Amados professores mais uma vez teremos o privilegio de darmos inicio a mais um trimestre da
Escola dominical a qual o assunto será – O plano da salvação.
O que perfeitamente nos serve de seqüência ao assunto tratado no trimestre passado, nós havíamos estudado acerca dos mais variados embaraços e problemas que surgem na vida cristã, desta vez estudaremos o fato de que em tudo isso Deus tem um plano traçado, a qual é a nossa salvação.
Mas antes mesmo de iniciarmos nosso comentário, tenho de fazer um
alerta aos amados professores. Estamos vivendo uma época a qual
identificamos com os dias as quais o apostolo
Paulo chamou de “dias trabalhosos”. Sendo que a principal característica é a apostasia, ou seja, o abandono da fé, mas o texto de Paulo vai alem disto, pois esta apostasia por parte de alguns cristãos não se resume a deixar a fé apenas, mas sim a uma “substituição” da Palavra de Deus por ventos de doutrinas, ensinamentos humanos e demoníacos.
O que causa um grande prejuízo a Igreja de Cristo, infelizmente vemos a cada dia o enfraquecimento do ensino bíblico, a Palavra pura, genuína;que liberta, transforma, salva vem sendo substituída por outras formas de ensino totalmente inúteis que não causam nenhum efeito no ser interior dos alunos. Não são poucos os professores que negligenciam este dever sublime e acabam por fim optando por oferecer um ensino medíocre e ineficaz, submetendo se a conceitos meramente humanos. Portanto cabe a nós professores sermos portadores da genuína Palavra de Deus, e esta deve ser a ministrada a cada domingo. É neste intuito de auxiliar os irmãos, que tenho procurado, pela misericórdia de Deus, escrever subsídios adicionais a revista.
Este trimestre nos abre a oportunidade de nos aprofundarmos mais no assunto abordado, para tanto devemos tomar todos os recursos teológicos, pois o tema: O plano da salvação é altamente teológico, portanto deixemos à superficialidade de dinâmicas e jogos infrutíferos e retornemos a
Palavra de Deus.
Ore ao Senhor para que ele o auxilie, e que abençoe seus alunos fazendo com que eles possam assimilar o ensino bíblico. Que o Senhor os abençoe.
Texto em estudo: Hb 2.16
Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas.
Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição,
Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram;
Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons {ou distribuições} do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?
Porque não foi aos anjos que sujeitou o mundo futuro, de que falamos, mas, em certo lugar, testificou alguém, dizendo: Que é o homem, para que dele te lembres? Ou o filho do homem, para que o visites?
Aqui o escritor aos hebreus incentiva seus leitores a prestarem mais atenção a verdade que eles haviam ouvido para que não se desviassem através de falsos ensinamentos, prestar atenção, ser vigilante é uma tarefa difícil, pois envolve a nossa mente, corpo e os sentidos.
Pois ouvir o Senhor não significa apenas escutar, mas sim obedecer e colocar em pratica as suas instruções.
“A palavra falada pelos anjos”se refere ao ensino de que anjos trouxeram a Moisés.
Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro. (Gl 3.19)
O escritor tem como tema principal a superioridade de Cristo a qual é o único caminho a chegar ate o pai, o escritor menciona o fato de a fé tem de estar em Cristo, pois ele é superior aos anjos, assim sendo a sua mensagem é mais importante do que as dos anjos, portanto ninguém pode ser indiferente a salvação oferecida pelo Senhor.
Sem duvida alguma, dentre os mais variados pecados que o homem possa cometer, rejeitar, não querer salvação é o pior deles, o mesmo se dá quando já é um cristão e abandona a fé, a própria epístola afirma que essa pessoa está sujeita ao castigo divino.
De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano {ou comum} o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? (Hb 10.29)
Objetivo da lição
Introdução
Nós estamos iniciando hoje mais um trimestre da revista de Pré adolescentes, mas precisamente o terceiro trimestre, a qual temos como tema: O plano da salvação. A qual procurarei dar mais ênfase a este tema, visto a sua grande importância, ainda mais se tratando em uma faixa etária que precisa estar ciente da sua posição diante de Deus, a pouca idade não os impedi de entender e decidir viver como um autentico cristão, visto que a salvação é o alvo principal de todo membro da Igreja.
Mas comecemos pelo Tema: O Plano da salvação. Neste titulo já encontramos algo digno de estudarmos, pois se trata de duas palavras distintas porem significativas: plano e salvação.
Em termos mais simples a salvação diz respeito ao resgate do homem do pecado, o livramento da condenação.
Plano da salvação
Portanto o plano da salvação é projeto de Deus para livrar o homem do pecado e o fazer retornar a mesma posição que ele tinha antes de sua queda. Ao me referi ao plano de Deus para salvação do homem afirmei que existe três situações envolvidas: intenção, estratégia e execução
Nós discorreremos com mais detalhes durante o trimestre, pois embora as Escrituras se referem como sendo simples e de fácil compreensão evangelho (boas novas de salvação) há muitos que não entendem o plano da salvação e até alguns cristãos.
Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo. (2 Co 11.3)
I. O pecado nos separa de Deus
Assim como analisamos o titulo deste trimestre podemos fazer quanto a nossa primeira lição, pois observamos as palavras;pecado e separação.
