TEXTO BÍBLICO
Mateus 5.21-26
ENFOQUE BÍBLICO
“Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (1 João 4.20).
OBJETIVOS
Conhecer o padrão bíblico de relacionamento com os semelhantes.
Conscientizar os alunos sobre a necessidade do perdão imediato.
Mostrar a importância e a urgência da reconciliação com os irmãos.
INTRODUÇÃO
Estamos estudando o Sermão do Monte e sua aplicação às nossas vidas. Podemos imaginar aquela multidão sendo saciada pela Palavra de Deus. Mas existem também os opositores à procura de uma falha em Jesus.
O Sermão do Monte- Retrospectiva e Reflexão
Passamos a estudar a Segunda parte do Sermão do Monte. Depois de ter destacado as bem-aventuranças e a responsabilidade do cristão, empregando as figuras do sal e da luz, Jesus passa a discorrer sobre Sua missão. Ele veio para cumprir a Lei: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir” (Mt 5.17).
A questão que pode ser levantada é esta: “Estarão os cristãos obrigados a cumprir a lei de Moisés, a lei do Antigo Testamento?” As cerimônias, os rituais, a guarda do sábado era algo relativo a Israel. Todas as cerimônias eram figura de Cristo, portanto não necessitam ser mais serem observadas, são sombras, figuras de Cristo (Hb 10.1). A lei moral, entretanto, os princípios éticos do Antigo Testamento devem ser obedecidos. Os ensinamentos, as advertências,assim como muitas profecias do Antigo Testamento devem ser estudadas e analisadas.
Assim, o Mestre veio cumprir as profecias: “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos” (Lc 24.44).
A seguir, Jesus fala de nossa atitude em relação à Palavra de Deus. Podemos ensiná-la, mas o mais importante é que a pratiquemos. Não é suficiente ensinar, dizer aos outros o que fazer, mas praticarmos os mandamentos da Palavra de Deus, aplicar-nos à nossa vida o que ensinamos: “Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos Céus, aquele, porém que os cumprir r ensinar será chamado grande no Reino dos Céus” (Mt 5.19). È necessário obedecer e ensinar! Devemos passar adiante o que o Senhor nos concedeu, ou seja, aquilo que Ele permitiu que aprendêssemos.
Por que a necessidade de o professor obedecer em primeiro lugar à Palavra de Deus? Em primeiro lugar, porque ele tendo praticado a Palavra de Deus à sua vida, terá experiência e confiança naquilo que transmitir. Em segundo lugar, porque, no contato com seus alunos, estes ao verificarem que o ensinador os pratica, perceberão que vale a pena, é real tal ensino e desejarão imitar seu professor. Este poderá afirmar com segurança como fez o apóstolo Paulo: “Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo” (1 Co 11.1).
Os líderes do tempo de Jesus apreciavam ditar normas aos outros, contudo, eles mesmos não as praticavam: “Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e os fariseus. Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam” (Mt 23.2-3).
Não devemos ser “ouvintes esquecidos” ou leitores esquecidos: “Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência. Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita, que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer” (Tg 1.23-25 – NVI).
Uma visão destorcida
Quando se afirma que os fariseus “eram radicais”, significa que eles eram rigorosos na aplicação dos mandamentos da Lei, da forma que eles julgavam correta. A justiça deles era falha. O que importava era a aparência da Lei. consideravam algo formal, julgavam alguém se obedecia à lei ou não de acordo com suas regras. E a comunhão com Deus? E o relacionamento com o próximo? Não obedecemos a Deus por medo das conseqüências. Obedecemos a Deus, porque desejamos agradar-LHE: “Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo” (At 10.34b,35).
Jesus mencionou como os fariseus exageravam nos detalhes, mas sem realmente se voltarem para Deus. Cuidavam do cumprimento das regras, mas não se preocupavam em ter um coração limpo: “Condutores cegos! Coais um mosquito e engolis um camelo” (Mt 23.24).
