Ao Mestre
Amado (a) pela graça de Deus, somos educadores, você sabia que há diferença entre “professor” e “educador”? – o professor limita- se a ensinar oralmente a matéria, já o educador é
aquele (a) que, pela palavra e pela ação (e em todas as circunstâncias
ou emergências da vida) ministra conhecimentos, proporciona modelos e
exerce sugestões eficazes sobre o aluno imaturo e sobre o grupo. Na
verdade, todo professor (a) digno de tal nome deve ser um educador (a).
Pois o ensino da Palavra de Deus requer isso. Ensinar a Palavra de Deus
é uma obra espiritual e por essa razão é muito significativa para a
cultura da alma, ganhar o aluno para Cristo é apenas o inicio desta
obra, é necessário cuidar dos hábitos cristãos, os quais resultarão no
aluno um caráter ideal.
A filosofia afirma que: “o pensamento conduz ao ato, o ato conduz ao
hábito, o habito conduz ao Caráter e o caráter os passos da pessoa”, é
claro que isso humanamente falando. Mas como professores/educadores é
exatamente isso que devemos fazer – formar um caráter cristão em nossos
alunos.
A palavra caráter procede do grego charassein, ou charasso que significa “coisa gravada”, ou
“eu gravo”. Como podemos ver o caráter pode ser gravado, daí o
fato de ser imprescindível, que o professor (a) de EBD, tenha
maturidade espiritual e consciência da importância de ser um educador
(a).
Vivemos dias terríveis, nos quais impera nas escolas seculares, e na
mídia o existencialismo materialista e o relativismo. O materialismo
descarta os valores eternos. Os adeptos do relativismo seguem os
princípios daquilo que a moderna filosofia chama de existencialismo,
cuja essência é a idéia de que “a existência humana é constituída pelas
escolhas feitas pelas pessoas”.
Enquanto o justo vive da fé, segundo a revelação divina (Rm 1.17),
esses tais modernistas “vivem” de idéias; não de realidades por nosso
Senhor Jesus Cristo (2 Tm 1.9,10). O relativismo destrói os valores
espirituais, arruinando a vida em geral.
Em primeiro lugar, porque os valores espirituais são tidos como
inexistentes, ou no máximo, como algo particular de cada individuo, sob
este prisma “Deus é um produto da mente humana e não o Ser Pessoal que a
Bíblia afirma”.
Em segundo lugar destrói os valores morais, pois o relativismo trata os
valores morais como dependentes das circunstâncias do momento e não dos
padrões universais (cuja transgressão produz prejuízos irreparáveis ao
ser humano).
Para os adeptos do relativismo, prevalece a tese de que, a sociedade
detém o direito de convencionar para si o padrão ético que melhor lhe
convém, sem admitir como referenciais inabaláveis e eternos os valores
absolutos estabelecidos pelo próprio Deus nas Santas Escrituras.
Por essa razão, vemos o crescente rebaixamento moral e ético da
sociedade moderna, e cabe a nós, como servos (as) de Deus, moldar o
caráter de Cristo em nossos alunos, essa é a missão que temos, é árdua? –
é, mas Deus será conosco, portanto seremos mais que vitoriosos por
Aquele que nos tem chamado. Amém.
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que ao término, seu aluno possa:
ü Citar três classes de pessoas atendidas no ministério terreno de Jesus, e quais
necessidades foram atendidas; Explicar o valor da oração, e Decidir ter e manter uma
vida de oração; Praticar o arrependimento, entendendo a necessidade do jejum e da
defesa do Evangelho de Cristo nos meios seculares.
Para refletir
“Daí em diante Jesus começou a anunciar a sua mensagem. Ele dizia: —
Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do Céu está perto!” (Mt 4.17 – NTLH)
No original grego, este texto “o Reino do Céu está perto” denota “chegou”, “aproximou-se”,
“está perto” no tempo e no espaço. Era o ponto vital na historia da
redenção, o cumprimento de tudo aquilo que é o Reino Deus. Neste
momento, ou seja, na plenitude dos tempos, formar- se ia
“um povo especialmente” para Deus mediante a Obra de Cristo. Nesta
declaração de Jesus fica patente, que manifesta-se agora a Presença de
Deus entre os homens pela Pessoa de Jesus. E Jesus entende agora o
convite aos homens para aceitar ou rejeitar o Senhorio de Deus em suas
vidas.
Texto Bíblico em estudo: Mc 1.1439
Introdução
“... Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho (as Boas Novas) do Reino de Deus.”
(Mc 1.14b ARC).
