Ao Mestre
Prezado (a), estamos iniciando mais um ano, e grande é a missão que nos
foi confiada. Ensinar aos pequenos acerca de nosso Salvador Jesus.
Leia com atenção a passagem bíblica, reflita nela, siga as instruções de preparo.
É parte dos deveres semanais do professor.
- Prepare bem a lição durante a semana, para isto use matérias
necessárias para seu maior aproveitamento, ou seja, a Bíblia, livros,
comentários, dicionários bíblicos e secular, etc.
- Uma das etapas no preparo da lição, é a oração: por isso estude com
oração e dedicação, pedindo a Deus que o (a) guie pelo seu Espírito. O
trabalho do SENHOR merece nossa maior abnegação e esforço.
- Aos domingos procure chegar pelo menos 10 minutos antes do inicio da
EBD. Freqüente as reuniões de estudo para professores. Sabendo que certo
domingo não vai estar presente avise com antecedência, para que o
superintendente tenha tempo para substituí-lo (a).
- O objetivo da EBD é o ensino da Palavra de Deus, não gaste, pois o seu tempo com coisas que não edificam.
- Vá para diante da classe, senhor do assunto a ser estudado, ou seja,
totalmente inteirado do assunto a ser ministrado, o êxito do professor
depende de sua consagração e preparo.
- Mostre interesse por cada aluno da classe, ore por eles. Visite-os, principalmente se estiverem enfermos ou faltando a EBD.
- Dê um bem-vindo aos visitantes, convidando-os a se matricularem ou voltarem sempre.
- Lembre-se que o primeiro dever do professor da Escola Dominical é agir e orar diante de Deus no sentido de que todos
os seus alunos aceitem ao SENHOR JESUS COMO SALVADOR. Na classe sempre
há pessoas não salvas, convide-as para aceitar o Senhor Jesus, como
Salvador.
Ao desenvolver esse comentário, nossa intenção é dar-lhes alguns
subsídios, junte-os ao da revista de mestre, ore pelos seus alunos
individualmente, apresente-os ao SENHOR. Coloque-se diante de Deus, e
deixe Ele te instruir – o demais você verá Ele agir, e verá seus
pequenos serem salvos.
Grande é a alegria quando encontramos nossos alunos, sendo obreiro,
professores de Escola Dominical, e olhando para eles nos lembrarmos dos
seus rostinhos quando nós os ensinávamos. Por isso amado (a), não
enfraqueçam as vossas mãos, porque a vossa obra tem recompensa.
“... E os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente.” (Dn. 12.3b)
Cumpra com alegria o ministério que o Senhor Deus te tem confiado.
Boa aula!
Texto Bíblico: Lc. 2.40-52
Objetivos
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir seu aluno a:
Interessar-sepelo estudo das Escrituras, e para isso o
professor deve falar de forma que transmita esse desejo a seus alunos,
por isso professores de EBD devem amar a Palavra de Deus e vive-la,
somente assim esse ardor pela Palavra fluirá quando você falar aos
“pequenos”.
Vir a Igrejapara aprender a respeito Dele e adorá-lo, é na Igreja que aprendemos como podemos agradar a Deus, que tudo faz por nós.
Imitar o exemplo de Jesus na obediência aos seus pais,
mostrando-lhes que mesmo Ele sendo filho de Deus, Ele era submisso aos
seus pais terrenos.
Introdução
Nossa lição de hoje, é a única recordação que se conservou da
adolescência de Jesus, e tem uma grande importância no Evangelho de
Lucas, por duas razões. Primeiro, porque contém as primeiras palavras
pronunciadas por Jesus, segundo esse escrito. E segundo, porque essas
palavras de Jesus não são sobre nenhum tema, mas referem-se à sua
própria pessoa; e afirmam que Ele é o Filho de Deus, obediente à vontade
de seu Pai que está no céu.
Viagem à Jerusalém
Segundo a Lei, todos os israelitas varões deviam comparecer perante o
Senhor no santuário três vezes por ano, por ocasião das festas da
Páscoa, de Pentecostes e dos Tabernáculos (Ex 23,14-17; 34,22-23; Dt
16,16). Na prática, muitos dos que moravam em lugares distantes iam só
uma vez, por ocasião da Páscoa.
Logo no começo da nossa Leitura Bíblica é confirmado esse costume das famílias piedosas: "iam todos os anos" (v. 41), "segundo o costume, subiram para a festa" (v. 42), "terminados os dias" (v.
43). As mulheres e as crianças com menos de 13 anos não eram obrigadas a
celebrar a Páscoa em Jerusalém. Isso não impedia, porém, que as esposas
acompanhassem seus maridos e levassem os filhos pequenos. O ritual do bar mitzwah, pelo qual o menino que cumpria treze anos tornava-se "filho do preceito" e era reconhecido como religiosamente adulto, sujeito de direitos e deveres religiosos.
E assim José, Maria e Jesus, iniciaram a viagem de Nazaré a Jerusalém.
