TEXTO BÍBLICO
Mateus 5.13-16,20.
ENFOQUE BÍBLICO
“Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas,porque são feitas em Deus” (Jo 3.21).
OBJETIVOS
Mostrar a necessidade de os alunos, por meio de seu testemunho, influenciaram positivamente as pessoas que os cercam.
Explicar a necessidade do bom testemunho cristão.
Distinguir as funções do sal e da luz.
Sugestão
Antes de expor sobre a luz, empregue a ilustração: “Certo homem, resolveu fazer uma surpresa para a esposa e comprou-lhe uma caixa de jóias. Ele colocou o presente na mesa, apagou as luzes, pois o comerciante lhe assegurou que a caixa de jóias brilharia no escuro. Infelizmente, não sucedeu o que ele esperava e não pôde despertar a emoção pretendida na esposa. Esta percebeu o desapontamento do esposo, porém nada disse. Mas na noite seguinte, a esposa colocou a caixa sobre a mesa e, para a felicidade de ambos, a caixa brilhou intensamente. A esposa, então explicou-lhe: ‘Você se esqueceu de seguir as instruções: Coloque-me no sol durante o dia, que eu brilharei à noite’” (Natanael de Barros ALMEIDA. Tesouro de Ilustrações, pág 121-122, Edições Vida nova – relato resumido). Agora, vamos à aplicação: quantos de nós não lêem as instruções da Bíblia Sagrada, quantos não as seguem! E só poderemos ser luz, transmitir a luz, se a recebermos de Jesus!
O sal preserva
O sal era usado, em primeiro lugar, para preservar, conservar os alimentos, evitando que se estragassem. Não havendo geladeiras, refrigeradores, o sal tornava-se essencial para impedir a deterioração dos alimentos. Nossos estudantes sabem que o sal cientificamente é denominado “cloreto de sódio”.
OBS: A palavra “salário”, se origina do latim “salarium”. O dicionário Houaiss assim explica: “quantia dada aos soldados para comprarem sal”.
Os povos antigos costumavam salgar as carnes, para que estas não se estragassem, pudessem ser consumidas com segurança. Nos dias do Novo Testamento, na cidade de Magdala existia uma indústria de peixes. Nessa localidade, os peixes eram salgados. Magdala significa “salga de peixes”.
OBS: Ainda existem em muitos lugares, o hábito de salgar-se a carne. Dessa forma, a carne é muito apreciada: como a carne-de-sol ou charque.
A principal fonte de sal a que recorriam os judeus era o Mar Morto.
OBS: “Na Palestina o sal vinha principalmente de Jabel-Usdum, das costas do Mar Morto, e era conhecido como sal-sodoma” (Russell Norman CHAMPLIN, Ph. D. O Novo Testamento Interpretado, volume I, p. 307).
Para o sal exercer a função de preservar, ele necessita estar presente nos alimentos Assim , é o cristão deve atuar, decisivamente, em favor da humanidade. Sendo sal, pode ser o portador de uma mensagem que fará a diferença no mundo. Não podemos isolar-nos do mundo. Jesus disse:“Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar?” (Mt 5.13a).
Vemos Jesus não se isolando, mas exercendo sua missão no meio dos pecadores, no meio das multidão, junto a crianças, a doentes e oprimidos.
O cristão tem o dever de “salgar”, isto é preservar, lutar contra toda forma de impiedade, mas é muito mais do que isso. É estar presente no mundo, agindo, para livrar as almas da corrupção. Retire-se o sal e haverá grande estrago e mau cheiro.
O que esperamos do sal? Que ele salgue a comida, observando a sua medida. Da mesma forma, o cristão deve ser, deve demonstra a fé que professa, o que diz que existe em sua vida. Tiago menciona a impossibilidade de nossas ações não demonstrarem o nosso caráter: “Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce” (Tg 3.11-12).
O sal, portanto, fala da nossa autenticidade, no viver diário.
Estamos no mundo, devemos exercer nossa influência: falando de Cristo, ou seja, evitando que o mal não progrida, ou que uma pessoas possa ser “estragada” ou até perdida para o pecado. Não se usando o sal em algum alimento, este perde o seu valor, não poderia servir à alimentação, deveria ser jogado fora.
O sal (no saleiro, em um pote) não pode provar a sua característica de preservar, de conservar as propriedades de um alimento. Mas usado em um alimento, que diferença existe! Igualmente, os cristãos devem fazer diferença no mundo.
Onde podemos ser “sal” e a fazer a diferença? Na família (Mt 5.15b); no trabalho (1 Ts 3.11); em qualquer lugar.
Quando a Igreja for retirada da terra, devido ao Arrebatamento, então o mundo passará por uma fase difícil, pois os salvos, aqueles que com sua ação preservadora, impediam que coisas piores sucedessem, serão retirados da Terra.
O cristão é “sal” na comunidade em que vive. Quantas vidas são poupadas de males, pois naquele trabalho, naquela escola, naquele cidade, fazenda, em meio à selva, existe um cristão que clama, que faz conhecido o nome de Cristo.
