O espiritismo é, sem dúvida, uma das heresias que
mais cresce no mundo hoje. O Brasil, particularmente, detém o triste recorde de
ser o maior reduto espiritista do mundo. O seu crescimento se dá, em grande
parte, devido ao fascínio que os seus ensinos exercem sobre as mentes de
pessoas desprovidas do verdadeiro conhecimento, e alienadas de Deus. Alheio a
Palavra de Deus, e divorciado de toda a verdade, o espiritismo tem se
constituído numa espécie de "profundezas de Satanás", pronto a tragar
pessoas incautas que estão a buscar a Deus em todos os lugares e por todos os
meios. I. RESUMO HISTÓRICO DO ESPIRITISMO O espiritismo se constitui no mais
antigo engano religioso já surgido. Porém, em sua forma moderna como hoje é
conhecido, o seu ressurgimento se deve a duas jovens norte-americanas, Margaret
e Kate Fox, de Hydeville, Estado de Nova Iorque. 1. 1. ESTRANHOS FENÔMENOS. Em
dezembro de 1847, Margaret e Kate Fox, respectivamente de doze e dez anos,
começaram a ouvir pancadas em diferentes pontos da casa onde moravam. A
princípio julgaram que esses ruídos fossem produzidos por ratos e camundongos
que infestavam a casa. Porém, quando os lençóis começaram a ser arrancados das
camas por mãos invisíveis, cadeiras e mesas tiradas dos seus lugares, e uma mão
fria tocou no rosto duma das meninas, percebeu-se que o que estava acontecendo
eram fenômenos sobrenaturais. A partir daí, as meninas criaram um meio de
comunicar-se com o autor dos ruídos, que respondia perguntas com um determinado
número de pancadas. 1. 2. EXPANSÃO DO MOVIMENTO. Partindo desse acontecimento
que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da época, propagaram-se
sessões espíritas por toda a América do Norte. Na Inglaterra, porém, a consulta
aos mortos já era muito popular entre as camadas sociais mais elevadas. Por
conseguinte, os médiuns norte-americanos encontraram ali solo fértil onde a
semente do superticionismo espírita haveria de ser semeada, nascer, crescer,
florescer e frutificar. Na época, outros países de Europa também foram visitados
com sucesso pelos espíritas norte-americanos, na França, a figura de Allan
Kardec é a principal dos arraiais espiritistas. Léon Hippolyte Rivail (o
verdadeiro nome de Allan Kardec), nascido em Lião, em 1804, filho de um
advogado, tomou o pseudônimo de Allan Kardec por acreditar ser ela a
reencarnação de um poeta celta com esse nome. Dizia Ter recebido a missão de
pregar uma nova religião, o que começou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano
depois, publicou o Livro dos Espíritos, que muito contribuiu na propaganda
espiritista. Dotado de inteligência e inigualável sagacidade, estudou todas a
literatura afim disponível na Inglaterra e nos Estados unidos, e dizia ser
guiado por espíritos protetores. Notabilizou-se por introduzir no espiritismo a
idéia da reencarnação. De 1861
a 1867, publicou quatro livros: Livro dos Médiuns, O
Evangelho segundo o Espiritismo, Céu e Inferno e Gênesis. O homem dotado de
características físicas e mentais de grande resistência, Allan Kardec foi
apóstolo das novas idéias que haveriam de influir na organização do
espiritismo. Fundou a Revista Espírita, periódico mensal editado em vários
idiomas. Ele mesmo assentou as bases da "Sociedade Continuadora da Missão
de Allan Kardec". Morreu em 1869. II. SUBDIVISÕES DO ESPIRITISMO Embora
consideremos o espiritismo igual em toda a sua maneira de ser, os. Próprios
espíritas preferem admitir haver diferentes formas de espiritismo, assim
designadas:
1; 1. ESPIRITISMO COMUM.
Dentre as muitas práticas dessa classe de
espiritismo, destacam-se as seguintes: a) Quiromancia - Adivinhação pelo exame
das linhas das mãos. Mesmo que "quiroscopia". b) Cartomancia -
Adivinhação pela decifração de combinações de cartas de jogar c) Grafologia -
Estudo dos elementos normais e principalmente patológicos de uma personalidade,
feito através da análise da sua escrita. d) Hidromancia - Arte de adivinhar por
meio da água. e) Astrologia - Estudo e/ou conhecimento da influência dos
astros, especialmente dos signos, no destino e no comportamento dos homens;
também conhecida como "uranocospia". 1. 2. BAIXO ESPIRITISMO
O baixo espiritismo, também conhecido como
espiritismo pagão, inculto e sem disfarce, identifica-se pelas seguintes
práticas: a) Vudu ? Culto de negros, antilhanos, de origem animista, e que se
vale de certos elementos do ritual católico. Praticado principalmente no Haiti.
b) Candomblé ? Religião dos negros ioruba, na Bahia. c) Umbanda ? Designação
dos cultos afro-brasileiros, que se confundem com os da macumba e dos
candomblés da Bahia, xangô de Pernambuco, pajelança da Amazônia, do catimbó e
outros cultos sincréticos. d) Quimbanda ? Ritual da macumba que se confunde com
os do umbanda. e) Macumba ? Sincretismo religioso afro-brasileiro derivado do
candomblé, com elementos de várias religiões africanas, de religiões indígenas
brasileiras e do catolicismo.
2. 3. ESPIRITISMO CIENTÍFICO.
