Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
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Escolas Bíblicas Dominicais
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José Alves
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4º
TRIMESTRE DE 2015
(Gn 9.1-13)
INTRODUÇÃO
Estudaremos
nesta lição sobre o concerto de Deus com a geração pós diluviana. Depois que o
patriarca Noé saiu da arca com a sua família, Deus os abençoou, deu-lhes
domínio sobre os animais e também instruções sobre questões alimentares. Além
disso, Deus delegou aos homens o governo humano e fez um novo pacto com Noé,
onde ele prometeu que não mais destruiria a terra com o dilúvio e deixou um
sinal no céu como um memorial.
I – UMA NOVA CIVILIZAÇÃO
Após
a corrupção da geração antediluviana, que resultou na execução do juízo divino
por intermédio das águas do dilúvio, o patriarca Noé e sua família saem da arca
com a missão de dar início a uma nova civilização. O Senhor, então, apareceu,
mais uma vez a Noé. Vejamos:
1.1 A bênção de Deus. Como ocorreu com os
nossos primeiros pais, no Éden (Gn 1.28), Deus abençoou a Noé e a seus filhos,
e lhes deu a ordem de frutificar e encher a terra (Gn 9.1). Sendo que, dessa
vez, não havia apenas um casal, e sim, quatro casais (Gn 7.13) para dar
continuidade ao repovoamento da terra. Noé, tornou-se, então, o segundo pai da
humanidade. O desejo de Deus era que aquela nova geração não se corrompesse,
como ocorreu com a anterior, mas, que os homens vivessem em paz e em harmonia
com os seus semelhantes.
1.2 O domínio sobre os animais. Assim como Adão
havia recebido a ordem de dominar sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu
e sobre os animais da terra (Gn 1.28), O Senhor deu a Noé o domínio sobre a
criação (Gn 9.2). Isto nos ensina que, mesmo após a Queda e a depravação da
geração antediluviana, os propósitos de Deus permanecem. O homem foi criado
capaz de dominar a criação, e, como resultado desse domínio, o ser humano é
capaz de domar animais ferozes e utilizar animais para o trabalho, transporte e
lazer.
1.3 A nova dieta. Ao sair da arca, Deus
instruiu a Noé sobre questões alimentares (Gn 9.2-5). O homem que outrora
alimentava-se apenas de frutas, verduras e cereais, a partir de então, passou a
alimentar-se também de animais (Gn 9.3). No entanto, Deus proibiu que o homem
se alimentasse do sangue. “A proibição acerca do uso do sangue na alimentação
tem sido uma constante na história dos hebreus. Presume-se que ela tenha
começado quando foi permitido que a carne animal viesse a fazer parte da
alimentação humana. Ver (Lv 7.27; 17.10,14; 19.26; Dt 12.16,23; 15.23; Ez
33.25). Essa dieta foi imposta aos gentios, por fazerem eles parte do pacto com
Noé, e não meramente por parte da lei mosaica (At 15.20; 21.25) (CHAMPLIN, 2002.
vol. 1. p. 99).
II – A ALIANÇA DE DEUS COM
NOÉ
Após a saída da arca, Noé se aproximou de
Deus levantando o altar, com sacrifício de sangue (Gn 8.20). Deus recebeu
aquela oferta e fez uma aliança com Noé (Gn 9.9-13). Vejamos como se deu esta
aliança:
2.1 Deus
prometeu não mais destruir a terra com um dilúvio. Por causa da maldade e da corrupção da raça humana, o
juízo divino por intermédio do dilúvio foi necessário (Gn 6.5-7), e,
inevitavelmente, trouxe consequências drásticas para os homens, animais e
também para a natureza. Mas Deus prometeu que não haveria outro dilúvio na
terra (Gn 8.21; 9.11). A partir de então, os homens deveriam ver a chuva como
uma bênção de Deus (Lv 26.4; Dt 11.13,14; 28.12; Sl 68.9; Mt 5.45), e não como
a execução de um juízo divino.
2.2 Deus
prometeu a perpetuação dos processos regulares da natureza. Quando Deus criou a terra, estabeleceu leis que
regulariam a natureza, tais como: dia e noite; inverno e verão (Gn 1.14; Sl
74.17; Zc 14.8; Lc 21.30). Mas, com o dilúvio, as leis da natureza foram
afetadas. No entanto, Deus prometeu a Noé que “Enquanto a terra durar,
sementeira e sega, frio e calor, verão e inverno, e dia e noite não cessarão”
(Gn 8.22). O que significa dizer que enquanto houver homens na terra, haverá
continuamente plantação e colheita, dia e noite, inverno e verão.
2.3 Deus
deixou um sinal no céu. Ele disse: “O
meu arco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a
terra” (Gn 9.13). Desde então, o arco não representa apenas um fenômeno
da natureza, e sim, um sinal que nos lembra a promessa de Deus, bem como a sua
misericórdia para com a humanidade. O arco-íris, quando eleva-se no céu, nos
faz lembrar o pacto de Deus com o patriarca Noé, e, consequentemente, com todos
os homens. É o sinal e a garantia que o mundo nunca será destruído por outro
dilúvio.
