TEXTO BÍBLICO (Mt 6.25-34; Fp 4.11-19)
ENFOQUE BIBLICO
“A benção do Senhor é que enriquece, e ele não acrescenta dores” (Pv 10.22)
OBJETIVOS
Perceber como a mídia induz as pessoas ao consumo
Entender que o ser independe do ter
Desejar ser um consumidor moderado resistindo a onda do consumismo
INTRODUÇÃO
Todos têm o direito de comprar, sabemos que é impossível viver sem consumir. No capitalismo, as pessoas se tornam “presas” do sistema de marketing. A mídia esta sempre propagando aquilo que é a sensação do momento. Tenhamos cuidado para não sermos enganados e nos tornar um consumista compulsivo.
A MIDIA INDUZ AS PESSOAS AO CONSUMO
O que vemos na TV é propaganda ou apelo ao consumismo? Roupas, calçados, objetos de usos pessoais como: presto-barba, celulares, aparelhos eletrônicos de varias marcas, o carro do momento, a cerveja, o cigarro, bem não dá para dizer tudo o que é explorado pela mídia. Dizem os pesquisadores que a humanidade nunca consumiu tanto como agora. A questão é que o consumo agrega valores ao algo adquirido e nunca ao adquirente. A pessoa passa a ser conhecida pelo que tem e não pelo que é.
Há dois tipos de consumo, um deles é o induzido, é quando as pessoas adquirem algo que não trás benefícios substanciais, elas foram induzidas a comprar. O outro tipo é o consumo consciente, neste caso o comprador sabe a finalidade do bem adquirido. Segundo especialistas do assunto e é quase um dizer popular: “aquilo que é bom não precisa de propaganda”
Infelizmente as pessoas são levadas pelo marketing e se torna um consumista, ou seja, um comprador sem noção. O consumista compra muito além do necessário, a mídia trabalha exatamente no sentido de não deixá-los sem o objeto. Formando com isto um grupo de perturbados emocional, alienando-os a um campo aonde a pessoa só pensam em aumentar e multiplicar os supérfluos.
O ser humano tem uma grande necessidade de pertencer a um grupo, para ser aceito no grupo, precisa ser igual. O ato de consumir, por exemplo, é uma forma de inserção social. Da criança até a idade adulta, a mídia procura alcançá-los, com brinquedos do momento, o tênis, da roupa, do celular, do carro, daquilo que está bombando. Cada qual em seu grupo e aquele que não conseguir alcançar o ritimo terão exclusão certa do grupo.
Nas propagandas é muito normal ver quem não possui aquele objeto, ser execrada, pelo que possui. Um exemplo é a propaganda de um cidadão, pede uma carona e começa a imaginar se aquele carro é bom ou não. Ele fica admirado com a potencia do carro, e todos nós já vimos, ele é xingado até pelo bebê da família
O SER INDEPENDE DO TER
Nossa sociedade de consumo apela de modo infindo para que o ser humano adquira, mesmo que isto venha ultrapassar seu limite de compra. O ter adquiriu uma importância desproporcional. A possessividade está ligada a um grau intermediário da evolução humana, que de uma forma mental, forte molda clichês de seus objetivos. São persistentes e agem com o poder da mente na materialização daquilo que querem.
O ter em excesso pode causar prazer momentâneo, um prazer que pode transformar em tédio, saturação. Na verdade o homem se torna escravo daquilo que possui. Hoje as pessoas quase já não são conhecidas por aquilo que é, mas pelo que possuem, até seus nomes são relativos ao objeto que possui.
O ser passa por um processo de obstrução, devido aos objetos. A teologia da prosperidade se apegando a textos isolados, ensina que o ter é maior que o ser. De um lado esta a mídia produzindo na sociedade a ânsia de ter, de possuir e de outro lado, há também alguns pregadores de prosperidades, provocando a mesma ânsia. O grupo de pessoas desesperadas pelo ter aumenta, devido ao marketing que fazem de um determinado produto.
Numa sociedade que a maioria é pobre, alguns não possuem nem o necessário para suas necessidades básicas, as pessoas se tornam inseguras. E ai surge em suas mentes perguntas como: “Quem sou eu?” Sob o ponto de vista da sociedade consumista e aquisitiva, o não ter significa que não é ninguém. Vivemos numa sociedade que a vida tem pouco significado, a vida alheia é ainda menos significante.
A ganância pelo ter tem trazido profundos atos violentos no mundo, a corrupção na política e em vários meios da sociedade. São valores propostos pela própria sociedade que já não mais preza pela família, pelo amor fraternal. O ser perdeu o significado formando uma sociedade insignificante e materialista, a procura do objeto, insignifica, despreza o ser humano e ele deixa de ser, para alcançar o ter. “Se eu tenho, eu sou”
O ser humano mergulha nesta busca cega pelo ter, perdendo com isso sua essência, deixando de ser. Esta inversão de valores torna o homem egoísta, amante de si mesmo, orgulhoso, jactancioso, é de fato o homem dos últimos dias, que o apostolo Paulo advertiu. (2Tm 3).
SEJA UM CONSUMIDOR MODERADO, RESISTA AOS APELOS DA MÍDIA
Como resistir aos apelos da mídia? É fácil ser um consumidor comportado? Como agir diante de tantas influencia da mídia? Já sabemos que o consumismo é uma questão de comportamento que aflui na adolescência. Segundo reportagem na revista “Veja”, Edição de julho de 2003, Intitulada: “Eles gastam muito” O autor compara os jovens a maquininhas de consumo. Sete em cada dez jovens afirmam gostar de fazer compras, desse grupo quatro deles disseram ter grandes interesses sobre o assunto.
Em um trabalho realizado pela (ONU), denominado: “O futuro é seu?” os brasileiros ficaram em primeiro lugar no quesito. Deixando para trás grandes potencias. O assunto é complexo, difícil de ser tratado em curto prazo. Quem não gostaria de trocar seu computador num prazo de 6 meses? Seu celular está bom? E a TV? Dificilmente vamos encontraremos alguém que esteja contente com o que possui.
Estamos sempre pensando em algo que é a sensação do momento. Para resistir a onda do consumismo, precisamos de controle próprio. É bom darmos uma olhadinha no que Paulo falou aos irmãos das galáxias (Gl 5.16 – “andai no Espírito, e jamais satisfareis a concupiscência da carne”). E quando fala no Fruto de Espírito no v23, “Domínio Próprio” - “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas próprias paixões e concupiscência”
CONCLUSÃO
“Não ambicione as coisas além da sua possibilidade, para não frustrar-se” (Fp 4.11)
OBRAS CONSULTADAS
Colaboração para Portal Escola Dominical – Pr. Jair Rodrigues
Fonte: PortalEBD
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