O espiritismo científico é também chamado
"alto Espiritismo", "Espiritismo Ortodoxo",
"Espiritismo Profissional" ou "Espiritualismo". Ele se
manifesta, inclusive, como "sociedade", como, por exemplo, a LBV
(Legião da Boa Vontade), fundada e presidida por muitos anos pelo já falecido
Alziro Zarur. Esta classe de espiritismo tem sido conhecida também como: a)
Ecletismo ? Sistema filosófico dos que não seguem sistema algum, escolhendo de
cada um a parte que lhe parece mais próxima da verdade. b) Esoterismo -
Doutrina ou atitude de espírito que preconiza que o ensinamento da verdade deve
reservar-se a um número restrito de iniciados, escolhidos por sua influência ou
valor moral. c) Teosofismo ? Conjunto de doutrinas religioso-filosóficas que
têm por objetivo a união do homem com a divindade mediante a elevação
progressiva do espírito até a iluminação. Iniciado por Helena Petrovna
Blavastky, mística norte-americana (1831-1891), fanática adepta do budismo e do
Iamaísmo.
2. 4. ESPIRITISMO KARDECISTA.
O espiritismo Kardecista é a classe de
espiritismo comumente praticada no Brasil, e tem, como principais, entre as
muitas teses, as seguintes: a) Possibilidade de comunicação com os espíritos desencarnados.
b) Crença da reencarnação. c) Crença de que ninguém pode impedir o homem de
sofrer as conseqüências dos seus atos. d) Crença na pluralidade dos mundos
habitados. e) A caridade é virtudes únicas, aplicadas tanto aos vivos como aos
mortos. f) Deus, embora exista, é um ser impessoal, habitando num mundo
longínquo. g) Mais perto dos homens estão os "espíritos-guia". h)
Jesus foi um médium e reformador judeu, nada mais que isto. Evidentemente, o
diabo é um demagogo muito versátil e maleável, capaz de muitas transformações.
Aos psicólogos, ele diz: "Trago-vos uma nova ciência". Aos
ocultistas, assevera: "Dou-vos a chave para os últimos segredos da
criação". Aos racionalistas e teólogos modernista, declara: "Não
estou aí. Nem mesmo existo". Assim faz o espiritismo: muda, de roupagem,
como o camaleão muda de cor, de acordo com o ambiente, ainda que, na essência,
continua sempre o mesmo: supersticioso, fraudulento, mau e diabólico. III. A
TEORIA DA REENCARNAÇÃO
A teoria da reencarnação se constitui no cerne de
toda a discussão espiritista. Destruída esta teoria, o espiritismo não poderá
subsistir. Sobre este assunto, escreveu Allan Kardec: "A reencarnação
fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição... A reencarnação é
à volta da alma, ou espírito, à vida corporal, mas em outro corpo novamente
formado para ele que nada tem de comum com o antigo" (O Evangelho Segundo
o Espiritismo).
2. 1. A
BÍBLIA NEGA A REENCARNAÇÃO
A Bíblia jamais faz qualquer referência à palavra
"reencarnação", tampouco a confunde com a palavra
"ressurreição". Segundo o dicionário Escolar da Língua Portuguesa, da
Francisco da Silveira Bueno, "Reencarnação é o ato o u efeito de
reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito; enquanto que a palavra"
"ressurreição", no grego, é "anastasis" e
"égersis", ou seja, levantar, erguer, surgir, sair de um local ou de
uma situação para outra. No latim, "ressurreição" é o ato de
ressurgir, voltar vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo
"ressurreição" como o mesmo que ressurgir dos mortos, e, em linguagem
mais popular, união da alma e do espírito ao corpo, após a morte física. 3. 2.
Ressurreição na Bíblia
No decorrer de toda a narrativa bíblica, são
mencionados oito casos de ressurreição, sendo sete de restauração da vida, isto
é, ressurreição para tornar a morrer, e um de ressurreição no sentido pleno,
final ? o de Jesus. Este foi diferente, porque foi ressurreição para nunca mais
morrer, não somente pelo fato de ele ser Jesus, mas porque, ao ressurgir,
tornou-se ele o primeiro da ressurreição real (I Cor 15:20-23). A expressão
"ressurreição dentre os mortos" , como em Lucas 20:35 e Filipenses
3:11, implica numa ressurreição da qual somente os justos participarão. Os
participantes da verdadeira ressurreição não mais morrerão (Lc 20:36). A dita
expressão é tradução correta do original. A palavra "dentre" indica
que os mortos ímpios continuarão sepultados quando os santos ressurgirem. Os
sete outros casos de ressurreição na Bíblia, por ordem, são: a) o filho da
viúva de Serépta (I Rs 17:19-22); b) o filho da sunamita (II Rs 4:32-35); c) o
defunto que foi lançado na cova de Eliseu (II Rs 13:21); d) a filha de Jairo
(Mc 5:21-23,35-43); e) o filho da viúva de Naim (Lc 7:11-17); f) Lázaro (Jo
11:1-46); g) Dorcas (At 9:36-43). O caso da ressurreição de Jesus, que, como já
dissemos, é diferente, acha-se registrado em Mateus 28:10-10; Marcos 16:1-8;
Lucas 24:1-12; João 20:1-10 e I Corintos 15:4, 20-23. Quanto à ressurreição
propriamente dita, escreve Allan Kardec: "A ressurreição implica na volta
da vida ao corpo já morto ? o que a ciência demonstra ser materialmente
impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo foram, depois de muito
tempo, dispersos e absorvidos". É evidente que esta teoria de Allan Kardec
não pode prevalecer, uma vez que se baseia em conceitos de homens e não nas
Escrituras, que declaram a possibilidade da ressurreição dos mortos. Não vem ao
caso citarmos aqui os casos de mortos que foram ressuscitados antes de serem
levados à sepultura. Vamos citar apenas dois casos de mortos que foram
levantados dentre os mortos após quatro e três dias de sepultados: Lázaro e
Jesus. 3.2.1 Lázaro.
