quinta-feira, 22 de março de 2012

BREVE RESUMO DAS LIÇÕES DO 1º TRIMESTRE DE 2012

 A verdadeira prosperidade: a vida cristã abundante
12/ 03/ 2012.
Quando pessoas não conhecedoras da Palavra de Deus são enganadas pela pregação de falsas doutrinas, não deve nos causar qualquer estranheza; pois alguém espiritualmente cego não tem capacidade para discernir entre o certo e o errado. É, porém preocupante quando uma pessoa já tendo sido iluminada pela Palavra de Deus se deixa iludir por falsos ensina dores. Com a disseminação da doutrina da falsa prosperidade muitos crentes têm se deixando enredar e caindo na arapuca desses ensina dores, tendo prejuízo financeiro e até mesmo espiritual, se fez necessário um estudo mais apurado desse assunto. A nossa lição bíblica da CPAD. Nos trouxe nesse trimestre um mui valioso estudo sobre esse assunto.
Lição 1: O surgimento da teologia da prosperidade.
No primeiro século da era cristã, a igreja precisou combater energicamente falsas doutrinas que ameaçavam entrar na igreja e causar confusão entre os crentes. Entre essas falsas doutrinas destacam-se o gnosticismo e os nicolaítas. Os gnósticos consideravam-se os iluminados. Gnose, significa conhecimento. Surgiu também no primeiro século os nicolaítas, que pregavam ser o espírito completamente independente do corpo; portanto, qualquer impureza cometido pelo corpo, não poderia afetar o espírito. Sendo assim, a impureza sexual era permitida, porque sendo um ato cometido pelo corpo, não contaminaria o espírito. O Senhor aprovou a atitude da igreja de Éfeso, por aborrecer as obras dos nicolaítas, que ele também aborrece. ( Ap. 2: 6 ) e a igreja de Pérgamo, o Senhor reprovou por manter no seio da igreja seguidores da doutrina de Balaão que ensinou Balaque a lançar tropeço diante dos filhos de Israel para que se prostituíssem e comecem dos sacrifícios da idolatria. E da mesma maneira os seguidores da doutrina dos nicolaítas. Nicolau em grego corresponde a Balaão em hebraico. ( A revelação do Apocalípse do Pr. José Serafim de Oliveira. Pg. 19). Ao longo da história da igreja, sempre surgiram doutrinas heréticas tentando desviar os crentes da simplicidade do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. ( Ef. 4: 14) Com o surgimento das igrejas chamadas neo-pentecostais, nasceu também a doutrina da prosperidade anti-bíblica.  Não somos contra a prosperidade, se alguém prosperar em riqueza, saúde, bem-estar, intelectualmente, socialmente, é muito bom, desde que essa prosperidade esteja em perfeita harmonia com a Palavra de Deus. Não nos esqueçamos de que o Senhor nunca prometeu que seu povo teria neste mundo uma vida isenta de tribulações e aflições; pelo contrário, disse o Senhor: No mundo tereis aflições. Nunca os homens de Deus viveram neste mundo como se aqui fosse um paraíso. Vide  ( hb. 11: 35-40 ) . Apesar de todas as tribulações e lutas que os servos de Deus passam neste mundo, o Senhor promete estar sempre conosco; e se o Senhor está conosco, somos mais do que vencedores por aquele que nos amou. ( Rm.  8: 37). O Senhor é o meu pastor, diz o salmista Davi. ( Sl. 23: 1 ). Se o Senhor é o meu pastor, eu posso descansar até mesmo no meio da tribulação. Se o cristão possuir neste  mundo casas, carros, e muitos bens materiais, desde que sejam adquiridos de maneira lícita, não há nisso pecado algum. Mas nunca coloquemos nestas coisas os nossos corações. Jesus disse que estiver o tesouro do homem, aí estará também o seu coração. (Mt. 6: 21 ). O nosso tesouro está no céu, e chama-se Jesus Cristo, portanto, aí está também o nosso coração. A esperança do verdadeiro cristão está no céu. ( Fp. 3: 20-21). Não nos deixemos enganar, por mais convincentes que pareçam ser tais doutrinas, elas são falsas, conduzem ao erro e a perdição. Uma vez, sabedores que somos da origem destas falsas doutrinas, estudemos agora à luz da Palavra de Deus,  a verdadeira prosperidade. A prosperidade que nos faz bem, e que agradam ao Nosso Senhor.