Como afirmei na orientação didática, estamos estudamos um tema altamente teológico, por esta mesma razão acho necessário aprofundarmos mais;sendo assim achei por bem, compreendermos bem o termo “pecado” antes de tratarmos da separação que ele causa entre Deus e o homem.
Na Teologia a matéria que estuda a salvação se chama Soteriologia, ou seja Doutrina da Salvação, mas nesta primeira aula temos de pedir auxilio a uma matéria também teológica chamada harmatiologia, esta matéria é mais conhecida como Doutrina do Pecado. Filósofos, psicólogos, teólogos liberais, cientistas e muitos outros tem-se ocupado com o mistério da origem do pecado. Os resultados das suas pesquisas diferem muito entre si, mas a Bíblia nos da uma definição correta. Muitos associam o termo pecado como um “ato” ou seja uma atitude, algo que geralmente seja conhecido como errado, é por esta razão que muitas pessoas não tem consciência do pecado, apenas acham que ele esta ligado ao fato do certo e do errado, embora que nos dias em que estamos vivendo esta regra não tem validade alguma, pois todos o valores morais, éticos e sociais estão sendo invertidos.
O pecado antes de qualquer coisa é um “estado” no sentido de condição de vida, o homem sem Deus no mundo vive no pecado, em pecado. Portanto o pecado não pode ser considerado apenas como um ato. É evidente que este aspecto duplo de interpretação se refere a humanidade de um modo amplo, mas individualmente, e ate após sermos salvos por Cristo podemos cometer atos pecaminosos, porém podemos alcançar o pecado, pois estamos reconciliados com Deus.
É neste sentido de “ato” que a Bíblia descreve o pecado de varias formas:
1.2. Definição do pecado
Existem varias definições para a palavra pecado , desde as mais populares, como etimológicas, o dicionário o define como Falta, erro;culpa, vício, Transgressão de preceito religioso.
Na doutrina cristã, o que viola a lei de Deus em matéria grave e leva à condenação da alma.
Mas a Bíblia nos dá um sentido mais exato:
No original grego (língua que foi escrito o Novo Testamento) pecado é Harmatia, o que literalmente significa “perda da marca” o que nos faz refletir sobre a condição de Adão após pecar, de modo semelhante a palavra hamartema denota “ato de desobediência a lei divina”
Na Bíblia encontramos o pecado sendo definido de varias formas:
II. A origem do pecado
Quando procuramos definir a origem do pecado, alguns se enganam não aprofundando no assuntoporque consideram que seu surgimento se deu no Jardim do Éden mediante a pratica sexual entreAdão e Eva, o que gerou o mito do fruto proibido.
Na realidade a origem do pecado não se deu exatamente no Jardim do Éden, ele originou-se no céu, o episódio envolvendo Adão e Eva foi a “entrada do pecado no mundo” sendo que o pecado não estava no fruto, mas na desobediência a Palavra de Deus.
Portanto a origem do pecado não está no homem, mas pelo homem o pecado entrou no mundo.
Pois o homem foi criado a imagem de Deus (Gn 1:27). Foi criado perfeito, a Bíblia diz que Deus fez ao homem reto.
Vede, isto tão somenteachei: que Deus fez ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções. (Ec 7:29).
Quando Adão e Eva foram criados, o pecado já existia no Universo.
2.1. Bíblia defini a origem do pecado
O livro de gênesis esclarece de que forma o pecado, já existente no universo, entrou no mundo, por meio do primeiro casal, mas é a partir do livro do profeta Ezequiel que termos a revelação desta origem.
Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci;no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste;pelo que te lançarei profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor;por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. (Ez 28.1417)
A Bíblia nestes versículos acima nos fala de um querubim de Deus que se desviou da reta justiça, se trata do diabo, pois ele era um anjo de uma classe muito especial os querubins, estes eram anjos protetores. Mas em seu coração foi encontrado iniqüidade, pois como era formoso se orgulhou disto e quis ser semelhante a Deus, desta forma pecou porque se se rebelou contra Deus.
O profeta Isaias também faz menção de sua pessoa.
E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte.
Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. (Is 14.13,14)
Assim nasceu o pecado, como um pensamento no coração do diabo. Ele se orgulhou por que era muito formoso, desejou estabelecer um trono e receber toda a gloria que pertencia somente a
Deus, mas na sua rebelião foi derrotado expulso do céu e lançado na Terra.
Estes textos são um tanto complexos de entender, sendo necessário um estudo mais minucioso da matéria, mas é no Novo Testamento que temos a confirmação de que o pecado se originou no diabo. Esta confirmação foi feita pelo próprio Senhor Jesus:
Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai;ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele;quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. (Jo 8.44)
Sabemos que o diabo não criou nada, mas neste versículo o Senhor afirma que ele é o pai damentira, ou seja, este pecado se originou nele, quando diz: homicida desde o principio esta sereferindo aos dias antes da criação. O apostolo João também fez menção desta realidade.
Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de
Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. (1 Jo 3.8)
III. A origem do pecado no mundo
O pecado havia entrado no universo por meio do diabo, porém o homem vivia no paraíso emabsoluta inocência, em pleno gozo e perfeita comunhão com Deus.