O testemunho de João capítulo 11 é que Lázaro: a)
Estava morto (vv. 14, 21, 32,37); b) Estava sepultado já havia quatro dias (vv.
17,39); c) Já cheirava mal (v. 39); d) Ressuscitou ainda amortalhado (v. 44);
e) Ressuscitou com o mesmo corpo e coma mesma aparência, que possuía antes de
morrer (v. 44). 1.2.1 Jesus.
O testemunho da Escrituras quanto à morte e
ressurreição de Jesus Cristo, é que: a) Os soldados romanos testemunharam que
Cristo estava morto (Jo 19:33). b) José de Arimatéia e Nicodemos sepultaram-no
(Jo 19:38-42). c) Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24:6). d) Mesmo
depois de ressuscitado, ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos, para
mostrar que seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a crucificação,
porém, glorificado (Lc 24:39; Jo 20:27). 1.3. Uma teoria Absurda.
Procurando dar sentido bíblico à absurda teoria
da reencarnação, Allan Kardec lança mão do capítulo 3 de João para dizer que
Jesus ensinou sobre a reencarnação. Os tradutores da obra de Allan Kardec, O
Evangelho Segundo o Espiritismo, usaram a versão bíblica do padre Antônio
Pereira de Figueiredo como texto base de sua tradução, grifando o versículo 3
do citado capitulo de João: "Na verdade te digo que não pode ver o reino
de Deus senão aquele que renascer de novo" (o grifo é nosso), quando o
versículo naquela versão é escrito da seguinte forma: "Na verdade, na
verdade, te digo, que não pode ver o reino de Deus, senão aquele que nascer de
novo" (o grifo é nosso). "Renascer" já significa nascer de novo,
enquanto que "renascer de novo" se constitui numa intolerável
redundância, mas não sem próprio por parte do espiritismo que por tudo procura
provar que a absurda teoria da reencarnação tem fundamento na Bíblia.
IV. JOÃO
BATISTA ERA ELIAS REENCARNADO?
Dirigindo-se a Jesus, perguntaram-lhe os seus
discípulos: - "Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias
venha primeiro? Então Jesus respondeu: - De fato Elias já veio, e não o
reconheceram, antes fizeram com ele tudo quanto quiseram... Então os discípulos
entenderam que lhes falara a respeito de João Batista" (Mt 17:10-13). 3.1.
Opinião Espiritista
Prevalecendo-se do literalismo destas passagens,
escreveu Allan Kardec: "A noção de que João Batista era Elias e de que os
profetas podiam reviver na terra, depara-se em muitos passos dos Evangelhos,
especialmente nos acima citados. Se tal crença fosse um erro, Jesus não a deixaria
de combater, como fez com muitas outras, mas, longe disso, a sancionou com sua
autoridade..." "É ele mesmo o Elias, que havia de vir". Aí não
há nem figuras nem alegorias; é uma afirmação positiva" (O Evangelho
Segundo o Espiritismo, pags, 25-27). 4.2 Objeção Bíblica
Um dos conceitos de hermenêutica mais conhecido é
aquele que diz que a Bíblia interpreta-se a si mesma. Portanto, somos impedidos
de lançar mãos de recursos alheios ao espírito bíblico para interpretar o mais
simples dos seus ensinos. A bíblia mesma dá respostas às suas indagações. À
pergunta: - João Batista era Elias encarnado ou não? Ele mesmo responde a esta
indagação, dizendo: - "Não sou" (Jo 1.21). Sobre João Batista, diz
Lucas 1:17: "E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para
converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos
justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto". Isto não
quer dizer que João fosse Elias, mas que no seu ministério haveria
peculiaridade do ministério de Elias. De fato, A Bíblia não trata de nenhum
outro caso de dois homens, cujos ministérios tenham tanta semelhança como João
Batista e Elias. Embora o refrão popular: "Tal pai, tal filho". Isto
não quer dizer que o filho seja absolutamente igual ao pai, ou que um seja a
reencarnação do outro, mas sim, que existem hábitos comuns entre ambos. 2. 3.
Cinco Pontos a considerar
Dentre as muitas razões pelas quais cremos que
João Batista não era Elias reencarnado, queremos citar as seguintes: ? Os
judeus criam que João Batista fosse Elias ressuscitado, não reencarnado (Lc
9:7-8). ? Se os judeus realmente acreditassem que João era Elias reencarnado e
não ressuscitado, não teriam noutra oportunidade admitido que Cristo fosse
Elias ressuscitado. João Batista e Cristo, que viveram simultaneamente por
cerca de trinta anos, não podiam ser Elias ressuscitado ou reencarnado, ao
mesmo tempo (Lc 9:7-9). ? Se reencarnação é o fato ou efeito de reencarnar,
pluralidade de existências com um só espírito, é evidente que um vivo não pode
ser reencarnação de alguém que nunca morreu. Fica claro assim que João Batista
não era Elias, já que este não morreu, pois foi arrebatado vivo ao céu (II Rs
2:11). ? Se João Batista fosse Elias, quem primeiro teria conhecimento disso
teria sido ele mesmo e não os judeus ou os espíritas. Àqueles que lhe
perguntaram: - És tu Elias?", ele respondeu desembaraçadamente:-"
"Não sou". (Jo 1:21) ? Se João Batista fosse Elias reencarnado, no
momento da transfiguração de Cristo teriam aparecido Moisés e João Batista, e
não Moisés e Elias (Mt 17:18). Fica mostrado, portanto, que as Bíblias não
apóia a absurda teoria espiritista da reencarnação. Até mesmo os chamados
"fatos comprovados" da reencarnação, apresentados pelos advogados do
espiritismo, na verdade não comprovam coisa alguma.