Lição 2 A prosperidade no Velho Testamento.
Homens de Deus no Antigo Testamento prosperaram. Prosperidade no conceito de Deus não significa apenas acúmulo de bens materiais. A verdadeira prosperidade consiste em uma vida de íntima comunhão com Deus. A igreja de Laodicéia, dizia-se rica,  e de nada ter falta; mas para Deus, esta igreja era: Desgraçada, miserável, pobre, cego e nu. ( Ap. 3:17). Abraão, por ordem de Deus deixou a sua terra, sua parentela, para peregrinar em uma terra estranha, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. ( Hb.11: 8-10). Deus abençoou Abraão, ele prosperou muito. (Gn. 13: 2 ). José foi outro servo de Deus que passou por grandes provações; primeiro foi vendido para os ismaelitas por seus próprios irmãos. ( Gn. 37: 24-28). No Egito foi vendido num mercado de escravos. Potifar, eunuco de Faraó o comprou. ( Gn.39:1) Na casa de Potifar, o Senhor o abençoou, e ele prosperou. ( Gn. 39: 3,4). Vítima de uma calunia, foi parar no cárcere. No cárcere o Senhor o abençoou. ( Gn.39: 21-23). Do cárcere, foi para o palácio de Faraó, e tornou-se governador do Egito. Gn. 41: 38-43).  Daniel foi outro servo de Deus que passou por grandes provações, mas ele prosperou na terra do seu cativeiro. ( Dn.2:48, 6:28). Qual  o segredo desses servos de Deus prosperarem mesmo em meio a duras provações? Todos eles mantinham uma vida de comunhão com Deus. Não precisaram cobrar nada de Deus, não precisaram por Deus contra a parede, não precisaram determinar nada, nem barganhar nada com Deus; somente confiaram em Deus e foram fiéis. 
Lição 3. Os frutos da obediência na vida de Israel
Deus tirou Israel do Egito para fazer deles uma nação santa, herança peculiar de Deus, sacerdotes do Senhor. ( Ex. 19: 4-6). Deus fez com este povo um concerto, ou um pacto, ou uma aliança. (As  três expressões têm o mesmo sentido.) Uma aliança é celebrada entre duas partes. Uma das partes propõe a outra parte aceita ou rejeita. Deus propôs, Israel aceitou. Ex. 24: 1-8, Hb. 9: 19-20). Deus nunca deixou nenhuma de suas promessas. Enquanto Israel foi obediente ao Senhor, não houve inimigo que parasse em pé diante deles. Conquistaram a terra de Canaã, expulsaram os seus habitantes, povo mais numeroso e mais forte do que eles. Deus nunca deixou de adverti-los de que a desobediência lhes traria trágicas consequências; enquanto a obediência lhes traria ricas e preciosas bênçãos. Em Dt. 28: 1-14, estão todas as bênçãos que virão sobre eles se forem obedientes ao Senhor. E dos VV. 15-68, todas as maldições que sofreriam como resultado da desobediência. Israel não permaneceu fiel. Quebraram a aliança, anularam o concerto. ( Jr. 31: 31-32). Como resultado da desobediência, foram levados cativos pelos seus inimigos; no ano 721ac Israel, isto é: As dez tribos do reino do norte com sede em Samaria, foi levado cativo pelo rei da Assíria ( Salmanazer). E no ano 605ac. Judá foi levada cativa para Babilônia pelo rei Nabucodonosor. As dez tribos nunca mais voltaram para sua terra; Judá depois de setenta anos de cativeiro voltou para sua pátria, mas não como uma nação soberana. Viveram sob o jugo de povos inimigos ate o ano 70dc quando o exército romano sob o comando do general Tito,  invadiu Jerusalém, destruiu o templo e toda cidade, e os expulsou de sua própria terra. Israel ficou sem pátria até o dia 14 de maio de 1948, quando em uma reunião da ONU, e graças a Deus com o voto de um brasileiro, (Osvaldo Aranha)  Israel foi restabelecida como uma nação soberana. O quanto este povo sofreu ao longo de toda essa história é quase inenarrável. Fruto da desobediência. A verdadeira prosperidade consiste em ser fiel a Deus, e obedecer a sua Palavra.