Mas de que maneira esse quadro tão perfeito foi desfeito?
Adão e Eva, por um ato de desobediência, conscientemente abriram a porta pela qual o inimigo entrou e com ele, o pecado e todo o mal que com ele trazia.
Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram. (Rm 5.12)
A arma que o inimigo usou foi à tentação. A Bíblia nos relata esse acontecimento de modo detalhado em Gênesis 3.1,2, 4. Bíblia é sempre a verdade (João 17:17).
O apóstolo Paulo acreditava no fato descrito em Gênesis 3, pois escreveu sobre ele (2 Corintios
11: 2,3;1 Timoteo 2:14). O diabo veio na forma de uma serpente (Gênesis 3:1). Ele, como um anjo caído, um ser com corpo imaterial, um espírito, pode manifestar-se de muitas maneiras.
Qual foi a estratégia aplicada contra Adão e Eva?
O diabo fez vários ataques, um após o outro, até conseguir derrubá-los.
Vejamos este processo:
O diabo procurou, no seu primeiro ataque, despertar duvida sobre a veracidade da Palavra de
Deus. E ele, que é o pai da mentira perguntou, torcendo a Palavra de Deus perguntou;
É assim que Deus disse: não comereis de toda árvore do Jardim? (Gênesis 3:1).
Porém, Deus havia dito: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem do mal, dela não comerás (Gênesis 2.17) Quando Eva, na sua réplica, fez referência ao que Deus havia dito sobre a árvore do meio do jardim, o diabo torceu novamente a palavra: Certamente não morrereis (Gênesis 3;4). A duvida estava plantada.
O Segundo ataque tinha por alvo colocar em duvida as intenções de Deus para com eles, insinuando que Deus não queria que os homens fossem tão felizes como Ele, pois não gostaria que se tornassem tais quais Ele. O diabo disse: Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus? (Gênesis 3:5).
No terceiro ataque, o diabo despertou neles a tentação de se igualarem a Deus, pois lhe disse:
Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como
Deus, sabendo o bem e o mal. Foi exatamente o mesmo pecado que o havia derrubado do céu, querer ser como Deus.
O poder da tentação estava ocupado tanto o entendimento como o sentimento de Eva (Gênesis 3: 6). À vontade deles estava sendo conquistada por um desejo ilícito. Só faltava uma coisa a própria ação. A vontade já contaminada deu o impulso necessário para que Eva cedesse;ela tomou do Fruto, comeu e deu a Adão, que também comeu (Gênesis 3: 6).
3.1. Porque Deus permitiu o pecado entrar no mundo?
Deus havia criado o homem a sua imagem e semelhança;Assim, o homem possuía livre arbítrio.
Como uma criatura de Deus, estava sujeito a Ele e as suas determinações. Porem, o verdadeiro amor ao Senhor se manifesta na obediência a sua Palavra (João 14:15, 23 e 15:14).
Com o livre arbítrio, o homem podia, voluntariamente, mostrar sua inteira disposição de obedecer a Deus de coração. Sem que houvesse tentação, sem que fosse oferecida uma alternativa, o homem não teria tido oportunidade de mostrar que desejava sujeitar-se a Deus em tudo. Assim,
Deus permitiu que Adão e Eva fossem tentados, dando-lhes, porem, as possibilidades de vencer.
Pois a tentação no jardim do Éden era prova final da fidelidade do homem ao seu Criador, seria um teste, para saber se o homem obedeceria de livre e espontânea vontade o mandamento de Deus. Portanto entendemos que a origem do pecado no mundo se deu, não pelo fato de Adão e Eva comerem um fruto proibido, mas pelo fato de não guardarem o mandamento de Deus.
De igual modo, vemos por diversas vezes Deus permitir que venha a tentação sobre os seus servos, afim de a fé seja provada, no caso de Adão e Eva a sua obediência.
Na Bíblia vemos que Deus também permitiu que seu próprio Filho fosse tentado. Jesus passou por uma prova muito mais dura (Lucas 4:1-13). Deus sabia que o seu filho, como homem, tinha possibilidade de cair (se não houvesse essa possibilidade, a tentação teria sido apenas uma representação). Porem, Jesus venceu e permaneceu sem pecado.
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer se das nossas fraquezas;porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. (Hb 4.15)
O fato de Deus permitir que as vezes sejamos tentados não é para nossa perdição, mas sim para aperfeiçoamento da nossa fé, para isto mesmo Ele não permite que sejamos tentados além do que podemos suportar. (1 Co 10.13)
IV. A conseqüência do Pecado
Inicialmente falamos que o pecado não é apenas uma ação, um ato, é também um estado, ou seja, uma condição, a qual o homem vive. Antes de pecar o homem vivia um estado de plena paz, perfeição, harmonia com a natureza, e com Deus.
Após o pecado, este estado mudou, e passou a ser o inverso, totalmente mau, a sua perfeição foi trocada por uma natureza pecaminosa, a paz foi trocada pela dor, pelo sofrimento;a natureza a qual deveria dominar passou a ser uma ameaça a sua própria sobrevivência, e em relação a Deus a comunhão foi interrompida.
