sexta-feira, 8 de novembro de 2013

LIÇÃO 6 – JONAS, O PROFETA DO ARREPENDIMENTO

Texto Bíblico:Jonas caps. 1-3.
Ao Mestre
Prezado (a), a lição de hoje nos mostra as consequências que sobrevêm aos que deliberadamente desobedecem a Deus. Estudaremos acerca do profeta Jonas, o missionário do Antigo Testamento. Missionário, porque foi enviado a uma nação idolatra para anunciar o Deus Verdadeiro, porém, esta lição também se torna uma advertência para nós, pois nos lembra que não podemos esconder nossos atos diante dos olhos do SENHOR de todas as coisas.
Consideremos o caso do profeta Jonas: ninguém sabia que ele estava fugindo da missão que lhe fora confiada, no entanto Deus estava atento a todos os seus atos e pensamentos.
Nínive fica a nordeste. Társis a oeste. Quando Deus chamou Jonas para pregar arrependimento aos perversos ninivitas, o profeta Jonas conhecia a misericórdia de Deus, e ele não queria que os ninivitas fossem salvos. Jonas os odiava e desejava que eles e sua cidade fossem destruídos.
Assim tenta fugir, desobedecendo a Deus, age com loucura, pois quem pode esconder-se dos olhos Daquele que tudo vê? Mas Deus lhe lembra sobre o Seu Amor e cuidados para com toda a humanidade.
Vejamos alguns dados sobre Nínive e seus habitantes:
A Cidade de Nínive foi fundada por Ninrode, filho de Cam, neto de Noé (Gn 10.11,12), a Assíria é conhecida como o país de Ninrode (Mq 5.6), vindo a se tornar a capital do império Assírio
É mencionada no tempo de Hamurabi esta cidade, como sendo a sede do culto de Istar. Em 2 Rs 19.36 e em Is 37.37 é ela, pela primeira vez, claramente indicada, como residência do monarca da Assíria. Senaqueribe reedificou-a, e foi morto ali quando estava em adoração no templo de Nisroque, seu deus. A biblioteca, que Assurbani-pal ali formou, tem sido a grande fonte dos nossos conhecimentos com respeito aos assuntos da Assíria e Babilônia. Nos dias do profeta Jonas era aquela capital “uma cidade mui importante,... e de três dias para percorrê-la” (Jn 1.2; 3.3). Não vamos imaginar que todo o espaço dentro das suas muralhas estava coberto de edifícios, pois continha grandes parques, extensos campos, e casas isoladas, como em Babilônia.
Os ninivitas era um povo beligerantes (ou seja, que faz guerra, ou está em guerra), e eram conhecidos por sua crueldade. São indescritíveis as torturas que eles aplicavam aos seus prisioneiros. A arte bélica era a principal característica dos assírios.  Os palácios de Nínive eram cobertos de esculturas em baixo-relevo, representando cenas de batalhas e da vida cotidiana dos assírios. Pelo que restou deles e da biblioteca (foram recuperadas cerca de 20.000 tabuinhas da sua famosa biblioteca) sabemos muito da história desse grande Império.  Após a Guerra do Golfo (1991), as esculturas dos palácios que estavam sendo escavados foram pilhadas. Todas as equipes de pesquisa européias deixaram o Iraque durante a invasão deste pelos EUA, suspendendo por tempo indeterminado as escavações ao longo dos rios Tigre e Eufrates, em lugares como Uruk, Assur, Nimrud e Nínive.Nínive está na lista dos 100 sítios históricos mundiais que estão mais ameaçados, elaborada pelo movimento World Monuments Watch (Observatório dos Monumentos Mundiais). Mossul, por exemplo, foi bombardeada intensamente para destruir rampas de lançamento de mísseis iraquianos. Nesta cidade está a mesquita Nur ad-Din, construída em 1170 e, muito próximo dela, os restos de Nínive, que é o maior sítio arqueológico de todo o Oriente, com 750 hectares.
Deus continue a abençoar o seu ministério. Boa aula!

