Objetivos Devemos entender a importância de amar o próximo, temos de agir com
sabedoria. Buscando crescer na graça e no conhecimento de Deus.
sabedoria. Buscando crescer na graça e no conhecimento de Deus.
Texto bíblico Lucas 2.39-52
Introdução
Será que conhecemos bem o Jesus da Bíblia? Será que a nossa vida é um reflexo do caráter daquele a quem dizemos estar seguindo? Porque devemos dedicar tempo ao estudo do caráter de Jesus? Por que devemos nos preocupar em sermos parecidos com Jesus? Quais as razões pelas quais devemos nos preocupar em parecermos com Cristo? Porquê:
É nosso Chamado - Mateus 11: 28-30
Somos chamados por Jesus a aprender com suas ações.
Quando nos decidimos por Cristo nossa atitude deve ser a de imitá-lo.
A Bíblia nos ensina que devemos nos moldar de acordo com os procedimentos de Jesus. O caráter que é visto Nele deve ser visto em nós. 1 João 2:6
É nossa Obrigação
A fé em Jesus como Salvador e a conformidade com o seu caráter são 2 coisas inseparáveis.
Ser como Cristo é um padrão necessário para o Cristão.
Se não buscarmos refletir o caráter de Cristo em nossa própria vida, que direito temos de alegar que somos cristãos? João 13:15, Filipenses 2:5, 1 Pedro 2:21. Se não buscamos refletir o caráter de Cristo em nossa própria vida, que direito temos de alegar que somos “cristãos”?
Fonte: http://econhecendoaverdade.blogspot.com.br/2013/03/andando-nos-passos-de-jesus-por-que.html
I-Amando a Deus e o próximo
1. O primeiro mandamento: amar a DEUS (v.30). Um escriba aproximou-se de JESUS e perguntou-lhe qual seria o “primeiro de todos os mandamentos” (Mc 12.28). O Mestre, serenamente, respondeu, citando Dt 6.5, que diz: “Amarás, pois, o SENHOR, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder”.
a) “De todo o teu coração”. No Antigo Testamento, DEUS disse: “Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20.3). Era um preceito, uma determinação legal. Nosso Senhor JESUS CRISTO, tomou esse preceito e o transportou para a esfera do amor. O Senhor não admitia nem admite que o crente tenha outro DEUS além dEle, em seu coração. Não se pode servir a DEUS com coração dividido. O amor a Ele devotado deve ser total, incondicional e exclusivo, verdadeiro e santo. É condição indispensável, inclusive, para poder encontrar a DEUS: “E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração (Jr 29.13).
b) “De toda a tua alma”. A alma é a sede das emoções, dos sentimentos. Podemos dizer que é o centro da personalidade humana. O amor a DEUS deve preencher todas as emoções e sentimentos do cristão. Maria disse: “A minha alma engrandece ao Senhor” (Lc 1.46). O salmista adorou: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios” (Sl 103.1,2).
c) “De todo o teu entendimento”. Isso fala de compreensão, de conhecimento. Aquele que ama a DEUS de verdade, tem consciência plena desse amor, sendo, por isso, grato ao Senhor. É o culto racional (Rm 12.1b).
d) “De todas as tuas forças”. Certamente, o Senhor JESUS referia-se aos esforços espiritual, pessoal, emocional, e, muitas vezes, até físico, voltados para a adoração a DEUS.
2. O segundo mandamento – amar ao próximo (v.31). JESUS, complementando a resposta ao escriba, acrescentou que o segundo mandamento, semelhante ao primeiro, é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, concluindo que “Não há outro mandamento maior do que este”. Os judeus, a exemplo dos orientais em geral, não valorizavam muito o amor ao próximo. O evangelho de CRISTO trouxe nova dimensão ao amor às pessoas. Paulo enfatiza isso, dizendo : “porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8b); “O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor (Rm 13.10).