As escrituras ainda descrevem dois efeitos do pecado na vida do homem, primeiro as conseqüências desastrosas para sua vida e alma, segundo trouxe da parte de Deus um decreto de condenação. Isto porque o pecado faz o homem ficar debaixo da ira de Deus.
Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;(Rm 1.18)
4.1. O Pecado nos separa de Deus
Os prejuízos que o pecado traz na vida do homem são incalculáveis. O pecado fez o ser humano perder a sua tranqüilidade. Antes que o pecado entrasse no mundo, não existiam angustia, aflição, lágrimas, doenças, morte, depois que o homem caiu, foi obrigado a enfrentar tribulação e angustia. O pecado colocou o homem sob seu domínio, pois ele alastrou se e multiplicou se de tal maneira na vida do homem que o profeta Isaias disse que desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã. (Is 1.6)
O pecado contaminou o entendimento e a consciência do homem (Tt 1:15.). A sua vontade ficou inteiramente sujeita ao mal (Rm 7:19-23). Toda imaginação dos pensamentos do seu coração era só má continuamente (Gn 6:5). Pelo pecado o homem perdeu a sua posição de governo, Deus o colocara para dominar (Gênesis 1:28);porem, pelo pecado, tornou se dominado. Em lugar de ser senhor tornou se escravo da cobiça, da inveja, da avareza e outras conseqüências (1 Tm 6:10).
Mas sem duvida a conseqüência mais grave, além das que já mencionamos aqui, foi a separação da Deus, esta separação veio por meio da morte;o pecado sujeitou o homem a morte, Deus disse no Éden;No dia em que dela comeres, certamente morreras (Gn 2:17). Paulo escreveu que;Por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte (Rm 5:12). Essa palavra se cumpriu no dia da queda, porém temos de entender a morte em dois aspectos, no sentido espiritual e físico:
Em Mateus 8:22, Jesus fala desses dois tipos de morte, ou seja, da morte espiritual e da morte
física.
Para entendermos melhor:
O homem no jardim do éden deveria viver eternamente, contudo Deus havia determinado que não comecem do fruto da arvore da ciência do bem e do mal, porque no dia que eles comecem certamente morreriam. Mas vimos que de imediato o homem não morreu!!! Isto porque a morte a qual Deu se referiu era a morte espiritual, a qual resulta na separação de Deus e o homem. Quando o Senhor disse a Adão que ele havia sido tomado do pó e ao pó retornaria, estava então falando acerca da morte física.
A Bíblia afirma em Isaias 59.2 que o pecado faz divisão entre Deus e nós, foi exatamente isto que aconteceu no jardim do Éden, todos os dias o homem tinha comunhão com Deus, pois Deus vinha ao seu encontro na viração do dia. Mas com a queda o homem perdeu essa comunhão, pois após a queda foram expulsos do jardim do éden, e passaram a viver sem Deus no mundo.
Conclusão
Concluirmos nossa primeira aula, onde vimos um panorama do que estudaremos neste trimestre, ou seja sobre o plano da salvação, portanto o professor deve ser esforçar para entender a matéria e passar aos alunos de forma compreensível, pois alem de teológico é um trimestre evangelístico.
Que Deus os abençoe
Colaboração Portal Escola Dominical:Profº Jair César S. Oliveira
Fonte: PortalEBD
Paulo chamou de “dias trabalhosos”. Sendo que a principal característica é a apostasia, ou seja, o abandono da fé, mas o texto de Paulo vai alem disto, pois esta apostasia por parte de alguns cristãos não se resume a deixar a fé apenas, mas sim a uma “substituição” da Palavra de Deus por ventos de doutrinas, ensinamentos humanos e demoníacos.
O que causa um grande prejuízo a Igreja de Cristo, infelizmente vemos a cada dia o enfraquecimento do ensino bíblico, a Palavra pura, genuína;que liberta, transforma, salva vem sendo substituída por outras formas de ensino totalmente inúteis que não causam nenhum efeito no ser interior dos alunos. Não são poucos os professores que negligenciam este dever sublime e acabam por fim optando por oferecer um ensino medíocre e ineficaz, submetendo se a conceitos meramente humanos. Portanto cabe a nós professores sermos portadores da genuína Palavra de Deus, e esta deve ser a ministrada a cada domingo. É neste intuito de auxiliar os irmãos, que tenho procurado, pela misericórdia de Deus, escrever subsídios adicionais a revista.
Este trimestre nos abre a oportunidade de nos aprofundarmos mais no assunto abordado, para tanto devemos tomar todos os recursos teológicos, pois o tema: O plano da salvação é altamente teológico, portanto deixemos à superficialidade de dinâmicas e jogos infrutíferos e retornemos a
Palavra de Deus.
Ore ao Senhor para que ele o auxilie, e que abençoe seus alunos fazendo com que eles possam assimilar o ensino bíblico. Que o Senhor os abençoe.
Texto em estudo: Hb 2.16
Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas.
Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição,
Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram;
Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons {ou distribuições} do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?
Porque não foi aos anjos que sujeitou o mundo futuro, de que falamos, mas, em certo lugar, testificou alguém, dizendo: Que é o homem, para que dele te lembres? Ou o filho do homem, para que o visites?