Objetivo
Professor ministre sua aula de forma a conduzir seu aluno a conscientizar-se de que a desobediência sempre traz consequências ruins para o desobediente. Diga-lhe que ore para que Deus gere em seu coraçãozinho o desejo de obedecer-lhe com coração sincero.
Exercitando a memória
“E assim como muitos seres humanos se tornaram pecadores por causa da desobediência de um só homem, assim também muitos serão aceitos por Deus por causa da obediência de um só homem. (Rm 5.19 – NTLH).
Não tem como estar neutro. Toda a humanidade está sob o pecado. A única forma de se livrar dessa servidão é aceitando a Cristo como Salvador. Ele no liberta da servidão do pecado e nos conduz a de volta a Deus, é somente em Cristo que temos a rela liberdade.
Crescendo no conhecimento
Crianças, hoje iremos conhecer o profeta Jonas. Ele era filho de Amitai, da tribo de Zebulom, e natural de Gate- Hefer, um vilarejo situado a 5 Km em direção nordeste de Nazaré, no reino do Norte. O nome Jonas significa “pomba” ou “pombo”. Quanto ao caráter Jonas é apresentado como obstinado, irritado, mau humorado, impaciente etc.  Jonas exerceu o ministério durante o reinado de Jeroboão II (784-748 a.C.). O autor do Livro de Reis menciona o ministério profético do profeta Jonas nesta época:
“Restabeleceu ele (Jeroboão II) os limites de Israel, desde a entrada de Hamate até ao mar da Planície, segundo a palavra do SENHOR, Deus de Israel, a qual falara por intermédio de seu servo Jonas, filho de Amitai, o profeta, o qual era de Gate-Hefer”.(2 Re 14.25- ARA)
O Livro de Jonas se inicia com a ordem de Deus:
“E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.”(Jn 1.1 - ARC).
Mas, o profeta Jonas ao ouvir a ordem de Deus, decidiu não ir, pois ele achava que Deus devia destruir os ninivitas, e decidiu fugir para outra cidade. É lamentável que Jonas tenha resolvido fugir da responsabilidade que Deus havia lhe confiado,  e, ao invés de ir para Ninive, tomou um navio para Tarsis (considerada por muitos estudiosos, como sendo Tartessus, situada na costa sudoeste da Espanha), um lugar muito distante de onde Deus o havia enviado.
Amado (a) enfatize aos “pequenos” que não cabia a Jonas questionar o merecimento do povo ninivita de receber ou não o favor de divino. Deus havia decidido conceder-lhes a oportunidade de se arrependerem de seus pecados e vida violenta. Mas Jonas recusou-se a faze-lo, fale aos “pequenos” que, sempre é melhor obedecermos a Deus do que desafiá-lo com nossas desobediencias.
Jonas no seu indiferentismo, inicia a perigosa tragetória da desobediencia, e como Deus tem o Controle de tudo o que acontece no Universo, Ele enviou uma tempestade tão grande, que as ondas ameaçam ameaçam quebrar e afundar o navio.
Amado (a) enfatize aos “pequenos” que, Deus age de muitas maneiras, às vezes estranhas para
nós, mas sempre é visando nosso bem, para evitar que que venhamos a cair em um erro maior.
Através da tempestade Deus queria falar ao seu servo, levando-o de volta ao caminho da obediencia.
E em meio a tempestade, Jonas dormia.Tranquilo! Despreocupado! Mas... foi descoberto. E após se identificar como profeta do “...SENHOR, o Deus do céu, que fez o mar e a terra seca” (Jn 1.9 – ARC), aqueles marinheiros se encheram de temor, e quando perguntaram a Jonas o que fariam, sua resposta foi que o lançasse ao mar. Jonas preferia morrer que anunciar a mensagem de Deus, e ver os ninivitas se arrependerem de seus atos.
E assim fizeram:
“E levantaram Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da sua fúria.
Temeram, pois, estes homens ao SENHOR com grande temor; e ofereceram sacrifícios ao SENHOR e fizeram votos.”(Jn 1.15,16 – ARC)
Preparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.” (Jn 1.17 – ARC)
Já pensaram nisso!? Três dias e três noites dentro de um grande peixe?
E nesses três dias, o coitado do peixe ficou engasgado! Que coisa hein? Sem poder comer nada.
Devemos nos lembrar que, quando somos desobedientes, muitas vezes prejudicamos pessoas que não tem nada a ver com o nosso problema, veja só o caso de Jonas, por causa de sua desobediencia, Deus precisou usar um grande peixe, que em obediencia a ordem de Deus tragou o profeta, e por três dias que ficou com ele na boca não pode comer nada. Já haviam pensado nisso?
Não sabemos como Jonas respirava lá dentro, mas sabemos que Deus estava realizando mais um milagre em demonstração do seu amor a humanidade.
“E orou Jonas ao SENHOR, seu Deus, das entranhas do peixe.” (Jn 2.1 – ARC) E fez voto de obedecer a Deus indo a Ninive.
“Falou, pois, o SENHOR ao peixe, e ele vomitou a Jonas na terra.” (Jn 2.10 – ARC)
E Jonas sem perder tempo, saiu pela cidade anunciando: “Dentro de quarenta dias, Nínive será destruída!”  (Jn 3.4 – NTLH).  Os habitantes de Ninive ao ouvir Jonas, acreditaram e reconheceram que seus caminhos, ou seja, seus atos não eram dignos diante de Deus, e que verdadeiramente mereciam a destruição. E se arrependeram grandemente.