OBS: “Os fariseus coavam a água para evitar engolirem acidentalmente, um inseto puro, de acordo com as leis. Embora fossem muito meticulosos com detalhes sobre o asseio nas cerimônias, haviam perdido a perspectiva de sua pureza interior. Estavam limpos externamente, mas abrigavam corações corruptos” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, nota a Mt 23.24, pág. 1266).
Esqueciam do espírito da lei, do coração da lei: eles se consideravam justos e os outros, pecadores. Os fariseus achavam-se justos, porque se julgavam conhecedores da Lei e pensavam que não cometiam falhas: eles, sim, obedeciam aos mandamentos, não os deixavam de cumprir. Jesus assim se referiu aos dois principais líderes religiosos: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus” (Mt 5.20).
OBS: Quem eram os escribas? Essa era uma importante função na antiguidade. Em relação ao povo de Deus, eram copistas das Escrituras e as preservaram. Tinham zelo em serem fiéis, meticulosos na transcrição das Escrituras. Como classe organizada, julga-se que surgiram durante o exílio. Entretanto, sua tarefa não era apenas, copiar as Escrituras. Eles as estudavam e as interpretavam.. A Bíblia menciona Esdras: “Este Esdras subiu de Babilônia. Ele era escriba versado na Lei de Moisés, dada pelo Senhor Deus de Israel; e segundo a boa mão do Senhor seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe concedeu tudo quanto lhe pedira. Porque Esdras tinha disposto o seu coração para buscar a lei do Senhor e para a cumprir e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos” (Ed 7.6,10). O escriba de Deus: tinha preparado o seu coração para ensinar ao povo. Como era diferentes a maioria dos escribas no tempo de Jesus! Eles, assim como os fariseus. rejeitaram o conselho de Deus! Liam, conheciam a lei, porém não a praticavam: Rejeitaram o batismo de João: “Mas os fariseus e os doutores da lei rejeitaram o conselho de Deus contra si mesmos, não tendo sido batizados por ele” (Lc 7.30); “E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o e dizendo: Mestre que farei para herdar a vida eterna?” (Lc 10.25). Os escribas estavam testando Jesus. Não se preocupavam em aplicar a suas vidas à Palavra de Deus (Mt 23.25); Lc 11.45. Por seu conhecimento da lei, eram também denominados “doutores”, eram reconhecidos como autoridade no conhecimento da Bíblia. As decisões doa escribas formaram a lei oral ou tradição. Eram influentes no meio do povo. Existiam famílias de escribas (1Cr 2.55). Havia também os escribas do rei; essa era uma importante função. (2 Rs 18.18). Alguns escribas possuíam sua própria sala (Jr 36.12). (A explicação sobre os fariseus está no tópico Jesus X fariseus).
Aqueles que conheciam a lei não usavam de misericórdia para com os outros. Além disso, os líderes obedeciam devido a regras, não obedeciam a Deus de coração. Obedecer a Deus é uma questão de ter um coração aberto para Ele. Embora possa não haver um mandamento direto, proibindo-nos de algo, por temermos a Deus, não procedemos de forma errada., pois percebemos que tal atitude não edifica nem a nós, nem ao próximo.
Podemos fazer coisas importantes, mas se não houver amor, nada adiantará: “E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará” (1 Coríntios 13.3 - ARA).
A vida deve ser respeitada
Os fariseus estavam sempre atentos para cumprir a lei. Assim também procuravam ser rigorosos na aplicação na lei com referência ao homicídio:“Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo” (Mt 5.21).
A Lei realmente era severa com aqueles que matavam, pondo fim à vida física de alguém.
