Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das
Escolas Bíblicas Dominicais
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José Alves
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1º
TRIMESTRE DE 2016
(Mt 24.21,22; Ap 7.13,14)
INTRODUÇÃO
A Grande Tribulação será o pior período da história da
humanidade. O próprio Senhor Jesus disse que “...haverá, então, grande
aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tão pouco
haverá jamais” (Mt 24.21). Nesta lição definiremos o que é a Grande
Tribulação; explicaremos como serão as suas duas fases; destacaremos quais são
os propósitos da Grande Tribulação; citaremos os personagens desse período; e,
finalmente, veremos quais são os juízos divinos durante este período.
I - O QUE É A GRANDE
TRIBULAÇÃO
“Será o período de maior angústia da história humana, na
qual os ímpios serão obrigados a reconhecer quão terrível é cair nas mãos do
Deus vivo. Nesse período, os homens desmaiarão de pavor (Lc 21.26); morderão a
língua de dor (Ap 16.10) e as potências do céu serão abaladas (Mc 13.25). A
Grande Tribulação recebe as seguintes denominações na Bíblia: Dia do
Senhor (Sf 1.14); Dia da Angústia de Jacó (Jr 30.7); e, Dia
da Ira do Cordeiro (Ap 6.15-17)” (ANDRADE, 2006, p. 125 – negrito e
itálico nosso). A Grande Tribulação terá um período de sete anos:
a 70ª Semana de Daniel, conforme (Dn 9.27) e ocorrerá em duas fases de três
anos e meio, como
veremos a seguir:
1.1 A primeira metade. Será marcada pela ascensão do Anticristo que surgirá
no cenário mundial como um pacificador (Ap 6.1,2; 13.1-10), que se assentará no
Templo em Jerusalém (II Ts 2.3,4) e será reconhecido pelos judeus como sendo o
Messias, e pelos gentios como sendo o salvador. Este período abrange os capítulos 6-9 do Apocalipse.
1.2 A Segunda metade. Terá início quando o Anticristo proibir a oferta de
manjares (Dn 9.27; Mt 24.15). O sofrimento será ainda maior, pois, além das
catástrofes que ocorrerão na terra provocadas pelos anjos de Deus, haverá
perseguição por parte do Anticristo, aqueles que se converterão (judeus e
gentios) neste período (Ap 7.9-14; 11.7; 13.7). Ela abrange os capítulos 11-18 do Apocalipse.
II – OS PROPÓSITOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Podemos enumerar, pelo menos, três
objetivos da Grande Tribulação:
2.1 Castigar os ímpios. Assim como Deus puniu a terra por intermédio do
dilúvio (Gn 7.17-24); e destruiu as cidades de Sodoma e Gomorra (Gn 19.24-30;
II Pe 2.4-8), exercerá também juízo sobre a humanidade nos sete anos de
tribulação, através da abertura de sete selos (Ap 6.1-8.5); do toque de sete trombetas (Ap 8. 6-11.19) e do derramar dos sete cálices da ira divina
(Ap 16.1-21)
que são eventos distintos. Os ímpios reconhecerão que as catástrofes que
ocorrerão no mundo nesse período será por causa da ira divina (Ap 6.15-17).
2.2 Levar os homens a se arrependerem
dos seus pecados. Embora o
período da Grande Tribulação seja marcado pelo juízo divino, os homens ainda
terão oportunidade para se arrependerem dos seus pecados, mas nem todos se
arrependerão (Ap 9.20,21; 16.9,11). A Bíblia diz também que aqueles que se
converterem nesse período serão perseguidos e mortos (Ap 6.9-11; 7.9-14; 13.7).
2.3 Preparar o povo judeu para receber o
Messias. Os judeus
rejeitaram a Cristo (Jo 1.11) e ainda estão esperando o Messias. Por isso,
serão facilmente enganados pelo Anticristo (II Ts 2.1-4). Porém, Deus usará o
sofrimento da Grande Tribulação para preparar a nação de Israel (Dt 4.30, Jr
30.7; Ez 20.37; Dn 12.1; Zc 13.8,9).
Deve-se destacar também que, através do testemunho dos 144 mil e das duas
testemunhas, que pregarão a Jesus Cristo, na segunda fase de Sua Segunda Vinda
(Zc 12.10).
III – OS PERSONAGENS DA GRANDE
TRIBULAÇÃO
3.1 Os 144 mil. São judeus, doze mil de cada tribo de Israel (com
exceção da tribo de Dã - Ap 7.4-8). Oriundos de todas as tribos de Israel,
estes judeus serão os primeiros a rejeitarem o Anticristo como o seu Messias e
se transformarão em missionários que levarão a mensagem ao povo judeu para
receberem a Cristo como Salvador e rejeitarem o plano de governo do Anticristo.
“Enquanto o Anticristo estiver ocupando seus planos políticos, o Espírito
Santo, por meio dos 144 mil alcançará o coração de milhões de pessoas, que
serão levadas a um conhecimento salvífico de Jesus Cristo, ocasionando a maior
colheita de almas da história da humanidade” (Ap 7.9,10) (LAHAYE,
2008, p. 106).
3.2 As duas Testemunhas. São dois profetas que serão levantados por Deus no
período da Grande Tribulação (Ap 11.3-14) para se opor ao governo do Anticristo
e a religião do Falso Profeta. “O ministério sobrenatural destas duas pessoas
dirige-se a Jerusalém e à nação de Israel, a quem elas fornecem um testemunho
especial do programa do juízo divino”
(LAHAYE, 2008, p. 155). Quando elas terminarem o seu testemunho, ou seja, cumprirem a sua
missão, Deus permitirá que elas sejam mortas em Jerusalém, e seus corpos fiquem
expostos em praças pública. Mas, no terceiro dia elas ressuscitarão
milagrosamente na presença de todos e serão levadas ao céu (Ap 11.7-13).