III - A INSTITUIÇÃO DO
GOVERNO HUMANO
“Antes do dilúvio não havia nenhum governo humano. Todo homem tinha
liberdade para seguir ou rejeitar qualquer caminho [...] Mas, após a saída da
arca, Deus instituiu um governo terrestre que serviria de freio sobre os
delitos dos homens. A ordem divina foi esta: “Se alguém derramar o sangue do
homem, pelo homem se derramará o seu” (Gn 9.6). A pena capital é a função de maior seriedade do governo
humano, e uma vez que Deus concedeu ao homem essa responsabilidade judicial,
automaticamente todas as demais funções de governo foram também conferidas. O
governo humano, assim constituído, exercendo a prerrogativa da pena capital,
foi e é sancionado pelo próprio Deus como um meio de deter os desobedientes (Rm
13.1-7; I Tm 1.8-10). A investidura dessa autoridade e responsabilidade no
homem foi uma novidade do novo pacto de Deus com os homens após o Dilúvio”
(OLSON, 2004, p. 69). Vejamos os aspectos humanos e divinos neste governo:
3.1 O governo humano. É Deus quem dá ao homem o
fôlego de vida e somente Ele tem o direito legal de pôr fim à vida. A vida é um
dom de Deus e ninguém tem o direito de tirá-la (Gn 9.6). Somente Deus, que
criou o homem à sua imagem, tem o direito de pôr fim à vida humana (Gn 1.26,27;
Dt 32.39), e como dádiva de Deus, só ele tem autoridade para tomá-la. Porém, mesmo antes de dar um código de
leis a Israel (Êx 20.1-17; Dt 5.1-21), Deus ordenou a pena capital (Gn 9.6),
visando a preservação da vida. Como os antediluvianos tinham enchido o mundo com violência e derramamento de
sangue (Gn 6.5-7, 11,12), Deus instituiu a pena de morte para garantir à
humanidade a preservação da vida.
3.2 A intervenção divina. Embora Deus haja delegado o governo do mundo ao
homem, continua Ele a comandar todas as coisas. A Bíblia registra diversos
exemplos de intervenções divinas na história das nações, como interveio em
Sodoma e Gomorra (Gn 19.24-30); no Egito (Êx 7.19 a 14-31); na Babilônia (Dn 4.32-34; 5.21); na Assíria (II Rs 19.35);
e, principalmente, na história de Israel.
IV – A DISPENSAÇÃO DO
GOVERNO HUMANO
4.1 Definição de Dispensação. “Período de tempo durante o qual a humanidade é
moralmente responsável diante de Deus em relação à consideração, respeito e
obediência demonstrada para com a sua palavra. Trata-se de um período moral ou
período probatório da história humana ou angelical. Cada dispensação tem o seu
próprio começo e fim. Em cada dispensação Deus tem um propósito específico e
definido. Porém, o grande projeto e propósito de Deus através das várias
dispensações, é libertar a humanidade e o universo de todas as rebeliões, de
tal forma que os agentes dotados de livre-arbítrio, estejam voluntária e permanentemente
sujeitos a Deus, a Cristo, e ao Espírito Santo” (OLSON, 2004, p. 35).
4.2 A Dispensação do Governo Humano. Esta dispensação é assim chamada por causa das leis
humanas, e governos que foram instituídos, para regular a vida dos homens após
a longa era de liberdade de consciência. Deus deu a Noé determinadas leis para
que tanto Noé quanto sua família e todos os seus descendentes fossem governados
por elas. O homem passou a ser responsável pelo seu próprio governo (Gn
9.1-19).
4.3 O início e a duração da Dispensação. Esta dispensação teve uma duração de 427 anos.
Iniciou-se logo após o dilúvio e estendeu-se até o chamado de Abraão (Gn
8.15-19; 9.18-19; 11.10-32; 12.1-3). Após o dilúvio a nova vida da raça humana
sobre a terra, começa com um ato de adoração (Gn 8.20). Esta é a primeira
referência a um altar nas páginas das Escrituras. Após o dilúvio as bênçãos de
Deus são dirigidas ou impetradas sob Noé e seus filhos, que surge agora como
segundo cabeça da raça humana (Gn 9.1). Novas leis foram dadas, nova aliança,
promessas de bênçãos, domínio da terra e responsabilidade sobre si mesmo para
sempre (Gn 8.15,22; 9.3, 8-12).
4.4 A necessidade. Os governos humanos fazem parte de um governo moral
de Deus e são necessários para a preservação da sociedade humana na terra (Rm
13.1-7; I Pe 2.13-14). Na dispensação do governo humano, várias leis foram
dadas e o governo foi estabelecido por Deus, com o homem agora sendo
responsável por reinar ou administrar para o bem de todos. Sem a existência,
execução de leis e punição, nenhum governo pode durar muito tempo. Elas são
necessárias para punir criminosos sejam indivíduos ou nação (Rm 13.3-4).
CONCLUSÃO
Após o dilúvio, Deus deu início a uma nova geração por
intermédio da família do patriarca Noé. Deus prometeu que nunca mais destruiria a terra com um
dilúvio e deixou um sinal no céu, como memorial do seu pacto com a humanidade.
Deus também estabeleceu o governo humano, visando a preservação da vida e a não
proliferação do pecado.
REFERÊNCIAS
·
ANDRADE, Claudionor de. O Começo
de Todas as Coisas. CPAD.
·
CHAMPLIN, R. N. O
AT Interpretado Versículo por Versículo.
HAGNOS.
·
HOFF Paul. O Pentateuco.
VIDA.
·
OLSON, Laurence. O Plano Divino
Através dos Séculos. CPAD.
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