No caso de alguma pessoa matar alguém não intencionalmente havia as cidades de refúgio.1)Quantas eram as cidades de refúgio? A Bíblia responde:“Três destas cidades dareis daquém do Jordão, e três destas cidades dareis na terra de Canaã; cidades de refúgio serão” (Nm 35.14); 2) Qual o nome dessas cidades: a) “Quedes na Galiléia”;
b) ”Siquém , na montanha de Efraim” c) “Quiriate-Arba (Esta é Hebrom), na montanha de Judá;” d) Jericó; e)Bezer, no deserto, e) “Ramote em Gileade”; f) “Golã em Basã” (Js 20.7-8). 3) Qual a finalidade? Abrigar aquele que tivesse provocado, acidentalmente, morte de um ser humano até o seu julgamento: “Fazei com que estejam à mão cidades que vos sirvam de refúgio, para que ali se acolha o homicida que ferir a alguma alma por erro. E estas cidades vos serão por refúgio do vingador do sangue; para que o homicida não morra, até que esteja perante a congregação no juízo” (Nm 35.11-12). As cidades de refúgio constituem uma bela figura de Jesus: o praticante de uma morte involuntária ia para a cidade onde ficava abrigado de qualquer perigo. Quando o sumo sacerdote morresse, a pessoa poderia obter a sua liberdade: sair da cidade de refúgio, sem que ninguém a pudesse persegui-la. Jesus é nosso refúgio, quando Ele, nosso sumo sacerdote morreu, obtivemos gloriosa liberdade. Ainda hoje, podemos afirmar com segurança: “Pois tens sido o meu refúgio e uma torre forte contra o inimigo” (Sl 61.3).
Entretanto, a pessoa que atentasse contra a vida de alguém, deveria ser punida. A Lei
ressaltava o valor da vida humana; ninguém, sob nenhum pretexto, podia matar seu próximo.
Jesus vai além do afirmava a Lei: “Eu, porém vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo”(Mt 5.22a).
OBS: O aramaico “Raca” significa desprezo pelo semelhante. Também não deveria o próximo ser chamado de “Louco”. Todo o termo odioso, rancoroso contra o semelhante não deveria ser alimentado no coração, nem a boca empregada para tal fim.
O Mestre vai direto à causa do problema: a cólera contra o irmão. Uma pessoa se encoleriza contra alguém, passa a ter ódio no seu coração e deseja que o odiado por ele morra: “Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna” (1 Jo 3.15).
A diferença da atitude de Jesus e dos líderes de sua época. Os fariseus apontavam o castigo que estava destinado àqueles que desrespeitassem a vida. Jesus apontava para a causa. Se esta for removida, o ato do homicídio, não se consumará. Quando a pessoa mata seu próximo, a questão começou há muito tempo atrás. Foi acumulando ódio e então por não ter guardado seu coração, toma a atitude drástica contra alguém. Uns depois amargurados, arrependidos indagam: “Como pude cometer tal ato?” Porque a ira acumulada gerou um ato homicida. A Bíblia aconselha: “Deixa a ira e abandona o furor; não te indignes para fazer o mal. Porque os malfeitores serão desarraigados; mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra” (Sl 37.8-9)
Outros se situam em um estágio pior: Para eles a vida humana dos outros nada vale: “Ele morreria de qualquer forma”. Só Deus pode dar a vida, só Ele pode tirá-la.
Não é demais insistirmos no assunto: Por qualquer motivo (como se existisse motivo), lançam-se contra a vida do próximo: até por um simples objeto, ou para “conquistar” a posição de outro.
A ofensa deve ser reparada
Devemos cuidar de nossos relacionamentos. Se houver ofensas, essas deverão ser reparadas. Ressentimentos, desavenças podem impedir a nossa comunhão com Deus. Quando formos ao altar de Deus,desejamos que Ele a aceite a nossa oferta de louvor, de dedicação a Ele. O Senhor impõe uma condição: “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta” (Mt 5.23-24).
Ressentimentos, mágoas não devem ser acumuladas. Não devemos permitir que a raiz de amargura se instale em nosso coração. O mal no relacionamento deve ser arrancado pela raiz. Após falar da necessidade da paz com o próximo, o autor da epístola destaca o cuidado de não cultivarmos a amargura: “Tendo, cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por elas muitos se contaminem” (Hb 12.15).
