Igreja Evangélica Assembleia de Deus –
Recife / PE
Superintendência das
Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton
José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 –
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(I Ts 4.3-5; 5.23; I Pe
1.14-16)
INTRODUÇÃO
Uma das características do presente século é a promiscuidade e a
perversão sexual. Diariamente, as famílias são bombardeadas por orientações
sexuais ilícitas e estímulos à práticas sexuais antibíblicas, principalmente
através da mídia. Por isso, faz-se necessário estudarmos sobre a sexualidade à
luz da Bíblia. Veremos nesta lição: a
definição do termo sexualidade; que o sexo foi criado por Deus; que o ato
conjugal deve estar restrito ao casamento; os propósitos do sexo; quais são as
práticas sexuais ilícitas e as motivações para o ato conjugal.
I - DEFINIÇÃO DAS PALAVRAS “SEXUALIDADE” E
“SEXO”
O
Aurélio define a palavra sexualidade como: “qualidade de sexual. O
conjunto dos fenômenos da vida sexual. Sexo”. Já o termo “sexo” por sua
vez, significa: “conformação particular que distingue
o macho da fêmea, nos animais e nos vegetais, atribuindo-lhes um papel
determinado na geração e conferindo-lhes certas características distintivas”. À luz da Bíblia, sexo são “as características internas e
externas, que identificam e diferenciam o homem da mulher”.
II – O
SEXO FOI CRIADO POR DEUS
Quando
criou o ser humano, a Bíblia revela que Deus os fez sexuados: “homem
e mulher os criou” (Gn 1.27). A benção do Senhor estava sobre
aquele casal heterossexual e Deus lhes deu a seguinte ordem: “Frutificai
e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). O sexo
dentro do casamento não se constitui pecado, pois este e outros textos nos
revelam que foi Deus quem o criou (Ec 9.9; Pv 5.15-19; Hb 13.4). Logo, a
natureza do sexo em si não é pecaminosa nem má, como acreditam e defendem
alguns de forma equivocada (I Tm 4.1-3). O sexo fez parte da constituição
física e emocional do ser humano, no momento da sua criação (Gn 1.27). Assim, à
luz da Sagrada Escritura não é correto ver o sexo como coisa imoral, feia ou
suja, pois Deus não fez nada ruim: “e viu Deus tudo quanto tinha feito, e
eis que era muito bom” (Gn 1.31).
III – A
RELAÇÃO SEXUAL ESTÁ CIRCUNSCRITA AO CASAMENTO
3.1 No
Antigo Testamento. No plano original divino, a ordem
de crescer e multiplicar-se foi dada a um casal (Gn 1.28). As páginas
veterotestamentárias nos mostram claramente que somente nesta condição o ato
conjugal é aceito e aprovado por Deus (Gn 2.24); pois, é por meio do casamento
que marido e mulher tornam-se “uma só carne” (Gn 2.24), segundo a
vontade de Deus. Em Cantares de Salomão, vemos a exaltação do amor conjugal
entre os casados, e não entre solteiros (Ct 4.1-12). Portanto, os prazeres
físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são
ordenados por Deus e por Ele honrados (Pv 5.15-19).
3.2 No
Novo Testamento. O NT preservou as atitudes
judaicas do AT quanto ao sexo. Jesus condenou não só as práticas sexuais fora
do casamento, como também o “simples” olhar com intenção impura para uma mulher
(Mt 5.2-32). O apóstolo Paulo, de igual forma, ensinou aos crentes de Corinto
como eles deveriam se portar quanto ao sexo (I Co 7.1-40). Aos casados, o
apóstolo orienta que pratiquem o ato sexual regularmente (I Co 7.3), e só
deixem de desfrutar do ato conjugal com finalidades espirituais, como
dedicar-se à oração, por exemplo, por um espaço de tempo combinado entre o
casal, a fim de não se exporem às tentações de Satanás, inclusive, ao adultério
(I Co 7.5). E, aos solteiros, ele afirmou que aqueles que não puderem
conter-se, ou seja, controlar-se, que se casem, a fim de evitar as tentações e
possam praticar o ato sexual licitamente (I Co 7.9; Hb 13.4).
IV –
PROPÓSITOS DO SEXO SEGUNDO A BÍBLIA
Não
existe apenas uma finalidade para a prática da relação sexual. As Escrituras
Sagradas nos mostram quais os propósitos pelos quais Deus criou o sexo. Vejamos
as principais:
4.1
Procriação. Sem dúvida alguma, o primeiro
propósito do ato sexual é a reprodução humana (Gn 1.28). A procriação é o ato
criador de Deus, através do homem. Para tanto, o Senhor dotou o homem de
capacidade reprodutiva, instituindo o matrimônio e a família (Gn 2.21-24). No
AT, a “lua de mel” para o soldado durava um ano, com o fim de proporcionar ao
casal a possibilidade da procriação (Dt 24.5).
4.2
Satisfação. O ato conjugal também foi criado
para proporcionar prazer ao casal. A Bíblia diz: “Bebe água da tua fonte,
e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam as tuas fontes por fora, e pelas
ruas os ribeiros de águas? Sejam para ti só, e não para os estranhos contigo. Seja
bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade”
(Pv 5.15-18). O sábio exorta os cônjuges a desfrutarem do sexo, sem ao menos
mencionar os filhos. Neste capítulo, o homem é incentivado a valorizar a união
conjugal honesta e santa, exaltando a monogamia, a fidelidade e o prazer (Ec
9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9).