Lição 4.- A prosperidade em o Novo Testamento
O que significa prosperar? Entendemos prosperar como progredir, crescer, melhorar, conquistar etc. Um cristão pode prosperar? Sim! Pode e deve prosperar. Em que área da vida o cristão deve prosperar? Em todas as áreas. Deve, porém ter áreas prioritárias. A primeira prosperidade que o cristão deve almejar é a espiritual. Este conselho foi dado primeiramente por nosso Senhor Jesus Cristo. ( Mt. 6: 33) O verdadeiro cristão deve buscar insistentemente prosperidade espiritual; crescer no conhecimento da Palavra de Deus. ( II Pe. 3: 18), crescer em santificação.  (I ts. 5: 23). Quando damos prioridade ao reino de Deus, Jesus disse que as demais coisas nos serão acrescentadas. Quais coisas serão acrescentadas? As bênçãos materiais, certamente; o contexto vem falando de alimentação, vestuário, e necessidades básicas para a vida presente. Não é pecado o nosso empenho para prosperarmos. Os jovens devem estudar se possível uma formação de nível superior, ou se especializar em alguma profissão que lhe garanta uma boa colocação no mercado de trabalho. Prosperar na área profissional; seja como funcionário ou como empresário todo empenho é válido desde que não se fira qualquer princípio da ética e da moral. Se Deus nos der riquezas, usemos os bens que Deus nos dá, com sabedoria e com temor de Deus; nunca pondo nas riquezas o nosso coração. Jesus disse que onde estiver o nosso tesouro, aí estará também o nosso coração. O tesouro do cristão chama-se Jesus Cristo, e ele está mo céu. Portanto, o nosso coração está no céu bem ligado ao nosso maior tesouro. Jesus Cristo,o nosso Senhor.
 Os fariseus acreditavam que os ricos eram abençoados e os pobres amaldiçoados. Até agora os discípulos dos fariseus continuam ensinando esta mesma doutrina. Dizem eles: Como pode um filho de Deus ficar doente, ser pobre, passar necessidade. As pessoas pobres e humildes nos dias de Jesus, os fariseus as consideravam como amaldiçoadas. ( Jo. 7:49) Para desfazer esta falsa doutrina, Jesus contou-lhes a parábola do rico e Lázaro. ( Lc.16: 19-31). O rico que segundo a teologia dos fariseus era abençoado porque vestia-se de púrpura e linho finíssimo, e vivia todos os dias esplendida e regaladamente; morreu, e foi sepultado. O rico tinha um sepulcro de família, portanto, foi sepultado. Lázaro era pobre, não tinha sepulcro, seu corpo foi incinerado na vale dos filhos de hinon, era o lugar onde se incinerava os corpos dos indigentes. Seus corpos tiveram tratamentos bem diferentes. Do corpo de Lázaro nada se fala já o corpo do rico foi sepultado.  Talvez um funeral cheio de pompas, belos discursos exaltando suas qualidades. ( todo mundo quando morre fica bom!) um grande acompanhamento, as carpideiras lamentando ( certamente com altos cachês). A maior diferença, no entanto não foi com seus corpos, mas com suas almas. O texto diz: E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. ( v. 22 ) É evidente que não foi seu corpo cheio de chagas e doente que foi levado pelos anjos para o seio de Abraão mas sim sua alma redimida pela Graça de Deus. O rico apesar de sepultado foi visto no hades. Hades, lugar de tormentos, para onde vão as almas dos que morrem sem Cristo. Com este ensinamento, Jesus desmanchou a falsa teologia dos fariseus e de seus atuais discípulos. Não queremos dizer com isso que o salvo precisa ser mendigo, miserável e doente; mas aprendemos que não se pode medir o nível espiritual de uma pessoa por sua condição financeira. O Novo Testamento não proíbe o crente de ser rico, mas dá prioridade as riquezas espirituais
Lição 5. As bênçãos de Israel e o que cabe à Igreja.