CARACTERÍSTICA DO VERDADEIRO DISCÍPULO
JESUS, dirigindo-se aos discípulos, de modo paternal, disse: “Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco... Um novo mandamento vos dou”:
1. “Que vos ameis uns aos outros” (v.34). O discípulo de JESUS tem o dever de amar ao próximo, ou seja, a qualquer pessoa, independente de ter afinidade, amizade, ou não (Mc 12.31). Esse é um amor devido, que faz parte das obrigações dos que servem a CRISTO. Contudo, o Senhor quer que amemos uns aos outros, como discípulos dEle, não apenas para cumprir um mandamento, mas por afeto, de modo carinhoso, mesmo. Paulo absorveu esse entendimento, e o retrata nas seguintes palavras: “Portanto, se há algum conforto em CRISTO, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no ESPÍRITO, se alguns entranháveis afetos e compaixões” (Fp 2.1). Com isso, ele enfatiza o amor que consola, e os “entranháveis afetos e compaixões”. Esse é o amor que deve haver entre os crentes, de coração, e não só por obrigação. Nada justifica o crente aborrecer a seu irmão. Isso é perigoso. Pode levar à condenação (vide 1 Jo 3.15).
2. “Como eu vos amei a vós” (v.34). O padrão do amor cristão é o exemplo de CRISTO. É o amor ágape, que tem origem em DEUS, o qual nos amou de modo tão grande (1 Jo 3.1). CRISTO demonstrou seu amor para conosco, de modo sacrificial. “Conhecemos a caridade nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos” (1 Jo 3.16). Isto mostra que JESUS nos amou de verdade, de modo sublime. Por isso, precisamos expressar o amor pelos irmãos, não de modo teórico, porém prático: “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade” (1 Jo 3.18). A prática do amor deve começar em casa, entre marido e mulher, pais e filhos e, na igreja, entre pastores e fiéis, membros do Corpo de CRISTO.
3. “Nisto conhecerão que sois meus discípulos” (v.35). Aqui, encontramos o padrão do verdadeiro discípulo de JESUS: “...se vos amardes uns aos outros”. Este “se” é o grande desafio ao verdadeiro discipulado. É importante que haja discípulos que façam outros discípulos. Contudo, mais importante é que os cristãos amem uns aos outros, pois, assim, demonstram serem discípulos de CRISTO, em condições de obedecer ao evangelho e, desse modo, viverem aquilo que pregam. Notemos que o Mestre não indicou outra característica pelos quais seus seguidores seriam conhecidos de todos. Não sabemos o impacto total dessas solenes palavras de JESUS entre os seus discípulos, mas Pedro mudou de idéia rapidamente (ver Jo 13.36-38).
III. O AMOR CRISTÃO GENUÍNO
1. “Amai a vossos inimigos” (v.44). No Antigo Testamento, a norma era aborrecer o inimigo e amar apenas ao próximo, de preferência o amigo. JESUS contrariou toda aquela maneira de pensar e mandou que os cristãos amassem os próprios inimigos. Ao proferir essas palavras, certamente, os olhos dos ouvintes se arregalaram, causando-lhes grande impacto em suas mentes.
2. “Bendizei o que vos maldizem” (v.44). Sem dúvida alguma, os que ouviam o sermão olharam uns para os outros, indagando: “Que ensino é esse? Isso contraria tudo o que nos foi ensinado até agora!”. Podemos ver, na Bíblia, homens piedosos, como Davi, expressar até ódio aos seus inimigos: “Não aborreço eu, ó SENHOR, aqueles que te aborrecem, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Aborreço-os com ódio completo; tenho-os por inimigos” (Sl 139.22).
3. “Fazei bem aos que vos odeiam” (v.44). O espanto deve ter sido completo entre todos que ouviam o Mestre pregar. Na Lei de Moisés, a ordem era “olho por olho e dente por dente” (Mt 5.38). JESUS mudou todo esse ensino e disse: “Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra”, mandando que os seus seguidores façam bem aos que os odeiam! Se para os judeus, isso era terrível, não o é menos difícil para os crentes, hoje. Só um crente com “abundante graça” (At 4.33) e sob o controle do ESPÍRITO SANTO (1 Pe 4.13,14) aceita e vive um ensino e uma prática como essa.
4. “Orai pelos que vos maltratam” (v.44). JESUS não disse em que termos se deve orar pelos que nos maltratam e nos perseguem. Mas, no contexto em análise, não deve ser com vingança e ódio. Certamente, devemos orar para que DEUS mude seus pensamentos, as circunstâncias, e os salve, assim os nossos desafetos passem a agir de modo diferente.