Ao ser oferecida uma oferta a Deus, simbolizando a paz com Deus, se houvesse alguma desavença com o “irmão”, ela a deveria ser resolvida primeira. A pessoa deveria mobilizar-se, agir, ir ao encontro do “irmão” para restabelecer a paz, para não acumular ressentimentos. Por quê? Além de impedir a sua comunhão com Deus, o mal poderia crescer e assumir proporções maiores: enquanto o mal fosse pequeno, deveria ser removido.
O outro motivo é como já observamos no livro de Hebreus a raiz de amargura pode contaminar outras pessoas. A desavença torna-se conhecida: existem aqueles que, não estando presentes ao fato, sem conhecer as circunstâncias, tomam partidos. A união de uma classe de Escola Dominical, de um grupo, de uma igreja, fica quebrada. Para se obter a bênção de Deus, é necessária a união. È indispensável atuarmos, par que o mal não atinja proporções gigantescas e até matar o desejo de buscar-se a Deus.
Também há os que abrigam amargura em seu coração contra um irmão e tentam espalhar seu descontentamento, desejando isolar uma pessoa do grupo. A Bíblia é clara: “Sobre tudo o que se deve guarda, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida. Desvia de ti a tortuisidade da boca e alonga de ti a perversidade dos lábios. Os teus olhos olhem direitos, e as tuas pálpebras olhem diretamente diante de ti. Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem ordenados! Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal” (Pv 4.23-27).
Faça as pazes imediatamente
Jesus ordenou: “Concilia-te depressa” (Mt 5.25). Não devemos adiar o problema indefinidamente. È necessário pôr fim a um desentendimento. A Bíblia recomenda:“Tende paz entre vos” (1 Ts 5.13); “Aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque empenhe-se por alcançá-la” (1Pe 3.11 - ARA).
Nós somos pacificadores, buscamos as paz, desejamos preservar nossa comunhão, por isso façamos a nossa parte.
Quanto mais a situação for adiada, esta se tornará mais difícil. Para tal deve existir em nós ao amor a Deus, ao próximo e o espírito de perdão: “E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11.25). Devemos perdoar de coração e procurar restabelecer o relacionamento estremecido.
“Enquanto estás no caminho”
Devemos agir a tempo, antes que a questão possa ser agravada. Poderemos enfrentar maiores dificuldades, caso não resolvamos a questão surgida ente nós e uma pessoa.
È empregada a linguagem jurídica da época. Antes que o caso fosse levada ao tribunal, uma dívida por exemplo, era melhor tentar-se um acordo. Seria mais fácil chegar a uma solução benéfica: “enquanto estivesse no caminho”, (Mt 5.25), do contrário, seria mais difícil resolver o conflito.
Havendo oportunidade, procurando aproximar-se do opositor, mostrando disposição para resolver o problema, não haveria necessidade de uma pessoa ser levada ao tribunal.
“Antes que te encerrem na prisão”
A pessoa não procurou, não encontrou o oponente para chegar a um acordo para pagar a dívida. Adiou-se o problema: “Procure resolver sua causa diretamente com o seu próximo, e não revele o segredo de outra pessoa” (Pv 25.9 – NVI). A advertência de Jesus era para haver uma disposição de reconciliação “no caminho”: “Para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade de digo que, de maneira nenhuma, sairás dali, enquanto não pagares o último ceitil” (Mt 5.25-26).
Julgada a questão, a pessoa seria presa e não poderia ser solta, até que pagasse integralmente seu débito; não poderia obter a sua liberdade, até que a mínima quantia fosse paga.
OBS: Temos em Língua Portuguesa na Almeida Revista e Corrigida (ARC), a referência a “ceitil”: esta moeda foi cunhada para comemorar a conquista de Ceuta pelos portugueses. (Ceuta era antes denominada Ceita., daí ceitil ). Em outras versões (ARA, por exemplo), temos a palavra centavo, para denominar que nada poderia deixar de se pago. Tais adaptações são referentes á moeda “quadrans” (ou quadrante), dos romanos, de pouquíssimo valor.