Os peregrinos caminhavam em grupos de parentes, amigos e conhecidos da
mesma aldeia, formando comitivas que se estendiam por um ou mais
quilômetros. Cada jornada começava e terminava com longas orações
comunitárias.
Assim podemos supor que também houvesse os momentos de oração
silenciosa dos peregrinos, e também o cansaço e o suor, as paradas para
comer, as conversas de Maria e de José com os familiares e amigos de
Nazaré e com outros peregrinos desconhecidos.
Amado (a) enfatize aos “pequenos” que podemos imaginar o Senhor Jesus,
como o menino de doze anos: a estatura, os traços do rosto, as roupas,
os gestos; pensamos em seu comportamento: como corre com os meninos de
sua idade na frente da caravana, parando para beber nos riachos e nas
fontes à beira da estrada, comprando algumas frutas ou doces com os
trocados recebidos dos pais para essa finalidade. Pensamos como devia
ser seu relacionamento com as crianças menores e com as pessoas mais
velhas, com os conhecidos e desconhecidos. E como também Ele orava ao
acordar de manhã e antes de deitar para dormir à noite. O crescimento de
Jesus foi natural como todo ser humano.
Lugar de Adoração
Podemos até mesmo supor que, desde o momento em que deixaram Nazaré,
até que tivessem alcançado o monte das Oliveiras, Jesus vivenciou uma
longa tensão de expectativa antecipada. E, durante toda uma infância
alegre, Ele tinha reverentemente ouvido falar de Jerusalém e do seu
Templo; agora, Ele iria em breve contemplá-los na realidade. Do monte
das Oliveiras e do lado de fora, em uma vista de mais perto, o Templo
era lindo.
Em companhia dos seus pais Jesus passou pelos recintos do templo, para
reunir-se ao grupo de novos filhos da lei que estava para ser consagrado
como cidadãos de Israel.
No contexto cultural e religioso da época, os meninos hebreus de doze
ou treze anos tinham a sensibilidade religiosa muito desenvolvida.
Também hoje há meninos que, com essa idade, fizeram experiências de Deus
de extraordinária profundidade. Imaginemos a profundidade e a
sensibilidade da experiência espiritual de Jesus; e mais
particularmente, a experiência da sua relação com o Pai.
Dando falta de Jesus
A festa da Páscoa durava oito dias. Segundo o relato de Lucas, é no
momento do retorno que acontece o inesperado: Jesus fica em Jerusalém
sem dizer nada a seus pais. Não ficou por ter-se perdido no meio da
multidão nem movido pelo espírito de aventura de um adolescente. Ficou
por uma decisão consciente, cujas razões serão explicadas mais adiante.
Para nós pode parecer estranho que Maria e José só tenham percebido a
ausência de Jesus no fim da primeira jornada do caminho de volta. Para
compreender o que aconteceu devemos ter em conta que as caravanas eram
compostas por grupos de familiares e conhecidos e que nas relações que
vigoravam entre eles não havia lugar para "mães possessivas". Podemos
pensar também que Maria e José, porque confiavam na sua
responsabilidade, deixavam um amplo espaço liberdade para seu filho.
Porém, seja qual for a explicação dada ao comportamento de Jesus, ela
não deve negar a surpresa, o sofrimento e a angústia de Maria e de José
quando, no fim da primeira jornada, a caravana parou e Jesus não
apareceu. Nenhum dos familiares e conhecidos o tinha visto. Os pais
fizeram então o caminho de volta para Jerusalém procurando-o
ansiosamente em cada um dos grupos de peregrinos com os quais se
cruzavam no caminho.
Era a primeira vez que Maria e José experimentam a separação e a
ausência de Jesus. Sua angústia naquela noite interminável foi sem
dúvida maior que a da noite do nascimento na pobreza e na exclusão de
Belém; e também maior que a da noite da fuga para o Egito. Naquelas
noites, com efeito, Jesus estava com eles, podiam vê-lo, abraçá-lo e
protegê-lo; agora, tinha desaparecido sem deixar rasto. Imagine a
angustia que assolava seus corações!
O Reencontro
Ao chegar a Jerusalém, no terceiro dia de busca, procuram-no em todos
os lugares onde imaginam que poderia estar: no lugar onde tinham montado
a tenda, no lugar onde tinham comido a Páscoa, nas proximidades do
Templo. O termo usado por Lucas para expressar essa busca sugere que o
buscavam em cada grupo que encontravam. Mas ninguém lhes dava pista
alguma. A cidade fervilhava de peregrinos. Para Maria e José, no
entanto, estava vazia porque nela não encontravam aquele que buscavam:
Jesus.
Depois de ter tomado a decisão de ficar em Jerusalém, Jesus toma a
iniciativa de participar da discussão dos doutores, ouvindo-os e
fazendo-lhes perguntas. Era costume que os jovens – particularmente os
que acabavam de tornar-se religiosamente adultos, com o direito de ler a
Torá na sinagoga – aprendessem a conhecer e a interpretar a Lei dos "mestres da Lei", que ensinavam no pórtico de Salomão.