5. “Para que sejais filhos do Pai que estás nos céus” (v.45). Aqui está todo o escopo do ensino de JESUS sobre o amor cristão. Não é amar por amar. Não é ingenuidade. É amor conseqüente, que tem um objetivo sublime a ser alcançado. Todo esse amor deve ser praticado, “para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos”. Essa parte do sermão é concluída com a pergunta: “Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?” (v.46).
Fonte: http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-1cj-oamoradeuseaoproximo.htm
II-Agindo com sabedoria
Cristo: A Sabedoria de Deus
Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; 1 Coríntios 1:30
Que é realmente sabedoria ou inteligência? É possível sermos considerados, num mundo científico e tecnológico, inteligentes e cristãos ao mesmo tempo? Às vezes as pessoas nos olham como se fôssemos loucos por acreditarmos em Jesus Cristo, numa vida eterna ou num mundo invisível e vindouro. O fato de crermos em Deus, pela Pessoa e Obra de Cristo e em Sua Palavra inspirada nos “desqualifica” em relação aos critérios humanos de inteligência ou sabedoria. Os cristãos são tidos por muitos como aqueles que acreditam em coisas improváveis ou não inteligentes. Mas, como se mede a sabedoria de uma pessoa? Será que os critérios comumente usados para medir a inteligência das pessoas é totalmente seguro? No que consiste a “verdadeira sabedoria” de alguém?
A Palavra de Deus diz que a Sabedoria é uma dádiva, jamais uma conquista humana. Se alguém dentre vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem recriminações, e ela ser-lhe-á dada, contanto que peça com fé, sem duvidar, porque aquele que duvida é semelhante às ondas do mar, impelidas e agitadas pelo vento. Tiago 1:5-6. A Bíblia também apresenta os critérios Divinos para se avaliar a verdadeira sabedoria. É um tipo de sabedoria cujo interesse principal é ensinar a “como viver bem e proveitosamente” diante do Criador e Redentor da humanidade. Ou seja, a sabedoria bíblica nos conduz a uma vida de qualidade, plena de sentido e com total simplicidade!
As questões que realmente importam para a existência humana e fazem diferença para nós, de dentro para fora, são aquelas que só podem ser reveladas e percebidas pela orientação Divina! A mera sabedoria humana nunca foi, é ou será capaz de proporcionar uma qualidade de vida que satisfaça plenamente os anseios mais profundos da nossa raça caída! Só a vida de Cristo produz em nós a sabedoria do Pai, que satisfaz a existência humana através da revelação do Seu Espírito! A sabedoria constitui-se numa dádiva revelada e inspirada por Deus, sendo manifestada e testemunhada na vida daqueles que Lhe pertencem. A maneira satisfatória de vivermos está em nos submetermos às respostas vindas de Deus. Não há outra maneira de saciarmos as nossas inquietações mais profundas.
Na antiguidade oriental havia dois tipos de sabedoria: a teológica (sabedoria reflexiva que tratava dos grandes temas do universo) e a prática (não inferior na qualidade, mas, menos complexa em assuntos tratados). Porém, a verdade é que ambas as sabedorias tem muito a ver uma com a outra, pois, a maneira de entender o universo ou o sentido mais profundo da vida exercerá total influência em posturas diárias e corriqueiras. Ou seja, as atitudes assumidas nas mínimas questões cotidianas são fruto de uma compreensão das questões maiores. Nossa cosmovisão é refletida diariamente. Em outras palavras, o entendimento dos grandes temas e dilemas universais sempre poderá ser visto nos comportamentos humanos mais triviais. Cada ser humano demonstra, de uma maneira ou de outra, a sua relação com a Divindade.
Há opiniões modernas que têm dito algo parecido quando se usa o conceito de “inteligência emocional”. Dizem que o êxito na vida tem menos a ver com capacidade intelectual de alguém do que com sua capacidade de saber viver, ou de saber usar suas emoções, possuir controle e expressar caráter e dignidade. É algo interessante, pois, é exatamente o que a sabedoria bíblica ensina, porém, com virtudes vindas de Deus! Segundo a visão bíblica, a vida digna é aquela que agrada a Deus! A sabedoria é a inteligência vinda de Deus. Entretanto, não se trata de uma “sabedoria humana”; trata-se da sabedoria fundamentada num “relacionamento autêntico” com O Deus Único!