É triste, quando as pessoas não desejam reatar a conivência com alguém. Em certos momentos, os desentendimentos se acumulam, tornando difícil uma reconciliação. A Palavra de deus é como farol a iluminar nosso caminho, ensinando-nos que devemos investir oração, tempo, esforço, na restauração de um relacionamento: esta atitude é do agrado do Pai.
Jesus X fariseus
Quem eram os fariseus?
Acredita-se que os fariseus surgiram no terceiro século a.C. Eles reagiram contra a helenização, ou seja, ao fato de ser imposto aos judeus a cultura grega, pois esta incluía costumes pagãos. Lutaram para presevar a identidade judaica e pela observância rigorosa da lei de Moisés. Com o correr do tempo, tornaram-se formalistas. Estavam sempre a apontar os que, por algum motivo, desobedeciam a à Lei. Jesus os clamou de hipócritas. pelo seu desejo de “aparecer”, desejarem honras humanas, não a de Deus: “E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens, pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas de suas vestes, e amam os primeiros lugares nas ceias, e as primeiras cadeiras nas sinagogas, e as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens: — Rabi, Rabi” (Mt 23.5-7). Nos dias de Jesus, os fariseus eram numerosos e muito influentes. Havia, no entanto, fariseus que tinham ardente desejo de Deus como Nicodemos (Jo 3). Os fariseus criam na ressurreição (At 23.8).
Qual era o problema dos líderes espirituais de Israel?
OBS: “O problema do povo de Israel, principalmente dos mestres da lei, é que se apegavam e davam maior valor às normas em si do que ao seu significado. Cumpriam os ritos, mas não atentavam para o que simbolizavam. O que importava era o aspecto restrito da liturgia ao invés da valorização do conteúdo. Esta é a razão pela qual o Senhor os chamou repetidas vezes de hipócritas. É lamentável que o mesmo erro ainda se repita nos dias atuais. Em muitas ocasiões valorizamos, também, a forma em detrimento do que ela expressa, porque nos curvamos ao peso da rotina de nossas práticas religiosas. A maneira repetitiva de cumprir do mesmo modo determinado ato, sem atentar para o seu objetivo, conduz à mecanização e reduz o papel da espontaneidade a ponto de não mais se perceber o verdadeiro sentido do que se faz” (Geremias do COUTO. A transparência da vida cristã, p.68). Por isso, nós, professores precisamos explicar o significado do batismo , da Ceia, do Natal, da Páscoa, para que sejam ressaltados seus objetivos.
Dando testemunho
O cristão dá uma autêntico testemunho em relação aos incrédulos por nossas atitudes para manter a paz. .
Quando se valorizam os realcainamentos, vence-se o egoísmo, os homens verão que realmente servimos a Deus.
Assim nos comenta Paulo: “Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; nadai como filhos da luz (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade), aprovando o que é agradável ao Senhor” (Ef 5.8-10).
CONCLUSÃO
Sendo filhos de Deus, é preciso mostrar essa característica em relação a nossos semelhantes.
Podem existir dificuldades no caminho, mas devemos manter, preservar a comunhão com nosso irmão.
Quem sofreu por nós é Quem nos ajudará a demonstrar de maneira efetiva o amor em relação ao próximo..
Louvemos a Deus: “Irmãos amados- Santificados,/Vivei unidos – Pois sois remidos,/Não mais temendo – O bem fazendo,/No nome santo de Jesus!/No nome santo – alegre canto:/Eu fui lavado – Santificado;/Vivi perdido – Mas sou remido./no nome santo de Jesus!” (2a estrofe e estribilho do hino 175 da Harpa Cristã).
Colaboração para o Portal Escola Dominical - Profª. Ana Maria Gomes de Abreu (Inn Memorian).
Fonte: PortalEBD
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