Há  grande diferença no tratamento dado por Deus a Israel, e no tratamento dispensado a igreja neo- testamentária. Nem todas as promessas feitas por Deus a Israel como nação podem ser aplicadas a igreja, e vice- versa. Exp. Deus prometeu a Israel dar-lhes uma terra que manava leite e mel. ( Ex. 3: 8 ). Deus prometeu mais a Israel como nação que eles postos em relação às demais nações, como cabeça e não como cauda, estariam por cima e não por baixo emprestariam, mas nunca pediria emprestado. ( Dt. 28: 12-13), da mesma maneira há promessas pertencentes a igreja. A igreja não é formada por um povo específico, a igreja é de caráter universal; qualquer pessoa, de qualquer nacionalidade, que crê em Jesus Cristo e o recebe como Salvador, é batizada nas águas por imersão em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, está membrado a igreja, e todas as promessas dirigidas a igreja, lhe pertence também.
Os pregadores da teologia da prosperidade fazem uma mistura irracional para extorquir dinheiro de pessoas desavisadas e as levam ao desespero, a falência, e o pior: A incredulidade. Exps: Os trezentos e dezoito de Abraão, fogueira santa de Israel no monte Sinai. Águas do Rio Jordão, cajado de Davi, e tantos outros enganos que já estamos acostumados a ouvir. Para cada um desses itens, é necessário um sacrifício, uma oferta não pequena. Depois disso feito, pode cobrar de Deus, pode por Deus contra a parede, porque Deus fica obrigado a te abençoar, te dar riquezas, posição social, e atender todas as tuas determinações. Doutrina diabólica, os seus disseminadores se não se arrependerem, serão por tudo isso responsabilizados.
Na carta do apóstolo São Paulo aos Romanos no capítulo 4 dos VV. 9-12, temos um precioso ensino. O apóstolo fala de Abraão antes e depois da circuncisão. Abraão tornou-se o pai de todos aqueles que são salvos pela fé e não pelas obras. Não temos o direito de cobrar nada de Deus e nem de determinar nada. Tudo que alcançamos de Deus é fruto de sua Graça, e nunca qualquer mérito próprio. Quando ofertamos para a obra de Deus, é por gratidão e reconhecimento de sua soberania e não para fazer negócios com Deus.
Uma mui rica promessa para todos os crentes da nova aliança. “Bendito o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos luares celestiais em Cristo.” (Ef. 1:3).
Lição 6. A Prosperidade Dos  Bem- Aventurados.