O que é sabedoria? A sabedoria bíblica tem a sua origem no Ser Divino. A sabedoria que vem de Deus é concreta, é uma postura humana baseada na revelação Divina! Daí a necessidade da Sabedoria ser inserida nas vontades, pensamentos e sentimentos humanos, podendo ser vista na concretude da vida. A sabedoria de Deus dá sentido à nossa existência. A sabedoria bíblica não é a explicação sobre quem é Deus, antes, é a sujeição à Sua vontade revelada e a reprodução dos Seus ensinamentos. A sabedoria é a arte da existência tendo Deus como a sua única fonte.
A revelação bíblica nos ensina que as pessoas verdadeiramente sábias caminham “retamente” diante do Senhor. Mas, que retidão é esta? Certamente não é uma retidão ou justiça própria humana! A retidão representa os critérios de Deus discernindo e orientando todas as questões humanas. Retidão é vivermos de uma maneira que satisfaça somente a Deus e por meio dos Seus critérios. Sem a sabedoria de Deus somos apenas “tolos habilidosos” ou “ignorantes capacitados”. A sabedoria é a colocação da Pessoa Divina como o centro da vida humana! A sabedoria encontra a sua plena revelação na Pessoa e na Obra de Cristo. A Sabedoria Divina sempre foi, é será a revelação da Pessoa de Cristo!
Paulo também apresenta Cristo como a sabedoria Divina deste modo, mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. 1 Coríntios 1:24. No qual existem escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência. Colossenses 2:3. A Palavra de Deus apresenta em Cristo a “toda a Sabedoria centrada em Deus”! O valor da Pessoa de Cristo não está na tentativa de explicação de Sua personalidade, mas, no efeito produzido pela Sua obra em nós. A sabedoria humana não pode chegar a esta conclusão. Somente a revelação Divina pode nos dar esta compreensão!
Quando os hebreus pensavam na Lei, suas mentes remetiam inevitavelmente a Moisés. Quando se expressavam por meio de cânticos, usavam-se as composições sálmicas de Davi. E quando recordavam dos ditos proverbiais, pensavam em Salomão. Salomão quis fazer mais do que compartilhar de seu conhecimento sobre a sabedoria vinda de Deus. Ele queria mostrar a Israel o caminho para se viver uma vida que satisfizesse somente ao Criador! A palavra hebraica usada em Provérbios que descreve a sabedoria tem o sentido de entender ou conhecer o que é revelado por Deus. Significa encontro ou comunhão pessoal que vai além da mera busca ou curiosidade intelectual humana. O propósito do livro de Provérbios é “captar a adesão” dos jovens para a Lei moral de Deus! Ou seja, fazê-los vivenciar uma entrega que vai além da busca!
A figura do sábio ou da pessoa mais experiente personificava aqueles que poderiam contribuir na experiência de outras pessoas, fundamentados em sua relação e experiências próprias com a fonte da sabedoria: O Senhor. O sábio, segundo Deus, jamais ensinaria a partir de si próprio. A sabedoria de Deus vem “do alto”. A sabedoria humana só pode falar daquilo que a mente humana pode observar e captar por si mesma.
Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o Senhor. Os tolos desprezam a sabedoria e não querem aprender. (Provérbios 1:7 - NTLH). O temor não significa um medo, mas, uma postura de reverência e respeito em relação a e aos ensinamentos Divinos. Trata-se de um “temor de adorador”! Temer a Deus é estar diante Dele considerando o que Ele significa para a vida humana. A pessoa que teme a Deus atribui a Ele o sentido da vida e o seu desfecho, baseado em quem Ele é e no que Ele realiza. O temor a Deus não se refere somente a uma “paixão piedosa”, mas a certeza de que a felicidade humana e o controle da vida estão em Suas mãos! “O respeito a Deus realiza a transcendência do homem” - Luís Alonso Schökel. Temor é a prática da sabedoria revelada por Deus!
