sábado, 25 de abril de 2015

LIÇÃO 04 - FILHO DE DEUS



Texto Bíblico  Lucas 15.11-24
Jesus continuou: "Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles.
"Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente.
Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade.
Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos.
Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
"Caindo em si, ele disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome!
Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti.
Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados’.
A seguir, levantou-se e foi para seu pai. "Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou.
"O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’.
"Mas o pai disse aos seus servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés.
Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar.
Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar.
Objetivos          Ensinar ao alunos, o nosso papel como filhos, compreender
                          os  perigos de se afastar da casa de Deus, assim devemos                                                  
                          conhecer e desfrutar do amor de um pai amoroso


Introdução
Essa parábola conta a história de um homem que tinha dois filhos. O filho mais novo resolve pedir ao pai sua parte da herança e vai para uma terra distante viver sua vida como achava que deveria viver. Nessa terra distante ele vai gastando cada centavo do seu dinheiro com seus prazeres, até que todo o seu dinheiro acaba e ele vira quase um mendigo. No momento mais crítico ele sente atração até pela lavagem que era dada aos porcos, tamanha era a fome que sentia. Ele, então, se lembra da casa do pai e resolve voltar arrependido. É recebido com muita festa pelo pai e rejeitado pelo seu irmão mais velho.
Muitas pessoas não sabem bem o que significa a palavra pródigo, que aparece normalmente no título que é dado a essa parábola. De acordo como o dicionário online Michaelis, significa: “Que despende com excessiva profusão; que desbarata os seus bens; dissipador, esbanjador, gastador, perdulário.” Essa parábola mostra Deus na figura do Pai. E mostra cada um de nós ou na figura do irmão mais velho, que rejeita a conversão de seu irmão, ou na figura do irmão mais novo, que vive uma vida cheia de pecados.

I-  Meu super herói
E disse: Um certo homem tinha dois filhos.
E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
Jesus inicia sua parábola falando que havia um homem que tinha dois filhos. É de se estranhar a iniciativa do filho em repartir as terras do pai, sem sequer esperar a sua morte. Isto por si só já demonstra uma quebra da lei natural na sucessão das coisas. Conforme o costume daquela época, o filho primogênito (mais velho) receberia dois terços da propriedade. Já ao filho mais moço cabia um terço.
Este costume é descrito no Livro de Deuteronômio.  O primogênito é o princípio da força do homem e devia receber porção dobrada.  O filho mais moço dá inicio ao repartir da propriedade, numa demonstração de desrespeito para com a autoridade paterna enquanto chefe daquele núcleo familiar. Deveria partir do pai a iniciativa de repartir a terra e assim se desincumbir de sua responsabilidade para com a administração.
E poucos dias depois, o filho mais novo; ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente.
Podemos supor que ele vendeu as terras para alguém estranho à família, e tomando sua parte em espécie partiu. Ainda hoje vemos nossos jovens partindo para terras cada vez mais distantes numa valorização da “cultura alheia”. Importante notar que o Pai neste momento não profere nenhuma censura. Fica calado. Ele permite (assim como Deus) que o ser humano faça o que quer. Este respeito ao “direito de pecar”, é o respeito ao fato de que Deus criou o homem livre e para a liberdade, inclusive para a liberdade de pecar. O pai permitiu ao filho mais moço que ele escolhesse seu caminho, procedendo de acordo com seus desejos.
Desperdiçou é justamente o oposto de “ajuntando tudo”. É nisto que consiste o pecado. Gastar os bens criados por Deus Pai, e a nós emprestados. Alguns destes bens: Saúde, Vigor Físico, Coisas Materiais, Tempo, Saúde Mental. No pecado, o filho de Deus, não atenta para a questão da mordomia. Este afastamento para um terra distante é uma fuga da disciplina do Pai.
Fonte; http://divulgadordapalavra.blogspot.com.br/2014/06/um-estudo-sobre-parabola-do-filho.html