Aqui o escritor aos hebreus incentiva seus leitores a prestarem mais atenção a verdade que eles haviam ouvido para que não se desviassem através de falsos ensinamentos, prestar atenção, ser vigilante é uma tarefa difícil, pois envolve a nossa mente, corpo e os sentidos.
Pois ouvir o Senhor não significa apenas escutar, mas sim obedecer e colocar em pratica as suas instruções.
“A palavra falada pelos anjos”se refere ao ensino de que anjos trouxeram a Moisés.
Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro. (Gl 3.19)
O escritor tem como tema principal a superioridade de Cristo a qual é o único caminho a chegar ate o pai, o escritor menciona o fato de a fé tem de estar em Cristo, pois ele é superior aos anjos, assim sendo a sua mensagem é mais importante do que as dos anjos, portanto ninguém pode ser indiferente a salvação oferecida pelo Senhor.
Sem duvida alguma, dentre os mais variados pecados que o homem possa cometer, rejeitar, não querer salvação é o pior deles, o mesmo se dá quando já é um cristão e abandona a fé, a própria epístola afirma que essa pessoa está sujeita ao castigo divino.
De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano {ou comum} o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? (Hb 10.29)
Objetivo da lição
· Fazer os alunos entenderem o que é Pecado
· Mostrar as graves conseqüências na vida do ser humano
· Apontar a obra redentora de Cristo
· Definir o termo “separação”
Introdução
Nós estamos iniciando hoje mais um trimestre da revista de Pré adolescentes, mas precisamente o terceiro trimestre, a qual temos como tema: O plano da salvação. A qual procurarei dar mais ênfase a este tema, visto a sua grande importância, ainda mais se tratando em uma faixa etária que precisa estar ciente da sua posição diante de Deus, a pouca idade não os impedi de entender e decidir viver como um autentico cristão, visto que a salvação é o alvo principal de todo membro da Igreja.
Mas comecemos pelo Tema: O Plano da salvação. Neste titulo já encontramos algo digno de estudarmos, pois se trata de duas palavras distintas porem significativas: plano e salvação.
· Plano - Ao conferimos o dicionário vemos que plano é um
projeto ou empreendimento com fim determinado;Conjunto de métodos e
medidas para a execução de um projeto, Documento que encerra um conjunto
de ações governamentais a serem adotadas, visando determinado objetivo:
Arranjo ou disposição de uma obra, Intento, propósito, desígnio. Logo
entendemos que plano envolve intenção, estratégia e execução para
que assim umm propósito seja alcançado, e é isto que iremos estudar
neste trimestre;o propósito, o plano de Deus para resgatar o homem do
pecado.
· Salvação - Segundo o dicionário salvação é o Ato ou efeito de
salvar (se), ou de remir. Mas é a palavra remir que nos dar uma
definição melhor, observe: Remir significa: Adquirir de novo, Tirar do
cativeiro, do poder alheio;resgatar, compensar, reparar, ressarcir,
Livrar das penas do Inferno;salvar, expiar, pagar, libertar,
recuperar-se de uma falta;reabilitar-se, livrar-se de uma situação
arriscada.
Em termos mais simples a salvação diz respeito ao resgate do homem do pecado, o livramento da condenação.
Plano da salvação
Portanto o plano da salvação é projeto de Deus para livrar o homem do pecado e o fazer retornar a mesma posição que ele tinha antes de sua queda. Ao me referi ao plano de Deus para salvação do homem afirmei que existe três situações envolvidas: intenção, estratégia e execução
a. Intenção: o Senhor Deus desejou salvar o homem, por seu grande
amor. Leia João 3.16 .Deus amou o mundo e o quis salvar.
b. Estratégia: para que seu desejo, ou melhor, dizendo sua vontade
fosse cumprida , projetou um plano de salvação segundo a sua justiça.
c. Execução: a execução deste plano seria realizada por Cristo, segundo a promessa feita a Adão
Nós discorreremos com mais detalhes durante o trimestre, pois embora as Escrituras se referem como sendo simples e de fácil compreensão evangelho (boas novas de salvação) há muitos que não entendem o plano da salvação e até alguns cristãos.
Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo. (2 Co 11.3)
I. O pecado nos separa de Deus
Assim como analisamos o titulo deste trimestre podemos fazer quanto a nossa primeira lição, pois observamos as palavras;pecado e separação.
Como afirmei na orientação didática, estamos estudamos um tema altamente teológico, por esta mesma razão acho necessário aprofundarmos mais;sendo assim achei por bem, compreendermos bem o termo “pecado” antes de tratarmos da separação que ele causa entre Deus e o homem.
Na Teologia a matéria que estuda a salvação se chama Soteriologia, ou seja Doutrina da Salvação, mas nesta primeira aula temos de pedir auxilio a uma matéria também teológica chamada harmatiologia, esta matéria é mais conhecida como Doutrina do Pecado. Filósofos, psicólogos, teólogos liberais, cientistas e muitos outros tem-se ocupado com o mistério da origem do pecado. Os resultados das suas pesquisas diferem muito entre si, mas a Bíblia nos da uma definição correta. Muitos associam o termo pecado como um “ato” ou seja uma atitude, algo que geralmente seja conhecido como errado, é por esta razão que muitas pessoas não tem consciência do pecado, apenas acham que ele esta ligado ao fato do certo e do errado, embora que nos dias em que estamos vivendo esta regra não tem validade alguma, pois todos o valores morais, éticos e sociais estão sendo invertidos.