Assim sendo, a sabedoria biblicamente revelada é muito mais do que um “sistema correto de pensamento teológico” ou de “ideias corretas relacionadas a Deus”. É, antes, a prova concreta de uma relação correta com Deus, baseada em Seus princípios redentores! Sabedoria é a “submissão” ao Deus que fez uma Aliança eterna, garantida pelo Seu próprio sacrifício. O fato de os insensatos desprezarem a sabedoria de Deus ou a Sua direção para vida demonstra uma posição deliberada e consciente de pessoas que ainda estão sob os efeitos do veneno da “autossuficiência humana”. Pessoas que vivem alheias aos princípios da sabedoria Divina atraem para si mesmas as “responsabilidades e consequências” de viverem como se fossem seus próprios deuses. O insensato é uma pessoa “culpada de sua própria morte”; é alguém espiritual e deliberadamente rebelde em relação a Pessoa e a Obra de Deus.
Em Provérbios 8, vemos a Sabedoria personificada numa bela mulher, na “Senhora Sabedoria” que se cerca das virtudes dos sábios: a humildade, a bondade, a justiça, o amor ao inimigo, a misericórdia, a sobriedade, a castidade e a linguagem ponderada. A loucura é personificada noutra mulher, a “Senhora Loucura” que é circundada pelos vícios dos insensatos: a ira, o orgulho, a inveja, o ciúme, a mentira, a indolência, a embriaguez, a imoralidade sexual, o crime e a injustiça. Cada figura personalizada prepara um banquete da aceitação e convida “os simples” a participarem.
A Sabedoria é uma Pessoa e não uma idéia. Cristo é a Sabedoria de Deus em Pessoa e a cruz é a expressão da Sua Sabedoria para a redenção da humanidade! O Espírito nos convence de nossa identificação com bendita Pessoa do Filho que nos torna coparticipantes e praticantes da Sabedoria que revelada pelo Pai! Cristo é a imagem da Sabedoria de Deus que decreta o fim às possibilidades da sabedoria humana. A Sabedoria do Pai personifica a Sua vontade para a vida humana. A Sabedoria representa o nascimento da Vida que tem origem somente em Deus. Ela nos faz enxergar a vida a partir de Deus. Porém, a Sabedoria de Deus norteia somente aqueles que têm relacionamento pessoal com Ele.
A sabedoria humana insiste em construir sistemas que ofuscam a Sabedoria Divina e em fazer arranjos doutrinários e artificiais sobre a Sua Verdade Absoluta que é Cristo. “Há uma blasfêmia inerente em procurar acrescentar algo ao que Cristo Jesus em seus momentos finais declarou ter sido consumado, ou em “aperfeiçoar” aquilo em que o Senhor Yahweh encontra perfeita satisfação” - Charles H. Spurgeon. A Sabedoria Divina é suficiente não carece de retoques humanos!
Deus desbanca os critérios da sabedoria humana elegendo pessoas desconsideradas e depreciadas pelo sistema deste mundo. A vida de Cristo em nós invalida todas as propostas construídas e oferecidas pela sabedoria humana. A sabedoria humana anseia por méritos, afinal, é um saber conquistado por aqueles que não dependem do Criador e muito menos de um Redentor. O pecado básico da humanidade é “crer-se com direitos” ou “desejar reconhecimento próprio”. A Sabedoria Divina não dá nenhuma margem a esta iniciativa edênica ou babélica.
A Sabedoria de Deus é a Pessoa de Cristo nos colocando numa condição espiritual, para a qual não teríamos nenhum acesso por nossa capacidade ou merecimento. Cristo é a Sabedoria Divina que põe fim a pretensão humana de “sermos como Deus”! Sabedoria Divina não é indagação filosófica ou conhecimento científico. Não é um prontuário de conduta moral e ética. A verdadeira Sabedoria está em sermos impactados pela graça do Seu Doador, dando um ponto final a nossa sabedoria. A Sabedoria Divina é a Pessoa do crucificado, revelada no calvário e fazendo com que possamos vivê-La diariamente e na dimensão da Sua eternidade!
Fonte: http://piblondrina.com.br/mensagem/item/434-cristo-a-sabedoria-de-deus?tmpl=component&print=1
III-Crescendo na graça de Deus
Da mesma forma como na natureza tudo que tem vida cresce, a vida espiritual é marcada por crescimento e frutificação. Pedro exorta seus leitores: “Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 3.18).