V. A INVOCAÇÃO DE MORTOS
Reencarnação e invocação de mortos são as duas principais estacas de
sustentação de toda a fraude espiritista. Se ambas puderem ser removidas, o
espiritismo ruinará irremediavelmente. 5.1. O que a Bíblia Diz. Aos hebreus que
saíram do Egito e se aproximavam de Canaã, por intermédio de Moisés, disse o
Senhor Deus: "Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não
aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti se não
achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador,
nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de
encantamentos, nem que consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem
consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor,
e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança fora diante dele. Perfeito
serás, como o Senhor teu Deus. Porque nações, que hás de possuir, ouvem os
prognasticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu
tal coisa" (Dt 18:9-14). Com base nestas palavras de Moisés, no seu livro
O céu e o inferno, aduzem Allan Kardec: "... Moisés devia, pois, por
política, inspirar nos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem Ter
semelhança e pontos de contatos com o inimigo". 5.2. Deus Condena a
Invocação de Mortos.
Alegar que Moisés se opunha aos costumes pagãos
dos cananeus, por razões simplesmente políticas, como afirma Allan Kardec
atesta a completa ignorância do espiritismo quanto às Escrituras Sagradas. A
proibição divina de se consultar os mortos não prova que havia comunicação com
os mortos. Prova apenas que havia consulta aos mortos, o que não significa
comunicação real com eles. Era apenas uma tentativa de comunicação. As práticas
de tais consultas aos mortos, sempre existiram embustes, mistificações,
mentiras farsas e manifestações de demônios. É o que acontece nas sessões
espíritas, onde espíritos demoníacos, espíritos enganadores, manifestam-se,
identificando-se com pessoas amadas que faleceram. Alguns desses espíritos têm
aparecido, identificando-se com os nomes de grandes homens, ministrando ensinos
e até apresentando projetos éticos e humanitários, que terminam sempre em destroços. São
espíritos que se prestam ao serviço do pai da mentira, Satanás. O povo de Deus,
porém, possui a inigualável revelação de Deus pela qual disciplina a sua vida:
"Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os
adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; não recorrerá um povo ao seu
Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? À lei e o Testemunho! Se
eles não falarem segundo estas palavras, nunca verão a alva" (Is 8:19-20).
5.3.
Estado dos Mortos.
O testemunho geral das Escrituras é que os mortos
devido ao estado em que se encontram, não têm parte em nada que se faz e
acontece na Terra. Consulte os seguintes textos: Eclesiastes 9:5-6; Salmo
88:10-12; Isaías 38:18-19; Jó 7:9-(10). Nenhum dos textos bíblicos mencionados
contradiz a esperança bíblica da ressurreição dos mortos, uns para a vida
eterna, outros para vergonha e perdição eterna. Os citados textos mostram, sim,
que o homem após a morte, na sepultura, jamais poderá voltar à vida de outrora,
e que na sepultura nada poderá fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos que
ainda estão na Terra. VI. SAUL E A MÉDIUM DE EN-DOR (Antes de prosseguir, tome
a sua Bíblia abrindo-a no capítulo 28 de I Samuel. Leia todo esse capítulo e em
seguida volta à leitura deste livro). Concluída a leitura desta porção das
Escrituras, vem à mente pergunta, tais como: É ou não possível comunicar-se com
os espíritos de pessoas falecidas? Foi ou não Samuel quem apareceu na sessão
espírita da En-Dor? Muitas respostas poderiam ser dadas aqui, como por exemplo:
A assembléia judaica sempre acreditou que Samuel realmente apareceu naquela
ocasião. Essa também era a opinião de alguns dos mais destacados líderes da
Igreja dos primeiros séculos, entre eles, Justino Mártir e Orígenes. Já
Tertuliano, Jerônimo, Lutero e Calvino acreditavam que um demônio apareceu em
forma de pessoa, personificando Samuel. 6.1.
Análise do Caso.
Até mesmo uma despretensiosa análise de I Samuel
28, mostra com clareza meridiana que um espírito de engano, e não Samuel foi
quem apareceu na sessão espírita de En-Dor. Dentre as muitas provas contra a
opinião de que Samuel apareceu naquela ocasião, destacam-se as seguintes: a)
Nem a médium nem o seu espírito de mediunidade exerciam qualquer poder sobre a
pessoa de Samuel. Só Deus exercia esse poder; pelo que não iria permitir que
seu fiel servo viesse a se tornar parte duma prática que o próprio Deus
condenou (Dt 18:9-14). b) Após informar a Saul que Deus o tinha rejeitado,
Samuel nunca mais disse coisa alguma a esse rei. c) Se fosse Samuel que tivesse
aparecido na ocasião, ele não teria mentido, dizendo que Saul perturbara seu
descanso, se Deus e não Saul lhe tivesse ordenado; nem dizendo que Saul e seus
filhos estariam com ele no dia seguinte (vv. 15-16). d) Saul mesmo disse que
Deus não lhe respondia nem pelo ministério dos profetas e nem por sonhos (vv.