II- Fundo do poço
E havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
Esta descrição breve retrata que o filho se viu pobre, desnudo e despido de suas posses. Na terra em que ele achava que teria plena liberdade, ele se viu de repente presa das circunstâncias mais adversas. Este padecer necessidades é uma demonstração de sua condição de extrema inferioridade em relação aos habitantes naturais daquele país. Uma condição pior do que o natural da terra. Numa comparação com o mundo moderno vemos que não mudou muito. Os filhos saem do lar e na esperança de uma pseudo-liberdade, vivem uma vida dissoluta. Ainda assim ocorre com aqueles que muitas vezes abandonam a igreja para a vida no mundo. Esta crença de uma liberdade irrestrita fora da vida familiar e congregacional não passam de uma armadilha, o mais é engano.
E foi e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus para apascentar porcos.
Em conformidade com a lei judaica, os porcos eram animais imundos. Os porcos não podiam ser comidos ou usados em sacrifícios, portanto para um judeu, tratar dos porcos representava a suprema humilhação. Tal fato pode ser conferido em Levítico 11: 2-8 e Deuteronômio 14:8. Desejar comer a comida dos porcos significava que ele estava numa condição muito além da degradação humana. Ou numa linguagem econômica moderna, ele estava muito abaixo da linha da pobreza. Vemos o naufrágio do filho mai moço e sua submersão nas águas escuras da perdição. Longe dos seus, desamparado pelos amigos que só se interessavam pela fortuna. Humilhado...Humilhado...Humilhado...
Assim nos deixa o pecado. Jogado na lama do chiqueiro dos porcos. Representado hoje pelas sarjetas da bebida, do jogo e das drogas e das prostituições.
E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
Já ouvi muitas pregações dizendo que ele comia a comida dos porcos. Mas vemos que nem isto sobrava para ele. Ou seja, ninguém lhe dava nada. O porco assumiu muito mais importância do que o homem. Mas é este o trabalho do diabo: Roubar, Matar e Destruir. O mais humilhante trabalho que poderia existir para um judeu não lhe garantiu sequer a sua subsistência. Algumas versões trazem que as comidas dos porcos eram “vagens de alfarrobeiras”.
E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
Vemos aqui a contrição pela saída inoportuna de sua casa. A sua mente analisa a diferença entre a miséria e a abundância da casa paterna. Vemos ainda hoje esta latente diferença entre a vida na congregação junto aos irmãos, ao pé dos pastores e a vida nas noitadas de bebidas e destruição familiar. A recordação de um pai que era bom para os filhos e para seus empregados. “As grandes dores as tragédias são freqüentemente necessárias para fazer as pessoas olharem para o único que pode ajudá-las: Jesus.”
Fonte; http://divulgadordapalavra.blogspot.com.br/2014/06/um-estudo-sobre-parabola-do-filho.html

