Igreja
Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco Superintendência das Escolas
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Av. Cruz
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2º TRIMESTRE DE
2016 (Rm 8.1-17)
INTRODUÇÃO
Nesta lição, destacaremos a luz
de Romanos oito, que embora estivéssemos condenados por causa do pecado, Deus
mudou a nossa sorte, quando nos justificou; veremos também que o nosso comportamento
depois de salvos, deve ser totalmente diferente da vida anterior; e, por fim,
pontuaremos qual o papel do Espírito Santo na vida do pecador redimido,
destacando as suas ministrações em seu favor.
I – A SITUAÇÃO DO HOMEM QUE FOI
JUSTIFICADO
Por
causa do pecado de Adão, além da culpa ter-nos sido imputada (Rm 3.23),
herdamos a natureza pecaminosa, ou seja, a inclinação para o mal (Rm 7.18). A
nossa situação espiritual parecia irremediável, mas não era (Rm 7.24,25).
Principalmente, no capítulo oito da epístola aos Romanos, o apóstolo faz a
seguinte declaração: “Portanto, agora nenhuma condenação há
para os que estão em Cristo Jesus[...]” (Rm
8.1). Analisemos este versículo mais detalhadamente:
1.1 O tempo (Rm 8.1-a). A expressão utilizada por Paulo no presente texto, mostra-nos uma
mudança no tempo. Antes estávamos em pecado (Rm 5.12); destituídos
da glória de Deus (Rm 3.23); condenados (Rm 5.16); e, mortos
(Rm 6.23-a). Mas, “agora” a situação é totalmente diferente.
Nossos pecados foram perdoados (I Jo 2.12); temos a esperança
da glória (Rm 5.2-b); somos salvos (Rm 5.9,10; 8.24; I Co
1.18; Ef 2.5); e, temos vida (Jo 10.10; 5.24; Rm 6.4).
1.2
A remoção da
sentença (Rm 8.1-b). Paulo diz que antes
estávamos sentenciados a condenação por causa do pecado (Rm 5.16,18).
Mas, agora já que os nossos pecados foram perdoados “nenhuma condenação
há”. Confira também
(Jo 5.24). Aqueles
que estão em Cristo não são condenados, porque Cristo foi condenado em lugar
deles (Is 53.4-6; I Co 1.30). “A condenação do pecado, salvou os pecadores da
condenação. Cristo foi feito pecado por nós (2 Co 5.21), e, assim, quando Ele
foi condenado, o pecado foi condenado na carne de Cristo, condenado na natureza
humana. Dessa forma, foi feita satisfação em relação
a justiça divina e aberto um caminho para a salvação do pecador” (HENRY, 2008,
p. 351).
1.3 O único meio de
salvação (Rm 8.1-c; 8.3). Nenhum homem
poderá desfrutar da salvação e das bençãos que a acompanham, senão for
por intermédio de Cristo Jesus. Paulo nos diz que era impossível a Lei salvar o
homem, visto que ela veio para revelar o pecado humano; e o homem por causa da
sua natureza pecaminosa não podia atingir o padrão de justiça da Lei. Cristo,
quando veio ao mundo, cumpriu toda a Lei e ainda sofreu a sentença do nosso
pecado, em seu próprio corpo, tornando possível a nossa salvação. Portanto, Ele
é o nosso Salvador (At 4.12; Fp 3.20; II Tm 1.10; Tt 1.4); Justificador
(Rm 5.1; I Co 1.30); e, Santificador (I Co 1.30; I Co 6.11). Só em
Cristo somos abençoados (Ef 1.3); eleitos (Ef 1.4);
predestinados (Ef 1.5); nos tornamos agradáveis (Ef
1.6); e, fomos redimidos (Ef 1.7).