Imaginemos a cena, que é, pelo que acabamos de dizer, perfeitamente
possível ter ocorrido.Os mestres sentados num estrado mais alto e Jesus,
junto com outros adolescentes, formando um semicírculo na frente deles.
Segundo historiadores, em Jerusalém ensinavam então insignes doutores,
como os discípulos do carismático Hillel, que tinha falecido poucos anos
antes, e o rigoroso ancião Shammai, também ele sempre rodeado dos seus
discípulos.
Este episódio é um exemplo concreto da sabedoria de Jesus. Ao
apresentar Jesus participando da discussão dos doutores segundo o método
das escolas rabínicas, "ouvindo-os e interrogando-os", Lucas
quer mostrar que Jesus já tem idade suficiente para expressar, com
palavras e ações, sua autoconsciência. A sabedoria de Jesus é expressa
aqui pela capacidade de compreender as razões e de julgar sobre as
questões em debate. O termo grego usado por Lucas é synesis, e
enfatiza mais a pertinência e a profundidade dos conhecimentos, das
respostas e das perguntas de Jesus que o conhecimento quantitativo.
Para descrever a impressão causada pela sabedoria de Jesus em "todos os que o ouviam", o evangelista usa um verbo exístemi
que significa uma admiração extrema, produzida por uma manifestação
sobrenatural ou uma estupefação diante do que não se entende. As
palavras e ações de Jesus aos doze anos mostram já, muito antes dos
milagres por ele realizados, que era o Filho de Deus. Jesus mostra sua
sabedoria não só respondendo a perguntas difíceis; mostra também que
essa sabedoria era inspirada por Deus e tinha sua origem em Deus. A cena
mostra, em outras palavras, que Jesus é a revelação da sabedoria de
Deus (Lc 7.35; 11.31).
Quando encontraram Jesus no Templo entre os doutores, seus pais ficaram
surpresos, estupefatos, sem saber o que pensar, incapazes de entender.
Todos esses matizes fazem parte do significado do verbo usado por Lucas
para expressar a surpresa dos pais.
Ao desconcerto, segue a pergunta que dá vazão a toda a angústia
acumulada nas entranhas de uma mãe que reencontra seu filho depois de
buscá-lo durante três dias. A primeira palavra téknon que sai
dos lábios da mãe ao fazer a pergunta para a qual não encontra resposta,
significa, etimologicamente, filho saído das entranhas. A própria mãe
não compreende por que o filho saído de suas entranhas se comportou assim, por que fez isso com eles.
“Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos.”(Lc 2.48)
Ao responder, Jesus expressa suas convicções com a mais absoluta
segurança; usa inclusive a pergunta dos pais fazendo dela um argumento e
uma crítica contra eles: “Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (v. 49)
Analisando, o que Jesus quis expressar com essa pergunta. Jesus nomeia o
Pai contrapondo sua paternidade à dos seus pais terrestres. As palavras
de Jesus resumem, com uma densidade máxima, o que foi o segredo de sua
vida, o seu mistério mais profundo. O que determina e explica que todas
as suas atitudes e ações é sua relação com o Pai.
A resposta de Jesus situa-se num nível que transcende as relações familiares, situa-se no nível do seu "dever" com relação ao Pai. Maria fala dos pais terrenos: “teu pai e eu” (v. 48). Jesus fala do seu Pai celeste: "meu Pai" (v. 49). Para Jesus é uma "necessidade"
realizar na história concreta de sua vida o plano salvífico do Pai.
Essa “necessidade” tem uma prioridade absoluta. Porque não pertence a si
mesmo, Jesus também não pertence a seus pais terrestres. Ele – sua
pessoa, sua vida e sua missão – pertencem inteiramente ao Pai.
Aplicação da Lição
Amado (a) enfatize aos “pequenos” que, na resposta de Jesus está um
grande exemplo para nós. Pois quem como Jesus, se entrega
incondicionalmente a Deus, terá a luz e a força necessárias para
enfrentar as situações mais adversas, por mais desafiadoras e dolorosas
que elas sejam. Quem se despojar "do próprio amor, querer e interesse", dos próprios projetos e expectativas, estará livre para realizar a Vontade de Deus.
As palavras de Jesus revelam onde está o centro de sua identidade e de sua missão: na obediência ao Pai.
Também nós, na medida em que vivermos uma relação de obediência e de
comunhão com o Pai, estaremos, como esteve Jesus, junto do Pai.
Amado (a) reflita, é a comunhão, a intimidade com o Pai o centro de
nossa identidade e de nossa vida? Consagramos nossas horas e nossos
dias, nossas ocupações e nossas pré-ocupações, nossos pensamentos e nossos afetos ao Pai e ao seu Reino?
Essa deve ser a finalidade, a missão, o sentido de nossa vida, ainda
que muitas pessoas nos busquem por outros motivos ou esperem de nós
outros serviços.
Fontes Consultadas:
· Bíblia de Estudo Pentecostal – Editora CPAD
· Bíblia de Estudo da Mulher – Editora Mundo Cristão
Colaboração para Portal Escola Dominical - Profª. Jaciara da Silva.
Fonte:PortalEBD
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