INTRODUÇÃO
- Chegamos no final de mais um trimestre e passaremos a estudar sobre o
último dos profetas menores em relação aos demais estudados
anteriormente. Esse profeta é Malaquias, onde a sua mensagem aborda o
amor de Deus, o pecado dos sacerdotes, o pecado do povo e a vinda do
Senhor. Nas últimas linhas deste livro do Antigo Testamento bíblico,
vemos uma exortação de Deus às famílias: "converter o coração dos pais
aos filhos e dos filhos aos seus pais". No término do livro de Malaquias
convida-se ao arrependimento da família como alicerce da sociedade.
I – ESBOÇO DO LIVRO DO PROFETA MALAQUIAS
- Título 1.1
1 - O amor do Senhor por Israel 1.2-5
2 - O fracasso dos sacerdotes 1.6-2.9
3 - A infidelidade do povo 2.10-16
4 - O dia do Julgamento 2.17-3-5
5 - Bênção no dar 3.6-12
6 - O destino do ímpio e do Justo 3.13-4.3
7 - Exortação e Promessa 4.4-6
II – ESTRUTURA E DEFINIÇÃO DO LIVRO
1 – Autor
- Embora alguns atribuam Malaquias a um escritor anônimo, considerado por alguns ter sido Esdras, usando o pseudônimo Mal’aki (“Meu
mensageiro”), é melhor considerar o livro como escrito pelo próprio
profeta. Malaquias não é mencionado em mais nenhum lugar na Bíblia, mas,
de seus escritos, podemos aprender que ele teve um grande amor pelo
povo de Judá e pelas cerimônias do templo. Ele foi, provavelmente, um
contemporâneo de Neemias.
2 – Data
- A falta de menção de qualquer rei ou de incidentes históricos
identificáveis torna a datação um tanto difícil. O uso de várias
palavras persas no texto e a referência a um templo reconstruído (1.10)
tornam a data pós– exílica simultânea com Neemias mais provável ( cerca
de 450 aC).
3 - Contexto Histórico
- Como já foi mencionado, Malaquias é o último de muitos homens
divinamente inspirados que, num período de uns mil anos, predisseram a
vinda do Justo. Não somente eles profetizaram acerca da vinda do
Messias, mas também explicaram detalhadamente ao povo seus pecados e os
advertiram a respeito do justo julgamento de Deus.
4 – Conteúdo
- Na sua declaração de abertura, Malaquias salienta o amor imutável de
Deus por seu povo, devido à sua misericórdia, que dura para sempre. Este
é o fundo paras as reprovações e exortações que se seguem. Primeiro, o
profeta salientam o desdém aberto e arrogante dos sacerdotes pela Lei e
sua influência negativa sobre o povo. O profeta mostra que eles provocam
muita queda no pecado. Portanto, ele os adverte de que o Senhor não
será um espectador inativo, mas, a não ser que eles se arrependam, serão
castigados severamente.
- Depois, ele salienta, em termos não –ambíguos, a traição dos
sacerdotes leigos no divórcio de esposas fiéis e casamento de mulheres
pagãs que praticam adoração de ídolos. Isso é seguido por uma súplica
fervorosa para vigiarem suas paixões e serem fieis às esposas da sua
mocidade, dadas a eles pelo Senhor.
- O profeta, além disso, censura as práticas não-religiosas do povo,
sua recusa da justiça de Deus e sua defraudação ao Senhor, por reterem
os dízimos e as ofertas exigidas.
- Numa linguagem fervorosa e brilhante, Malaquias continua a descrever o tipo original do sacerdócio. Ele profetiza sobre o Sol da Justiça, sobre o Mensageiro do concerto e o grande e terrível dia do julgamento divino, no qual o justo será galardoado, e o ímpio, castigado.
Finalmente, ele exorta o povo a observar as Leis dadas a Israel através de Moisés e promete a vinda do Messias e do seu precursor, Elias (João Batista). Essa declaração conclui o AT e o liga à boas-novas da provisão de Deus no Sol da Justiça descrita no NT.
- Numa linguagem fervorosa e brilhante, Malaquias continua a descrever o tipo original do sacerdócio. Ele profetiza sobre o Sol da Justiça, sobre o Mensageiro do concerto e o grande e terrível dia do julgamento divino, no qual o justo será galardoado, e o ímpio, castigado.
Finalmente, ele exorta o povo a observar as Leis dadas a Israel através de Moisés e promete a vinda do Messias e do seu precursor, Elias (João Batista). Essa declaração conclui o AT e o liga à boas-novas da provisão de Deus no Sol da Justiça descrita no NT.
5 - Cristo Revelado
- No último livro do AT, nós encontramos claras elocuções proféticas
com respeito ao repentino aparecimento de Cristo—o anjo do (novo)
concerto (3.1). Aquele dia será um tempo de julgamento. “Quem
subsistirá, quando ele aparecer?” (3.2) Ninguém , por suas próprias
forças pode, mas, para aqueles que temem ao Senhor, “o Sol da Justiça,
Jesus (3.1) nascerá e salvação trará debaixo das suas asas”, isto é, um
triunfo vitorioso (4.2).