II – O COMPORTAMENTO DAQUELE QUE
FOI JUSTIFICADO
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1). Neste capítulo, o Espírito é contrastado com
a carne. Nessa nova vida, os homens precisam viver de forma
diferente do que viviam na antiga. Se antes costumavam praticar as obras da
carne, agora, devem agir na vontade do Espírito de Deus. A expressão “andar”
fala de procedimento, modo de vida, práticas, obras. Para o apóstolo, não basta
dizer que está em Cristo, é preciso evidenciar isto, andando no Espírito. Vejamos
na tabela abaixo, quais as consequências na vida daquele que anda na carne e
daquele que anda no Espírito:
A
INCLINAÇÃO DA CARNE
|
A
INCLINAÇÃO DO ESPÍRITO
|
Gera morte (Rm 8.6-a)
|
Gera vida (Rm 8.6-b)
|
|
|
Inimizade contra Deus (Rm 8.7)
|
Gera paz (Rm 8.6-c)
|
|
|
Não agradar a Deus (Rm 8.8)
|
Não há condenação (Rm 8.1)
|
|
|
III – O PAPEL DO ESPÍRITO SANTO NA
VIDA DO HOMEM JUSTIFICADO
O
Espírito Santo é mencionado no AT como “Espírito” (Gn 1.2; Êx
31.3; Sl 104.30; Is 44.3; 37.14). Já no NT, onde se dá especificamente a
dispensação do Espírito, Ele é mais citado como “Espírito Santo”
, o que destaca seu principal ministério na igreja: santificar o crente. Essa
distinção de ofício do Espírito Santo no Antigo e NT é claramente percebida em
2 Corintios 3.7,8. O versículo 8 assevera: “Como não será de maior glória
o ministério do Espirito?”. Abaixo destacaremos algumas ministrações do
Espírito Santo ao crente, baseado no capítulo oito da Epístola aos Romanos:
3.1
O Espírito Santo habita (Rm 8.9). No AT, o Espírito
agia entre o povo de Deus (Ag 2.5; Is 63.11-b), mas com o advento de
Cristo e por sua mediação, o Espirito habita no crente, conforme profetizou nas
Escrituras (Jr 31.31-34; cf. Hb 10.14-17; Ez 36.26-27). Este privilégio é
também reafirmado em (I Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; e Gl 4.6). A palavra
“habitar” no grego
“oikeõ” que significa: “ocupar uma casa”, isto é, no
sentido figurado, “habitar”, “residir”,
“permanecer”
(PALAVRA-CHAVE,
2009, p. 2316 – acréscimo e negrito nosso). “É o Espírito quem aplica a obra da
redenção em nós. Sem sua presença e ação, nenhum homem pode tornar-se
um cristão. Passamos a pertencer a Cristo quando o Espírito habita e opera em
nós” (LOPES, 2010, p. 286).
3.2 O Espírito Santo liberta
(Rm 8.2). Nos
nossos membros, temos a lei do pecado, da qual não conseguimos por nossos próprias
forças nos desvencilharmos (Rm 7.21-24). Todavia, por intermédio do Espírito,
fomos libertos dessa escravidão. “Quando dependíamos de nós mesmos para atender
às demandas da lei, vivíamos prisioneiros do pecado e caminhávamos para a
morte; mas, agora, uma vez que o Espírito Santo habita em nós, saímos da
masmorra do pecado e fomos libertados da sua tirania” (LOPES, 2010, p. 283).
3.3
O Espírito Santo inclina (Rm
8.5). Segundo o Aurélio (2004, p. 285) a palavra
“inclinação” significa: “disposição, tendência,
propensão, pendor”. O apóstolo Paulo nos diz que, antes éramos
inclinados para as coisas da carne, e a
consequência
deste pendor é a morte (Rm 8.6-a). No entanto, depois de justificados, nos
tornamos habitação do Espírito e passamos a ser inclinados para as coisas do
Espírito. As consequências disto são vida e paz (Rm 8.6-b).
3.4
O Espírito Santo vivifica
(Rm 8.11). O Aurélio diz que a palavra “vivificar”
significa: “dar vida ou existência a” (FERREIRA, 2004, p.
2071). “Por causa do pecado o homem é separado de Deus (Is 59.2), e o seu
espírito está morto (Ef 2.1-3; Lc 15.32; Cl 2.13), sem poder para exercer a função
de ser o meio de contato com Deus. Todavia, quando o pecador é justificado, o
Espírito Santo lhe comunica vida, a vida de Deus, dando-lhe a certeza da
salvação (Rm 8.16), a qual faz com que ele clame “Abba Pai” (Rm
8.15; Gl 4.16)” (BERGSTÉN, 1981, p. 20 – acréscimo nosso).