Quais são as Boas Novas de Deus. As primeiras palavras ditas por Jesus,
registradas nesta passagem em Marcos, nos mostra a essência dos
ensinamentos de Jesus. O Messias tão esperado chegou para aniquilar o
poder do pecado e fundar o reino de Deus na terra.
A maioria das pessoas que ouviam sua mensagem era pobre, estava
oprimida e sem esperança. As palavras de Jesus representavam as Boas
Novas porque ofereciam liberdade, justiça e esperança.
O 1º milagre de Jesus (Jo 2.111)
O Evangelho segundo escreveu João, nos dá esta informação de que o Senhor Jesus “principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram Nele.” (Jo 2.11 ARC)
No casamento em Caná, vilarejo localizado na Galiléia (embora sua
posição exata seja desconhecida), estavam presentes: Jesus, sua mãe e os
discípulos.
Na época de Jesus, a comemoração de um casamento podia até durar uma
semana. E faltar vinho era uma situação embaraçosa e um ofensivo sinal
de falta de hospitalidade por parte do anfitrião.
Jesus mandou os criados encherem seis talhas de pedra com água, estas
talhas geralmente eram feitas de barro, mas havia algumas que eram
feitas de pedra. O volume de água de uma talha variava entre “duas ou
três metretas”, ou seja, cerca de 40 à 60 litros. Os judeus usavam água
nos rituais de purificação, e essas grandes talhas, provavelmente
armazenavam água para esse fim.
Cheias as talhas, Jesus transformou a água em vinho, e manda um dos
criados levar uma amostra ao chefe dos copeiros do banquete, que fica
muito admirado, pois o vinho era muito superior ao já consumido
O poder de Jesus
Através de Adão entrou o pecado ao mundo, e o pecado trouxe a morte.
Todos morrem, porque todos pecam (Rm 5.12). O pecado já existia antes da
Lei dada por intermédio de Moisés, provando que já havia lei governando
todos os homens (Rm 5.1314).
A morte já reinou de Adão a Moisés, mostrando que Deus levou em conta o
pecado naquela época. Mas, os pecados dos outros não eram o mesmo
cometido por Adão. Ele violou uma lei (Gn 2.1617) ; eles violaram
outras.
Adão “prefigurava aquele que havia de vir” (Rm
5.14). Pelo ato único de violar uma lei especial, ele trouxe
conseqüências sobre todos. Jesus, como Paulo mostra nos versículos
seguintes, por um ato único de obedecer o Pai, trouxe bênçãos para
todos.
Como a ofensa trouxe a morte a muitos, o sacrifício de Jesus trouxe a vida a muitos (Rm 5.15).
Poder de Jesus Vivo fica-nos evidente neste texto de Rm 5.1,2:
“Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso
Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta
graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de
Deus.”
O pecado nos separou de Deus. Agora o resultado da nossa justificação é
a comunhão e a paz com Ele (v.1). Por intermédio de Jesus, temos a
esperança da glória de Deus (v.2).
Temos convicção da esperança, porque ela se baseia em Deus (vs.58):
· Deus derramou o seu amor (v.5)
· O Espírito Santo revelou este amor (v.5)
· Cristo morreu por nós quando éramos ainda pecadores (vs.68)
· Na morte de Jesus, o amor de Deus foi revelado (v.8).
Que amor sobrenatural! Mesmo sendo nós pecadores, e muitas vezes
lutando contra a santidade e a bondade de Deus, recusando-nos a
obedecê-Lo Cristo morreu por nós.
Preste atenção nesses versículos. O ensinamento de Paulo aqui conforta e anima o servo de Deus.
No passado, Cristo demonstrou seu poder para salvar os pecadores (inimigos) pela sua morte. No presente,
Ele demonstra ainda mais poder para salvar os justificados
(reconciliados) pela suavida. Paulo não vê a obra redentora de Cristo
como apenas o sacrifício feito na cruz. Jesus vive eage ao nosso favor.
Ele é nosso Advogado (1 Jo 2.1) e intercede por nós.
Jesus morreu para nos salvar, e vive para nos salvar. Aleluia!
O ensino de Jesus
Jesus possuía uma autoridade incomparável e que o diferenciava dos
escribas e rabinos de seu tempo. Bruce Barton disse: “Este mestre era
diferente (...) sua própria palavra era suficiente”.
Jesus em seu ministério terreno conhecia a natureza humana. Essa é uma qualificação
importantíssima, uma vez que para aplicar a Bíblia à vida do aluno, há
a necessidade de conhecê-lo muito bem, pois as Escrituras foram dadas “para ensinar, corrigir, disciplinar e educar na justiça, para que o homem de Deus seja perfeito” (2 Tm 3.16,17).
