sábado, 29 de dezembro de 2012

LIÇÃO 13 MALAQUIAS – A SACRALIDADE DA FAMÍLIA

INTRODUÇÃO
- Chegamos no final de mais um trimestre e passaremos a estudar sobre o último dos profetas menores em relação aos demais estudados anteriormente. Esse profeta é Malaquias, onde a sua mensagem aborda o amor de Deus, o pecado dos sacerdotes, o pecado do povo e a vinda do Senhor. Nas últimas linhas deste livro do Antigo Testamento bíblico, vemos uma exortação de Deus às famílias: "converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos seus pais". No término do livro de Malaquias convida-se ao arrependimento da família como alicerce da sociedade.
I – ESBOÇO DO LIVRO DO PROFETA MALAQUIAS
-  Título 1.1
1 - O amor do Senhor por Israel 1.2-5
2 -  O fracasso dos sacerdotes 1.6-2.9
3 -  A infidelidade do povo 2.10-16
4 -  O dia do Julgamento 2.17-3-5
5 -  Bênção no dar 3.6-12
6 - O destino do ímpio e do Justo 3.13-4.3
7 - Exortação e Promessa 4.4-6

II – ESTRUTURA E DEFINIÇÃO DO LIVRO
1 – Autor
- Embora alguns atribuam Malaquias a um escritor anônimo, considerado por alguns ter sido Esdras, usando o pseudônimo Mal’aki (“Meu mensageiro”), é melhor considerar o livro como escrito pelo próprio profeta. Malaquias não é mencionado em mais nenhum lugar na Bíblia, mas, de seus escritos, podemos aprender que ele teve um grande amor pelo povo de Judá e pelas cerimônias do templo. Ele foi, provavelmente, um contemporâneo de Neemias.
2 – Data
- A falta de menção de qualquer rei ou de incidentes históricos identificáveis torna a datação um tanto difícil. O uso de várias palavras persas no texto e a referência a um templo reconstruído (1.10) tornam a data pós– exílica simultânea com Neemias mais provável ( cerca de 450 aC).
3 - Contexto Histórico
- Como já foi mencionado, Malaquias é o último de muitos homens divinamente inspirados que, num período de uns mil anos, predisseram a vinda do Justo. Não somente eles profetizaram acerca da vinda do Messias, mas também explicaram detalhadamente ao povo seus pecados e os advertiram a respeito do justo julgamento de Deus.
4 – Conteúdo
- Na sua declaração de abertura, Malaquias salienta o amor imutável de Deus por seu povo, devido à sua misericórdia, que dura para sempre. Este é o fundo paras as reprovações e exortações que se seguem. Primeiro, o profeta salientam o desdém aberto e arrogante dos sacerdotes pela Lei e sua influência negativa sobre o povo. O profeta mostra que eles provocam muita queda no pecado. Portanto, ele os adverte de que o Senhor não será um espectador inativo, mas, a não ser que eles se arrependam, serão castigados severamente.
- Depois, ele salienta, em termos não –ambíguos, a traição dos sacerdotes leigos no divórcio de esposas fiéis e casamento de mulheres pagãs que praticam adoração de ídolos. Isso é seguido por uma súplica fervorosa para vigiarem suas paixões e serem fieis às esposas da sua mocidade, dadas a eles pelo Senhor.
- O profeta, além disso, censura as práticas não-religiosas do povo, sua recusa da justiça de Deus e sua defraudação ao Senhor, por reterem os dízimos e as ofertas exigidas.
- Numa linguagem fervorosa e brilhante, Malaquias continua a descrever o tipo original do sacerdócio. Ele profetiza sobre o Sol da Justiça, sobre o Mensageiro do concerto e o grande e terrível dia do julgamento divino, no qual o justo será galardoado, e o ímpio, castigado.
Finalmente, ele exorta o povo a observar as Leis dadas a Israel através de Moisés e promete a vinda do Messias e do seu precursor, Elias (João Batista). Essa declaração conclui o AT e o liga à boas-novas da provisão de Deus no Sol da Justiça descrita no NT.
5 - Cristo Revelado
- No último livro do AT, nós encontramos claras elocuções proféticas com respeito ao repentino aparecimento de Cristo—o anjo do (novo) concerto (3.1). Aquele dia será um tempo de julgamento. “Quem subsistirá, quando ele aparecer?” (3.2) Ninguém , por suas próprias forças pode, mas, para aqueles que temem ao Senhor, “o Sol da Justiça, Jesus (3.1) nascerá e salvação trará debaixo das suas asas”, isto é, um triunfo vitorioso (4.2).
6 - O Espírito Santo em Ação
- A Obra do ES em Malaquias é evidente na sua pessoa e no ministério profético. Seus escritos demonstram que ele foi um profeta dedicado— Uma pessoa nitidamente em sintonia com o ES. Como tal, ele podia ser efetivamente usado para advertir o povo sobre seu comportamento pecaminoso e persuadi-lo a conformar sua vida com a lei do Senhor. O ES, além disso, outorgou a ele o privilégio de levar a linhagem de profetas escritores fiéis e dedicados a um término, permitindo a ele proclamar com clareza e fervor a sua visão da vinda de Cristo.