6,15), pelo que Deus, no último momento, ? Não teria cedido ao desejo de Saul
de receber outra revelação; ? Não teria entrado em contradição com sua Palavra
que nega a possibilidade de vivos terem contato com os mortos (Jó 7:9-10; Ec
9:5-6; Lc 16:31); ? Não teria criado a impressão de que tentar entrar em
contato com os mortos não é mau como antes Ele mesmo dissera ser (Dt 18:9-14);
? Não teria afirmado que Saul deveria morrer por causa da consulta feita à
médium (I Cr 10:13). e) Saul disse à médium a quem deveria chamar. De acordo
com o estudo dos fenômenos psíquicos, a médium teria lido na mente de Saul qual
seria a aparência de Samuel, e a descrevera como Saul costumava vê-lo. f) a médium
temeu porque: ? Em seu transe ela reconheceu Saul (v. 12) que era conhecido
como inimigos das práticas espiritistas; ou. ? Ela viu um espírito adejando por
cima da aparição que com "prodígios de mentira", se fazia passar por
Samuel. g) Saul mesmo não viu Samuel. De acordo com a descrição da médium, foi
que ele mesmo supôs que a personagem descrita era Samuel. h) Quanto à profecia
abordada durante a sessão em En-Dor, J. K. Van Baalen, no seu livro O Caos das
Seitas, dá as seguintes possibilidades: ? A mulher percebeu o medo de Saul, de
que o seu fim era iminente, e isso ela predisse; ? A mulher tomou conhecimento
da profecia feita antes por Samuel (I Sm 15:15, 18), que vinha perseguindo Saul
(I Sm 16:2; 20:31, etc.), pelo que lhe disse que ele esperava ouvir; ? Se um
demônio se fazia passar por Samuel e falou por meio da médium, então a mulher
Ter-se-ia lembrada da profecia de Samuel, fazendo uso dela. i) Não era
necessário que alguém fosse perito ou estrategista em guerras para prever a
derrota de Saul e de Israel diante dos filisteus. Em todos os tempos o salário
do pecado é a morte. No capítulo 15 de I Samuel, a questão dessa guerra já
havia sido levantada bem antes de Saul consultar a médium. j) A parte final do
vaticínio da médium não foi verdadeira no seu cumprimento, pois, nem Saul
morreu no dia seguinte, nem morreram nesse dia todos os seus filhos.
5.2.
Profundezas de Satanás
A melhor maneira de se definir o espiritismo é
chamá-lo de "Profundezas de Satanás" (Ap 2:24). Assim devemos Ter
sempre em mente os fatos que mostram que Satanás: ? É pai da mentira (Jo 8:44).
? Sabe imitara realidade com os seus embustes (Êx 7:22; 8:7); ? Se transforma
em anjos de luz (II Cor 11:14); ? Tem o poder de operar milagres (II Tes. 2:9).
Aqueles que se envolvem com o espiritismo estão sob as malhas da rede de
Satanás, correndo o perigo de jamais de libertarem dela.
VI. PODEM OS MORTOS
AJUDAR AOS VIVOS Para saber se os mortos podem ajudar ou não os vivos, leia a
história do rico e Lázaro, contada por Jesus no Evangelho de Lucas 16:19-31.
Precisamente os versículos 22 23, dizem: "E aconteceu que o mendigo
morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico,
e foi sepultado. E o Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao
longe Abraão, e Lázaro no seu seio".
7.1. Um Quadro Contrastante
Veja que contraste: Lázaro morre e é levado ao
Paraíso de Deus, enquanto que o rico, ao morrer, é lançado no inferno de
horror, donde em agonia, clama: "Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e
manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua,
porque estou atormentado nesta chama" (v. 24). Naquele instante de extrema
dor e sofrimento, um pequenino favor de Lázaro seria suficiente para amenizar o
sofrimento daquele infeliz; porém, o pai Abraão respondeu: "Filho,
lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e
agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande
abismo entre nós e vós, de sorte que os quisessem passar daqui para vós não
poderiam, nem tampouco os de lá parar para cá" (vv. 25-26).
7.2. Algumas
conclusões Desta Passagem.
Feita uma análise desta passagem, as conclusões a
que chegamos são: a) A vida no porvir será uma conseqüência natural da vida que
viveu aqui na terra: Lázaro, que era piedoso e temente a Deus aqui, ao morrer
foi levado para o Paraíso, enquanto que os homens ricos, vaidosos e
indiferentes às necessidades dos outros, morreu e foi levado para o inferno de
trevas e sofrimento. b) O lugar onde serão lançados os perdidos será um lugar
de sofrimento eterno, e não um lugar de purificação e aperfeiçoamento dos
espíritos. c) Se o homem aqui, vivendo ímpia e perversamente, abre-se-lhe uma
porta de escape após a morte, como admite o espiritismo, o Evangelho de Cristo
deixa de ser o que é, enquanto que o sacrifício de Cristo torna-se a coisa mais
absurda sobre a qual já se teve notícia. d) Se um falecido pudesse, de alguma
forma, ajudar os seus antes queridos vivos, o rico não teria rogado a Abraão
que enviasse Lázaro ou dos mortos à casa dos seus irmãos, afim de adverti-los
do perigo de cair no inferno; ele mesmo teria feito isto. e) Se fosse possível
que o espírito dum falecido pudesse ajudar os vivos, Deus teria permitido que
Lázaro, um dos mortos, ou o próprio homem rico exercesse influência junto aos
parentes deste. f) Tudo quanto o homem precisava conhecer concernente, à
salvação e à vida eterna acha-se exarada nos escritos de Moisés, dos profetas,
dos evangelistas e dos apóstolos do nosso Senhor Jesus Cristo. Toda revelação
divina escrita encerra-se nas seguintes palavras de Jesus Cristo: "Eu
testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se
alguém lhe acrescentar alguma coisa, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da
vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro" (Ap 22:18019).