3.5
O Espírito Santo mortifica
(Rm 8.13). O homem mesmo justificado, ainda conta a
presença do pecado em sua natureza humana. Ele não conseguirá vencê-la
por suas próprias forças, senão pelo Espírito Santo “mas, se pelo
Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis”. A
velha natureza não irá prevalecer se andarmos no Espírito “Digo, porém:
Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gl
5.16). Isso exige um trabalho em parceria do homem
com o Espírito (Cl 3.5). A
nova maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o
Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente)
subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão
com Deus (Rm 8.5-14; 8.14; 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9).
3.6 O Espírito Santo guia
(Rm 8.14). A palavra “guiar” segundo
Aurélio (2004, p. 1015) quer dizer: “servir de guia a; orientar;
dirigir”. Jesus havia prometido que ia rogar ao Pai, que enviasse o
Consolador para guiar os seus seguidores:
“Mas,
quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade” (Jo 16.13-a). “Sermos
guiados pelo Espirito de Deus é o mesmo que caminhar em
conformidade com o Espirito Santo. Caminhar implica a participação ativa e o
esforço do cristão. Ser conduzido sublinha o lado passivo, a dependência
submissa de cada cristão ao Espirito. Esses são filhos de Deus” (RADMACHER, 2010,
p. 383).
3.7 O Espírito Santo
testifica (Rm 8.16). No presente versículo,
Paulo nos diz que o Espírito Santo “testifica com o nosso espírito
que somos filhos de Deus”. A palavra “testificar” segundo
Aurélio (2004, p. 1943) significa: “afirmar, assegurar, comprovar,
atestar”. “Esse testemunho é uma plena convicção produzida no crente
pelo Espírito Santo de que Deus é o nosso Pai celeste e de que
somos filhos de Deus. É, pois, um testemunho objetivo e subjetivo, da parte do
Espírito Santo, concernente a nossa salvação em Cristo” (GILBERTO, 2008, p.
187). O apóstolo acrescenta ainda a informação de que “E, se
nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e
co-herdeiros de Cristo” (Rm 8.17-a).
3.8 O Espírito intercede (Rm
8.26,27) . Apesar de sermos salvos, ainda permanecemos
na fraqueza do nosso atual corpo. Todavia, Paulo nos diz que o Espírito
Santo está bem presente para nos ajudar. Frequentemente, por causa das nossas
limitações, não sabemos quais são nossas reais necessidades. Queremos realizar
a vontade de Deus, mas nem sequer sabemos orar conforme deveríamos. Então, o
Espírito vem nos socorrer, intercedendo por nós com gemidos inexprimíveis.
CONCLUSÃO
A nossa condição de pecado parecia ser
irremediável, todavia, Deus, por meio de Cristo assumiu a nossa culpa, e,
assim, de condenados agora somos salvos. Deus também nos fez habitação do Seu
Espírito, a fim de que fôssemos libertos do poder do pecado e pudéssemos viver
segundo a Sua vontade.
REFERÊNCIAS
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BERGSTÉN, Eurico. Teologia
Sistemática. CPAD.
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· HENRY,
Matthew. Comentário Bíblico
de Atos a
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· CHAFER, Lewis Sperry. Teologia
Sistemática. CPAD.
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Apocalipse. CPAD.
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· CHAMPLIN, R. N. Dicionário de
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Bíblia, Teologia e
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· LOPES,
Hernandes dias. Comentário Exegético
de
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|
Filosofia. HAGNOS.
|
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Romanos.
HAGNOS.
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·
|
GILBERTO, et
al. Teologia Sistemática
Pentecostal.
|
· RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário
Bíblico:
|
|
|
CPAD.
|
|
Novo Testamento.
CENTRAL GOSPEL.
|
· GREGO E HEBRAICO. Bíblia de
|
Estudo Palavras-
|
· STAMPS,
Donald C. Bíblia
de Estudo Pentecostal.
|
|
|
Chave:
Hebraico e Grego. CPAD.
|
|
CPAD.
|
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