Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das
Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton
José Alves
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1º
TRIMESTRE DE 2016
(Mt 22.1-14)
INTRODUÇÃO
Logo após o arrebatamento dos salvos
e o Tribunal de Cristo seguir-se-á a tão esperada “Bodas do Cordeiro”.
Nesta lição destacaremos alguns fatos sobre o casamento judaico que ilustra
este grande evento escatológico. Pontuaremos também informações detalhadas a
respeito desta gloriosa celebração, que a Igreja aguarda anelante.
I
– O CASAMENTO JUDAICO UMA FIGURA DAS BODAS DO CORDEIRO
As Escrituras, tanto no Antigo como no Novo Testamento,
utilizam-se do casamento para simbolizar a glória espiritual final e a alegria
dos fiéis servos de Deus. Em muitos trechos do Novo Testamento a relação entre
Cristo e a igreja é revelada pelo uso de figuras do noivo e da noiva (Jo 3.29;
Rm 7.4; 2Co 11.2; Ef 5.25-33; Ap 19.7,8; 21.1-22.7). Abaixo destacaremos algumas informações sobre
isto:
CASAMENTO JUDAICO
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BODAS DO CORDEIRO
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O pai escolhe a esposa para o filho (Gn
24.1-4; 38.6)
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Em Cristo, fomos eleitos por Deus (Jo
6.37; Ef 1.4)
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Assume-se o compromisso de noivado
(Dt 20.7; Mt 1.18)
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A igreja é chamada de Noiva e Cristo é
chamado de noivo
(2 Co 11.2; Ef 5.25-32; Ap 19.6-8)
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O pagamento do dote para obter a noiva
(Gn 34.12; Êx 22.12; I Sm 18.25)
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Cristo pagou o preço para obter sua
noiva
(At 20.28; I Co 6.19,20; Ef 5.25; I Pe
1.18,19)
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O noivo sai com um cortejo para buscar a
noiva em sua residencia a fim de trazê-la para si (Mt 25.6).
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O noivo sairá com o cortejo angelical
para buscar a noiva a fim de trazê-la para a casa do Pai (Jo 14.1-3)
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O tempo da celebração do casamento de
sete dias
(Jz 14.12,15,17,18)
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O tempo das bodas no céu durará sete anos
(Nm 14.34; Ez 4.6; Jo 4.9)
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Acontecia um banquete em comemoração (Gn
29.22)
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Acontecerá um grande banquete em
comemoração (Ap 19.9).
|
II - INFORMAÇÕES
DETALHADAS SOBRE AS BODAS DO CORDEIRO
“As Bodas do Cordeiro é a consumação da união
mística entre Cristo e a sua Igreja. Será uma celebração tão elevada e
inefável, que não encontrará precedente algum quer no tempo, quer no espaço;
começará com o arrebatamento dos santos, e há de continuar por toda a
eternidade. Nas Bodas do Cordeiro, a Igreja apossar-se-á de toda a sua herança
como a Noiva de Cristo, e Cristo a possuirá, concretizando, assim, de maneira
amorosa e eterna, o alvo maior do Plano Redentivo: Deus entre o seu povo, e o
seu povo a desfrutar-lhe de todos os benefícios advindos desta comunhão”
(ANDRADE, sd, p. 35). Abaixo destacaremos mais algumas informações sobre este
importante evento:
2.1 Quando ocorrerá. “Esse
casamento parece seguir os acontecimentos do Tribunal de Cristo, visto que,
quando surge, a igreja aparece adornada com “os atos de justiça dos
santos” (Ap 19.8), que só podem referir-se às coisas que foram aceitas
no tribunal de Cristo. Desse modo, as bodas devem ocorrer entre o tribunal e a
segunda fase da segunda vinda de Cristo a terra. Uma
evidência disso é que, ao descer o Senhor, as bodas já ocorreram, como se vê,
comparando Ap 19.7-9, com 19.11-14. Assim, enquanto os juízos divinos caem
sobre a terra, durante a Grande Tribulação, haverá festa no céu. (PENTECOST,
sd, p. 248 – acréscimo nosso).