Crescimento espiritual é o processo pelo qual o crente se torna mais e mais semelhante a Jesus Cristo. A medida que o crente cresce na fé em Cristo (2 Ts 1.3) , o Espírito Santo inicia o processo a fim de que nos tornemos mais parecidos com Jesus, fazendo com que nos “conformemos” à Sua imagem (2 Co 3.18).
Por que crescer espiritualmente?
Porque é a vontade de Deus
Pelo poder do Espírito Santo, o crente passa a ter vida nova em Cristo; pelo Espírito Santo, o salvo tem acesso a Jesus, a revelação de Deus, e desta maneira rende-se a Ele, e o Espírito Santo se apossa do crente e opera nele “porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5.5).
Para ser útil ao Reino de Deus
A vida cristã é vida de desenvolvimento, crescimento, rumo à maturidade, a frutificação, pois tudo que tem vida no reino de Deus precisa frutificar (Jo 15:1,5).
As conseqüências da falta de crescimento
A falta de crescimento físico é um grave problema que afeta a pessoa como um todo, da mesma maneira a falta de crescimento espiritual é o motivo de muitos problemas e dificuldades causadas por crentes imaturos na igreja do Senhor. Na epístola aos Hebreus, o autor aponta a meninice espiritual como um dos motivos das aflições que os seus leitores originais enfrentavam (Hb 5.11-14).
Características dos meninos espirituais
São carregados por todo o vento de doutrina – Ef 4.14;
Não podem suportar o alimento sólido, são superficiais – 1 Co 3.2;
Vivem em ciúmes e contendas – 1 Co 3.3;
Não conseguem compreender as coisas de Deus – 1 Co 2.14;
Tem falar, pensar e sentir próprios de menino – 1 Co 13.11;
Alimentam-se só de leite (apenas os primeiros rudimentos da fé) – Hb 5.11-14
Continuam como escravos da carne – Gl 5.18-21; Rm 8.7,8;
Tropeçam com facilidade – Rm 14.13-20; 1 Co 10.32
A solução de Deus para o problema da meninice espiritual é o crescimento espiritual, pois, somente com o crescimento espiritual, o crente imaturo pode deixar as coisas de menino (1 Co 13. 11).
O que é crescimento espiritual
O crescimento é um processo natural. Uma criança saudável cresce sem precisar qualquer esforço para tal, da mesma forma a igreja como corpo bem ajustado “efetua seu próprio crescimento” (Ef 4.16). Todo o crente que vive em comunhão com Deus segundo a Bíblia, cresce em espírito. Observemos como a Bíblia define o crescimento espiritual:
É permanecer em Cristo
Jesus disse que para ser frutífero o crente deve permanecer nEle (Jo 15.4-6). O crescimento espiritual depende de nossa completa dependência do salvador, pois Ele diz “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Assim como não podemos apagar nossos pecados, não podemos crescer e produzir o fruto sem Cristo. Portanto, a responsabilidade do cristão é permanecer em Cristo, o que aponta também para o alimentar-se de Cristo e de sua Palavra, bem como o andar no Espírito.
É alimentar-se de Cristo e de sua Palavra
A palavra de Deus é uma agência de crescimento espiritual. Pedro disse que quando o crente se alimenta do leite racional, não falsificado, passa a crescer (1 Pe 2.2). O conhecimento de Cristo é a chave que abre a porta para a santificação (Jo 17.3).
É andar no Espírito
Estar totalmente comprometido e submetido a Deus, de modo que o Espírito Santo ajuda o crente vencer a carne (Gl 5.16; Rm 8.13), produz o fruto do Espírito (Gl 5.22) que é a prova efetiva do crescimento espiritual.
Como crescer na fé
Através do crescimento em fé, o salvo tem condições de estar firme nas promessas e por fim tomar posse da vida eterna (1 Tm 6.12). Como vimos, o crescimento do crente é de glória em glória (2 Co 3.18), seu caminho vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito (Pv 4.18).
