Para refletir
“"Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens.".(Mt 5.13- NVI).
Texto Bíblico: Mt 5.13-16
Sal da terra e luz do mundo
Nós, cristãos, temos a oferecer ao mundo, como modelo, a exemplo de Jesus.
O Senhor Jesus, comparando os discípulos com o sal e com a luz, explica-lhes que devem ter em conta duas coisas para cumprir com sua missão no mundo:
1) ser fiéis à sua identidade;
2) a necessidade de “localizar-se” em um lugar apropriado do qual sua luz possa iluminar os que se encontram “na casa”.
O sal, para “dar sabor” aos mantimentos, deve manter sua força ou virtude, quer dizer, sua capacidade de salgar. De modo análogo o discípulo, para ser sal da terra, deve ser o que está chamado a ser, deve ser verdadeiramente cristão, acolhendo em si mesmo a força transformante do Senhor, vivendo como o Senhor ensina.
Por outro lado, o Senhor Jesus compara a missão de seus discípulos com a função que desempenha uma lâmpada posta em um lugar escuro (Mt 9. 15-16): deles tem que brotar uma luz que deve iluminar a todos os homens que vêm a este mundo. Esta é uma luz própria? Não, a luz que o discípulo deve espalhar é a Luz que ele mesmo recebe do Mestre, do Senhor: Ele mesmo é a Luz que ilumina a todo homem que vem a este mundo (ver Jo 1. 9), Luz que vem de Deus.
Quer dizer, o modo comum como Deus pensou em seus amorosos desígnios para fazer brilhar sua Luz no mundo — aquela que é a vida dos homens, aquela que os arranca das trevas do pecado e da morte — é por seu Filho: Eu vim como luz ao mundo; assim, todo aquele que crer em mim não ficará nas trevas (Jo 12.46). Mas também quis fazer brilhar sua Luz associando a esta missão de seu Filho seus discípulos. Os discípulos congregados em sua Igreja — desde que o Senhor Ressuscitado ascendeu aos céus até que Ele volte — têm que fazer brilhar “em seu rosto”, quer dizer, em si mesmos, a luz de Cristo para refleti-la ao mundo inteiro: A luz dos povos é Cristo: por isso, este sagrado Concílio, reunido no Espírito Santo, deseja ardentemente iluminar com a Sua luz, que resplandece no rosto da Igreja, todos os homens, anunciando o Evangelho a toda a criatura.
Ao perceber aquela luz — luz que vem de Deus e que é “feita própria”— que emana do ser do discípulo (qual luz que arde em um abajur, e que posta sobre a mesa ilumina a todos os que estão na casa), luz que se faz visível a todos particularmente em suas boas obras (as obras da caridade que correspondem perfeitamente aos ensinamentos do Senhor Jesus), muitos — conhecendo a misericórdia do Pai pela força irradiativa do amor — ver-se-ão impulsionados a voltar-se para Deus e a dar-lhe glórias.
Luzes para a vida cristã
Todo homem ou mulher que consciente ou inconscientemente rejeita a Deus, que o afasta de sua vida cotidiana, que não admite suas leis e as transgride, fica submerso nas trevas. As trevas que inundam a mente e o coração do ser humano não ficam nele: difundem-se, avançam sobre outros corações e sobre a sociedade inteira, alimentando progressivamente uma cultura sem Deus, oposta a Deus, imersa na confusão e na espessa escuridão.
Há os cegos que, transformados totalmente em trevas, odeiam a Luz e a rechaçam (ver Jo 1. 9-11), odiando todo aquele que vem da luz. Mas há muitos outros que, embora submersos nas trevas e no mar de confusão, andam procurando ansiosos que alguém ilumine seus olhos e dissipe suas trevas.
Felizes somos nós, que fomos iluminados por Cristo! Foi a nós que Ele tirou das trevas por meio de homens ou mulheres que souberam nos transmitir essa luz de Cristo. O Senhor também nos chama agora para ser “luz do mundo”, lâmpadas que com a Luz de Cristo brilhem dissipando as trevas de muitos corações. Com efeito, você é luz quando acolhe em si Àquele que vindo ao mundo, ilumina todo homem (Jo 1. 9). Se Cristo habitar em você, você será como uma lâmpada que irradia a Cristo, dissipando muitas trevas com sua presença, testemunho e palavras.
Entretanto, temos que reconhecer que também nós precisamos ser iluminados continuamente por Cristo, que tampouco nós estamos totalmente livres das trevas. Há trevas em mim quando o pecado habita em mim. Há trevas em mim quando alguns de meus modos de pensar, sentir e agir obedecem aos critérios do mundo. Você não descobre em si mesmo alguma treva que ainda precisa ser iluminada e dissipada? Sem dúvida! Por isso humildemente reconheçamos que necessitamos de uma maior conversão: preciso me assemelhar a Cristo cada vez mais, para que seja Ele quem viva plenamente em mim (ver Gal 2. 20), e seja essa Luz em mim que passe através de mim como por um cristal puro e limpo para iluminar a muitos, libertando-os das trevas nas quais se acham submersos. Se você e eu não brilhamos intensamente com essa Luz, que é Cristo, quantos ficarão submersos nas trevas por nossa culpa?
Assim, pois, afaste de ti todas as trevas, para que você seja todo luz! Liberte-se de todo obstáculo, de toda opacidade, para transparecer uma plena e total adesão ao Senhor, para mostrar o fogo de amor que arde em seu coração, para irradiar o entusiasmo que significa seguir plenamente o Senhor Jesus! Deixa que a luz de Cristo inunde todo o seu ser, sua mente e coração, para que você seja também “luz do mundo”!
Conclusão
É, freqüentemente, muito difícil corrigir anos ou mesmo gerações de erros. Mas está claro que o único modo pelo qual podemos esperar ter boas famílias moldadas nos princípios divinos é voltar ao plano que Deus tem revelado. Temos que estudar a Bíblia, aprender estes princípios, aplicá-los em nossas vidas, e ensiná-los aos nossos filhos e aos outros.
Lembrem-se, os benefícios serão eternos!
A família não pode se fechar sobre si mesma! Pais, mães e filhos devem sair dos limites de seus lares para santificar seus vizinhos, sua rua, seu bairro. Para, junto com outras famílias, mudar estruturas, corações e mentalidades. Colaborar, em última análise, na implantação do Reino de Deus na terra.
Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª Jaciara da Silva
Fonte: PortalEBD
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