2.2 Local das Bodas. “Só pode
ser o céu. Visto que se segue ao tribunal de Cristo, demonstrado como
acontecimento celestial, e visto que, quando o Senhor retomar, a igreja virá
nos ares (Ap 19.14), as bodas devem ocorrer no céu. Nenhum outro local seria
adequado a um povo celestial (Fp 3.20)” (PENTECOST, sd, p. 248).
2.3 Os participantes das Bodas.
Participarão das Bodas do Cordeiro todos os santos ressuscitados e os vivos
transformados por ocasião do arrebatamento (I Ts 4.16,17). A Noiva será formada
pelos crentes de todas as épocas porque os santos do NT deverão participar das
promessas juntamente com os santos do AT (Rm 4.16; Hb 11.39).
2.4 Quanto tempo durará.
A Bíblia nos informa que entre os judeus, as bodas eram celebradas durante sete
dias com grande alegria (Jz 14.12,15,17,18). As bodas de Jacó duraram sete dias
(Gn 29.27,28). “Na simbologia profética das Escrituras Sagradas, isso aponta
para as bodas do Cordeiro durante “sete anos”: Em termos
proféticos um dia equivale um ano (Nm 14.34; Ez 4.6; Jo 4.9). Naquele dia Cristo se unirá a Igreja
para nunca mais se separar dela (I Ts 4.17). Estaremos com ele no Tribunal; nas
Bodas; na Ceia; na sua Manifestação; no Milênio; no Juízo Final; na Nova Terra;
finalmente na eternidade!” (SILVA, 1998, p. 46 – acréscimo nosso).
III – O QUE ACONTECERÁ
DEPOIS DO ARREBATAMENTO
3.1 O casamento. A
palavra bodas é traduzida como uma “celebração de casamento” (FERREIRA,
2004, p. 308). A Bíblia nos mostra que, enquanto a Igreja estiver aqui na
terra, ela será chamada de Noiva de Cristo (II Co 11.2). Contudo, na ocasião
pós arrebatamento dar-se-á o casamento, quando enfim, ele será chamada de
esposa do Cordeiro (Ap 19.7; 21.9). Assim vemos que “o simbolismo do casamento judaico foi maravilhosamente
cumprido no relacionamento de Cristo com sua igreja. O pacto do casamento
é implementado no momento em que os membros da igreja são redimidos (Lc 22.20;
Hb 9.15). Cristo, o noivo, busca a sua noiva no arrebatamento (I Ts
4.16,17). Segue-se, então, a terceira fase, isto e, a Ceia do Casamento
(Ap 19.8)” (PFEIFFER apud WALWOORD, 2007, p. 320 – acréscimo nosso).
3.2 A ceia. A
palavra “ceia” significa “refeição”. Neste caso diz
respeito ao banquete que segue o casamento (Gn 29.22; Jz 14.10). A sunamita, a
esposa de Salomão, foi por ele introduzida nas recâmaras do palácio (Ct 1.4).
Em seguida, amorosamente ele também a conduziu a sala do banquete (Ct 2.4). De
igual forma o Senhor ao levar a sua noiva para as mansões celestes (Jo 14.1-3),
irá promover a grande ceia, conforme as palavras de Jesus: “Porque vos digo
que a não comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus” (Lc
22.16; 27-30). “Será um banquete como nunca houve; será o
cumprimento das parábolas, das profecias, e da tipologia do relacionamento
entre Cristo e a sua Igreja. É mais uma razão para todo este regozijo. As bodas
do Cordeiro trarão grande honra e glória ao Deus Pai, pois é a culminação de
seu grande plano de redenção” (HORTON, 2011, p. 203).
3.3 Grande celebração.
Em Apocalipse 19.6,7 vemos a descrição da visão de João a cerca desse glorioso
evento, informando-nos que ele será repleto de júbilo, adoração e alegria. “Os
salvos chegados de todas as partes da terra e de todos os tempos saudar-se-ão
alegremente. Conheceremos os santos do Antigo e do Novo Testamento e
reencontraremos aqueles que dentre nós foram antes estar com Jesus (Mt 8.11; I
Ts 4.13,14) . Os salvos estarão livres de todas as lutas, angústias, pecado e
mal. Uma só vez mirar a augusta e divina face de Jesus compensará todas as
lutas e tristezas sofridas neste lado da vida. Como não será a recepção por
Deus e por todos os santos anjos, do cortejo chegado da Terra, composto por
miríades de fiéis, tendo à frente o Senhor Jesus que os salvou por sua graça”
(GILBERTO, 2007, p. 15 -acréscimo nosso).