Assim, os chamados "bons ensinamentos" dos espíritos dos mortos,
defendidos pelo espiritismo, nada mais são do que ensinamentos de demônios,
pois apresenta-se nova fonte de revelação, em detrimento da verdadeira
revelação de Deus ? a Bíblia Sagrada. VII. DE DEUS NÃO SE ZOMBA Correm grandes
perigos as pessoas que se dão às tristes aventuras e experiências espiritistas.
Para ilustrar isto, usaremos a história do bispo episcopal, James A. Pike,
envolvendo a morte do seu filho Jim, e o relacionamento de ambos com o
espiritismo. Esta história foi publicada no Anuário Espírita de 1971.
Reportam-nos a ela como meio de oferecer-lhe, leitor, subsídios no combate ao
erra espiritista, e para advertir aqueles que se estão deixando iludir por
esses ensinos de demônios.
7.1 - A TRÁGICA MORTE DE JIM
Pike tinha um único filho, Jim, belo e culto
rapaz. Em 1966, pai e filho encontravam-se na Inglaterra, em Cambridge. Jim
decidiu voltar aos Estados Unidos. Voou para Nova Yorque, e ali, no seu quarto
de hotel, matou-se com um tiro. Jim tinha dificuldades em se relacionar com as
pessoas. Era arredia mesmo em relação ao pai, e, por ironia, só depois da
morte, através de médiuns americanos e Ingleses, teria conseguido, segundo o
relato, comunicar-se com Pike. Jim tinha 22 anos, sua morte arrasou o pai. Tudo
era mais dramático porque, por incrível que possa parecer, Pike não cria na
vida após a morte. Ele fora seminarista e se desiludira com o catolicismo;
mesmo com bispo episcopal, sua situação era embaraçosa: sem admitir os dogmas
da religião, via-se constantemente atacado e não poucas vezes taxado de herege.
7.2 ? COISAS ESTRANHAS COMEÇAM A ACONTECER
Após os funerais do filho, nos Estados Unidos,
Pike voltou com seus problemas para Cambridge. No quarto do hotel onde antes
estivera com o filho, coisas estranhas começaram a acontecer; roupas eram
atiradas dos armários, livros moviam-se das estantes, etc. Como qualquer pessoa
que se envolve com o espiritismo, Pike resolveu dar um passo desastroso na
vida. Em lugar de normalizar a sua situação com Deus, saiu à procura de alguém
que pudesse explicar tais fenômenos. Foi assim que, com a ajuda de amigos,
entrou em contato a médium inglesa Ena Twigg. Uma sessão foi marcada e Pike
teve o primeiro contato com aquele que julgou ser o espírito do seu filho Jim.
O espírito dizia: "Tenho sido tão infeliz!" Instado pelo pai,
respondeu que não acreditara em Deus como uma pessoa, mas que, agora,
acreditava na eternidade. Acrescenta o Anuário: "Além disso, o rapaz
exortou-o a prosseguir em suas pesquisas e predisse que o pai abandonaria sua
igreja. Pike mostrou-se constrangido, mas Jim insistiu:" "Você
fará". Isto ocorrerá no dia 1º de agosto.
7.3 ? Pike DEIXA A IGREJA
Logo após voltar à América, Pike entrou em
contato com o médium americano Arthur Ford, com o qual participou do programa
de televisão. No citado programa, Ford ficou em transe, transmitiu mensagens
que ele, serem de Jim e Pike. O programa produziu tão grande escândalo, que
deixou a imprensa americana e inglesa num verdadeiro reboliço. A igreja
Episcopal protestou e Pike resolveu deixá-la. Não muito depois da morte de Jim,
após ingerir forte dose de barbitúricos, morre à senhora Marem Bergrud,
secretária de confiança de Pike. Ela sofria de câncer. Certos dias, estando ela
melhor de saúde, os espíritos segredaram-lhe ao ouvido que, se pusesse fim a
sua vida, poderia perpetuar aquele estado. Foi o que ela fez. Com a morte do
filho e agora da secretária, Pike ficou quase arrasado, mesmo assim continuou
buscando fenômenos relacionados com o além-túmulo.
7.4 ? O OUTRO LADO
Pike juntou todo o material das sessões espíritas
das quais havia participado, e escreveu o livro O OUTRO LADO. Pike foi presa
fácil, caindo sob armadilha do espiritismo sem nenhuma resistência. Ao
abandonar a Igreja Episcopal, Pike decidiu fundar uma entidade para estudos
psíquicos, num dos seus diálogos com o suposto espírito e Jim, indagou se o
filho ouviria falar de Jesus, ao que ele respondeu: - "Meus mentores dizem:
-" "Jim, você ainda não está em condições de compreender". Eu
não encontrei, mas todos falam a respeito dele como um místico, um vidente.
Eles não o mencionam como o salvador, mas como um exemplo. Você compreendeu? Eu
preciso dizer-lhe: Jesus é triunfante. Você não pode me pedir que lhe diga o
que ainda não compreendo. Ele não é o salvador, isto é muito importante, mas um
exemplo". Acrescenta o Anuário: "... agora Pike julga-se um cristão
autêntico". 7.5. A Lei da Semeadura e da Colheita.