Bem-aventurado, significa feliz, muito feliz.  Há grande diferença no conceito de bem-aventurança, ( felicidade plena ) na visão puramente humana, e na visão de Deus. Para o homem natural, é bem-aventurado  aquele que tem sucesso profissional, aquele que acumula muitos bens, fica rico, e vive esplendida e regaladamente. Na linguagem da Bíblia, o conceito é outro; o Dr. Caramuru Afonso Francisco no seu apêndice sobre bem-aventurança mostrou em muitos textos bíblicos que a verdadeira bem-aventurança não está atrelada aos bens materiais, e sim aos bens celestiais. A felicidade plena para o ser humano é gozar de comunhão com o seu Criador, é manter firme no coração a bendita esperança de sua redenção. Lendo o sermão do monte no capítulo cinco de são Mateus, dos VV. 1-12, não encontramos uma única palavra de Jesus ligando a bem-aventurança aos bens materiais; pelo contrário, Jesus foi à contramão da filosofia deste mundo. Para Jesus, bem-aventurados são os pobres de espírito, os mansos, os humildes, os que choram os que são perseguidos por causa da justiça.   Amados irmãos, não nos deixemos levar por palradores inconsequentes, que para alcançar seus objetivos egoísticos torcem a Palavra de Deus e enganam milhões de pessoas levando-as ao engano e a perdição. Você é crente em Jesus, foi justificado pela fé na obra redentora de Jesus? Então, você é bem-aventurado, independente de sua condição financeira.
Lição 7.Tudo posso naquele que me fortalece.
Este texto de Fp.4: 13 tem servido como um cavalo de batalha para os pregadores da teologia da prosperidade. Tudo posso, dizem eles, posso ter o carro do ano, posso comprar uma mansão num bairro nobre da cidade, porque está escrito na Palavra de Deus, “ Tudo posso naquele que me fortalece.” Você pode doar seu carro, sua casa, dar todo seu salário como sacrifício no altar, e depois cobrar de Deus, porque se está escrito, Deus fica obrigado a atender suas reivindicações. Aí eu me lembro de uma música popular muito antiga. “ E se Deus não dá ó negá, como é que vai ficar, ó negá.” Deus não tem nenhum compromisso com falsas interpretações de Sua Santa Palavra. Ninguém pode em hipótese alguma reivindicar nada de Deus, Deus é soberano, Ele é Senhor, tudo que alcançamos de Deus é fruto de sua graça, e pelos méritos de Jesus Cristo nosso Senhor. Se lermos o v.anterior, o 12, veremos uma lista de situações pelas quais o apóstolo havia passado, em todas elas Deus lhe graça para sair vencedor, então ele complementa com o v.13. Tudo posso naquele que me fortalece. Precisamos ser assistidos por Deus em todas as situações que atravessarmos. Se passarmos por alguma dificuldade financeira, precisamos da orientação do Senhor para sairmos dela com honra, sem comprometermos  a nossa reputação como servos de Deus, e sem abalar a nossa fé. Se for enfermidade ou qualquer outro tipo de aflição, confiemos inteiramente em Deus, e Ele nos dará vitória. Passada a tempestade, então podemos dizer como o apóstolo São Paulo. “Tudo posso naquele que me fortalece”.
Lição 8 O perigo de querer barganhar com Deus.
Soa-me como uma blasfêmia, o termo:  Barganhar com Deus. Até mesmo uma pessoa não cristã, mas sensata, pode perceber que este termo mostra uma arrogância do ser humano um orgulho, uma altivez. O salmista Davi dizia no Sl. 8: v. 4. “Que é o homem  mortal para que te lembres dele? E o filho do homem para que o visites?” O que eu tenho para propor uma barganha com Deus? Não tenho nada, tudo é dele. ( Sl. 24: 1). Alguém conhecedor da Palavra de Deus poderia me oferecer uma objeção: Pastor, o patriarca Jacó propôs uma barganha com Deus, e não está escrito que ele tenha pecado por isso. Vejamos então, a proposta do patriarca Jacó. ( Gn. 28: 18-22). Amado irmão, você teria coragem de fazer um voto como fez Jacó? Analisamos a sua proposta: Fez a Deus uma série de exigências, Deus cumprindo os seus desejos, então ele pagaria o voto. Qual foi o voto? O Senhor será o meu Deus. Impôs a Deus uma condição. O Senhor só será o meu Deus se atender as minhas reivindicações, caso contrário, eu procurarei outro Deus. Alguém poderá me dizer: Mas isso não está escrito. Entre linhas é isso que podemos entender. Deus não levou em conta essa inocência de Jacó. Um fugitivo inexperiente, medroso, tinha muito que aprender. Ao longo de sua história de sofrimentos, ele adquiriu experiência. Depois de vinte anos após esse voto precipitado, Jacó teve um segundo encontro com Deus; e parece que foi nesse segundo encontro que se deu a sua total conversão. (Gn. 32: 24-30). Na sua velhice, ele confessou a Faraó rei do Egito. “ Poucos e maus foram os dias dos anos de minha vida.” (Gn. 47: 9), e no seu leito de morte, antes que expirasse, ele “adorou encostado à ponta do seu bordão.” ( Hb. 11:21) Quando um servo de Deus paga o seu dízimo, ou dá uma oferta para a obra de Deus, ele o faz por amor e gratidão a Deus e jamais por negociata. Tudo que recebemos de Deus, é fruto de sua imensa graça e de seu incompreensível amor. Sejamos, pois, sempre muito gratos ao Senhor.
