sexta-feira, 9 de agosto de 2013

LIÇÃO 6 – A FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR + DINÂMICA

(Fp 2.19-29)
INTRODUÇÃO
Zeloso pela santidade, doutrina e administração da igreja em Filipos, o apóstolo Paulo em (Fp 2.19-29) intenta enviar dois destacáveis obreiros de sua extrema confiança, a saber: Timóteo seu filho na fé, e também, o irmão e cooperador Epafrodito, que fôra enviado pela igreja de Filipos para assistir Paulo em suas necessidades. Nesta lição, apontaremos as virtudes de Timóteo, como também o perfil do obreiro Epafrodito, e por fim, pontuaremos duas importantes características que, na perspectiva paulina, aquele que coopera na obra do Senhor deve possuir.
I - DEFINIÇÕES
1.1 Fidelidade. O Aurélio diz que esta palavra significa: “qualidade de fiel; lealdade. Constância, firmeza nas afeições, nos sentimentos; perseverança. Observância rigorosa da verdade; exatidão”. O termo em hebraico é 'emunah cujo significado básico é “certeza” e “fidelidade”. O homem pode mostrar-se “fiel” em suas relações com os membros da raça humana (I Sm 26.23). Mas, geralmente, a Pessoa a quem se é “fiel” é o próprio “Senhor (II Cr 19.9). As traduções da Septuaginta (Tradução grega do Antigo Testamento) são: aletheia “veracidade, confiança, probidade; verdade, realidade” e pistos “fidedignidade, fidelidade, confiabilidade, descanso, confiança, fé” (VINE, 2002, p. 128).
1.2 Obreiro. O Aurélio diz que significa: “obrador, operário”. Esta palavra pode ser definida também como “aquele que coopera no desenvolvimento de uma empresa ou de uma ideia” (BOYER, 1966, p. 547). No grego o termo é ergates, “trabalhador”, “obreiro” deriva-se do termo ergon que denota “trabalho, ação, ato”. Em Fp 2.25; Fm 1.24, é usado o termo sunergos, “cooperador”; em Fp 4.3, o plural “cooperadores”; em I Co 3.9, “cooperadores (de Deus)”, ou seja, trabalhadores pertencentes e servindo a Deus; em I Jo 3.8, “cooperadores (da verdade)” (VINE, 2002, pp. 827,1029).