O pecado antes de qualquer coisa é um “estado” no sentido de condição de vida, o homem sem Deus no mundo vive no pecado, em pecado. Portanto o pecado não pode ser considerado apenas como um ato. É evidente que este aspecto duplo de interpretação se refere a humanidade de um modo amplo, mas individualmente, e ate após sermos salvos por Cristo podemos cometer atos pecaminosos, porém podemos alcançar o pecado, pois estamos reconciliados com Deus.
É neste sentido de “ato” que a Bíblia descreve o pecado de varias formas:
1.2. Definição do pecado
Existem varias definições para a palavra pecado , desde as mais populares, como etimológicas, o dicionário o define como Falta, erro;culpa, vício, Transgressão de preceito religioso.
Na doutrina cristã, o que viola a lei de Deus em matéria grave e leva à condenação da alma.
Mas a Bíblia nos dá um sentido mais exato:
No original grego (língua que foi escrito o Novo Testamento) pecado é Harmatia, o que literalmente significa “perda da marca” o que nos faz refletir sobre a condição de Adão após pecar, de modo semelhante a palavra hamartema denota “ato de desobediência a lei divina”
Na Bíblia encontramos o pecado sendo definido de varias formas:
· Transgressão - Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição. (Hb 2.2)
Literalmente, significa ir alem do limite, (Romanos 4:15). Os
mandamentos de Deus são cercas, por assim dizer, que impedem ao homem
entrar em território perigoso e dessa maneira sofrer prejuízo para sua
alma. Adão caiu em transgressão (1 Timoteo 2:14;Romanos 5:14), o que
significa que ele violou as ordens de Deus, deixando de cumpri-las. Toda
a transgressão desonra a Deus. Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?(Rm 2.23)
· Impiedade - Significa uma ação sem piedade, isto é, uma ação
sem amor, sem adoração e devoção as coisas de Deus. O homem ímpio e o
que dá pouca ou nenhuma importância a Deus e às coisas sagradas. Estas
não produzem nele nenhum sentimento de temor e reverencia. Ele esta sem
Deus porque não quer saber de Deus.
Ensinando-nosque, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente, (Tt 2.12)
· Injustiça - Justiça é um procedimento de acordo com o
direito. Quando isso falta, então se trata de injustiça, ou seja, Ação
ou coisa injusta.
Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêma verdade em injustiça;(Rm 1.18)
· Desobediência - Significa insubmissão ou rebelião,
literalmente ouvir mal, ouvir com falta de atenção, coisa que, diante de
Deus, é como feitiçaria (Samuel 15:2). Foi o que Adão e Eva cometeram.
Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pelaobediência de um, muitos serão feitos justos. (Rm 5.19).
O dicionário definiu a desobediência como: não se submeter;transgredir,
infringir, violar: Portanto desobediência é uma das formas que o pecado
se revela.
· Iniqüidade - Significa uma falta de equidade, de
reconhecimento do direito ou dos princípios imutáveis da justiça. È algo
que promove desordem, e quanta desordem o pecado não causou na vida do
homem. Quando Lúcifer se rebelou contra Deus, promoveu a eterna
desordem. O anticristo é, por isso, chamado o iníquo (2 Ts 2:8). Mas indignação e ira aos que são contenciosos e desobedientes à verdade e obedientes à iniqüidade;(Rm 2.8)Toda iniqüidade é pecado, e há pecado que não é para morte. (1 Jo 5,17)
· Divida - O Homem deve (A palavra deve vem de divida) a Deus a
guarda dos seus mandamentos;todo pecado cometido e contração de uma
divida. Incapaz de paga-la, a única esperança do homem é ser perdoado,
ou obter remissão da divida. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. (Mt 6.12)
· O erro (Hebreus 9:7) - Descreve aqueles pecados cometidos
como fruto da ignorância, e dessa maneira se diferenciam daqueles
pecados cometidos presunçosamente, apesar da luz esclarecedora. O homem
que desafiadoramente, decide fazer o mal, incorre em maior grau de culpa
do que aquele que e apanhado em falta, que foi levado por ignorância.
Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por simesmo e pelas culpas do povo;(Hb 9.7)
Quando procuramos definir a origem do pecado, alguns se enganam não aprofundando no assuntoporque consideram que seu surgimento se deu no Jardim do Éden mediante a pratica sexual entreAdão e Eva, o que gerou o mito do fruto proibido.
Na realidade a origem do pecado não se deu exatamente no Jardim do Éden, ele originou-se no céu, o episódio envolvendo Adão e Eva foi a “entrada do pecado no mundo” sendo que o pecado não estava no fruto, mas na desobediência a Palavra de Deus.
Portanto a origem do pecado não está no homem, mas pelo homem o pecado entrou no mundo.
Pois o homem foi criado a imagem de Deus (Gn 1:27). Foi criado perfeito, a Bíblia diz que Deus fez ao homem reto.
Vede, isto tão somenteachei: que Deus fez ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções. (Ec 7:29).
Quando Adão e Eva foram criados, o pecado já existia no Universo.
