sexta-feira, 30 de maio de 2014

LIÇÃO 09 – ULTRAPASSANDO FRONTEIRAS

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Conscientizar-se de que todos os cristãos são convocados a anunciar o Evangelho, e isso à todos, tantos os de perto como os que estão além das fronteiras de nosso pais.

Para refletir
“Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”  (Rm 10:14 – ARA)

Este texto nos mostra a  oferta do Evangelho universal, ou seja, deve ser proclamado trazendo salvação a todos os que crêem, porém, como creram se não houver quem pregue?
A oferta do Evangelho é para todos, e para que isso ocorra, todos nós, todos sem exceção, temos a obrigação de divulgar as Boas Novas de Salvação, a todos os povos, raças tribos e nações, para que todos se acheguem ao conhecimento de Deus, recebendo a bem aventurada comunhão perdida no Éden.   


Texto Bíblico: At 13.1-4.

Introdução
Quando a igreja se compromete com a missão integral e se propõe a comunicar o evangelho mediante todo o que é, faz e diz, entende que seu propósito não é chegar a ser grande em número, ou rica materialmente, ou poderosa politicamente. Seu propósito é encarnar os valores do Reino de Deus e testificar do amor e justiça revelado em Jesus Cristo, no poder do Espírito, em função da transformação da vida humana em todas as suas dimensões, tanto no nível pessoal como no nível comunitário.

O cumprimento desse propósito pressupõe que todos os membros da igreja, sem exceção, apenas pelo fato de terem sido integrados ao Corpo de Cristo, recebem dons e ministérios para o exercício de seu sacerdócio, para o qual foram “ordenados” mediante seu batismo. A missão não é responsabilidade e privilégio de um grupo pequeno de fiéis que se sintam “chamados ao campo missionário” (geralmente no exterior), e sim de todos os membros, já que todos são membros do “sacerdócio real” e, como tais, foram chamados por Deus “para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe. 2:9) onde quer que se encontrem.

Como bem disse Brian D. Mclaren: “Para Cristo, seus ‘chamados’ (que é o que em realidade significa ‘igreja’) seriam também seus ‘enviados’ [ou missionários]. Segundo essa visão da igreja, não recrutamos pessoas para que sejam clientes de nossos produtos ou consumidores de nossos programas religiosos; recrutamo-las para que sejam colegas em nossa missão. A igreja não existe para satisfazer as demandas de consumidores cristãos; a igreja existe para equipar e mobilizar a homens e mulheres para a missão de Deus no mundo”. 


Fazendo Missão Transcultural
Não podemos falar sobre missão transcultural sem pelo menos tentar entender o que é cultura. Muitas vezes dizemos que fulano tem muita cultura porque ele ouve música clássica, gosta de teatro ou sabe usar todos os garfos e colheres que estão na mesa durante um jantar sofisticado. E dizemos que uma pessoa não tem cultura quando não se comporta de modo "civilizado". Cultura, no entanto envolve toda a criação humana. Ela é constituída do estilo de vida de toda uma sociedade, ou de um grupo especifico dentro da mesma.

Portanto, quando falamos de missão transcultural, estamos falando do esforço da Igreja em cruzar qualquer fronteira que separe o missionário de seu público alvo. Para se engajar na missão transcultural, você não tem que, prioritariamente cruzar barreiras político-geográficas. Porém, em nosso caso teremos que necessariamente cruzar barreiras mais conhecidas como a da lingüística, dos costumes, das etnias, das religiões, além das sociais, morais e etc.

É difícil para muitos falar sobre a tarefa da missão transcultural, quando muitas outras tarefas ainda continuam, diante da Igreja de Deus, por serem realizadas em nosso próprio contexto e local. Aquilo que é necessário ser feito localmente, tanto dentro como fora da igreja, demanda muito tempo e esforço das comunidades, acabando por ofuscar a visão das mesmas para a tarefa mais importante da Igreja, nesta virada de século e milênio, que é a evangelização transcultural.

