sexta-feira, 30 de maio de 2014

LIÇÃO 09- A OVELHA PERDIDA

Texto Bíblico      Lucas 15 .1-7
Ora, chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.
Então ele lhes propôs esta parábola:
Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, e não vai após a perdida até que a encontre?
E achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo;
e chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido.
Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
Objetivos 
Após a aula seu aluno deverá compreender que Jesus é o Bom Pastor, bem como entender o significado da parábola.

Introdução
Estudaremos nesta lição a parábola da ovelha perdida, ensino do Senhor Jesus quanto ao amor divino pelos pecadores.
Esta parábola tem como objetivo enaltecer a nobreza da preocupação que se deve ter com aqueles que estão desgarrados do aprisco.
Esta parábola ainda tem como objetivo nos despertar no sentindo de buscar aqueles que estão de fora dos caminhos do Senhor.

I – Perdidos e achados
Jesus foi criticado freqüentemente pelos chefes religiosos de seu tempo, de modo que a queixa deles em Lucas 15:1-2 não era novidade:

 “Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.”

Jesus respondeu com uma série de três parábolas.
 a)  A parábola da ovelha perdida (15:3-7)
Os pastores são usados freqüentemente na Bíblia para descrever aqueles que cuidam do povo do Senhor. Um bom pastor está constantemente alerta para as necessidades de suas ovelhas e pronto a arriscar-se para preservá-las. Na parábola, o pastor percebe que uma de suas 100 ovelhas está perdida. Ele deixa as 99 e vai procurar a perdida. Quando a encontra, volta para casa e chama seus vizinhos para participar da comemoração.
A aplicação: há uma comemoração no céu quando um pecador perdido retorna ao Senhor.

b) A parábola da moeda perdida (15:8-10)
Uma mulher tinha dez moedas, o equivalente aproximado ao salário de meio mês. Ela perdeu uma das moedas e não podia descansar enquanto não a encontrasse. Ficou acordada até tarde procurando por toda a casa até que recuperou o dinheiro perdido. Que alívio! Ela chamou suas amigas e as convidou para partilhar com ela o seu regozijo. A aplicação: os anjos de Deus se regozijam quando um pecador perdido retorna ao Senhor.

c) A parábola dos filhos perdidos (15:11-32)
Na terceira parábola, Jesus não está preocupado com animais e objetos perdidos. Ele agora evoca toda a emoção da vida real, falando de um pai amoroso e de seus dois filhos. Um dia, o mais novo desafia seu pai com um desrespeito quase inimaginável. Especialmente na cultura dos dias deJesus, um filho recebia sua herança quando o pai morria. O pedido que este filho fez era um insulto indizível ao pai. Não era um mero pedido de dinheiro. Ele estava rejeitando seu pai e toda a bondade que ele lhe tinha mostrado através dos anos. Ele abandonou sua família, pegou suas malas e viajou para outro país.

Com seus bolsos cheios de dinheiro para gastar, o jovem fez uma desordem em sua vida. Gastou rapidamente o dinheiro levando uma vida despreocupada e pecaminosa. A irresponsabilidade levou-o a necessidade e sofrimento, e esse filho logo ficou sem recursos e faminto. O filho privilegiado de um homem rico e generoso estava agora reduzido a procurar um trabalho humilde. Encontrou trabalho para tomar conta de porcos. Podemos considerar este serviço como sujo e mal cheiroso, mas era muito mais ofensivo para a sensibilidade dos ouvintes judeus de Jesus. De acordo com a lei de Moisés, que governava os judeus até a morte de Jesus, porcos eram animais imundos. Certamente alguns dos ouvintes de Jesus começaram a imaginar seus filhos rebaixados a alimentar estes asquerosos suínos.

Mas o sofrimento do rapaz não terminou aqui. Ele estava faminto. Olhava ansioso para os restos que estava dando aos suínos. Ali ele começou a perceber quanto tinha perdido. Estava humilhado, esfomeado, longe de casa. Ninguém percebia isso. Ninguém se preocupava. Ninguém o ajudava.
No meio daqueles porcos asquerosos, o jovem caiu em si . Ele se lembrava como as coisas tinham sido melhores antes dele ter desprezado a bondade de seu pai. Até os mais humildes servos de seu pai tinham vida melhor do que esta. Ele sabia que tinha perdido todo o direito de filho, mas talvez pudesse trabalhar para seu pai. O filho arrependido decidiu voltar e pedir misericórdia e perdão. Enquanto ia, ensaiava o pedido que faria ao seu pai. Será que seu pai seria tão bom que o empregasse para alguma tarefa humilde?