II – O ZELO PASTORAL DE PAULO PELA IGREJA DE FILIPOS
“E espero no Senhor Jesus que em breve vos mandarei Timóteo, para que também eu esteja de bom ânimo, sabendo dos vossos negócios” (Fp 2.19). Nesse texto, Paulo deixa transparecer o interesse de um zeloso pastor pela igreja. A expressão “zeloso” no grego zeloõ significa: “ser zeloso, ter ciúmes”. O apóstolo zelava pela Igreja com zelo de Deus, como ele mesmo afirma aos coríntios (II Co 11.2). Vejamos algumas coisas pelas quais Paulo ardia em zelo:
2.1 Pela santidade da Igreja. O apóstolo Paulo procurava sempre se informar acerca das igrejas que já haviam se estabelecido. Baseado nestas informações, ele escrevia cartas com o objetivo ensinar e corrigir os cristãos quanto a sua conduta como servos de Deus. Sendo informado dos últimos acontecimentos na comunidade cristã em Filipos, que lhe trouxe preocupações, o apóstolo lhes escreve a fim de tratar de alguns problemas que haviam nesta igreja, tais como:
“orgulho” (Fp 2.5-11); “murmurações e contendas” (Fp 2.14); a fim de que “permanecessem firmes” (Fp 2.16).
2.2 Pela doutrina. Na igreja de Filipos estavam surgindo heresias que vinham sendo pregadas por gentios a quem o apóstolo chama de “cães” (Fp 3.2-a); de “maus obreiros” (Fp 3.2-b); e também pelos judaizantes, a quem ele se refere como “circuncisão” (Fp 3.2-c). O apóstolo lhes fala verdades já conhecidas para que eles tivessem segurança no que haviam crido, os exortando a “guardar-se” daqueles que tentavam perverter a verdade do evangelho (Fp 3.1).
2.3 Pela administração do trabalho. Em Fp 2.19-30 o apóstolo dá início a uma nova e importante etapa na Carta aos Filipenses, enquanto Paulo deixa de enfocar a si mesmo e aos cristãos filipenses, e passa a dar destaque as duas pessoas chave que se unem a ele em Roma: Timóteo e Epafrodito. Após pregar o evangelho nas cidades, o apóstolo Paulo costumava deixar obreiros para cuidar do rebanho (I Tm 1.3; Tt 1.5). Para a igreja em Filipos, o apóstolo tinha a intenção de enviar Timóteo e Epafrodito, dois obreiros de sua confiança, a fim de saber a real situação daquela igreja e para que, sob a sua autoridade, corrigissem alguma coisa anormal que estivesse acontecendo (Fp 2.19,25).
III – VIRTUDES DO OBREIRO TIMÓTEO
Era desejo de Paulo enviar o obreiro Timóteo para dar assistência no trabalho em Filipos, porém ele o faria assim se o Senhor permitisse espero no Senhor Jesus” (I Tm 2.19-a). A cerca de Timóteo, a Bíblia nos informa que ele era um bom exemplo do que um um obreiro deve ser: (1) Era um estudante zeloso e obediente a Palavra de Deus (II Tm 3.15);
(2) um servo perseverante e digno de Cristo (I Ts 3.2); (3) um homem de boa reputação (At 16.2); (4) amado e fiel (I Co 4.17); e (5) companheiro dedicado a Paulo e ao evangelho (2 Tm 4.9,21-22; Rm 16.21). Vejamos algumas outras considerações de Paulo acerca de Timóteo:
3.1 “Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide do vosso estado” (Fp 2.20). Podemos observar claramente neste versículo a alta estima e consideração que o apóstolo nutria pelo obreiro Timóteo. Ele chega a dizer que não havia ninguém mais que compartilhasse um espírito familiar com ele (ou “como ele”), cujo termo utilizado é isapsychos; literalmente, “de mesmo sentimento” ou “com o mesmo sentimento na alma”. Ou seja, ambos tinham a mesma perspectiva e visão quanto se tratava da igreja de Filipos. Em (Fp 2.21) Paulo contrasta a atitude de Timóteo com a de outros cristãos que, provavelmente seja aqueles a quem o apóstolo se refere que pregavam a Cristo com porfia (Fp 1.15,16). Dos que estavam com Paulo, somente Timóteo e Epafrodito se mostraram capazes e dispostos a atender a obra do Senhor (Fp 2.19,25).
3.2 “Mas bem sabeis qual a sua experiência, e que serviu comigo no evangelho, como filho ao pai” (Fp 2.22) . O apóstolo lembra aos crentes filipenses que Timóteo era um obreiro que tinha “experiência”, ou seja, ele foi provado e resistiu ao teste. Timóteo “serviu comigo no evangelho” diz Paulo. A palavra “serviu” usada neste texto está relacionada ao termo grego “doulos” (se lê dulos), fazendo alusão ao próprio caráter que Jesus assumiu em sua encarnação (Fp 2.7).