A notícia chegou ao rei da Assiria, que ao saber, rasgou suas vestes reias, e se vestiu de saco, também demonstrando grande comoção e arrependimento, e ordenou que todos os todas as pessoas e até mesmo os animais se cobrissem de saco e jejuassem, e se convertessem do seu mal caminho e da violência de suas mãos. ( Jn 3.7,8), pois dizia ele:  “Talvez assim Deus mude de idéia. Talvez o seu furor passe, e assim não morreremos!” (Jn 3.9 – NTLH).
E o profeta Jonas após anunciar a sentença, saiu da cidade e assentou em um monte e ficou esperando terminar o prazo, para ver a destruição dos ninivitas. Que coisa feia, não é crianças?
Mas aconteceu ao contrario, todos os ninivitas demonstraram a sua fé em Deus, humilhando-se perante Ele e jejuando, a inclusão de animais no jejum é documentada até em fontes extrabíblicas, tais como Heródoto (historiador grego, nascido no séc. V. a. C.).
Deus teve compaixão deles e perdoou-lhes. Isso foi demais pra Jonas. Seu coração ainda não estava mudado, e ele reagiu com ira e confusão diante da ação misericordiosa de Deus. Em seu intimo ele se perguntava: “Por  que?” Por que Deus teria misericórdia de um povo cruel, que muitas vezes abusaram da nação de Israel?” E desgostou-se Jonas, com o fato de sua profecia não ter se cumprido, devido ao arrependimento dos ninivitas, que até pediu a morte:
“Ó SENHOR Deus, eu não disse, antes de deixar a minha terra, que era isso mesmo que ias fazer? Foi por isso que fiz tudo para fugir para a Tarsis. Eu sabia que és Deus que tem compaixão e misericórdia. Sabia que és sempre paciente e bondoso e que estás sempre pronto a mudar de idéia e não castigar. Agora, ó SENHOR, acaba com a minha vida porque para mim é melhor morrer do que viver.” (Jn 4.2,3 – NTLH).
Jonas verdadeiramente ainda estava preso aos velhos conceitos e ao nacionalismo, esquecendo-se que Deus é SENHOR de toda a terra.
Então Deus fez crescer uma planta para lhe oferecer sombra. Vendo a planta, Jonas ficou cheio de alegria. Mas, na manhã seguinte, Deus enviou um bicho que roeu a raiz da hera e ela secou.
Segundo o original hebraico esta planta era uma mamoneira, pois ela cresce rapidamente, tem folhas largas, mas também morre com facilidade, então o sol bateu em cheio na cabeça de Jonas e o profeta, cansado de sofrer, chamou a morte. Deus disse-lhe: "Tu reclamas por causa desta planta  que não plantaste, que nasceu numa noite e na outra  noite morreu. E eu não hei de perdoar a grande cidade de Nínive, onde há mais de 120 mil pessoas que não sabem distinguir a mão direita da esquerda e onde vive grande número de animais?".
Os valores mal colocados de Jonas se tornaram dolorosamente óbvios. Deus o desafia a considerar o valor dos ninivitas. “Que não sabem distinguir a mão direita da esquerda” é uma expressão idiomática que mostra que os ninivitas, embora não fossem moralmente inocentes, estavam indefesos por não saberem como escapar do juízo de Deus, sem um profeta para lhes alertar, eles continuariam presos nas ciladas de suas maldades.
E assim Jonas aprendeu a lição:
a.       Que a salvação não é recebida por obras, mas pela graça mediante a fé demonstrada pelo arrependimento, como ocorreu com o ninivitas;
b.      Que o Deus dos hebreus, também expressava amor e interesse pelo mundo todo, e que oferecia o perdão e salvação até mesmo aqueles que ele preferia odiar.
c.       Que o SENHOR  é um Deus dos começos, que ele mesmo experimentou o perdão de Deus quando foi desobediente e recebeu uma nova oportunidade para obedecer, e esta mesma oportunidade foi dada aos ninivitas.
Finalmente Jonas aprendeu acerca da Misericórdia e a Benignidade de Deus.
Aplicação da Lição
Amado (a) enfatize aos “pequenos” que não devemos ser relutantes quanto as ordenanças do SENHOR  Deus, é Ele quem sabe de todas as coisas, e sabe o que é melhor para nós, que devemos sempre estar atentos a voz de Deus e a obedecê-la. E que mesmo aquelas pessoas que são más e que nos prejudicam, também necessitam de ouvir a Palavra de Deus, para que possam arrepender-se, e quem irá falar-lhes? – somos nós. É a nós que o SENHOR quer usar.
Não sejamos, pois, negligentes e nem desobedientes à voz de Deus, mas vamos com alegria anunciar a essas pessoas a misericórdia e o perdão de Deus, que Ele concede a todos, através de seu Filho Jesus Cristo. Amém.
Fontes Consultadas:
·         Bíblia de Estudo de Aplicação Pessoal – Editora CPAD – Edição 2003
·         Bíblia Shedd – Editora Mundo Cristão – 2ª Edição
·         Bíblia de Recursos para o Ministério com crianças – Editora Hagnos – Edição 2009
·         365 Lições de vida extraídas de Personagens da Bíblia - Rio de Janeiro - Editora CPAD
·         Richards – Lawrence O. – Guia do leitor da Bíblia – Editora CPAD – 8º Edição/2009
·         www.iprb.org.br


Colaboração para Portal Escola Dominical  – Profª. Jaciara da Silva
Fonte: PortalEBD

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