2.1. Bíblia defini a origem do pecado
O livro de gênesis esclarece de que forma o pecado, já existente no universo, entrou no mundo, por meio do primeiro casal, mas é a partir do livro do profeta Ezequiel que termos a revelação desta origem.
Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci;no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste;pelo que te lançarei profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor;por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. (Ez 28.1417)
A Bíblia nestes versículos acima nos fala de um querubim de Deus que se desviou da reta justiça, se trata do diabo, pois ele era um anjo de uma classe muito especial os querubins, estes eram anjos protetores. Mas em seu coração foi encontrado iniqüidade, pois como era formoso se orgulhou disto e quis ser semelhante a Deus, desta forma pecou porque se se rebelou contra Deus.
O profeta Isaias também faz menção de sua pessoa.
E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte.
Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. (Is 14.13,14)
Assim nasceu o pecado, como um pensamento no coração do diabo. Ele se orgulhou por que era muito formoso, desejou estabelecer um trono e receber toda a gloria que pertencia somente a
Deus, mas na sua rebelião foi derrotado expulso do céu e lançado na Terra.
Estes textos são um tanto complexos de entender, sendo necessário um estudo mais minucioso da matéria, mas é no Novo Testamento que temos a confirmação de que o pecado se originou no diabo. Esta confirmação foi feita pelo próprio Senhor Jesus:
Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai;ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele;quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. (Jo 8.44)
Sabemos que o diabo não criou nada, mas neste versículo o Senhor afirma que ele é o pai damentira, ou seja, este pecado se originou nele, quando diz: homicida desde o principio esta sereferindo aos dias antes da criação. O apostolo João também fez menção desta realidade.
Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de
Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. (1 Jo 3.8)
III. A origem do pecado no mundo
O pecado havia entrado no universo por meio do diabo, porém o homem vivia no paraíso emabsoluta inocência, em pleno gozo e perfeita comunhão com Deus.
Mas de que maneira esse quadro tão perfeito foi desfeito?
Adão e Eva, por um ato de desobediência, conscientemente abriram a porta pela qual o inimigo entrou e com ele, o pecado e todo o mal que com ele trazia.
Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram. (Rm 5.12)
A arma que o inimigo usou foi à tentação. A Bíblia nos relata esse acontecimento de modo detalhado em Gênesis 3.1,2, 4. Bíblia é sempre a verdade (João 17:17).
O apóstolo Paulo acreditava no fato descrito em Gênesis 3, pois escreveu sobre ele (2 Corintios
11: 2,3;1 Timoteo 2:14). O diabo veio na forma de uma serpente (Gênesis 3:1). Ele, como um anjo caído, um ser com corpo imaterial, um espírito, pode manifestar-se de muitas maneiras.
Qual foi a estratégia aplicada contra Adão e Eva?
O diabo fez vários ataques, um após o outro, até conseguir derrubá-los.
Vejamos este processo:
O diabo procurou, no seu primeiro ataque, despertar duvida sobre a veracidade da Palavra de
Deus. E ele, que é o pai da mentira perguntou, torcendo a Palavra de Deus perguntou;
É assim que Deus disse: não comereis de toda árvore do Jardim? (Gênesis 3:1).
Porém, Deus havia dito: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem do mal, dela não comerás (Gênesis 2.17) Quando Eva, na sua réplica, fez referência ao que Deus havia dito sobre a árvore do meio do jardim, o diabo torceu novamente a palavra: Certamente não morrereis (Gênesis 3;4). A duvida estava plantada.
O Segundo ataque tinha por alvo colocar em duvida as intenções de Deus para com eles, insinuando que Deus não queria que os homens fossem tão felizes como Ele, pois não gostaria que se tornassem tais quais Ele. O diabo disse: Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus? (Gênesis 3:5).
No terceiro ataque, o diabo despertou neles a tentação de se igualarem a Deus, pois lhe disse:
Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como
Deus, sabendo o bem e o mal. Foi exatamente o mesmo pecado que o havia derrubado do céu, querer ser como Deus.
O poder da tentação estava ocupado tanto o entendimento como o sentimento de Eva (Gênesis 3: 6). À vontade deles estava sendo conquistada por um desejo ilícito. Só faltava uma coisa a própria ação. A vontade já contaminada deu o impulso necessário para que Eva cedesse;ela tomou do Fruto, comeu e deu a Adão, que também comeu (Gênesis 3: 6).
3.1. Porque Deus permitiu o pecado entrar no mundo?
Deus havia criado o homem a sua imagem e semelhança;Assim, o homem possuía livre arbítrio.
Como uma criatura de Deus, estava sujeito a Ele e as suas determinações. Porem, o verdadeiro amor ao Senhor se manifesta na obediência a sua Palavra (João 14:15, 23 e 15:14).
Com o livre arbítrio, o homem podia, voluntariamente, mostrar sua inteira disposição de obedecer a Deus de coração. Sem que houvesse tentação, sem que fosse oferecida uma alternativa, o homem não teria tido oportunidade de mostrar que desejava sujeitar-se a Deus em tudo. Assim,
Deus permitiu que Adão e Eva fossem tentados, dando-lhes, porem, as possibilidades de vencer.
