Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que ao término, seu aluno possa conscientizar-se que Deus nos fez únicos. Devemos compreender-nos e ajudar-nos mutuamente para uma maturidade sempre crescente.
Para refletir
“Façam todo o possível para viver em paz com todos" (Rm 12.18 - NVI).
Texto Bíblico: Gn 37.1-18
A diferença é dádiva de Deus
Uma das maravilhas da criação de Deus é a variedade que existe entre os seres humanos. Somos todos igualmente criados por Deus à sua imagem, contudo não há dois indivíduos exatamente iguais. Cada um de nós é um inigualável pacote de forças, capacidades, personalidades, etc. e cada um de nós lida com a vida de um modo diferente.
Sempre que duas ou mais pessoas têm oportunidade de trabalhar juntas, é possível ver suas diferenças individuais como parte da força do grupo. Cada pessoa do grupo traz alguma coisa para o trabalho que estaria faltando se essa pessoa estivesse ausente. Um grupo pode ter mais sabedoria e poder do que um indivíduo jamais poderia ter. Contudo, para os membros do grupo o desafio é verdadeiramente trabalhar juntos,certificando-se de que suas diferenças ajudam o trabalho em vez de o prejudicar. Os grupos mais fortes são aqueles impulsionados por uma meta comum ou uma visão compartilhada, tão importante para o grupo que seus membros subordinam suas diferenças à busca da missão coletiva. Se as pessoas cuidarem bastante do que estão fazendo juntas, não serão impedidas pelas suas diferenças. Elas farão de suas diferentes perspectivas uma parte de sua força, e não de sua fraqueza
Quando a obra que as pessoas estão fazendo é a obra do Senhor, a meta perseguida é nada menos do que a glorificação de Deus. Tudo o que acontece é para ser visto dentro do contexto desta missão. Quaisquer dificuldades e diferenças que possam ameaçar romper o trabalho têm que ser subordinadas à meta mais importante de dar glória a Deus.
Paulo escreveu, "Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé; a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo" (2 Ts 1.11-12). Diferenças entre cristãos deverão ser tratadas de um modo que glorifique a Deus. Como o povo de Deus, temos uma meta que é maior do que nossas diferenças. O que estamos fazendo é demasiadamente importante para que deixemos o diabo nos separar.
Isto certamente não significa que a verdade seja comprometida ou que a paz seja buscada "a qualquer preço". O que isto significa é que mesmo quando assuntos da maior importância para a fé estão sendo debatidos, a controvérsia seja conduzida de um modo espiritualmente maduro que preserve a honra do Senhor e seja mais capaz de conduzir a uma resolução unificada baseada na verdade. A nível prático, o que isto exige é aprender como equilibrar coragem e consideração. E a maioria de nós poderia aceitar algum auxílio para acertar este equilíbrio. Muito freqüentemente, as duas únicas respostas com as quais mostramos alguma familiaridade são "luta" ("coragem" imatura, desequilibrada) ou "fuga" ("ponderação" imatura, desequilibrada). Como seria muito melhor se aprendêssemos (ainda que possa ser difícil) a mostrar tanto coragem amadurecida como ponderação amadurecida!
Há pelo menos três boas razões para lidarmos com nossas diferenças de um modo que glorifique a Deus. Primeiro, se não fizermos isto, não é provável que façamos muito progresso na remoção de nossas diferenças. Se o ideal é todos chegarem mais unificados a um entendimento e prática da verdade, a melhor coisa que podemos fazer é conduzirmo-nos com piedosa maturidade. Quando pessoas de mentes carnais estão debatendo diferenças, nenhuma delas ouve seriamente a qualquer outra. Cada uma acusa a outra de não ouvir e o que acontece é simplesmente um "diálogo de surdos". Mas entre cristãos, cuja preocupação, acima de tudo o mais, é com a glória de Deus, a verdade deverá ter uma oportunidade melhor de vir à tona e ser reconhecida por todas as partes.
Segundo, se deixarmos de nos comportar de um modo que equilibre coragem e ponderação, daremos ao diabo munição desnecessária. Precisamos ser lembrados de nossa responsabilidade por proteger a reputação do evangelho? Esquecemos a passagem que nos ordena que adornemos, "em todas as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador" (Tt 2.10)? Somos advertidos a não dar "ao adversário ocasião favorável de maledicência" (1 Tm 5.14) e passagens lidando com este aspecto de nosso discipulado podem ser multiplicadas muitas vezes (Rm 2.23-24; 12.17; 2 Co 8.21; 1 Tm 3.7; 6.1; Tt 2.5,8; Hb 13.18; 1 Pe 2.12; etc.). O Senhor não diria menos ao Israel espiritual do que ele disse ao Israel físico: "... as nações saberão que eu sou o SENHOR ... quando eu vindicar a minha santidade perante eles" (Ezequiel 36.23).
Mas terceiro, se não discordarmos de um modo que proteja a honra do Senhor, perderemos nossas almas. É simples assim. Há poucos pecados condenados mais claramente no Novo Testamento do que o partidarismo. Paulo escreveu: "Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez, pois sabes que tal pessoa está pervertida, e vive pecando, e por si mesma está condenada" (Tt 3.10-11). De novo, as passagens podem ser multiplicadas (Rm 13.3; Gl 5.20; Fp 1.15; 1 Tm 6.4; 2 Tm 2.14,23; Judas 19, etc.). E note bem: a questão se o ensinamento de alguém é verdadeiro ou falso não é a única coisa que define ser contencioso. Já de início podemos observar que o homem ou mulher que defenda a palavra de um modo que desonra a verdade não terá aposentos mais frescos na eternidade do que aqueles que ensinem falsas doutrinas.
Paulo perguntou aos coríntios em contenda, "Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?" (1 Co 3.3). Em Cristo somos chamados a fazer mais do que o que nos chega "naturalmente." Não é preciso muito caráter ou competência para "lutar" (as pessoas do mundo o fazem todo o tempo), mas os cristãos têm que dar exemplo de um padrão mais alto. Quando estamos "firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica" (Fp 1.27) é quando demonstramos que nossa meta é maior do que nossas diferenças.
Conclusão
Jesus ordenou: "Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (Mt 5.16). Não somos liberados desta obrigação quando a controvérsia irrompe. Na verdade, nunca há uma hora mais importante para sermos cuidadosos com nossa "luz" do que quando desacordos se levantam. Situações controversas dão especial oportunidade para a luz do Senhor brilhar. Ao manejarmos as discórdias de um modo mais honroso do que é conhecido no mundo apresentamos um exemplo que é tanto poderoso como nítido. Mostramos de maneira muito prática que o evangelho realmente tem feito uma diferença em nossas vidas, e que o povo do Senhor tem maturidade para trabalhar através de qualquer dificuldade que ameaça obscurecer a glória do próprio Senhor.
Fontes Consultadas:
- Bíblia de Estudo de Aplicação Pessoal – Editora CPAD – edição 2003
- Bíblia de Estudo Plenitude – SBB/1995 – Barueri/SP
- Bíblia de Estudo Pentecostal – Editora CPAD – Edição 2002.
- Bíblia Shedd – Editora Mundo Cristão – 2ª Edição
- Bíblia de Estudo da Mulher – Editora Mundo Cristão/SBB – Edição 2003
- Dicionário Vine – Editora CPAD – 3ª Edição 2003
- Richards – Lawrence O. – Guia do leitor da Bíblia – Editora CPAD – 8[ Edição/2009
Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
Fonte: PortalEBD
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