Lição 9 Dízimos e ofertas.
Foi sempre uma prática do povo de Deus fazer ofertas a Deus como sinal de gratidão e de adoração reconhecendo sua soberania e nosso provedor. O dízimo já era conhecido e praticado pelo povo de Deus, vemos isso no voto de Jacó. De onde Jacó tiraria a ideia do dízimo se ele não fosse uma prática do povo de Deus. Abrão foi abençoado por Melquisedeque sacerdote do Deus altíssimo, e deu-lhe o dízimo de tudo. (Gn. 14: 18-20, Hb. 7: 1-10). Para os que dizem que o dízimo era da lei de Moisés, observem que Abrão nosso pai na fé, pagou o dízimo quatrocentos e trinta anos antes da lei. (Gl.3: 17). Outra observação importante. Abrão pagou o dízimo antes ou depois da circuncisão? Antes da circuncisão. Vide. ( Rm. 4: 10-12). É dever de todo servo de Deus ser dizimista, e não aceitemos nuca a desculpa esfarrapada de que o dízimo fazia parte da lei, porque como já vimos os homens de Deus o praticavam muito antes da lei.
O dízimo além de ser uma forma de se reconhecer a soberania de Deus, e uma adoração palpável ao Senhor, é também uma forma de contribuição para expansão da obra de Deus. Se nossos irmãos do passado não tivessem sido dizimistas, certamente as boas novas não teriam chegado a nós, e por nossa fidelidade o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo ainda chegará a milhões de perdidos para serem salvos. Nem um crente deve pagar o dízimo por medo de maldição. Jesus já levou nossa maldição. ( Gl.3: 13), também nem um crente paga o dízimo para fazer uma  barganha com Deus. O crente paga o dízimo porque ama a Deus e a sua obra, o crente paga o dízimo como seu reconhecimento da soberania de Deus, o crente paga o dízimo, porque isto é agradável ao Senhor. Deus abençoa o dizimista? Sim, ele abençoa, não precisamos cobrar nada de Deus, somente descansar no seu amor e sua provisão. ( Fp.4:19).
Lição 10 Uma igreja verdadeiramente próspera
Como a verdadeira prosperidade de um cristão não está baseada na sua condição financeira, a prosperidade de uma igreja também não se pode medir por suas propriedades, pela existência de grandes corais, excelentes orquestras, e eloquentes pregadores, mas sim, pelo seu nível de espiritualidade. Quando uma igreja dá lugar ao Espírito Santo, e nesta igreja almas são salvas, os crentes batizados com Espírito Santo, os dons do Espírito se manifestam, os doentes são curados pela fé, os oprimidos libertos, o número de membros aumenta, e a igreja cresce não somente em número de membros, mas na qualidade, no caráter Cristão de cada membro da igreja, esta igreja pode se considerar uma igreja próspera.