Apesar de todo o sofrimento que tinha suportado por causa da rebeldia de seu filho, o pai não tinha perdido a esperança. Ele olhou para a estrada e viu, ainda ao longe, a figura de seu filho perdido voltando ao lar. Ele correu para abraçá-lo e beijá-lo. O filho, humilhado pelas conseqüências de seus graves erros, começou sua confissão: “Pequei contra ti e contra Deus. Não mereço mais ser chamado teu filho.” Suas palavras foram interrompidas pela voz de seu pai dando ordens aos seus servos: “Tragam-lhe as melhores roupas que temos e preparem a melhor comida para festejarmos!” A explicação do pai mostra a profundidade de seu entendimento da situação difícil de seu filho, e o amor ilimitado que ele sentia pelo rebelde: (15:24).

O filho mais velho voltou do seu trabalho no campo, onde servia fielmente seu pai, ouviu a festança e ficou sabendo do motivo. O irmão ficou furioso e ressentido e se recusou a participar das festividades. Quando seu pai tentou acalmá-lo, o irmão mais velho mostrou seu egoísmo:
“Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado” (15:29-30). 

Note o desdém na voz do irmão mais velho. Ele nem mesmo se referiu ao retornado como seu irmão. “Ele é teu filho”, ele disse a seu pai.
A resposta de seu pai pôs as coisas no seu devido lugar. Ele lembrou o ciumento irmão mais velho de que ele tinha sempre gozado a grande bênção que o filho pródigo estava buscando recuperar: o privilégio de estar novamente na presença de seu pai. Ele defendeu sua decisão de comemorar, porque o morto estava vivo e o perdido foi achado.

( Fonte: http://www.estudosdabiblia.net/d55.htm)

Embora o Senhor tenha proferido 3 parábolas semelhantes em um mesmo momento, estudaremos mais especificamente a primeira.

 II – Um pastor e cem ovelhas
A Bíblia , independentemente da parábola em estudo, usa desde o Antigo Testamento a figura do Pastor de ovelhas para exemplificar aqueles que tem como tarefa guiar, orientar o povo de Deus, esta figura de linguagem foi usada mais claramente no Novo
Testamento, quando o Senhor Jesus se declarou:
 Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. (Jo 10.14)
O Bom Pastor dá a vida pelas ovelhas :  Em contrapartida, o mercenário, que somente pensa nos benefícios pessoais, deixa as ovelhas à mercê do lobo. Jesus não é como um pastor mercenário, que foge deixando as ovelhas em perigo, mas verdadeiramente se importa com o bem estar de Suas ovelhas .

 Naqueles dias as pessoas estavam andando como ovelhas sem ter pastor, cada uma andando perdida pelo seu próprio caminho.
E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas. (Mc 6.34)
O Senhor veio em busca das ovelhas perdidas.
E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. (Mt 15.24)
Em algumas passagens do antigo Testamento vemos que o oficio de Pastor, que era exercido pelos reis, sacerdotes e profetas não estava sendo exercido, toda a nação de Israel andavam perdidas. Veja:

Ovelhas perdidas têm sido o meu povo, os seus pastores as fizeram errar, para os montes as desviaram; de monte para outeiro andaram, esqueceram-se do lugar do seu repouso. (Jr 50.6)

As fracas não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.

As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes, e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem perguntasse por elas, nem quem as buscasse.  (Ez 34.4,6)
Assim a missão do Senhor era buscar as ovelhas perdidas, ele proferiu essa parábola em fase a conduta errada dos fariseus e doutores da Lei, pois questionavam o Senhor a respeito de andar, comer, e entrar na casa dos publicanos e meretrizes, que eram considerados como pecadores .
Jesus demonstrou toda a misericórdia e amor de Deus pelos perdidos.

III- Procura-se  uma ovelha
Em resposta aos fariseus o Senhor lhes diz:
Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, e não vai após a perdida até que a encontre?
E achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo;
e chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido.
 Os fariseus, juntamente com os sacerdotes e doutores da Lei , seriam as pessoas que tinham por obrigação exercer o pastorado, ou seja, deveriam apascentar o povo, porem eles não faziam, ao contrario, criticaram ao Senhor por fazê-lo.
Nesta parábola os pecadores que andavam afastados de Deus são comparados a ovelhas, neste texto abaixo veremos algumas características deste animal, desta forma fica clara a necessidade do trabalho do pastor.

