Texto Áureo: Ne. 10.29 – Leitura Bíblica: Ne. 10.28-33
Pb. José Roberto A. Barbosa
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Twitter: @subsidioEBD
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Objetivo: Mostrar aos alunos que o compromisso com a Bíblia é requisito fundamental para a igreja de Cristo seguir em obediência.
INTRODUÇÃO
O
avivamento, conforme temos estudado nestas últimas lições, traz
implicações duradouras. Na aula de hoje, atentaremos para os resultados
de um compromisso com a Palavra de Deus. A princípio, destacaremos a
necessidade de um compromisso incondicional com a Palavra de Deus. Em
seguida, apontaremos a consolidação da obra de Deus através da Sua
Palavra. Por fim, ressaltaremos algumas verdades bíblicas que devam ser
consideradas.
1. COMPROMISSO COM A PALAVRA DE DEUS
Ainda
que tenhamos estudado a respeito em lições anteriores, mesmo assim vale
a pena repetir: não existe avivamento autêntico sem a intervenção
direta da Palavra de Deus por meio da qual o Espírito Santo atua (II Tm.
3.16,17). Nos tempos de Esdras e Neemias tudo começou quando o povo de
Israel se reuniu para buscar a Palavra de Deus (Ne. 8.1), não há
possibilidade de reforma genuína sem a ministração bíblica (Ne.
8.13,18). Ela é o fundamento e os limites da reforma. Não podemos pôr
outra base além daquela que recebemos de Deus (Ne. 10.29). Existem
muitos movimentos evangélicos nos dias atuais que querem impor seus
modismos, baseados em modelos de administração mundana, mas não podemos
esquecer que os parâmetros a serem seguidos foram estabelecidos pelo
Senhor em Sua Palavra. Depois
que a Palavra é exposta, aqueles que a ouvem devem sair da zona de
conforto, buscar a obediência ao Senhor, demonstrar compromisso diante
da Palavra (Ne. 9.38). A liderança exerce papel primordial nesse
aspecto, pois o exemplo deve partir daqueles que estão à frente do
trabalho (Ne. 9.38; 10.1-27). Neemias foi um dos primeiros a assinar o
documento (Ne. 10.1), dando o exemplo a ser observados pelos demais, os
sacerdotes (Ne. 10.2-8), os levitas (10.9-13), chefes de famílias (Ne.
10.14-27), e o povo em geral (Ne. 10.28). Nesses dias de crise, os
líderes evangélicos precisam voltar ao compromisso com a Palavra de
Deus. Ainda que implique em falta de popularidade, ou perseguições
daqueles que desconhecem a Bíblia. Carecermos de uma liderança
totalmente consagrada a Deus, que não faça concessão com o pecado (Ne.
10.28), que coloque a Palavra de Deus em primeiro plano (Ne. 10.29), que
se oponha à mistura do evangelho com as práticas mundanas (Ne. 10.30).
2. A CONSOLIDAÇÃO DA OBRA PELA PALAVRA DE DEUS
A
obra de Deus é consolidada através da Palavra de Deus, e essa
privilegia pessoas, não estruturas. Existem obreiros que se preocupam
demasiadamente com construções, transformam edificações de tijolos no
alvo principal. Neemias sabia da necessidade da reparação dos muros, mas
seu objetivo era o desenvolvimento das pessoas. A cidade fora
reconstruída para as pessoas, não as pessoas por causa das cidades. Do
mesmo modo, os templos existem para as pessoas, não as pessoas por causa
dos templos. Depois da cidade erguida, os líderes decidiram nela
habitar (Ne. 11.1,2), resolveram abrir mão da prosperidade financeira, e
viverem uma vida mais simples, juntamente com o povo. Paulo nos lembra
que a piedade com contentamento é grande fonte de lucro (I Tm. 6.6).
Templos são erguidos todos os dias nas igrejas evangélicas no Brasil,
mas eles precisam ser freqüentados. Eles não devem servir apenas de
adorno para as cidades, é preciso que a Palavra seja ali exposta, e os
crentes não podem abandonar a congregação como é costume de alguns (Hb.