Pike partiu para a Palestina a fim de fazer uma
pesquisa a respeito de Jesus Cristo, nos próprios lugares por onde Jesus andou
e exerceu o seu ministério. A bíblia já não valia coisa alguma. Jesus, o Cristo
o Filho de Deus, não passava de um místico, um vidente, nada mais que isto. Ali
aconteceu o que certamente ele não previra: no dia 7 de setembro de 1969 o seu
corpo foi achado sem vida, quase que completamente encoberto pela areia dos
desertos próximos do mar Morto. Vale a pena lembrar e citar as palavras do
apóstolo Paulo, quando diz: "não vos enganeis; Deus não se deixa
escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem
semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas quem semeia no Espírito,
do Espírito ceifará a vida eterna" (Gl 6:7-8). VIII. VOCABULÁRIO
ESPIRITISTA. Assim como a pessoa é conhecida pelo vocabulário que usa, de igual
modo o espiritismo é mais bem identificado por seu vocabulário, usado para
comunicar os seus enganos. É evidente que muitas das palavras seguintes, usadas
no linguajar espiritista, podem Ter diferentes sentidos, por exemplo, de acordo
com a ciência. Porém, na relação a seguir, vamos dar o significado de cada
palavra, de acordo com a interpretação dada pelo próprio espiritismo.
8.1.
Palavras de Engano.
Do grande universo de termos usados pelo
espiritismo, destacam-se os seguintes: ? MÉDIUM ? Pessoa a quem se atribui o
poder de comunicar com os espíritos de pessoas mortas. ? MEDIUNIDADE ? É o
fenômeno em que uma pessoa recebe um outro espírito, supostamente duma pessoa
falecida, sendo que esse espírito recebido passa a dominar a mente do médium
que recebe o controle e o domínio do seu próprio corpo. ? CLARIVIDÊNCIA E
CLARIUNDIÊNCIA ? Fenômenos segundo os quais uma pessoa pode sentir, observar e
ver os espíritos que a rodeiam, servindo de elo de ligação e comunicação entre
o mundo visível e o invisível. ? LEVITAÇÃO ? Força psíquica por uma ou mais
mentes na imposição de mãos, onde o objeto ou uma pessoa se pode elevar do
solo. É muito praticada na parapsicologia, que é uma falsa ciência. ? TELEPATIA
? Comunicação por via sensorial entre duas mentes à distância; transmissão de
pensamento. ? CRIPTESTESIA ? É o fenômeno da sensação do oculto, ou seja, o
conhecimento de um fato transmitido por um morto, sem conhecimento de nenhum
vive. ? PREMONIÇÃO ? Sensação, pressentimento do que vai acontecer. ?
METAGNOMIA ? É a resolução de problemas matemáticos, obras artísticas que se
produzem e línguas desconhecidas que se decifram. (Lembre-se de que isto nada
tem a ver com nenhum dos dons do Espírito Santo). ? TELECINÉSIA ? Movimentos de
objetos, toque de instrumentos musicais, alterações de balanços sem o que de
mãos. ? IDIOPLASTIA ? É a alteração do corpo físico em virtude do pensamento.
8.2. CARACTERÍSTICAS DESSES FENÔMENOS
Cássio Colombo, num "Estudo sobre o
Espiritismo", chama a nossa atenção para o fato de que esses
"fenômenos": 1º Não são fatos comuns da vida; antes, impressionam
pela sua anormalidade. 2º Ocorrem apenas com determinadas pessoas que também recebem
o de nome de "clarividentes" ou "médiuns". 3º Todos são,
pelo menos na aparência fatos inteligentes. 4º São fenômenos que ninguém tem a
consciência de causas. Daí a atribuí-los cada qual a outrem, ou seja, não há
entidade responsável pelos trabalhos. 5º Os fenômenos metapsíquicos independem
de espaço e de tempo. Há conhecimentos direto, imediato. 6º Há condições
necessárias para as manifestações metapsíquicas: concentração, penumbra, etc. O
medo, a desconfiança e o sarcasmo perturbam essas manifestações. 7º Há quase sempre
o que se tem chamado de projeção, isto é, os fenômenos são objetivos e não
subjetivos. Não há alucinações. 8º As mensagens mediúnicas são muitas vezes
apresentadas de modo simbólico. Exemplo: para simbolizar uma morte, surge uma
despedida. 9º Os fenômenos referidos várias vezes ocorrem na hora da morte,
suponha-se que, neste caso, os fenômenos surjam por causa da tensão emotiva e
das condições vitais que, fugindo à regra, permitem a manifestação das forças
latentes do espírito. 10º Há comportamento nas manifestações metapsíquicas que
parecem expressar existência de personalidades dos que tomam parte da sessão. É
o caso da fraude e da fantasia comuns no espiritismo.
IX - O ESPIRITSMO E AS
SUAS CRENÇAS. Já dissemos que as duas principais estacas de sustentação do
Espiritismo são o dogma da reencarnação e a alegada possibilidade de os vivos
se comunicarem com os espíritos dos mortos. Mas a doutrina espiritista é muito
mais que isto, como é mostrado a seguir: 9.1. COMPLEXO DOUTRINÁRIO
O conjunto de doutrinas do espiritismo é grande e
complexo. Na verdade se constitui num esquema de negação de toda a doutrina
bíblica cristã. Veja, por exemplo, o que crê o espiritismo acerca dos seguintes
temas da doutrina cristã. 9.1.1. DEUS
"Ab-rogamos a idéia de um Deus pessoal"
(The Physical Phenomena In Spiritualism Revealed). "Deve-se entender que
existem tantos deuses quantas as mentes que necessitam de um deus para adorar;
não apenas um, dois, ou três, mas muitos" (The Banner of. Light,
03/02/1866).