Nas sete cartas enviadas às sete igrejas da Ásia menor no livro de Apocalipse, três dessas igrejas representa bem o assunto que estamos estudando. As igrejas de: Esmirna, Filadélfia, e Laodicéia. Analisemos rapidamente a situação dessas igrejas, e vejamos no conceito de Deus qual delas é considerada próspera. (Ap. 2: 8-9)  Ao anjo da igreja que está em Esmirna. Eu sei as tuas obras e tribulação e pobreza ( mas tu é rico). Os membros da igreja de Esmirna deviam ser pessoas humildes, entrava no caixa da igreja pouco dinheiro, e além da dificuldade financeira, ainda a igreja sofria perseguições. È possível que alguém olhasse para essa igreja e dissesse: Essa igreja vai  fechar, se tivesse por lá algum pregador da doutrina da prosperidade, certamente iria dizer: Estão em pecado, não são abençoados, e daí por diante. Mas Jesus dizer ao anjo da igreja: Tu és rico. Para Deus, a igreja de Esmirna era uma igreja próspera. ( Ap. 3: 7-8 ) A igreja de Filadélfia, o Senhor viu que tinha pouca força , quando  um crente ou uma igreja tem pouca força, é mais dependente de Deus, e quem depende mais de Deus, ora mais, se consagra mais, busca mais a Deus, portanto, apesar da pouca força, essa igreja é próspera. Para Deus, a igreja de Filadélfia era uma igreja próspera. Vejamos agora o grande contraste entre as duas igrejas mencionadas, e a igreja de Laodicéia. Ap. 3: 14-18). A cidade de Laodicéia foi destruída por um violento terremoto no ano 62 AD, e foi reconstruída por seu próprio povo que se orgulhava de havê-la reconstruído sem auxilio do Estado. ( livro Revelação do Apocalipse do Pr. José Serafim de Oliveira. Pg. 27) A cidade era rica, a igreja de Laodicéia também era rica. “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido e de nada tenho falta ( e não sabes que és um desgraçado, e miserável e pobre, e cego e nu. VV. 17-18). Vejamos que grande contraste entre o que é considerado prosperidade para o mundo,e o que é considerado prosperidade para Deus. Entendemos então, que uma igreja é considerada próspera, quando o Senhor se agrada do seu trabalho.
Lição 11. Como alcançar a verdadeira prosperidade.
A verdadeira prosperidade não se alcança pelos métodos ensinados pelos defensores da teologia da prosperidade. Dizem eles: você dá a sua oferta, ou, coloca o teu sacrifício no altar, e Deus fica obrigado a te devolver cem vezes mais. É como se fossemos agiotas, e Deus precisasse de nosso dinheiro emprestado, e nos devolvesse com juros abusivos. Não vamos encontrar essa doutrina em nenhum texto da Bíblia Sagrada, é  pura invenção de homens inescrupulosos que sem temor de Deus, enganam os incautos para se enriquecerem, depois dizem: Eu prosperei. Essa riqueza obtida de forma fraudulenta, não é prosperidade, pelo contrário; é desgraça, é completa ruína espiritual. Deus nos guarde de tal prosperidade. O caminho para a verdadeira prosperidade consiste em  primeiro lugar, em uma vida de íntima comunhão com o Senhor; depois, o nosso trabalho consciente e sabedoria para administrar o dinheiro que Deus nos permite ganhar. Se alguém não sabe ganhar ou administrar o dinheiro, peça sabedoria a Deus. ( Tg. 1: 5 ). É de vital importância que contribuamos na obra de Deus com nossos dízimos e ofertas; não para cobrar nada de Deus, mas por amor à causa do Evangelho, sabendo que Deus nos abençoará. ( Pv. 3: 9-10 ).