As características de Ovelha 
A ovelha é um animal bastante ingênuo e tolo. Ela não sabe discernir a erva boa para comer da erva venenosa por isso o pastor tem que ir na frente preparar a pastagem com cuidado, retirando aqueles que podem envenená-la.
A ovelha é um animal muito medroso e basta que ela não sinta o cheiro do pastor para que fique tremula de medo e no auge do medo pode sair correndo do aprisco e se torna presa fácil dos predadores.

Quando a ovelha sente a chegada do lobo fica apavorada e não sabe como se defender e é devorada facilmente pelo lobo.
A ovelha é muito sensivel a perturbação das moscas que ficam rodeando a sua cabeça o tempo todo e acaba ficando desnorteada. Balança a cabeça de um lado para o outro tentando fugir do assedio dos insetos e acaba emagrecendo e vendo que não consegue se livrar dos insetos, sai correndo sem direção. Quando uma ovelha corre a outra fica apavorada e vai atrás. É preciso que o pastor molhe a cabeça dela com óleo para afastar os mosquitos.

A ovelha come o dia inteiro e de noite esta com o estomago muito cheio. O maior órgão que a ovelha possui é o estomago, que toma conta da maior parte da caixa torácica. Durante a noite elas gostam de brincar de dar cabeçadas umas nas outras e normalmente caem no chão com as patas para cima e depois não conseguem se levantar sozinhas pois a lã dificulta que ela se levante. Se a ovelha não for erguida dentro de uma hora ela morrera asfixiada  pois o estomago comprimirá apertara o seu pulmão por isso o pastor precisa durante a noite andar no meio das ovelhas levantando a ovelhas caídas.

Para corrigir e acudir a ovelha o pastor dispõe de dois instrumentos:  A VARA E O CAJADO.
A vara é comprida e a ponta dela parece um ponto de interrogação, um gancho. Coma vara o pastor laça a ovelha pelo pescoço porque por ter muita lã esta constantemente se enroscando em espinheiros.

O cajado muitas vezes e usado para evitar que a ovelha vá aonde não lhe é permitido. Quando a ovelha vai desgarrando ou quando se mete na briga com outra velha, o pastor joga o cajado para assustar a ovelha mas por vezes ele tem de acertá-la e com a bordoada a ovelha cai tonta pela pancada que recebeu.

A ovelha é totalmente dependente do pastor, pois precisa dele para se alimentar, beber água e se defende  predadores  e ladrões. Ela não sabe se defender. Se perceber o perigo fica toda tremula de medo, basta que ela sinta falta do pastor para que o medo tome conta dela.
A ovelha conhece a voz do pastor. Não se consegue conduzir as ovelhas como é feito com o gado que basta soltá-lo e ir gritando atrás conduzindo-o aonde ele tem que ir. A ovelha é diferente. Ela segue o pastor e de nada adianta ir gritando atrás da ovelha para ela seguir o caminho. É preciso que o pastor vá a frente e mostre o caminho que ela deve seguir.

( texto: http://cristianonetto.com.br/blog2/?p=88)
Sem duvida alguma que todas as ovelhas são importantes, a parábola mostra o amor de Deus, que não desejar que nenhuma se perca, por isso, o pastor quando vê que esta faltando uma, sai a procura da ovelha que se desgarrou do aprisco.

IV- A alegria de um pastor
As três parábolas desse capítulo de Lucas têm um ponto em comum: a alegria em achar o que se havia perdido. O pastor da primeira parábola, a mulher que achou a moeda e o pai que recebeu o filho de volta, todos fizeram festa.
Jesus quis nos mostrar a alegria de Deus quando um pecador se arrepende. Há uma festa no céu!
A Bíblia afirma que os anjos de Deus gostariam de ter pregado o Evangelho, mas isso não lhes foi permitido; podemos imaginar que a noticia, o registro que mais um no livro da vida , seja motivo de muita alegria nos céus.
A Bíblia afirma que um dia esta Igreja, a Noiva do Cordeiro, composta por esses pecadores arrependidos finalmente será apresentada nos céus, para a “grande festa” as Bordas do Cordeiro.

Portanto a alegria do pastor ao encontrar a ovelha desgarrada do rebanho representa a alegria de Deus ao ver o pecador voltando a ter comunhão com Ele.

Conclusão
Que nós possamos louvar a Deus como  Davi com este cântico:
O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias. ( Salmo 23)


Colaboração para Portal Escola Dominical – Prof. Jair César S. Oliveira
Fonte: PortalEBD

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