3º
TRIMESTRE 2016
(Mc
16.9-20)
INTRODUÇÃO
Neste terceiro trimestre estudaremos sobre “O Desafio da
Evangelização – Obedecendo ao Ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda
criatura”, onde teremos a oportunidade de aprender sobre os desafios e
as estratégias de evangelismo. Sem dúvida, o Espírito Santo de Deus estará
despertando e motivando a Igreja a cumprir a sua missão aqui na terra, que é
levar a mensagem do Evangelho a toda criatura. Nesta lição introdutória
definiremos os termos “evangelho” e “evangelização”; citaremos os três aspectos
da evangelização; explicaremos porque devemos evangelizar; destacaremos como a
Bíblia descreve a evangelização; e, finalmente, veremos como se tornar um
ganhador de almas.
I – DEFINIÇÕES
1.1 Evangelho. “O termo deriva-se do grego ‘euangelion’ e significa
literalmente: “boa notícia” ou “boas novas” (ANDRADE, 2016, p. 176). O
Evangelho são boas novas de perdão dos pecados, de salvação para a alma e de
vida eterna em Cristo Jesus (Mt 11.5; Mc 1.15; Lc 9.6; At 8.1; Rm 1.15). O
apóstolo Paulo definiu o Evangelho como: “...o poder de Deus para
salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16).
1.2 Evangelização. “Do grego ‘evangelion’ + ‘ismo’. É a exposição
sistemática da doutrina e dos métodos da proclamação do Evangelho de Cristo, de
conformidade com a urgência da Grande Comissão (ANDRADE, 2016, p. 177). Pode
ser definida também como a comunicação do Evangelho a alguém, de tal maneira,
que este possa tomar uma decisão consciente de aceitação ou rejeição à pessoa
de Jesus Cristo como Senhor e Salvador (Mt 26.13; 28.19,20; Mc 14.9; Lc 4.43;
At 8.25).
II
– OS TRÊS ASPECTOS DA EVANGELIZAÇÃO
A
evangelização não consiste apenas em anunciar as boas-novas de salvação, mas,
também, no convencimento do pecador, por parte do Espírito Santo, e também na
integração do novo crente, por parte da igreja local, como veremos a seguir:
2.1 Proclamação. É a primeira etapa da evangelização e consiste na
comunicação ao pecador a respeito de sua condição de escravo do pecado (Rm
3.23; 6.23); da natureza e consequência dessa escravidão (Mc 16.16; Rm 5.18);
do amor de Deus e de Sua providência, por intermédio de Jesus Cristo para
salvação da humanidade (Jo 3.16; Rm 5,8); e da chamada divina para uma decisão
por Cristo Jesus (Mt 11.28; Mc 16.15).
2.2 Convencimento. É a ação do Espírito Santo, por intermédio do crente
e da exposição da Palavra de Deus, que convence o homem do seu estado
pecaminoso, da justiça divina e do juízo vindouro (Jo 16.8-11). Após a
conversão do pecador, o mesmo Espírito passa a habitar no novo crente,
promovendo a regeneração (Jo 3.1-8; Tt 3.5-7).
2.3 Integração. Depois da conversão, o novo crente deve ser integrado
à igreja local e conduzido ao discipulado, onde será conduzido ao
desenvolvimento e amadurecimento da sua fé em Cristo Jesus (Ef 4.12,13; Cl
1.10; 1Pe 2.2). Escrevendo aos Coríntios, o apóstolo Paulo disse: “Eu
plantei (evangelizador), Apolo regou (discipulador); mas
Deus deu o crescimento” (1Co 3.6).
III
– PORQUE DEVEMOS EVANGELIZAR
Dentre as muitas razões pelas quais
devemos anunciar o evangelho, citaremos algumas:
3.1 Porque a humanidade está perdida. Por causa da desobediência de Adão, o homem tornou-se
destituído da glória de Deus (Rm 3.23) e a situação espiritual da humanidade é
de condenação e perdição (Rm 5.12,19; 6.23).
3.2 Porque somente Jesus Cristo pode
salvar a humanidade. De acordo com as
Escrituras, só existe um meio para que o homem possa obter a salvação: a fé em
Jesus Cristo (Jo 3.16,17; At 4.12; Ef 2.8,9; I Tm 2.5). Mas, para que o pecador
possa crer em Cristo, é necessário que alguém pregue o evangelho (Rm 10.13-17).
Como poderíamos, então, deixar de falar do amor de Deus aos pecadores?
3.3 Porque temos pouco tempo. Os sinais que antecedem a Segunda Vinda de Cristo nos
mostram que Jesus em breve voltará para vir buscar a Sua Igreja (Mt 24.1-14; Mc
13.1-13; Lc 21.5-36), como Ele mesmo prometeu (Jo 14.1-3; Ap 22.12). Por isso,
devemos pregar a tempo e fora de tempo (2Tm 4.1,2).
IV – COMO A BÍBLIA DESCREVE A
EVANGELIZAÇÃO
Em seu livro Manual
de Evangelismo, o pastor Valdir Bícego (1990, pp. 12-14) menciona como a Bíblia
descreve a tarefa da evangelização. Vejamos:
4.1 Como um
mandamento. O Senhor nos ordenou pregar o evangelho, pois Ele quer que a mensagem
da salvação alcance a toda criatura (Mc 16.15), todas
as nações (Mt 28.19), todo o mundo (Mc 16.15), todas
as aldeias (Mt 9.35), todos os
lugares (At 17.30). Todos os crentes, sem exceção, receberam
esta incumbência do Senhor (1Pe 2.9; Mt 10.8).