Ainda há de se ressaltar que o comprometimento de Timóteo não foi somente com Cristo e com o evangelho, mas também com Paulo “e que serviu comigo no evangelho, como filho ao pai”. É dessa forma que Paulo trata Timóteo nas epístolas que lhe foram dirigidas (I Tm 1.2; II Tm 1.2).
IV – O PERFIL DO OBREIRO EPAFRODITO
4.1 “Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão e cooperador” (Fp 2.25-a). Epafrodito era um cristão da cidade de Filipos, mencionado apenas em (Fp 2.25-30; 4.18). Não se sabe ao certo se este homem era um dos líderes da igreja em Filipos ou simplesmente um discípulo comprometido com Cristo. Sabemos apenas que Paulo sente fortemente que deveria enviá-lo de volta como portador desta carta, pois assim como a Timóteo, também nutria muita consideração por este homem de Deus a quem chama de “meu irmão e cooperador”.
4.2 “e companheiro nos combates” (Fp 2.25-b). A referida expressão quer dizer também “companheiro de armas”, que era um dos títulos favoritos dos cristãos primitivos, o qual envolve a ideia de estar em conflito espiritual contra as trevas e o mal, correndo o risco de perder a vida (CHAMPLIN, 2002, p. 40). Epafrodito manteve-se ao lado de Paulo defendendo a causa do Seu grande Capitão, o Senhor Jesus. Epafrodito ficou gravemente enfermo talvez durante o percurso da viagem de Filipos a Roma para trazer a oferta para Paulo (Fp 2.26,27). No entanto, este fiel cooperador obteve melhora
pela graça de Deus “mas Deus se apiedou dele” (Fp 2.27-b). Paulo enviou-o novamente a Filipos a fim de proporcionar alegria aos cristãos filipenses por sua recuperação (Fp 2.28-30).
4.3 “e vosso enviado para prover às minhas necessidades” (Fp 2.25-c). Esse nobre cooperador foi enviado pela igreja de Filipos “vosso enviado”, para levar uma oferta em apoio a Paulo “para prover às minhas necessidades”. Como tal, fez todo o possível por Paulo, sem dúvida, aquilo que os próprios filipenses tinham feito se o apóstolo estivesse em Filipos. Em relação a Paulo, Epafrodito foi aquele que prestou um serviço sacrificial para suprir as necessidades do apóstolo (Fp 2.30).
V - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO OBREIRO NA PERSPECTIVA PAULINA
5.1 Bom caráter. A expressão “caráter” significa: “o conjunto das qualidades boas ou más de um indivíduo que lhe determina a conduta – como a pessoa age” . Paulo escreve a Timóteo dizendo que aquele que almeja cooperar na obra do Senhor, excelente obra almeja (I Tm 3.1). No entanto, estará apto para esse serviço se além de ter a chamada divina, seja irrepreensível no seu caráter “Convém, pois, que...seja irrepreensível” (I Tm 3.2-a). Portanto, é imprescindível para aquele que coopera na obra de Deus possuir as qualificações morais que ela exige (At 6.3; I Tm 3.1-16; Tt 1.5-9).
5.2 Responsável. O Aurélio define a palavra “responsável” como: “que tem noção exata de responsabilidade; que se responsabiliza pelos seus atos; que não é irresponsável”. O serviço ao Senhor precisa ser feito com muita responsabilidade, visto que aquilo que fazemos e a maneira como realizamos será submetido a análise no Tribunal de Cristo, onde as obras dos salvos serão julgadas (Rm 14.10; I Co 3.13-15; II Co 5.10).
CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo tinha em sua companhia homens de Deus sinceros, com os quais ele podia contar na administração do trabalho do Senhor em Filipos. Timóteo e Epafrodito cujas virtudes são louváveis constituem-se para nós hoje verdadeiros exemplos de como devemos agir no serviço de Deus.
REFERÊNCIAS
· CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
· STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
· ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
COMENTÁRIOS - SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM RECIFE/PE

