Ao Mestre
Nesse trimestre podemos aprender um pouco mais sobre homens que dedicaram suas vidas na obediência a Deus. Verdadeiros heróis da fé.
Que ao final desse trimestre nossa fé e a dos pequenos tenham sido fortalecidas e edificadas com o exemplo de vida desses maravilhosos servos de Deus.
Deus continue abençoando seu ministério.
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que ao término, seu aluno compreender que é nosso dever transmitir a salvação a todos nossos familiares e vizinhos, mesmo quando eles não entendem, como Noé fez.
Memorizando
“Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor".(Rm 6.23 – NVI).
Texto bíblico em estudo: Gn 6.5-7.24; 8.15-9.17.
O maior construtor naval de todos os tempos
Noé foi criado num mundo que estava rapidamente passando de mal a pior. Já estava ruim nos dias de seu bisavô Enoque, outro homem justo que andou com Deus. Enoque tinha predito que um dia de julgamento estava para vir sobre os ímpios daquele mundo. Agora, nos dias de Noé, a maldade estava ainda pior. De fato, do ponto de vista de Deus, a Terra estava arruinada, pois havia muita violência.
A Palavra de Deus diz: “Noé andou com o verdadeiro Deus.” (Gn 6.9) O que isso quer dizer? Não que Deus andou na Terra, nem que Noé de alguma forma foi para o céu. Pelo contrário, Noé era tão obediente a Deus e o amava tanto que era como se ele e Deus andassem lado a lado como amigos. Milhares de anos depois, o autor aos hebreus disse sobre Noé: “Por intermédio [de sua] fé, ele condenou o mundo.” (Heb 11.7) Como ele fez isso? O que podemos aprender de sua fé?
Imagine como era difícil cuidar de uma família num mundo assim! Mas foi isso o que Noé fez. Noé encontrou uma boa esposa e, quando ele tinha 500 anos, ela teve três filhos — Sem, Cão e Jafé. Juntos, eles tinham que proteger seus filhos de más influências. Meninos costumam admirar “homens de fama”, homens fortes, violentos. Noé e sua esposa não podiam proteger seus filhos de todas as histórias sobre as façanhas daqueles homens sem temor a Deus, mas podiam ensinar a atraente verdade sobre o Criador. Aquele que aborrece toda a maldade. Eles tinham que ajudar seus meninos a ver que Deus se sentia triste por causa da violência e da rebelião no mundo (Gn 6.6).
Noé e sua esposa foram bem-sucedidos. Seus filhos se tornaram homens bons e se casaram com mulheres que também queriam colocar o verdadeiro Deus, em primeiro lugar na vida.
Certo dia, Deus falou a esse servo amado sobre seu propósito de destruir o mundo daqueles dias. Deus ordenou a Noé: “Faze para ti uma arca da madeira duma árvore resinosa.” (Gn 6.14).
Essa arca não era um navio, como alguns acham. Não tinha proa, popa, quilha nem leme. Era basicamente um grande baú, ou caixa. Deus forneceu a Noé as dimensões exatas da arca, alguns detalhes sobre seu projeto e orientações para revestir a arca de betume por dentro e por fora.
Betume era uma substância colhida na forma de lodo na região do mar Morto, e do Eufrates. Usadas para proteger de umidades, e também usado como cal em construções.
Deus disse a Noé o motivo: “Eis que estou trazendo o dilúvio de águas sobre a terra . . . Tudo o que há na terra expirará.” Mas Jeová fez o seguinte pacto, ou acordo formal, com Noé: “Terás de entrar na arca, tu e teus filhos, e tua esposa, e as esposas de teus filhos contigo.” Noé também devia levar representantes de todos os tipos de animais. Apenas os que estivessem dentro da arca sobreviveriam ao Dilúvio! (Gn 6.17-20).