Conseqüentemente, nós poderíamos dizer que o resultado desse tipo de atitude é que 25% da população mundial, ou seja 1,5 bilhões de pessoas, nunca ouviram do evangelho sequer uma vez. Porém, se falarmos em número de povos, vamos descobrir que da tabela dos 11.874 povos, 3.915 deles nunca ouviram do evangelho. E o que dizer das 240 tribos indígenas brasileiras, das quais 126 não possui presença missionária evangélica, enquanto que 06 tem situação indefinida. Será que estas pessoas não o direito de ouvir pelo menos uma vez na vida a mensagem de salvação?

É nesse sentido que a missão transcultural, ou a evangelização transcultural deve ser a mais alta prioridade no evangelismo, hoje. Precisamos alcançar estes 1,5 bilhões de pessoas que estão distantes culturalmente de nós e que nunca ouviram as boas novas de salvação em Cristo Jesus. Tornar a igreja acessível para cada um desses povos e permitir que eles entendam claramente a mensagem e tenham condição de responde-la positivamente é nossa missão.

O Deus da Bíblia é o Deus da História. Ele tem um propósito para ela. A Bíblia toda é clara quanto a isso e descreve este propósito do inicio ao fim. Se cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus devemos crer necessariamente que missões transculturais é o programa de Deus, visto que de Gênesis ao Apocalipse ela nos revela o amor de Deus pelas nações da terra. (Gn.12:3b; Is.49:6; Apoc.5:9)


A urgência da Missão Transcultural
Quando falamos em Missão a outros povos ou Transcultural, muitos irmãos logo dizem: mas por que ter que ir para outro lugar se nosso bairro e nossa cidade precisam também? A resposta é simples, lendo o texto do deus rato vemos algumas diferenças como: Enquanto só aqui no nosso pequeno bairro do Conjunto Industrial, de mais ou menos 1km quadrado e com população média de 10 mil habitantes, existem 03 Assembléias de Deus, 01 Betesta, 01 Batista, 01 Adventista e como devem ter outras que não me lembro, sem falar as dos bairros vizinhos, ou seja, no mínimo 07 possibilidades para conhecerem, ou pelo menos, ouvirem a respeito da Salvação por Jesus.

Enquanto isso na Índia, perto desse templo do deus rato, com certeza não tem nenhuma possibilidade de Salvação! Estão isolados e longe dessa Graça. Isso é muito sério! Então estamos aqui, como dizem, reclamando de barriga cheia. Muitas vezes questionamos o envio de  missionários para a África, que é outro país que tem situação parecida com a da Índia, e não paramos para enxergar que aqui existem mais de 1.000 missionários disponíveis para a Evangelização Local. Ora, a evangelização local não é uma obrigação das igrejas locais? Onde estão estas igrejas do nosso bairro e nossa cidade? Mesmo assim, ainda podemos perguntar: Também não é fundamental a missão local?

Claro que é! Mas aqui podemos dizer que temos gente e igrejas de sobra para que essa Missão Local seja realizada, isto é, as portas estão abertas por aqui, enquanto por lá não existe nada nem ninguém para falar ou pelo menos testemunhar desse amor de Jesus, que já nos alcançou! É ou não é egoísmo de nossa parte achar que a prioridade é aqui? A prioridade é onde não existem possibilidades nem de se ouvir a palavra de salvação. Lá é diferente, as pessoas são dominadas e não tem nem a oportunidade, como aqui, de escolherem de que lado querem ficar.

Porque como invocarão a quem não conheceram, mas como conhecerão se não ouviram nem falar, mas como ouvirão se não há quem pregue, e como pregarão se não forem enviados? … logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo (Rm 10:14-17).


Conclusão
Todos nós como Corpo de Cristo, temos um claro objetivo:
Ajudar ao propósito de Deus de alcançar a todos os povos da terra, até os confins da terra(At 1:8).

Muitas vezes dizemos que missão está no coração de Deus, mas muitas vezes não está no nosso coração.
A missão local é fundamental, mas a missão transcultural é urgente!
Pensemos nisso todos os dias. Então oremos mais e ofertemos mais por missões.
Vamos ajudar a CRIAR mais possibilidades e oportunidades de SALVAÇÃO para TODOS!


Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
Fonte: PortalEBD

0 comentários:

Postar um comentário