10.25). Nesta era de internet e televisão, há aqueles que não mais
querem ir às igrejas, são os chamados desigrejados.
Ainda que seja uma expressão da moda, e muitos o estejam fazendo, não
podemos esquecer que somos partes de um todo, membros do corpo de
Cristo, portanto, precisamos uns dos outros (I Co. 12). Não existem
igrejas perfeitas, todas elas têm seus entraves, é necessário agir com
tolerância em relação aos outros. A normalidade na igreja é justamente a
anormalidade, somos todos cristãos incompletos, em um processo de
construção, caminhando para a glória de Deus. Do mesmo modo que fomos
alcançados pela graça de Deus, devemos ser graciosos no tratamento com
os irmãos da igreja (Ef. 2.8,9).
3. AS VERDADES DA PALAVRA DE DEUS
Consoante
ao exposto, devemos atentar para a Palavra de Deus. Como ponto de
partida, devemos renovar nosso pacto, e permanecermos em contato com o
Senhor e com o povo a quem Ele denominou de igreja (Mt. 16.18). Para
tanto, precisamos perseguir a vontade de Deus (Ne. 10.30), separemo-nos,
portanto, do pecado (Ne. 10.28) e estejamos dispostos a viver para
Deus. A observância do Dia do Senhor também deva ser levada em
consideração (Ne. 10.31). Os cristãos não dependem da guarda de dias
para serem salvos, nem mesmo do Sábado (Cl. 2.16,17), considerando que
este foi feito por causa do homem e não o homem por causa dele (Mc.
2.27). Por outro lado, o mercantilismo e a ganância estão transformando
as pessoas em máquinas. Em
busca de lucro desenfreado, as pessoas trabalham dia e noite, não
separam tempo necessário para ir à igreja e para se congregarem com os
irmãos. A natureza, criação de Deus, também tem sido desrespeitada (Ne.
10.31). Alguns crentes se utilizam de passagens descontextualizadas das
Escrituras para propagarem a destruição ao meio ambiente. Aguardamos a
volta do Senhor a qualquer momento, e essa é a bendita esperança da
igreja, mas não sabemos quando ela acontecerá (I Ts. 4.13-17). Por isso,
sejamos mordomos da criação de Deus, estejamos envolvidos no processo
de redenção da natureza, que geme (Rm. 8.22). Em meio a essa sociedade
controlada pelo lucro e o dinheiro, não podemos nos deixar conduzir pela
lógica de Mamon (Mt. 6.24). Aprendamos, pois a exercer a generosidade
(II Co. 8.4; 9.13; I Tm. 6.18), as dívidas não podem continuar, para
sempre, sendo um jugo sobre as pessoas (Ne. 10.31), ainda que o cristão
deva ser prudente ao contrair dívidas, ser parcimonioso em suas compras
(Rm. 13.8). Não esqueçamos de contribuir para o desenvolvimento da obra
do Senhor, a casa de Deus precisa ser mantida (Ne. 10.32-39), para isso
servem os dízimos e as ofertas (Ml. 3.10).
CONCLUSÃO
A
crise evangélica se revela no descaso em relação à Palavra de Deus.
Precisamos resgatar o compromisso com a Bíblia, necessitamos de uma
liderança firme, que não faça concessões ao pecado e que não se
distancie dos princípios da Sagrada Escritura. Os crentes também devam
ser admoestados a abandonarem seus pecados, a viverem em santificação
para Deus. A “graça barata”, para usar uma expressão de Bonhoeffer, está
formando uma geração de “crentes baratos”, que não mais carregam a cruz
do discipulado, e que não levam a sério a radicalidade do cristianismo (Mt. 16.24).
BIBLIOGRAFIA
BROWN, R. The message of Nehemiah. Downers Grove: IVP, 1998.
PACKER, J. I. Neemias: paixão pela fidelidade. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
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