Em certas circunstâncias, p sal poderia perder seu valor, pois ficar úmido ou, em contato com outras substâncias, estragava-se. Assim, ele era“pisado pelos homens” (Mt 5.13b). O sal que não prestava para mais nada, era empregado nas estradas ou nos degraus do templo, pois eram escorregadios. Se o cristão não for sal, não der testemunho genuíno, sua vida torna-se infrutífera, vazia.. Não existirá diferença entre o cristão e o incrédulo. Como sal, o cristão deve atuar para modificar vidas.
O sal dá sabor
Quem já experimentou um alimento em que faltou sal, sabe como esse alimento foi desagradável ao paladar. Já afirmava a Bíblia: “Come-se sem sal uma comida insípida?” (Jó 6.6) .Evidentemente que não. O sal é essencial para dar sabor aos alimentos.
O cristianismo autêntico é essencial a este mundo, para dar nova vida a uma pessoa.
Aquele que convive com o cristão, deve sentir na vida do crente, uma pessoa alegre, que transmite sabor a uma vida. Assim, o sal fala da influência de uma vida, da consistência de sua fé.
Sal na medida certa
Sal na medida certa, aponta para o equilíbrio. Uma comida não deve ter sal em excesso; também não deve faltar o sal no alimento.
O cristão deve viver em equilíbrio saber dosar suas atitudes. Não deve omitir-se de suas responsabilidades, nem deve tender ao exagero.
Paulo assim se expressou: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como convém responder a cada um” (Cl 4.6).
O sal era empregado como remédio
Até hoje, o sal é conhecido por suas propriedades curativas. O sal pode evitar algumas doenças. A presença do iodo é importante no combate a doenças. Colocamos sal, em certos lugares como ralos para evitar a proliferação da dengue. É comum as pessoas também utilizarem o sal em gargarejos, quando estão com a garganta inflamada.
O cristão como sal, na função curativa, apresenta Cristo ao mundo. Ele a cura a alma e também cura nosso corpo. Jesus assim se referiu a Sua missão: “O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos” (Is 61.1).
Luz do mundo
Em primeiro lugar, Jesus é a luz do mundo: “Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12).
OBS: “Jesus é a luz verdadeira (Jo 1.9). Ele remove as trevas e o engano, iluminando o caminho certo para Deus e a salvação. (1) Todos os que seguem a Jesus são libertos das trevas do pecado, do mundo e de Satanás. Os que ainda andam nas trevas não o seguem (conforme 1 Jo 1.6,7). (2) ‘Quem me segue’ é um gerúndio contendo a idéia de seguir continuamente. Jesus, na realidade, disse ‘seguir-me continuamente’ . Ele reconhecia somente o discipulado perseverante” (Bíblia de Estudo Pentecostal, nota a Jo 8.12, p. 1588-1589).
Em Seu sermão do Monte, Jesus ensinou sobre a função do discípulo: “Vós sois a luz do mundo, não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte” (Mt 5.14). É impossível fazê-lo: Todos podem ver de longe, uma cidade que foi construída sobre o monte. Ela está em posição privilegiada, em uma posição estratégica: a cidade se destaca. No caso do cristão, é a oportunidade concedida por Deus para ele poder ser usado nas mãos divinas: toda glória deve ser concedida a Ele. O discípulo é colocado por Deus em uma posição útil na Seara: ali onde está pode pedir graça a Ele, para que luz do Senhor brilhe em sua vida. Assim acontece como cristão: é impossível esconder a luz verdadeira que irradia a vida do cristão: pode ser pequena a luz: de uma vela, de um fósforo, ou pode ser uma lâmpada ou um farol, porém todos podem vê-la e alegrar-se com essa luz. Evidentemente que alguns tentarão apagar essa luz, porém não conseguirão. Até depois da morte de um cristão, pelo que outros testificam, a sua luz pode ainda trazer outros à vida.
No Oriente, quando havia uma luz acesa, demonstrava que naquela casa morava alguém: Luz era sinônimo de vida. Jesus mencionou que a luz, não deveria ser colocada no debaixo do alqueire, isto é, do vaso de medida de cereais, mas no velador. As pessoas apenas colocavam a luz sob o alqueire, quando desejavam apagá-la por alguns instantes.
Era costume que se fixasse um tipo de prateleira de pedra para a lâmpada aí ser colocada. No alto, era mais difícil de haver uma queda, prejudicando a iluminação da casa. Havia também veladores, ou seja, suportes de madeira, de cerâmica que eram postos no alto, podendo iluminar o aposento inteiro. (As pessoas de maior posses portavam veladores de metal). Isto nos faz lembrar que o cristão tendo recebido a luz, não deve desejá-la apenas para si. Deve difundir a luz de Cristo para todos e estes se alegrem: “Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa” (Mt 5.15).
“Deus é luz e não há nele treva nenhuma” (1 Jo 1.5b). Sendo Seus filhos, nosso testemunho deve ser visto por nossa obras: “Assim resplandeça a vossa luz diante sos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16).
Nós não temos luz própria. Recebemos a luz de Cristo para difundi-la. Assim, o cristão verdadeiro não busca glórias humanas, não busca a glória dos refletores do mundo, mas busca ser instrumento da glória de Deus.
