualmente: Para que não haja divisões no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros (1 Co 12:25). O cristão deve ser não só uma pessoa pacífica, mas também um pacificador, promovendo e incentivando a unidade e o bom relacionamento entre os irmãos.
Em todo este estudo tratamos sobre necessidade de união entre os irmãos. Na comparação feita entre os membros da igreja e os membros do corpo humano, ficou claro que Deus quer que, como irmãos que somos, vivamos em integração e dependência uns dos outros, assim como acontece com as diversas partes do corpo humano. Para que haja união entre os irmãos, é necessário também que haja humildade. Em matéria de humildade, nenhum exemplo pode ser comparado ao que Cristo nos deixou. Foi ele que, sendo Deus, fez-se homem. Fez de tudo para nos unir a ele e para nos unir uns aos outros, assim como ele está unido com o Pai.
Fonte: http://atestemunhafiel.no.comunidades.net/index.php?pagina=1034002315

III- Você me perdoa?
O Que Significa Perdoar?                                                                                                        Josétinha apenas dezessete anos quando seus irmãos, friamente, venderam-no para a escravidão. Separado de sua família e do seu país, ele atingiu a posição de supervisor da casa de Potifar, seu senhor egípcio. Mas o desastre atingiu-o novamente. Ele recusou os avanços sexuais da esposa de Potifar e ela acusou-o falsamente de assediá-la. Ele foi posto na prisão, onde, mais uma vez, o Senhor estava com ele e se tornou o supervisor dos outros prisioneiros. José permaneceu nessa prisão pelo menos durante dois anos (Gênesis 37; 39).
Faraó, rei do Egito, teve um sonho e desejava sua interpretação. José foi capaz, pelo poder de Deus, de interpretar o sonho de Faraó e foi exaltado a uma posição de poder próxima à do próprio Faraó. Este fê-lo encarregado da armazenagem e da distribuição dos cereais em toda a terra do Egito. Foi depois disto que os irmãos de José vieram ao Egito para comprar cereais. Estava dentro do poder de José tomar vingança contra aqueles que tinham pecado contra ele tantos anos atrás. Contudo, a Bíblia nos conta que José experimentou seus irmãos e, tendo visto o arrependimento deles, recebeu-os com lágrimas e afeto (Gênesis 45:1-15). Ele os tinha perdoado por seu pecado.
Muitas pessoas não perdoariam, como José o fez. Não é fácil, freqüentemente, perdoar, e quanto maior a intimidade que temos com aquele que peca contra nós, mais difícil é perdoá-lo. As Escrituras nos ensinam, contudo, que a má vontade em perdoar os outros nos retira o perdão divino. Jesus ensinou: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas" (Mateus 6:14-15). Desde que todos os indivíduos responsáveis diante de Deus necessitam de perdão, é portanto indispensável que entendamos e pratiquemos o perdão.


O que é o Perdão?
A palavra grega traduzida como "perdoar" significa literalmente cancelar ou remir. Significa a liberação ou cancelamento de uma obrigação e foi algumas vezes usada no sentido de perdoar um débito financeiro. Para entendermos o significado desta palavra dentro do conceito bíblico de perdão, precisamos entender que o pecador é um devedor espiritual. Até Jesus usou esta linguagem figurativa quando ensinou aos discípulos como orar: "e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores" (Mateus 6:12). Uma pessoa se torna devedora quando transgride a lei de Deus (1 João 3:4). Cada pessoa que peca precisa suportar a culpa de sua própria transgressão (Ezequiel 18:4,20) e o justo castigo do pecado resultante (Romanos 6:23). Ele ocupa a posição de pecador aos olhos de Deus e perde sua comunhão com Deus (Isaías 59:1-2; 1 João 1:5-7).
A boa nova do evangelho é que Jesus pagou o preço por nossos pecados com sua morte na cruz. Quando aceitamos o convite para a salvação através de nossa obediência aos mandamentos de Deus, ele aceita a morte de Jesus como o pagamento de nossos pecados e nos livra da culpa por nossas transgressões. Não ficamos mais na posição de infratores da lei ou devedores diante de Deus. Somos perdoados!
O perdão, então, é um ato no qual o ofendido livra o ofensor do pecado, liberta-o da culpa pelo pecado. Este é o sentido pelo qual Deus “esquece” quando perdoa (Hebreus 8:12). Não que a memória de Deus seja fraca. Por exemplo, Deus lembrou-se do pecado de Davi a respeito de Bate-Seba e Urias muito tempo depois que Davi tinha sido perdoado (2 Samuel 12:13; 1 Reis 15:5). Ele liberta a pessoa perdoada da dívida do seu pecado, isto é, cessa de imputar a culpa desse pecado à pessoa perdoada (veja Romanos 4:7-8).