6 - O Espírito Santo em Ação
- A Obra do ES em Malaquias é evidente na sua pessoa e no ministério
profético. Seus escritos demonstram que ele foi um profeta dedicado— Uma
pessoa nitidamente em sintonia com o ES. Como tal, ele podia ser
efetivamente usado para advertir o povo sobre seu comportamento
pecaminoso e persuadi-lo a conformar sua vida com a lei do Senhor. O ES,
além disso, outorgou a ele o privilégio de levar a linhagem de profetas
escritores fiéis e dedicados a um término, permitindo a ele proclamar
com clareza e fervor a sua visão da vinda de Cristo.
III – A MENSAGEM DO PROFETA MALAQUIAS E A SUA ATUALIDADE
1 – A negligência nos dízimos e ofertas
- Malaquias foi um dos profetas destemido que não mediu espaço e nem se
reservou quando precisou exortar as autoridades religiosas de sua
época. O profeta tratou de um assunto que até os dias de hoje muitos se
recusam em falar e também em executar, que é o “Dízimo e as ofertas”.
Não queremos alongar o assunto até porque o que o profeta Malaquias
apresenta aqui em sua mensagem já é o suficiente para quem teme o Senhor
Deus na sua palavra. Nos versos de 7 a 12 do capítulo 3, passagem esta
que é muito utilizada com o objetivo de se justificar com amparo bíblico
a contribuição da décima parte das rendas dos fiéis de uma organização
religiosa.
- Embora o dízimo tenha sido reconhecido desde a época de Moisés, nos
dias de Malaquias os sacerdotes do templo recolhiam as ofertas e não
repassavam para os levitas, para que eles pudessem utilizá-las para
cuidar dos próprios levitas, dos órfãos, das viúvas e viajantes. E isso
fez com que o profeta (Malaquias) iniciasse uma advertência a todos
sobre o roubo do dízimo: "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim
me roubais, vós, a nação toda." (Malaquias 3:9).
2 – Uma mensagem de sentença
- “Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel, por intermédio de Malaquias” (Ml 1.1) – O
profeta Malaquias, em meio a essa aparente calma estava com o coração
profundamente agitado. Sua tarefa era muito difícil e o seu dever um
grande fardo. A palavra traduzida como “sentença” no versículo 1 vem de
uma raiz hebraica que significa “suportar um fardo”. O coração do
profeta estava sobrecarregado. Deus tinha dado um fardo a Malaquias. A
palavra do Senhor é chamada frequentemente de fardo no Antigo
Testamento, porque é tão espessa, rica e carregada de verdade.
- Malaquias não começa sua mensagem dizendo: “eu tenho pensado em
algumas coisas e gostaria de compartilhar com vocês”. Ele não disse:
“Parece-me...” ou “Acho que vocês precisam ouvir isso...”. Pelo
contrário, sua mensagem foi dada pelo próprio Senhor, e era um peso para
o profeta. A única maneira de o profeta encontrar alívio era pregando
fielmente a mensagem de Deus. As pessoas podem não gostar, mas elas
precisam ouvir o que Deus tem a dizer. O pregador precisa entender que a
Palavra de Deus não é a sua palavra. Praedicatio Verbi Dei Verbum Dei Est – A pregação da Palavra de Deus é a Palavra de Deus. O pregador é apenas o mensageiro, e não o autor (εὐαγγελίζω). Ele é um semeador, não é a fonte (Mt 13.3, 19). Ele é um arauto, e não a autoridade (κηρύσσω).
Ele é um mordomo, não o proprietário (Cl 1.25). Ele é o guia, não o
autor (At 8.31). Ele é o servidor do alimento espiritual, não o chefe
(João 21.15 e 17).
3 – Uma mensagem da parte do Senhor
- “Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel...” (Ml 1.1) – A
expressão “pronunciada pelo Senhor” ou “Esta é a mensagem que o SENHOR
Deus mandou” (NTLH), aparece frequentemente como uma introdução para uma
profecia, para identificá-la como uma revelação de Deus que carrega sua
autoridade. O nome “Senhor” (Yahweh) é, naturalmente, o nome de Deus,
que recorda a sua Aliança com Israel no Sinai. Uma vez que a palavra é
dirigida a Israel, o fardo deste discurso dizrespeito a problemas na
relação de aliança entre Deus e Israel. Assim, Malaquias aborda o
problema da degeneração espiritual e da fossilização da fé. É um livro
onde o povo de Deus é colocado no banco dos réus, onde Deus é o promotor
e a acusação
a decadência espiritual do seu povo. (Por, Rev. Jocarli A. G.).
CONCLUSÃO
- A pregação da Palavra de Deus é a Palavra de Deus. Portanto, quando
esta Palavra é agora anunciada na Igreja por pregadores legitimamente
chamados, cremos que a própria Palavra de Deus é anunciada e recebida
pelos fiéis; e que nenhuma outra Palavra de Deus pode ser inventada, ou
esperada do céu: e que a própria Palavra anunciada é que deve ser levada
em conta e não o ministro que a anuncia, pois, mesmo que este seja mau e
pecador, contudo a Palavra de Deus permanece boa e verdadeira. Segunda
Confissão Helvética. Elaborada em 1562 por Heinrich Bullinger, publicada
em 1566 por Frederico III da Palatina, adotada pelas Igrejas Reformadas
da Suíça, França, Escócia, Hungria, Polônia e outras.
Bibliografia - Bíblia Plenitude- Apontamentos
Teológicos do Autor- Dicionário Oline-
http://ipbtabuazeiro.blogspot.com.br/2012/10/introducao-livro-do-profeta-malaquias.html
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. JOSAPHAT BATISTA SOARES
Fonte: PortalEBD
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