III – A MENSAGEM DO PROFETA MALAQUIAS E A SUA ATUALIDADE
1 – A negligência nos dízimos e ofertas
- Malaquias foi um dos profetas destemido que não mediu espaço e nem se reservou quando precisou exortar as autoridades religiosas de sua época. O profeta tratou de um assunto que até os dias de hoje muitos se recusam em falar e também em executar, que é o “Dízimo e as ofertas”. Não queremos alongar o assunto até porque o que o profeta Malaquias apresenta aqui em sua mensagem já é o suficiente para quem teme o Senhor Deus na sua palavra. Nos versos de 7 a 12 do capítulo 3, passagem esta que é muito utilizada com o objetivo de se justificar com amparo bíblico a contribuição da décima parte das rendas dos fiéis de uma organização religiosa.
- Embora o dízimo tenha sido reconhecido desde a época de Moisés, nos dias de Malaquias os sacerdotes do templo recolhiam as ofertas e não repassavam para os levitas, para que eles pudessem utilizá-las para cuidar dos próprios levitas, dos órfãos, das viúvas e viajantes. E isso fez com que o profeta (Malaquias) iniciasse uma advertência a todos sobre o roubo do dízimo: "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda." (Malaquias 3:9).
2 – Uma mensagem de sentença
- “Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel, por intermédio de Malaquias” (Ml 1.1) – O profeta Malaquias, em meio a essa aparente calma estava com o coração profundamente agitado. Sua tarefa era muito difícil e o seu dever um grande fardo. A palavra traduzida como “sentença” no versículo 1 vem de uma raiz hebraica que significa “suportar um fardo”. O coração do profeta estava sobrecarregado. Deus tinha dado um fardo a Malaquias. A palavra do Senhor é chamada frequentemente de fardo no Antigo Testamento, porque é tão espessa, rica e carregada de verdade.
- Malaquias não começa sua mensagem dizendo: “eu tenho pensado em algumas coisas e gostaria de compartilhar com vocês”. Ele não disse: “Parece-me...” ou “Acho que vocês precisam ouvir isso...”. Pelo contrário, sua mensagem foi dada pelo próprio Senhor, e era um peso para o profeta. A única maneira de o profeta encontrar alívio era pregando fielmente a mensagem de Deus. As pessoas podem não gostar, mas elas precisam ouvir o que Deus tem a dizer. O pregador precisa entender que a Palavra de Deus não é a sua palavra. Praedicatio Verbi Dei Verbum Dei Est – A pregação da Palavra de Deus é a Palavra de Deus. O pregador é apenas o mensageiro, e não o autor (εὐαγγελίζω). Ele é um semeador, não é a fonte (Mt 13.3, 19). Ele é um arauto, e não a autoridade (κηρύσσω). Ele é um mordomo, não o proprietário (Cl 1.25). Ele é o guia, não o autor (At 8.31). Ele é o servidor do alimento espiritual, não o chefe (João 21.15 e 17).
3 – Uma mensagem da parte do Senhor
- “Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel...” (Ml 1.1) – A expressão “pronunciada pelo Senhor” ou “Esta é a mensagem que o SENHOR Deus mandou” (NTLH), aparece frequentemente como uma introdução para uma profecia, para identificá-la como uma revelação de Deus que carrega sua autoridade. O nome “Senhor” (Yahweh) é, naturalmente, o nome de Deus, que recorda a sua Aliança com Israel no Sinai. Uma vez que a palavra é dirigida a Israel, o fardo deste discurso dizrespeito a problemas na relação de aliança entre Deus e Israel. Assim, Malaquias aborda o problema da degeneração espiritual e da fossilização da fé. É um livro onde o povo de Deus é colocado no banco dos réus, onde Deus é o promotor e a acusação
a decadência espiritual do seu povo.  (Por, Rev. Jocarli A. G.).
CONCLUSÃO
- A pregação da Palavra de Deus é a Palavra de Deus. Portanto, quando esta Palavra é agora anunciada na Igreja por pregadores legitimamente chamados, cremos que a própria Palavra de Deus é anunciada e recebida pelos fiéis; e que nenhuma outra Palavra de Deus pode ser inventada, ou esperada do céu: e que a própria Palavra anunciada é que deve ser levada em conta e não o ministro que a anuncia, pois, mesmo que este seja mau e pecador, contudo a Palavra de Deus permanece boa e verdadeira. Segunda Confissão Helvética. Elaborada em 1562 por Heinrich Bullinger, publicada em 1566 por Frederico III da Palatina, adotada pelas Igrejas Reformadas da Suíça, França, Escócia, Hungria, Polônia e outras.
Bibliografia - Bíblia Plenitude- Apontamentos Teológicos do Autor- Dicionário Oline- http://ipbtabuazeiro.blogspot.com.br/2012/10/introducao-livro-do-profeta-malaquias.html
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. JOSAPHAT BATISTA SOARES

Fonte: PortalEBD

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