Pois a tentação no jardim do Éden era prova final da fidelidade do homem ao seu Criador, seria um teste, para saber se o homem obedeceria de livre e espontânea vontade o mandamento de Deus. Portanto entendemos que a origem do pecado no mundo se deu, não pelo fato de Adão e Eva comerem um fruto proibido, mas pelo fato de não guardarem o mandamento de Deus.
De igual modo, vemos por diversas vezes Deus permitir que venha a tentação sobre os seus servos, afim de a fé seja provada, no caso de Adão e Eva a sua obediência.
Na Bíblia vemos que Deus também permitiu que seu próprio Filho fosse tentado. Jesus passou por uma prova muito mais dura (Lucas 4:1-13). Deus sabia que o seu filho, como homem, tinha possibilidade de cair (se não houvesse essa possibilidade, a tentação teria sido apenas uma representação). Porem, Jesus venceu e permaneceu sem pecado.
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer se das nossas fraquezas;porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. (Hb 4.15)
O fato de Deus permitir que as vezes sejamos tentados não é para nossa perdição, mas sim para aperfeiçoamento da nossa fé, para isto mesmo Ele não permite que sejamos tentados além do que podemos suportar. (1 Co 10.13)
IV. A conseqüência do Pecado
Inicialmente falamos que o pecado não é apenas uma ação, um ato, é também um estado, ou seja, uma condição, a qual o homem vive. Antes de pecar o homem vivia um estado de plena paz, perfeição, harmonia com a natureza, e com Deus.
Após o pecado, este estado mudou, e passou a ser o inverso, totalmente mau, a sua perfeição foi trocada por uma natureza pecaminosa, a paz foi trocada pela dor, pelo sofrimento;a natureza a qual deveria dominar passou a ser uma ameaça a sua própria sobrevivência, e em relação a Deus a comunhão foi interrompida.
As escrituras ainda descrevem dois efeitos do pecado na vida do homem, primeiro as conseqüências desastrosas para sua vida e alma, segundo trouxe da parte de Deus um decreto de condenação. Isto porque o pecado faz o homem ficar debaixo da ira de Deus.
Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;(Rm 1.18)
4.1. O Pecado nos separa de Deus
Os prejuízos que o pecado traz na vida do homem são incalculáveis. O pecado fez o ser humano perder a sua tranqüilidade. Antes que o pecado entrasse no mundo, não existiam angustia, aflição, lágrimas, doenças, morte, depois que o homem caiu, foi obrigado a enfrentar tribulação e angustia. O pecado colocou o homem sob seu domínio, pois ele alastrou se e multiplicou se de tal maneira na vida do homem que o profeta Isaias disse que desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã. (Is 1.6)
O pecado contaminou o entendimento e a consciência do homem (Tt 1:15.). A sua vontade ficou inteiramente sujeita ao mal (Rm 7:19-23). Toda imaginação dos pensamentos do seu coração era só má continuamente (Gn 6:5). Pelo pecado o homem perdeu a sua posição de governo, Deus o colocara para dominar (Gênesis 1:28);porem, pelo pecado, tornou se dominado. Em lugar de ser senhor tornou se escravo da cobiça, da inveja, da avareza e outras conseqüências (1 Tm 6:10).
Mas sem duvida a conseqüência mais grave, além das que já mencionamos aqui, foi a separação da Deus, esta separação veio por meio da morte;o pecado sujeitou o homem a morte, Deus disse no Éden;No dia em que dela comeres, certamente morreras (Gn 2:17). Paulo escreveu que;Por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte (Rm 5:12). Essa palavra se cumpriu no dia da queda, porém temos de entender a morte em dois aspectos, no sentido espiritual e físico:
Em Mateus 8:22, Jesus fala desses dois tipos de morte, ou seja, da morte espiritual e da morte
física.
o A morte física. É a separação do espírito e alma do corpo.
o A morte espiritual. É a separação entre o homem e Deus.
Para entendermos melhor:
O homem no jardim do éden deveria viver eternamente, contudo Deus havia determinado que não comecem do fruto da arvore da ciência do bem e do mal, porque no dia que eles comecem certamente morreriam. Mas vimos que de imediato o homem não morreu!!! Isto porque a morte a qual Deu se referiu era a morte espiritual, a qual resulta na separação de Deus e o homem. Quando o Senhor disse a Adão que ele havia sido tomado do pó e ao pó retornaria, estava então falando acerca da morte física.
A Bíblia afirma em Isaias 59.2 que o pecado faz divisão entre Deus e nós, foi exatamente isto que aconteceu no jardim do Éden, todos os dias o homem tinha comunhão com Deus, pois Deus vinha ao seu encontro na viração do dia. Mas com a queda o homem perdeu essa comunhão, pois após a queda foram expulsos do jardim do éden, e passaram a viver sem Deus no mundo.
Conclusão
Concluirmos nossa primeira aula, onde vimos um panorama do que estudaremos neste trimestre, ou seja sobre o plano da salvação, portanto o professor deve ser esforçar para entender a matéria e passar aos alunos de forma compreensível, pois alem de teológico é um trimestre evangelístico.
Que Deus os abençoe
Colaboração Portal Escola Dominical:Profº Jair César S. Oliveira
Fonte: PortalEBD
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