V –
PRÁTICAS SEXUAIS REPROVADAS PELA BÍBLIA
Já
vimos que o sexo foi criado por Deus com propósitos elevados,
saudáveis e benéficos para o ser humano. No entanto, desde a Queda, o sexo e a
sexualidade têm sido deturpados de modo irresponsável (Rm 1.24-27). No quadro
abaixo elencaremos algumas práticas sexuais reprovadas pelas Escrituras:
PRÁTICA
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DEFINIÇÃO
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PARECER BÍBLICO
|
Fornicação
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Relação sexual entre pessoas não casadas.
|
A Bíblia restringe o ato sexual apenas aos casados.
Portanto, praticá-lo antes do casamento se constitui em transgressão (Gl
5.19-21; Ef 5.3; Cl 3.5).
|
Adultério
|
Relação sexual de um homem casado com uma mulher que
não é a sua esposa, ou vice-versa.
|
Prática condenada pela Bíblia Sagrada (Êx 20.14; Dt
5.18; Mt 5.27; Rm 13.9).
|
Homossexualidade
|
Atração erótica entre pessoas do mesmo sexo. É
conhecida também como pecado de Sodoma, já que nessa cidade foi praticado de
forma generalizada (Gn 19.1-11).
|
Considerada pela Bíblia uma das perversões mais
chocantes. Por isso, é por ela condenada (Lv 18.22; 20.13; Jz 19.22-25; Rm
1.25-27; I Co 6.9; I Tm 1.9,10).
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Masturbação
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Vício solitário; autoerotismo.
|
Embora não conste em nenhum lugar da Bíblia a
referência explícita a masturbação,
existem passagens que tratam desse assunto de forma implícita, por exemplo:
Onã foi morto pelo Senhor porque derramava sua semente em terra (Gn 38.1-11).
Por isso, Aurélio define a masturbação como “onanismo”. Ainda há que se
acrescentar que três coisas classificam esta prática como pecado, a saber: (1)
as fantasias que levam a pessoa a cometer este ato é condenável (Mt 5.28); (2)
O ato sexual foi criado para ser praticado por um casal, e não por uma pessoa
sozinha (Gn 2.24); e, (3) como na prostituição, a pessoa peca contra o
próprio corpo, assim sucede com a masturbação (I Co 6.18). Confira ainda: (Rm
6.13,19; I Co 6,13,15,18; Gl 5.19; Ef 5.3).
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Perversões
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Corrupção, desmoralização, depravação; alteração;
transtorno; qualquer anomalia do comportamento sexual.
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Nas Escrituras Sagradas encontramos contidas severas
reprovações quanto a perversões sexuais, tais como: zoofilia -sexo com
animais- (Lv 18.23); estupro (Gn 34.2,7; II Sm 13.12); incesto - sexo entre
familiares próximos (Lv 18.7-19; I Co 5.1);
pedofilia (Ef 4.19-22; Gl 5.19-21); práticas sexuais fora do padrão (I
Co 6.19,20; I Pe 3.7).
|
VI -
QUAIS MOTIVAÇÕES DEVEM CONDUZIR O CASAL AO SEXO
O dicionário Aurélio
diz que a expressão “motivo” do latim “motivu”, “que move” quer
dizer: “fim, intuito”. Fica claro que a palavra motivação alude a
intenção, propósito ou objetivo com que fazemos as coisas. Eis alguns motivos
que devem levar o casal cristão ao ato sexual:
6.1 O amor. Ao contrário do modo de vida das pessoas que não
conhecem a Palavra de Deus e praticam o sexo por mero prazer, o cristão é
orientado a praticar o ato conjugal motivado pelo amor: “O marido pague
à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido” (I
Co 7.3). Benevolência e amor andam juntos, pois “o amor é benigno”
(I Co 13.4).
6.2 Respeito. O ato sexual entre cristãos deve ser feito com
respeito, pois o amor “não se porta com indecência” (I Co 13.5).
Portanto, o marido deve honrar o corpo da esposa, e a esposa o corpo do marido,
como nos ensina o apóstolo Pedro (I Pe 3.7). Portanto, o cônjuge não pode ser
forçado a fazer sexo quando não quer e não pode, principalmente a mulher, em
casos específicos, tais como: período de menstruação (Lv 18.19,20), nem no
período pós-parto, e, por fim, em casos de doença.
6.3 Alegria. O ato conjugal não deve ser praticado com tristeza ou insatisfação; mas,
com alegria, pois é um momento de prazer mútuo entre os cônjuges. A
recomendação do sábio é clara: “alegra-te com a mulher da tua mocidade” (Pv 5.18).
CONCLUSÃO
Como
pudemos ver, o sexo foi criado por Deus. Ele criou macho e fêmea e lhes disse: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). Mas, o propósito de Deus é que o sexo seja praticado dentro
do casamento, entre marido e mulher. Toda prática sexual fora do casamento é
uma transgressão à Lei divina, assim como as perversões sexuais, tais como: adultério,
homossexualismo, prostituição, masturbação, dentre outras, que são
terminantemente proibidas na Palavra de Deus. Por isso, os cônjuges devem
desfrutar dessa bênção dada por Deus, que é o ato conjugal, desde que esteja
dentro dos princípios bíblicos.
REFERÊNCIAS
·
ARÉVALO, Waldir
Moreno. O sexo que Deus criou. MPT.
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·
Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
|
·
CRUZ, Elaine. Sócios,
Amigos e Amados. CPAD.
|
·
DANIELS,
Robert. Pureza Sexual. CPAD.
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