Noé e sua família trabalharam juntos para construir a arca e para cumprir as ordens de Deus. Que tarefa gigantesca Noé tinha diante de si. A arca seria enorme — uns 133 metros de comprimento, 22 metros de largura e 13 metros de altura. Era muito maior do que as maiores embarcações de madeira construídas até hoje. A construção durou décadas. Havia árvores para derrubar, toras para arrastar e vigas para cortar, moldar e encaixar. A arca teria três pavimentos, ou conveses, vários compartimentos e uma porta lateral. Também teria janelas no alto, ao longo dos quatro lados, bem como um telhado de duas águas com uma leve inclinação para que a água escorresse (Gn 6.14-16).
Conforme os anos passavam e a arca tomava forma, Noé deve ter ficado muito feliz com o apoio de sua família. Havia outro aspecto do trabalho que pode ter sido ainda mais desafiador do que construir a arca. A Bíblia diz que Noé era um “pregador da justiça”. (Cf. 2 Pe 2.5). Assim, ele corajosamente tomou a liderança em avisar aquela sociedade ímpia e perversa sobre a destruição que estava para acontecer. Qual foi a reação das pessoas? - Não creram e zombaram dele. Mais tarde, Jesus Cristo disse que as pessoas daquela época “não fizeram caso”. Ele disse que elas estavam tão envolvidas com as coisas do dia a dia, como comer, beber e casar, que não deram nenhuma atenção a Noé (Mt 24.37-39). Muitos zombaram dele e de sua família; alguns talvez o tenham ameaçado e se oposto a ele violentamente. Talvez tenham até mesmo tentado impedir a construção da arca. Mas Noé e sua família nunca desistiram. Apesar de viverem num mundo que considerava o principal objetivo da vida deles algo sem importância, sem sentido e tolo, eles continuaram a realizar o seu trabalho fielmente.
Décadas depois, a arca finalmente ficou pronta. Noé recebeu outra ordem de Jeová Deus: “Entra na arca, tu e todos os da tua casa.” Ao mesmo tempo, Deus mandou Noé levar todo tipo de animal para a arca — sete no caso dos animais puros, apropriados para sacrifícios, e dois no caso dos demais (Gn 7.1-3). Deve ter sido uma visão inesquecível. No horizonte podia-se ver animais de todos os tamanhos e formas chegando aos milhares. Eles vinham andando, alguns de modo desajeitado, outros bem devagar, e ainda outros vinham voando e rastejando. Imaginem o imenso trabalho que Noé teve com os animais, tentando cercá-los ou fazendo alguma coisa para atraí-los para dentro do espaço limitado da arca. O relato diz que eles “entraram... vindo a Noé para dentro da arca”(Gn. 7.9).
Quando Noé, sua família e os animais estavam dentro da arca, “Deus fechou a porta atrás dele”, e começou a chover. E continuou chovendo, chovendo e chovendo por 40 dias e 40 noites, até inundar a Terra toda, assim como Deus tinha dito. Assim Noé, sua família e todos os animais foram salvos da destruição daquela era de violência e maldade.
Conclusão
As famílias cristãs hoje podem aprender muito da fé de Noé e sua família. Afinal, vivemos no que a Bíblia chama de “últimos dias” deste sistema mundial. (2 Tm 3.1) Jesus disse que nossa época seria exatamente como a época em que Noé construiu a arca. O mundo reage à mensagem sobre o Reino de Deus com apatia, zombaria ou mesmo perseguição. Por isso, é bom que os cristãos se lembrem de Noé, pois não são os primeiros a enfrentar desafios como esses.
Referências bibliográficas
- SCHULTZ, Samuel J. – A História de Israel no Antigo Testamento – 2º edição – Editora Vida Nova, 2009
- JOSEFO, Flávio. História dos hebreus: de Abraão à queda de Jerusalém (obra completa). Trad. de Vicente Pedroso. Editora: CPAD, 2004.
Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva.
Fonte: PortalEBD
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