O Perdão é Condicional                                                                                                                  
É importante entender que o perdão de Deus é condicional. Deus perdoa livremente no sentido que ele não exige a morte do pecador que responde a seu convite de salvação, permitindo que a morte de Jesus pague a pena por seus pecados. Contudo, Deus exige fé, arrependimento, confissão de fé e batismo como condições para o perdão do pecador estranho (Marcos 16:16; Atos 2:37-38; 8:35-38; Romanos 10:9-10). O perdão é também condicional para o cristão que peca. O arrependimento, a mudança de pensamento, precisam ocorrer antes que o perdão divino seja estendido (Atos 8:22). Deus nos chama a perdoar assim como ele perdoa. Quando alguém peca contra mim, ele se torna um transgressor da lei de Cristo. Eu o considero um pecador. Se ele se arrepende e pede para ser perdoado, eu tenho que perdoá-lo, isto é, libertá-lo de sua culpa como transgressor. Quando eu o perdoo, não o considero mais um pecador. Posso não ser literalmente capaz de esquecer o pecado que ele cometeu mais do que Deus literalmente "esquece" nossos pecados, mas preciso deixar de atribuir a ele a culpa pelo seu pecado. Deste modo, eu o liberto de sua "dívida"”

E se o pecador não se arrepender? Tenho que perdoar aquele que peca contra mim, mas não se arrepende? Talvez esta pergunta seja melhor respondida pelas palavras de Jesus: "Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe" (Lucas 17:3-4). Jesus indicou que o perdão deveria ser estendido quando o pecador se arrepende e confessa seu pecado. Precisamos também lembrar que Deus sempre exige arrependimento como condição de divino perdão. Deus não exige de nós o que ele mesmo não está querendo fazer.

Perdão Não É . . .
De fato, se libertamos o pecador de sua culpa sem arrependimento, encorajamo-lo a continuar em seus modos destruidores. O perdão não é a desculpa pelo pecado. Algumas pessoas "esquecem," isto é, ignoram os pecados cometidos contra elas porque têm medo de enfrentar o pecador. Entretanto a Bíblia é bem explícita sobre o curso da ação a ser seguida quando um irmão peca contra mim (Lucas 17:3; Mateus 18:15-17). O perdão fala de misericórdia, mas não deverá ser confundido com a tolerância e permissão do pecado. O Senhor perdoará ou punirá o pecador, dependendo da reação do pecador ao evangelho, mas ele não tolera a iniquidade.

A Bíblia ensina que o direito de vingança pertence ao Senhor (Romanos 12:17-21). O perdão, contudo, não é simplesmente uma recusa a tirar vingança. Algumas vezes a pessoa ofendida abstém-se de responder ao mal com o mal, mas não está querendo libertar o pecador de sua condição de transgressor mesmo quando o pecador se arrepende. A pessoa contra quem se pecou pode querer usar o pecado como um cacete para castigar o pecador, mencionando-o de vez em quando para vergonha do pecador. Se perdoo meu irmão, tenho que "esquecer" seu pecado no sentido que não mais o atribuo a ele. O perdão não é a remoção das consequências temporais de nosso pecado. O homem que assassina outro pode arrepender-se e procurar o perdão, mas ainda assim sofrerá o castigo temporal da lei humana. Mesmo se perdoado, pode ter que passar o resto de sua vida na prisão. O perdão remove as consequências eternas do pecado!

Como Posso Perdoar?
O pecado danifica as relações entre as pessoas como prejudica nossa relação com nosso Criador. A pessoa contra quem se pecou frequentemente se sente ferida, talvez irada pela injustiça do pecado cometido. O perdão é necessário para a cura espiritual da relação, mas precisamos preparar nossos corações para perdoar. Precisamos aceitar a injustiça do ferimento, a deslealdade do pecado, e ficarmos prontos para perdoar (observe os exemplos de Jesus e Estevão; Lucas 23:34; Atos 7:60). Mesmo se o pecador se recusar a se arrepender, não podemos continuar a nutrir a raiva, ou ela se tornará em ódio e amargura (veja Efésios 4:26-27,31-32). Ainda que o pecador possa manter sua posição como transgressor por causa de sua recusa a se arrepender, seu pecado não deverá dominar meu estado emocional.

E se o pecador se arrepender? Como posso aprender a perdoar? Jesus contou uma parábola sobre um servo que devia uma quantia enorme (10.000 talentos) ao seu rei (Mateus 18:23-35). Ele era incapaz de pagar a dívida e implorou ao rei por compaixão. O rei perdoou-o por sua enorme dívida, mas este servo prontamente saiu e encontrou um dos seus companheiros servos que devia a ele uma quantia relativamente pequena e exigiu pagamento, agarrando-o pelo pescoço. Ainda que o companheiro de servidão implorasse por compaixão, o credor entregou-o à prisão. Quando o rei foi informado dos atos de seu servo incompassivo, irou-se e reprovou este servo, entregando-o aos torturadores até que ele pagasse totalmente sua dívida. É claro que estamos representados na parábola pelo servo que tinha uma dívida enorme. Não há comparação entre as ofensas que temos cometido contra Deus e aquelas que têm sido cometidas contra nós. Jesus observou que, justo como no caso do servo não misericordioso, o Pai não nos perdoará por nossas infrações se não perdoarmos nossos companheiros (18:35; veja também Mateus 5:7).
Para nos prepararmos para perdoar, precisamos lembrar que nós mesmos somos pecadores e necessitados do perdão divino (Romanos 3:23). No caso do cristão, Deus já lhe perdoou uma imensa dívida no momento do batismo. Quando nos lembramos da grandeza da dívida que Deus quer nos perdoar, certamente podemos perdoar aqueles que nos devem muito menos em comparação (Efésios 4:32; Colossenses 3:13).                                                                            Fonte:  Allen Dvorak

Conclusão
Unidade é Ação coletiva, que tende a um único objetivo; coesão; integração; união. Na unidade não significa que todos se tornam iguais, que as diferenças desapareçam, mas significa que cada um abre mão do seu “pensamento próprio” para caminhar junto numa mesma visão, num mesmo propósito com os demais, para o cumprimento de metas estabelecidas pela liderança ou coletivamente
Fonte: estudo.gospelmais.com.br

Colaboração para o Portal Escola Dominical – Profº Jair César Silva Oliveira 
Fonte: PortalEBD

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