3.3 O Anticristo: a besta que emerge do
mar (Ap 13.1). Do grego “anti”
que significa “contra” ou em “lugar de”; e “christos”,
que significa “ungido”. Será o opositor de Cristo e o maior
representante de Satanás, no futuro. O Anticristo será um homem comum, nascido
de mulher; mas, revestido de um poder satânico, que terá uma capacidade
demoníaca extraordinária (Ap 13.2,4), de modo que exercerá uma poderosa
influência sobre a humanidade com seus discursos (Ap 13.5). Ele será um homem
personificando o diabo, porém, apresentando-se como se fosse Deus (Dn 11.36).
Sua sabedoria e capacidade serão sobrenaturais, pois, além da ação diabólica em
seu apoio, outros fatores contribuirão para a implantação de seu governo, tais
como: poder político (Dn 7.8,25) e comercial (Dn 8.25; Ap 13.16,17).
3.4 O Falso Profeta: a besta que emerge
da terra (Ap 13.11). Será um
líder religioso, auxiliar do Anticristo. Ele é identificado pelo apóstolo João,
como tendo “dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão” (Ap 13.11). Os dois chifres fala do seu
poder político aliado ao seu poder religioso. Sua aparência será de um
cordeiro: manso, inofensivo; mas, o seu interior será como um dragão
destruidor. Ele promoverá um incomparável movimento religioso mundial, unindo
todos os credos, seitas e igrejas numa espécie de ecumenismo, formando uma
super igreja mundial (Ap 13.11). Ele promoverá adoração ao Anticristo (Ap
13.12); irá operar sinais e milagres (Ap 13.13) e ordenará a morte dos que se
recusarem a adorar o Anticristo (Ap 13.15).
IV – O JUÍZO DIVINO NA GRANDE
TRIBULAÇÃO
“No
intervalo entre o arrebatamento e o segundo advento as séries sétuplas de
juízos sob os selos, as trombetas e as taças se desenrolam na terra. Esses castigos
divinos aumentam em severidade a medida que passam de uma série para a outra.
Os juízos não são simultâneos, mas sim sucessivos. As trombetas sucedem os
selos, e as taças seguem as trombetas” (PENTECOST apud SCOTT, sd, p. 371).
Abaixo pormenorizadamente estas informações:
OS
SETE SELOS
|
AS
SETE TROMBETAS
|
AS
SETE TAÇAS
|
1º) Ascensão do Anticristo (Ap 6.1,2).
|
1ª) A terça parte da terra é queimada (Ap 8.7).
|
1ª) Chaga maligna nos homens que tem o sinal da
Besta (Ap 16.2).
|
2º) Guerras (Ap 6.3,4).
|
2ª) Morte da terça parte das criaturas do mar (Ap
8.8,9).
|
2ª) Morte de todas as criaturas do mar (Ap 16.3).
|
3º) Fome e escassez de alimentos (Ap 6.5,6).
|
3ª) As águas se tornam amargas e muitos homens
morrem de sede (Ap 8.10,11).
|
3ª) As fontes das águas se tornam em sangue (Ap 16.4).
|
4º) Morte de 25% da população mundial (Ap 6.7,8).
|
4ª) Trevas na terra. O sol, a lua e as estrelas
escurecem (Ap 8.12).
|
4ª) Aquecimento global (Ap 16.8).
|
5º) Perseguição e morte dos servos de Deus (Ap
6.9-11).
|
5ª) Aparecem gafanhotos gigantes para ferir os homens
(Ap 9.1-12).
|
5ª) Chagas e dores profundas (Ap 16.10,11).
|
6º) Terremotos e catástrofes no céu e na terra (Ap
6.12-17).
|
6ª) Guerras. A terça parte dos homens são mortos (Ap
9.13-19).
|
6ª) Seca-se o rio Eufrates. Tem início a Batalha do
Armagedom (Ap 16.12-16).
|
7º) Trovões, relâmpagos e terremotos (Ap 8.1-5).
|
7ª) Trovões, terremotos e saraiva na terra (Ap
11.15-19).
|
7ª) Grande terremoto. Todas as ilhas e montes são
afetados (Ap 16.17-21).
|
CONCLUSÃO
Após o Arrebatamento da Igreja , terá início aqui na terra o período da Grande Tribulação,
onde Deus exercerá seu juízo sobre o mundo, através dos sete selos, das sete
trombetas e dos sete cálices da ira divina. Nesse período, surgirá um líder
político, o Anticristo; e um líder religioso, o Falso profeta, que atuarão no
mundo influenciados por Satanás. Então se levantarão 144 mil judeus que,
juntamente com as duas testemunhas, irão se opor ao governo do Anticristo e a
religião mundial implantada pelo falso profeta. Muitos judeus e gentios hão de
se converter, mas, também serão perseguidos e mortos. E, no final dos sete anos
de Tribulação, o Senhor Jesus descerá sobre as nuvens do céu, com poder e
grande glória, para destruir o império do Anticristo e implantar o Seu Reino
Milenial aqui na terra.
REFERÊNCIAS
·
ANDRADE, Claudionor Correia de. Dicionário de Profecia Bíblica. CPAD.
·
HORTON, Stanley. Teologia
Sistemática. CPAD.
·
LAHAYE, Tim. Enciclopédia
Popular de profecia Bíblica. CPAD.
·
RENOVATO, Elinaldo. O
Final de Todas as Coisas. CPAD.
·
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
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