Fonte: http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/  Acesso em 05 ago. 2013.

Dinâmica da Lição 06: A Fidelidade dos obreiros do Senhor


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Professoras e professores, observem estas orientações:
1 – Antes de abordar o tema da aula, é interessante que vocês mantenham uma conversa informal e rápida com os alunos:
- Cumprimentem os alunos.
- Perguntem como passaram a semana.
- Escutem atentamente o que eles falam.
- Observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração.
- Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.
2 – Este momento não é uma mera formalidade, mas uma necessidade. Ao escutá-los, vocês estão criando vínculo com os alunos, eles entendem que vocês também se importam com eles.
3 – Após a chamada, solicitem ao secretário da classe a relação dos alunos ausentes e procurem manter contato com eles durante a semana, através de telefone ou email.
Os alunos se sentirão queridos, cuidados, perceberão que vocês sentem falta deles. Dessa forma, vocês estarão estabelecendo vínculos afetivos com seus alunos.
4 – Escolham um momento da aula, para mencionar os nomes dos alunos aniversariantes, parabenizando-os, dando-lhes um abraço, oferecendo um versículo.
5 – Fazendo o que foi exposto acima, somando-se a um professor motivado, associada a uma boa preparação de aula, com participação dos alunos, vocês terão bons resultados! Experimentem!
6 – Agora, vocês iniciam o estudo do tema.
- Falem: A lição de hoje tem como tema a liderança servidora do apóstolo Paulo.
- Iniciem o estudo desta lição, utilizando a dinâmica “Aprendendo com Paulo – O Mentor”.
 - Trabalhem o conteúdo proposto na lição, buscando sempre a participação dos alunos.
- Para concluir, sugiro a dinâmica “Cooperadores”, que deverá ser utilizada somente se houver lugar apropriado para a execução dela, vejam a razão na descrição do procedimento.
Tenham uma excelente e produtiva aula!
Dinâmica: Aprendendo com Paulo – O Mentor
Objetivo:
Estudar sobre o tipo de liderança de Paulo e capacidade dos seus liderados, Timóteo e Epafrodito.
Sensibilizar os lideres para que tenham Paulo como modelo de líder.
Material:
Figuras de médico, dentista, motorista e professor
Pedaço de cartolina vermelha para cada aluno
Pedaço de cartolina verde para cada aluno
01 folha de papel madeira
Procedimento:
- Coloquem no quadro 04 figuras e façam as seguintes perguntas:
Médico: Vocês confiariam num médico sem experiência para se operar?
Dentista: Vocês fariam um tratamento dentário com uma pessoa que se diz dentista, e é muito procurado pelos clientes para realizar procedimentos?
Motorista: Vocês fariam uma viagem com um motorista que nunca dirigiu um ônibus e tem pouca experiência no volante?
Professor: Vocês fariam um curso com um professor que não apresenta capacidade, habilidade e conhecimento sobre o tema do curso?
- Observem as respostas e reflitam sobre elas. Certamente as respostas serão negativas, tendo em vista a falta de preparação desses profissionais.
- Perguntem: Por que Paulo escolheu Timóteo e Epafrodito para substituí-lo em Filipos?
Timóteo e Epafrodito eram preparados, tinham qualidades e eram capazes de exercer esta função, pois Paulo, como líder e mentor deles, reconheceu neles, os liderados, condições para exercer este serviço.
O que é mentor? Pessoa que aconselha, ensina ou guia(dicionário Michaelis).
Temos em Paulo um modelo de liderança servidora.
- A liderança é algo muito comum no nosso cotidiano, quer seja na nossa família, na igreja, no trabalho etc. Ora somos lideres, ora liderados. Vivenciamos posturas diferentes de lideres, porém esta lição enfatiza os princípios da liderança servidora.
- Perguntem quais as formas de liderança exercidas, de um modo geral, por aquele grupo e anotem as respostas num quadro.
Por exemplo, Pastor, Líder do Setor, Superintendente da EBD, dirigente de Círculo de Oração, Comissão de Visitas, regente de conjunto ou coral, professor(a) da EBD, pregador(a), mãe, pai etc
- Distribuam dois pedaços de cartolina verde e vermelha para cada aluno e solicitem aos alunos para destacarem um ponto positivo(cartolina verde) e um negativo(cartolina vermelha) da liderança que eles exercem; não precisa de identificação dos nomes dos alunos; colem numa folha de papel madeira, separando-os em duas colunas; o grupo deverá identificar quais características precisam melhorar ou aquelas que necessitam continuar.
 - Trabalhem com a turma o conteúdo dos itens da lição, observando sempre como os princípios dessa liderança podem ser absorvidos ou melhorados nas nossas ações.
Por Sulamita Macedo.
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Dinâmica: Cooperadores
Objetivo: Refletir sobre a importância da liderança e os cooperadores.
Material:
01 bexiga para cada aluno
Local de realização: Adequado para o uso de bexigas, não é bom que seja dentro do templo, pois vai chamar a atenção de outras classes.
Procedimento:
- Distribuam 01 bexiga para cada aluno e peçam para que encham e deem um nó para o ar não escapar.
- Solicitem para que fiquem em círculo e joguem as bexigas para cima.
- Em seguida, comecem a retirar alguns alunos do círculo, mas suas bexigas permanecerão.
- Retirem mais pessoas e deixem as bolas para que as que permaneceram tentem controlar todas as bolas.
- Continuem retirando até deixar uma pessoa.
- Não se preocupem quando os alunos começarem a reclamar, incentive-os a continuar lutando para dominar todas as bolas, até que eles percebam que não conseguem e parem.
- Façam uma reflexão sobre a atividade, apontando para a importância da cooperação de todos, enfatizando que o líder necessita de outros para poder trabalhar de forma exitosa.
Paulo, o líder, precisou de dois cooperadores, Timóteo e Epafrodito, preparados e capacitados para o serviço. Sigamos pois este exemplo(Fp  2. 19 e 25).
Moisés também precisou de colaboradores que tinham propósitos comuns, vejam:
“E acontecia que, quando Moisés levantava a sua mão, Israel prevalecia; mas quando ele abaixava a sua mão, Amaleque prevalecia. Porém as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs” (Ex17. 11 e 12).
Ideia original desconhecida.

Esta versão da dinâmica por Sulamita Macedo.

Fonte: http://euvoupraebd.blogspot.com/2013/08/dinamica-da-licao-licao-06-fidelidade.html#ixzz2bUzLgdCx

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