Jesus é a luz a indicar para todos o caminho para o Céu. Ele preparou a luz para todas as nações: Toda nação pode receber a luz de Cristo. Assim se expressou Simeão: “Pois os meus olhos viram a tua salvação, a qual tu preparaste perante a face de todos os povos, luz para alumiar as nações e para glória de teu povo Israel” (Lc 2.30-32). Glória a Deus! Todas as nações podem estar na Luz de Cristo. Necessário é pregar o evangelho de poder, o evangelho libertador a todas as nações. Devemos espalhar a Luz verdadeira às nações.
Levar Cristo às nações.. Essa foi a missão de Maria Slessor (1848-1915). A escocesa foi quem mais transmitiu Cristo à África depois de Davi Livingstone. Quando soube que o rei Eio, praticante da magia negra, queria ouvi-la, aproveitou a oportunidade. Ela já estava na África há alguns anos e muitos a desencorajaram, pois o convite do rei poderia ser uma cilada. Ela, acompanhada de seis crianças e alguns carregadores, embarcou na canoa enviada pelo rei.
Agora, descreveremos a cena: “No centro da reunião há uma mesa coberta com uma toalha branca, e em cima desta se acha aberta uma Bíblia. Quatro tochas presas a estacas se erguem de um lado e de outro da mesa. As chamas brilhavam nos rostos atentos. Junto à mesa há vários chefes sentados. E de pé, com os cabelos adquirindo tonalidades de ouro sob a vermelhidão das tochas, Maria Slessor prega ao maior ajuntamento de tribos negras já conseguido de uma só vez. O olhar azul contempla a multidão silenciosa e atenta. ‘Para alumiar os que estão no assento das trevas e na sombra da morte, para corrigir os nossos pés no caminho da paz’ (Lc 1.79), é o trecho lido naquela noite pelos lábios que ainda se abririam para pregar a Palavra da vida” (Biografia Maria Slessor. Revista O Obreiro, número 9, p. 34)
Não importa onde estamos; se em um país distante, se em nossa pátria, que sejamos luz e transmitamos luz!
O Valor do Testemunho
Nosso testemunho, como sal e como luz fará a diferença. O que distingue um cristão de uma pessoa comum? È o seu testemunho. Qual é o seu cartão de visita? O seu modo de agir. Como somos conhecidos? Como pessoas amáveis? Como pessoas que respeitam os outros? Respeitamos os pertences alheios? Como pessoas iradas, vingativas? O nosso testemunho, a nossa vida fala mais ato que nossas palavras.
Paulo aconselha: “Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo” (Cl 4.5). Devemos ter cuidado em nossos relacionamentos de tal forma, que não possamos dar uma visão errada do Cristianismo. Como assim? Dar uma idéia de que o Cristianismo seja uma porção de mandamentos negativos, afasta uma pessoa de desejar ser cristão. O Cristianismo é alegria, embora possamos estar passando por provas, Ser cristão é ter uma autêntica esperança. Se formos pessoas amarguradas, não poderemos transmitir alegria às pessoas.
Se não formos cumpridores de nossos deveres, poderemos também dar uma falsa idéia do que seja ser cristão: “Esforcem-se para ter uma vida tranqüila, cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar com as próprias mãos, como nós os instruímos; a fim e que andem decentemente aos olhos dos que são de fora e não dependam de ninguém” (1 Ts 3.11 – NVI).
Como afirmou Paulo: “Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todosos homens” (2 Co 3.3). Como os homens estarão lendo a nossa carta? Se estivermos dando bom testemunho, não precisamos ficar preocupados com os que nos acusam.
Em suma:
Um testemunho atrai outras vidas a Cristo: “Era André , irmão de Simão Pedro, um dos que ouviram aquilo de João e o haviam seguido. Este achou a seu irmão Simão e disse-lhe: Achamos o Messias (que traduzido, é o Cristo). E levou-o a Jesus. E olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro)” (Jo 1.40-42).
Um bom testemunho modifica a vida de uma comunidade. A mulher samaritana testificou da transformação de sua vida: “E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito. E diziam à mulher: Já não é pelo que disseste que nós cremos, porque nós mesmos o temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo” (Jo 4.39,42).
CONCLUSÃO
Um bom testemunho dará frutos para a eternidade.
A Igreja Primitiva cresceu, pois a sociedade presenciou que o testemunho dos cristãos era genuíno. Sejamos sal! Sejamos luz!
Só poderemos ser o que temos recebido, e o que procuramos conservar, não aceitando a impiedade.
Louvemos a Deus: “O sol da justiça vamos proclamar/Sua luz resplandece em qualquer lugar,/Seu fulgor dourado de amor e paz,/Salvação completa aos caídos traz./Resplandece, ó sol verdadeiro!/Teus celestes raios vamos espalhar;/Resplandece, ó sol verdadeiro!Tão formosos raios vamos proclamar!” (1a estrofe e estribilho do hino 450 da harpa Cristã).
Colaboração para o Portal EscolaDominical: Profª. Ana Maria Gomes de Abreu. (Inn memorian)
Fonte: PortalEBD
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