Não convém ao servo de Deus se deixar levar pelo impulso do consumismo. Na hora de comprar, é uma maravilha;  cartão de crédito, longas e suaves prestações, é tudo muito atrativo mas só na hora de comprar, depois a coisa pode complicar. Tenhamos cuidado. Outra coisa muito perigosa que acontece no meio de crentes principalmente pentecostais. Dar cheque pela fé. Não tem fundo, mas eu confio que Deus não vai me deixar envergonhado. Zelemos pelo nosso nome. (  Pv. 22:1 ), Deus pode nos dar riquezas, mas quando isso acontecer, não ponha o teu coração nas riquezas. Quando Deus nos abençoa e multiplica os nossos bens, não sejamos avarentos. Se algum irmão estiver passando necessidade, sejamos generosos e estendamos-lhe a mão. ( Tg.2:14-16).
Lição 12 O propósito da verdadeira prosperidade
Quando um justo prospera, adquire muitos bens móveis e imóveis, tem excelente conta bancária, ele reconhece que tudo vem de Deus. E se Deus prospera os seus servos, ele o faz com propósitos. Qual seria o propósito de Deus em prosperar os seus servos? Os servos de prósperos contribuem para a expansão do reino de Deus. ( Rm 10: 13-15), socorrem os necessitados, (Mt. 26:11, Gl.2:10), não é avarento, mas grato e fiel ao Senhor. Seria o caso de perguntarmos, porque muitos servos de Deus fiéis e sinceros, pessoas de oração, vida consagrada, não perdem cultos de oração, culto de ensino da Palavra, cultos de evangelismo, estão sempre presentes e prontos para servirem ao Senhor, e não prosperam; vivem sempre com dificuldade, o dinheiro sempre lhe é muito escasso, não podemos acusar estes irmãos de estarem em pecado, ou terem falta de fé. Os santos também sofrem necessidades. (Rm. 12: 13). A experiência tem nos mostrado que muitos crentes enquanto pobres, estão sempre nas escolas dominicais, nos cultos da noite, enfim sempre cooperando em todos os trabalhos da igreja. Melhoram de vida, Deus os abençoou, compraram carro, uma casa no litoral, uma chácara, e estes irmãos desaparecem de muitas reuniões da igreja. Quando o pastor ou outro irmão pergunta a eles o porquê de suas ausências, Ah! Irmão, eu estava muito cansado, fui passar o fim de semana na minha casa  na praia, ou na minha chácara. Tais pessoas estão se esfriando na fé, e correndo grande risco de caírem da Graça de Deus. (Pv. 30: 7-9)  Deus nos ama muito, e nos quer sempre juntos dele; é melhor passar algum aperto aqui e entrar no céu, do que viver aqui esplendida e regaladamente, e cair na eterna desgraça. Deus nos dá sempre o melhor.
Lição 13 Só em Jesus temos a verdadeira prosperidade
Existe falsa prosperidade? Sim, existe. Quantas pessoas ganham muito dinheiro com negócios ilícitos para o cristão; comércio de bebidas alcoólicas, cigarro, drogas, prostituição, etc. Muitos desses comerciantes ficam muito ricos, acumulam grandes fortunas, então, perguntamos: Esta prosperidade é falsa ou verdadeira? (Sl 73: 1-20). A verdadeira prosperidade é aquela que se consegue com um trabalho honesto, aprovado por Deus e pelos homens. ( Pv.10: 22). Se alguém enriquecer muito neste mundo, ganhar muito dinheiro, adquirir muitos bens, mas não tem Jesus, toda essa riqueza não passa de mera ilusão. ( Mt. 16: 26).
A maior fortuna que um mortal pode alcançar neste mundo, é a salvação de sua alma. Não nos esqueçamos de que neste mundo  tudo é transitório, somente as riquezas eternas nos farão eternamente felizes.  Recomendo a leitura de ( Lc. 12: 13-21).
* Pastor das Assembleias de Deus - Ministério do Belém - sede, escritor e professor do Estudo dos Professores e Amigos da Escola Dominical (EPAPED).

Fonte: PortalEBD

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