IV – O PERFIL DA NOIVA
DO CORDEIRO
4.1 Virgem.
Na ótica judaica, a pureza sexual era fator preponderante para o matrimônio. A
virgindade da moça era um dos critérios para estar apta para casar, pois como
no princípio o ato conjugal só deveria ser consumado no casamento (Gn 2.24,25;
24.16; Lc 1.27). Dessa noite nupcial se conservava o tecido manchado de
sangue que provava a virgindade da noiva e que servia de prova em caso de
calúnia do marido (Dt 22.13-21). A virgindade da noiva, nos aponta quão elevada
deve ser a pureza moral e espiritual daqueles que servem a Cristo (I Ts 4.3; Hb
12.14). Biblicamente, o pecado, a idolatria e a amizade com o mundo, se
constitui num adultério espiritual (Os 1-3; Jr 2-3; Ez 16; 23; Tg 4.4).
Portanto, a Igreja deve viver como a virgem prometida ao seu futuro esposo (2
Co 11.2), pertencendo somente a Cristo de acordo com o pacto de casamento. Ele
buscou sua noiva com amor e a santificou para que possa estar livre de qualquer
mácula quando Ele mesmo a apresentar a
si próprio com todo esplendor (Ef 5.23,27).
4.2 Vestida de linho.
As vestes de linho neste
caso, indicam as boas obras realizadas pelos salvos (Ap 19.8). “O linho fino é a manifestação dessa
justiça entretecida que é desenvolvida diariamente no viver cristão” (BEACON,
p. 488). É bom lembrar que embora as obras não tenham valor nenhuma para
salvação (Rm 3.20; Gl 2.16; II Pe 1.5-8), elas tem muito valor depois da
salvação (Ef 2.10). As igrejas da Ásia, com exceção de Laodicéia, receberam
elogios de Jesus por suas boas obras (Ap 2.2,3,9,13,19; 3.4; 8-10).
4.3 Adornada.
Toda a noiva era adornada para esta ocasião especial (Sl 45.14,15). Desde as
vestes nupciais até enfeites eram colocados para ela comparecer perante o seu
noivo. A Bíblia diz que, Abraão enviou por meio do seu servo Eliezer, joias de
prata, de ouro e vestidos para dá-los a esposa de Isaque (Gn 24.53). Ester, de
igual forma, foi presentada com adornos para poder comparecer diante de Assuero
(Et 2.9,12). De igual forma, Cristo adornou a sua Igreja com: (a) vestes
de salvação (Cl 3.9,10); (b) o fruto do Espírito (Gl 5.22); e, (c)
os dons do Espírito (Rm 12.6-8; I Co 12.8-10).
CONCLUSÃO
Assim como os noivos
aguardam ansiosamente o dia do casamento. De igual forma, a Igreja que é a Noiva
anseia encontra-se com Cristo o Noivo a fim de estar ao seu lado para sempre.
As Bodas do Cordeiro se constitui no clímax de todas as benesses que os salvos
receberão do Senhor, por isso é bem aventurado quem dela participa (Ap 19.9).
REFERÊNCIAS
·
ANDRADE, Corrêa de. Dicionário de Escatologia Bíblica. CPAD.
·
GILBERTO, Antonio. O Calendário da profecia. CPAD.
·
HORTON, Stanley M. Apocalipse – as coisas que brevemente devem
acontecer. CPAD.
·
HOWARD, R.E et al. Comentário Bíblico. CPAD.
·
PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia – Uma
análise detalhada dos eventos futuros. VIDA.
·
SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse versículo por
versículo. CPAD.
Fonte: http://portal.rbc1.com.br/licoes-biblicas/baixar-licao/cod/419
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