4.2 Como uma
obrigação. O apóstolo Paulo via esta tarefa como uma obrigação: “...
pois me é imposta esta obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho”
(1Co 9.16). Não significa dizer que o crente deva pregar a Palavra constrangido
ou forçado, e sim, que devemos sentir no nosso coração um profundo desejo de
falar de Cristo aos pecadores, como o apóstolo Pedro, que disse: “Porque
não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20).
4.3 Como um dever de
todo crente. A evangelização não é uma tarefa entregue apenas a liderança da
Igreja, e nem a um grupo de cristãos, mas, a todos os salvos (Mt 28.19,20; At
1,8). Portanto, todo aquele que foi alcançado por tão grande salvação, deve
falar de Cristo aos pecadores. O próprio Jesus disse: “... de graça recebestes, de
graça dai” (Mt 10.8).
4.4 Como um desafio. Pregar o evangelho
não é uma tarefa fácil. Todo aquele que se dispõe a anunciar a mensagem da
salvação deve estar consciente que sobrevirão dificuldades. Os apóstolos, por
exemplo, foram açoitados, ameaçados e
até presos por pregar a Cristo (At 4.17,21,29; 16.22,23; 22.19,24,25). Paulo
também enfrentou oposição por parte de Elimas, o encantador (At 13.8-12); no
Areópago, por parte dos escarnecedores (At 17.32-34); e, nas suas viagens
missionárias, por parte das autoridades religiosas de Israel (At 9.23;
13.45,50; 14.1-5).
4.5 Como um
privilégio. Um dos maiores privilégios do crente é poder cooperar com Deus. Paulo
diz que nós somos cooperadores de Deus (1Co 3.9). E, quando estamos pregando a
Palavra, o Senhor coopera conosco (Mc 16.20). Como é gratificante saber que,
através de nós, muitas vidas poderão ser salvas (2 Tm 4.16). Paulo tinha esta
experiência com os irmãos de Tessalônica (1Ts 2.7-11,19,20), e como alguns dos
seus filhos na fé, como Tito (Tt 1.4) e Onésimo (Fm 10).
V – COMO SE TORNAR UM GANHADOR DE ALMAS
O desejo de Deus é
que todo crente seja um “pescador de homens” (Mt 4.18-20). Mas, para isso, é
necessário observar alguns pré-requisitos. Vejamos:
5.1 Ter convicção da
salvação. Ninguém pode se tornar um autêntico ganhador de almas se não tiver a
certeza da salvação. Por isso, o pregador deve saber em quem tem crido (2Tm
1.12); reconhecer que é filho de Deus (1Jo 3.2); que já passou da morte para a
vida (1Jo 3.14); que será arrebatado e que estará para sempre com o Senhor nos
céus (1Ts 4.13-17). Somente quem tem esta certeza é que poderá pregar a
mensagem da salvação para as almas perdidas.
5.2 Ser cheio do
Espírito Santo. O Espírito Santo é quem direciona os crentes (At 8.29; 10.19;
16.6-10) e lhes dá ousadia testemunhar de Cristo (At 1.8; 4.31; 6.10). O
apóstolo Pedro, por exemplo, antes do revestimento de poder, negou a Jesus e
jurou que não o conhecia (Mt 26.69-75; Mc 14.66-72). Mas, depois que foi
revestido de poder, pregou a Palavra, e quase três mil almas foram salvas (At
2.37-41). Não significa dizer que o crente só pode pregar após o batismo com o
Espírito Santo, pois, os apóstolos já pregavam antes mesmo de serem batizados
(Mt 10.1-4; Mc 3.13,14; Lc 6.12-16). Mas, sem dúvida, o batismo com o Espírito
Santo dá ao crente mais ousadia para pregar a Palavra de Deus (At 4.13,29).
5.3 Ter conhecimento
da Palavra de Deus. A Bíblia é a principal “ferramenta de trabalho” do
pregador do evangelho. Por isso, todo aquele que deseja ser um ganhador de
almas deve ler e estudar a Palavra de Deus com afinco e dedicação. Ele deve ser
instruído na Palavra (1Tm 4.6); conhecer as Sagradas Escrituras (2Tm 3.16); e
guardá-las no coração (Sl 119.11). Como disse o apóstolo Paulo: “Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15).
CONCLUSÃO
A pregação do Evangelho é a mais
importante tarefa da Igreja aqui na terra, pois dela depende a salvação da
humanidade. Por isso, devemos anunciar ao mundo a salvação através da fé em
Cristo Jesus. O Senhor Jesus espera que cada um de nós estejamos empenhados
nesta sublime tarefa, com o objetivo de
ganhar almas para o seu Reino. Mas, para pregarmos o evangelho devemos
ter a certeza da salvação, estudar a Bíblia e ser cheio do Espírito Santo.
REFERÊNCIAS
·
ANDRADE, Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. CPAD.
·
BÍCEGO, Valdir. Manual de Evangelismo. CPAD.
·
BOYER, Orlando. Esforça-te para Ganhar Almas. Vida.
·
COLEMAN, Robert E. Plano Mestre de Evangelismo Pessoal. CPAD.
·
GILBERTO, Antonio. A Prática do Evangelismo Pessoal. CPAD.
- STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
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