O professor (a) precisa compreender a vida humana e seus problemas para aplicar o remédio
biblico de forma precisa. É imprescindível que você conheça seus alunos.
Jesus conhecia o ser, o sentir e o pensar humano. Ele não só percebia
os defeitos e dificuldades, mas tinha a serenidade para não discriminar e
prover o suprimentos destes.
Jesus, literalmente, ao assumir a natureza humana se tornou o seu
legítimo representante. Ele não se tornou pecador para redimir os
pecadores, mas, na condição de advogado e justo, pode justificar a
muitos (I Jo 2.1). Ele pôde entender e perdoar a mulher pega em
flagrante adultério.
A substituição, ou o colocar-se no lugar de outro, só é possível com a prática do amor.
O apóstolo Paulo nos ensina em I Coríntios 13:1 que o homem pode ter e
fazer todas as coisas, mas se não tiver amor nada se aproveita. O
professor (a) precisa conhecer a realidade de seus alunos, sua visão
sobre as coisas e, sobretudo colocar-se no mesmo patamar para ser ouvido
e entendido por seus alunos.
O processo de ensino de Jesus variava de acordo com a situação. Seu
ensino era pautado nas experiências da vida. Junto ao poço de Jacó ele
tem um encontro com uma mulher samaritana e a ensina sobre a água viva
(seu Espírito) que jorraria para a vida eterna. (Jo 4.515).
Jesus vivia o que ensinava, era diferente dos fariseus que ensinavam, mas não praticavam.
“Porque Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.” (Mt 7.29)
“Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.” (Mc 1.22).
Quando o professor aborda assuntos da vida das pessoas ele estabelece
uma ponte com a mente do aluno e as palavras devem estar associadas à
ação.
Jesus nunca se esqueceu dos problemas de seus ouvintes e sempre buscou
resolvê-los, para fazer deles discípulos felizes e unificados. Seu
ensino é essencial e inteiramente ocasional era tirado de emergências do
dia e da hora, do contato com o povo, de conversas e incidentes.
A ênfase dada por Cristo era sobre a própria vida e não sobre coisas
materiais. Sem contar o famoso sermão das Bem-aventuranças. A maior
parte dos seus ensinos registrados era para ajudar indivíduos a
resolverem problemas específicos que os desafiavam.
Conclusão
Assim o Senhor Jesus “iniciou sua carreira” terrena. Em seus ensinos,
combatia o pecado, especialmente a hipocrisia e a crueldade para com os
fracos, mas não desprezava os pecadores: estava sempre disposto a curar e
a perdoar, mesmo antes que as pessoas se mostrassem arrependidas.
Para Jesus, o poder de Deus era maior que o pecado, e Ele ensinava que o arrependimento e a fé podiam salvar os homens.
A quem quisesse segui-LO, Jesus oferecia normas de vida. Ele ensinava as pessoas a amarem a
Deus e aos seus semelhantes com toda a força de seus corações e de suas
mentes. Frisava que cada pessoa deveria tratar as outras como gostaria
de ser tratada por elas. “E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhes vós também.” (Lc 6.31).
Em uma época e em uma região em que vigorava a chamada Lei do “olho por
olho, dente por dente” – Jesus pregava o perdão entre os seres humanos.
E isso não é diferente hoje. Todos fomos “chamados para fora” do mundo,
ou seja, estamos nos mundo mas não devemos viver como vivem as pessoas
do mundo, que não têm compromisso com Deus, e que ainda não conhecem a
salvação através de Jesus Cristo.
Em sua oração sacerdotal Jesus diz:
“Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou
do mundo.” (Jo 17.14).
Portanto sejamos sóbrios, eis que a volta de nosso Senhor Jesus está perto, não há mais tempo de “brincar” de ser crente.
Professor (a), ensine a Palavra de Deus como ela é, não coloque
chavões, ou retóricas humana, somente ensinando a Palavra de Deus de
forma pura, é que o Espírito Santo poderá alcançar os corações de seus
alunos e transformá-los.
Procure conhecer o Autor da Bíblia, ame-O, e sirva-O com todo o seu coração.
Somente quem conhece O Pastor do Salmo 23, e que pode descrever com
exatidão a felicidade de tê-Lo como Pastor, como falará que Ele te
conduz se não se deixa conduzir por Ele?
Reflita sobre a missão que Deus te confiou, e entregue-se Àquele que te
chamou, assim Ele te capacitará para esta tão sublime missão – ser
mestre. E você aprenderá com o Mestre dos mestres. Daí por diante, seus
alunos O conhecerão e você verá frutificar seu trabalho.
Deus abençoe sua vida.
Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
Fonte: PortalEBD
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