Através das disciplinas espirituais como a leitura e meditação nas Escrituras, oração e jejum, o crente alcança maturidade espiritual e chega mais perto de Cristo, então, os sinais do crescimento começam a aparecer: a paz, a alegria, a esperança, a segurança, a gratidão, o serviço (cf. Rm 14.17; Jo 14.27; Rm 5.5; 1 Pe 1.3; 1 Jo 5.12,13; Lc 24.53; Rm 12.1).
Como crescer na graça
A graça de Deus que é o seu grande amor que não merecemos, que nos faz ser o que somos .(1 Co 15.10) Paulo diz que a graça é pedagógica (Tt 2:11,12). Esta graça que nos educa não é uma “graça barata”, tampouco pregação de auto-ajuda, sem cruz nem arrependimento de pecados, não é batismo sem discipulado real, não é comunhão sem confissão. Esta graça nos leva a buscar um quebrantamento que traz a paz real e poder para resistir o pecado.
Crescer na graça significa ser transformado segundo a imagem de Cristo, o que Deus produz em nós pelo poder do Espírito Santo (2Co 3.18), despertando em nossa vida um novo senso de responsabilidade por nossas atitudes, de propriedade por nossas ações, novo sentido de esperança para o futuro.
Como crescer no Conhecimento
Alguns grupos hoje, desprezam o crescimento no conhecimento na Palavra de Deus, por julgar que o conhecimento, mesmo o conhecimento bíblico é um bloqueador da unção divina. Esta visão é muito equivocada pois:
Quando falta o conhecimento, o povo de Deus é destruído – Os 4.6;
Os justos são libertados pelo conhecimento – Pv 11.9;
O conhecimento é mais valioso que o ouro – Pv 8.10;
Os olhos do SENHOR conservam aquele que tem conhecimento – Pv 22.12;
O Espírito do Senhor é o Espírito de Conhecimento – Is 11.2;
O Servo do Senhor com seu conhecimento justificou a muitos – Is 53.11;
Deus diz: ”misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos” – Os 6.6
“O povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo” – Dn 11.32;
“A vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” – Jo 17.3
Crescemos no conhecimento de Deus a medida que estudamos as Escrituras contando com a iluminação do Espírito Santo (Ef 1.17-19). Na era pós-moderna onde o pragmatismo impera, as pessoas buscam apenas a experiência sem preocupar-se com a essência, o conhecimento da Palavra de Deus torna-se mais importante do que nunca para entendermos a vontade de Deus e exercermos nosso papel como igreja relevante nesta geração.
Fonte: https://rededajuventudeibm.wordpress.com/2010/02/04/licao-crescendo-na-graca-e-no-conhecimento/
Conclusão
Inúmeras pessoas ao longo dos séculos já professaram que são seguidores de Jesus Cristo. No entanto, é extremamente necessário que os discípulos de Cristo conheçam o caráter do Senhor e Salvador que afirmam seguir. O tipo de caráter que é visto em Jesus deve ser visto em nós também. Será que a nossa vida é um reflexo do caráter de Jesus? E por que é importante que o crente queira parecer mais e mais com Cristo? Veremos que existem pelo menos cinco razões que explicam por que devemos andar nos passos de Jesus e parecer com Ele.
Em Mateus 11:28-30, Jesus faz um chamado que ecoa ainda hoje. O próprio Cristo nos deu a graciosa ordem de ir a Ele a fim de aprender. Neste contexto, a expressão “aprender de Cristo” significa render-se diante da Sua autoridade e imitar o Seu maravilhoso exemplo.
Não somos chamados, em primeiro lugar, a uma instituição ou a uma doutrina em particular, e sim, a uma Pessoa verdadeira. É do caráter dessa Pessoa que o discípulo precisa aprender. O rei Jesus nos chama para que nos aproximemos dele (“vinde a Mim”) porque esta comunhão é essencial no processo de discipulado. O chamado de Cristo não pode ser negligenciado por aqueles que colocam a mão no arado! Quando respondemos a este chamado, nossos primeiros passos com Cristo devem ser caracterizados pela atitude de imitá-Lo.
Fonte: http://marckmelo.blogspot.com.br/2011/02/cinco-razoes-para-andar-nos-passos-de.html
Colaboração para o Portal Escola Dominical - Profº Jair César S. Oliveira
Fonte: PortalEBD
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