9.1.2. CRISTO
"Qual o sentido da palavra Cristo? Não é,
como se supõe geralmente, o Filho do Criador de todas as coisas? Qualquer ser
justo e perfeito é Cristo" (Spiritual Telegraph, n. º 37). "Cristo
foi um homem bom, não poderia Ter sido divino, exceto no sentido, talvez em que
todos somos divinos" (Mensagem por um "espírito", citado por
Raupert em
Spiritist Phenomena and Their Interpretation). 9.1.3. A
EXPIAÇÃO
"A doutrina ortodoxa da Expiação é um
remanescente dos maiores absurdos dos tempos primitivos, e é imoral desde o âmago...
a razão dessa doutrina é que o homem nasce neste mundo como pecador perdido,
arruinado, merecedor do inferno. Que mentira ultrajante!... ? Porventura o
sangue não ferve de indignação ante tal doutrina?" (Médium and Daybreak).
9.1.4. A QUEDA
"Nunca houve qualquer evidência de uma queda
do homem" (A. Conan Doyle). "Precisamos rejeitar o conceito de
criaturas caídas. Pela queda deve-se entender a descida do espírito à
matéria" (The True Light). 9.1.5. O INFERNO
"Posso dizer que o inferno é eliminado
totalmente, como há muito tem sido eliminado do pensamento de todo o homem
sensato. Essa idéia odiante, e blasfema em relação ao Criador, originou-se do
exagero de frases orientais, e talvez tenha tido sua utilidade numa era brutal,
quando os homens eram assustados com as chamas, como as feras são espantadas
pelos viajantes" (A. Conan Doyle, em Outlines of. Spiritualism).
9.1.6. A
IGREJA
"Passo a passo avançou a Igreja Cristã, e ao
fazê-lo passo a passo à tocha do espiritismo foi retrocedendo, até que quase
não se podia mais perceber uma fagulha brilhante em meio às trevas espessas...
Por mais de mil e oitocentos anos chamada Igreja Cristã se tem imposto entre os
mortais e os espíritos, barrando toda oportunidade de progresso e
desenvolvimento. Atualmente, ela se ergue como completa barreira ao progresso
humano como já fazia há mil e oitocentos anos" (Mind and Matter,
08/-5/1880). "Se o cristianismo sobreviver, o espiritismo deve morrer; e
se o espiritismo tiver de sobreviver, o cristianismo deve desaparecer. São as
antíteses um do outro... (Mind and Matter, junho de 1880)".
9.1.7. A
BÍBLIA.
"Asseverar que ela [a Bíblia] é um livro
santo e divino, e que Deus inspirou os seus escritores para tornar conhecida a
vontade divina, é um grosseiro ultraje e um logro para o público" (Outline
of. Spiritualism). "Gostamos pouco de discutir baseados na Bíblia, porque,
além de a conhecermos mal, encontramos nela misturado com os mais santos e
sábios ensinamentos, os mais descabidos e inaceitáveis absurdos" (Carlos
Imbassaby), (O Espiritismo Analisado).
X. REFUTAÇÃO BÍBLICA DESSAS AFIMAÇÕES
ERRADAS. A Bíblia Sagrada, a espada do Espírito Santo, lança doutrina
espiritista por terra, e declara em alto e bom som, que: 10.1. DEUS. a) É um
Ser pessoal (Jo 17:3; Sl 116:1-2; Gn 6:6; Ap 3:19); b) É um Ser único (Dt 6:4;
Is 5,18; I Tm 1:17; Jd 25). 10.2. JESUS CRISTO. a) Foi superior aos homens (Hb
7:26); b) É apresentado na Bíblia como profeta, sacerdote e rei, e nunca como
médium (At 3:19-24); Hb 7:26-27; Fp 2:9-(11). 10.3. A EXPIAÇÃO. a) Foi um ato
voluntário de Cristo (Tt 2:14); b) É alcançada como conseqüência da fé (At
10:43); c) É adquirida pelo sangue de Cristo, segundo a riqueza da sua graça
(Ef 1:7). 10.4. A QUEDA. a) Sobreveio como conseqüência da desobediência de
Adão (Rm 5:12, 15,19); b) Decorreu da tentação do Diabo (Gn 3:1-5; I Tm 2:14).
10.5. O INFERNO. a) Foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25:41); b) Fica
embaixo (Pv 15:24; Lc 10:15); c) Será a habitação final e eterna dos perversos
(Sl 9:7; Mt 25:41). 10.6. A IGREJA. a) Foi fundada por Jesus Cristo (Mt 16:18)
b) Jamais será vencida (Mt 16:18); c) É guardada pelo Senhor (Ap 3:10). 10.7. A
BÍBLIA. a) É a Palavra de Deus (II Sm 22:31; Sl 12:6; Jr 1:12); b) Foi escrita
sob inspiração divina (I Pe 2:20-21); c) É absolutamente digna de confiança (Sl
111:7); d) É descrita como pura (Sl 19:8); espiritual (Rm 7:14); santa, justa e
boa (Rm 7:12); ilimitada (Sl 119:96); perfeita (Sl 19:7; Rm 12:2); verdadeira
(Sl 119:142); não pesada (I Jo 5:3). Disse Henrique Heine, o famoso poeta
alemão: "Depois de haver passado tantos e tantos longos anos de minha vida
e correra a taberna de filosofia, depois de me haver entregado a todas as
politiquices do espírito e Ter participado de todos os sistemas possíveis, sem
neles encontrar satisfação, ajoelho-me diante da Bíblia".
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