III- Amor de pai
Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe -ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores.
A recordação de que os empregados de seu pai tinham abundância  e a saudade do tratamento que recebia fala fundo em seu coração. “Planeja antepor à solicitação prevista uma confissão de sua culpa.”
E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão,e, correndo, lançou-se lhe ao pescoço, e o beijou.
Estamos diante de uma demonstração inequívoca da GRAÇA DE DEUS.  O pai esperava a volta do filho pródigo, não saiu para procurá-lo pois sabia que estava lidando com um ser humano dotado de vontade e liberdade. Ainda assim ocorre com os crentes desviados, esperamos pela suas voltas, pois sabem que há um caminho. Diferente das ovelhas perdidas ou das dracmas que hão que ser procuradas. Mas o filho quando volta para seu pai, é recebido de forma alegre. Esta constância e paciência no amor de deus é que faz com que Ele nos dê as boas-vindas ao retornarmos para o lar.  Assim como o pai age nesta história, Deus age em nossas vidas. Deus não nos força a respondê-lo ou a buscá-lo, mas quando o fazemos, Ele nos recebe de braços abertos. O fato de que o pai o viu ao longe, é uma demonstração de quantas vezes aquele pai, teve seu olhar perdido no horizonte, na esperança de que o filho apontasse na estrada. Uma demonstração de que o amor do pai não foi extinto pelo tempo e pela ausência da separação. A íntima compaixão que mostra o pai mostra que o estado deplorável do filho, longe de deixar asco, deixou mais motivação para que o pai o recebesse. É por isto que não entendemos quantas mães e pais enfrentam horas de humilhação para visitar os filhos nos presídios. A restituição do relacionamento ocorre sem cobranças por parte do pai. É como se o filho mais moço nunca o tivesse decepcionado. O maravilhoso disto tudo é que o pai toma a iniciativa de abraçar o filho. Nada de críticas, de repreensões, mas apenas o amor demonstrado no abraço silencioso.
E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho.
Mas o pai disse aos cervos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés.
Descalço, maltrapilho e sem reconhecimento é assim que voltamos do mundo para a casa do Pai. Em troca de nossos trapos, recebemos roupas melhores. Os pés imundos são lavados e calçados com sandálias. E o bezerro cevado, foi a morte de Cristo.  Esta foi a oferta pela propiciação de nossos pecados. O pai que ficou calado o tempo todo, agora abre a boca. Não para falara um “Está perdoado”. Mas, sim, para dar ordens imperativas aos servos para que coloquem o filho arrependido na melhor posição da casa. Assim devem ser as ações de perdão em nossas vidas. Perdão não pode ser mostrado por palavras vazias e sem sentido, mas por ações que efetivamente demonstrem o ato do perdão. E perdão não é Dom; é ordenança.
As sandálias são um privilégio do homem livre. O escravo devia andar descalço. “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.” (Gálatas 5:1)
O anel era símbolo de autoridade para o judeu.  E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos,
Todos devem alegrar-se com a volta do filho que estava perdido. Inclusive os cervos da casa. Assim nós devemos participar da alegria de nosso pai. Assim ocorre com os anjos no céu. Alegram-se quando um pecador se arrepende. Fazem festa de júbilo para com aquela alma que estava perdida e salvou-se. Esta festa representa a comunhão.
porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se.
Não importa a maneira como os pecadores se perdem. Deus está de prontidão eterna esperando o momento em que seus filhos resolvem voltar para o lar. Dentro da Bíblia Cristã, o conceito de morte e vida, faz alusão à questão do pecado e da conversão. O pecado representa a separação do pai. A conversão representa a aceitação de que somos dependentes de Deus para termos a salvação por meio de seu filho. Pecado é morte. Conversão é vida.
Fonte; http://divulgadordapalavra.blogspot.com.br/2014/06/um-estudo-sobre-parabola-do-filho.html

Conclusão
Nesta parábola, o Senhor ensina que uma vida de pecado e de egoísmo, no seu sentido cabal, é a separação do amor, comunhão e autoridade de Deus. O pecador ou desviado é como o filho mais jovem da parábola, que em busca dos prazeres do pecado, desperdiça os dotes físicos, intelectuais e espirituais que Deus lhe deu .  O resultado é desilusão e tristeza e, as vezes , condições pessoais degradantes, e, sempre, a falta da vida verdadeira e real, que somente se encontra no relacionamento correto com Deus.
Antes de um perdido vir a Deus, ele precisa reconhecer seu verdadeiro estado, de escravidão do pecado e de separação de Deus.  Precisa voltar humildemente ao Pai, confessar seus pecados e estar disposto a fazer tudo quanto o Pai quiser.  É o Espírito Santo quem convence o perdido pecador da sua situação pecaminosa.
A descrição que Jesus faz da reação favorável do pai, diante da volta do filho, ensina várias verdades importantes :
(1)  Deus tem compaixão dos perdidos por causa da triste condição deles .
(2)  o amor de Deus por eles é tão grande que nunca cessa de sentir pesar por eles e esperar a sua volta
(3)  Quando o pecador, de coração, volta para Deus, ele sempre está plenamente disposto a acolhê-lo com perdão, amor, compaixão, graça e os plenos direitos de um filho. Os benefícios da morte de Cristo, a influencia do Espírito Santo e a graça de Deus estão à disposição daqueles que buscam a Deus.
(4)  A alegria de Deus pela volta dos pecadores é imensurável.
No versículo 24 – o pai diz : Meu filho estava morto...perdido- “Perdido” é empregado no sentido de estar perdido em relação a Deus , como “ovelha desgarrada”. A vida afastada da comunhão com Deus é morte espiritual. Voltar-se para Deus é alcançar vida verdadeira.
No versículo 28- O filho mais velho se indigna, O filho mais velho representa aqueles que têm sua religião e que exteriormente guardam os mandamentos de Deus, porém interiormente estão longe d'Ele e dos seus propósitos para o seu reino.
Fonte; http://www.salmos.reflexoes.nom.br/filhoprodigo.htm

Colaboração para o Portal Escola Dominical – Prof. Jair Cesar Silva Oliveira
Fonte:PortalEBD

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