sexta-feira, 12 de julho de 2013

LIÇÃO 2 - CONHECENDO JESUS

TEXTO BÍBLICO  Jo 1.10-18

ENFOQUE BIBLICO

“E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14)
OBJETIVOS

Diferenciar os aspectos humanos e divinos da natureza de Cristo.
Descrever os ofícios ministeriais de Cristo.
Analisar o propósito maior da missão de Cristo na terra.

INTRODUÇÃO

“Em Jesus vivendo cada dia, Em Jesus eu tenho alegria! Em Jesus, oh, doce harmonia! Em Jesus desfruto a paz de Deus” (HC 400)


OS ASPECTOS HUMANOS E DIVINOS DA NATUREZA DE CRISTO

A encarnação de Cristo dentre todos os elementos é o mais fundamental de todos, refere-se à união da divindade com a humanidade, na pessoa de Jesus Cristo. O Eterno Filho de Deus tornou-se homem, este é um ensino claríssimo nas Escrituras. Era impossível o cumprimento das profecias sem que Cristo se tornasse homem e viesse ao mundo para sofrer e morrer por nós.

Até hoje o ato da encarnação de Jesus Cristo é algo intrigante para a ciência, Deus agiu de maneira completamente nova, Jesus foi concebido pelo poder do Espírito Santo. Ele foi colocado no ventre de Maria por um ato singular da criação, rompendo toda cadeia da geração humana. É uma produção sobrenatural, Deus pondo em movimento o seu plano de redenção (Gl 4.4). A encarnação é o ponto alto para o pecador, pois por meio dela tornou-se possível a reconciliação entre Deus e o homem.

A humanidade de Jesus tem uma significação singular dentro do plano divino da salvação. A arvore genealógica é traçada para mostrar seus ancestrais,  é provada a sua descendência chegando a Davi, provando assim seu direito ao trono de Israel, necessário para que os judeus o aceitem como Rei e Messias (Mt 1.1-17).  A prova de que era filho de Abraão, traduz no direito da promessa, por meio de quem todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gn 22.17,18). O evangelista Lucas acompanha a linhagem até Adão, demonstrando assim que de fato ele era homem da mesma linhagem dos demais (Lc 3.23-38)

Apesar de todas estas provas é importante salientar que Jesus não teve pai humano natural. Quando o anjo trouxe a mensagem a Maria, sua pergunta foi: “Como se fará isto, visto que não conheço varão?” (Lc 1.34). É muito difícil fazer uma explicação, quando o assunto é milagre, pois humanamente falando, isto é impossível, era naqueles dias e ainda hoje o é, agora para Deus nada é impossível (Lc 1.37). Uma fecundação sobrenatural, porem o nascimento de Jesus, foi um nascimento humano, como o de qualquer outro ser humano.

Ele nascera de uma mulher, teve irmãos e irmãs (Mt 1.18,20; 12.47; 13.55,56), era uma criança que precisava de colo, carinho, chorou como todas as demais crianças. Desenvolveu física e mentalmente, de acordo com as leis ordinárias do crescimento humano, participou como membro normal de uma comunidade (Mt 13.35; Lc 2.40; Jo 7.15). Temos registrado seu desenvolvimento intelectual, espiritual, físico e social, não há com negar que ele tenha sido humano.

Alem destes registros temos evidencias de que sua aparência humana era similar a dos outros homens, tanto é que quando ele falava ser filho de Deus e um com o Pai, deixava os demais indignados, pois olhavam e via um mero ser mortal (Jo 10.33). Seu nome também é uma prova da sua humanidade, Jesus é uma forma grega de Josué, mas ele também é chamado de filho de Davi, de Abraão, filho do homem, parece que ele gostava mais dessa ultima “filho do homem”. Podemos ainda provar sua humanidade pelas suas necessidades fisiológicas, teve fome, sede, cansaço, sofreu, chorou, angustiou-se e, por fim passou pela agonia da morte. Ressuscitando ao terceiro dia, de modo poderoso e triunfante, por ter cumprido o seu ministério. (1Co 15.3,4)

Jesus também é Deus, na verdade o Deus que se fez carne e habitou entre nós. Varias vezes Jesus usou a expressão “Eu sou”, revelando a sua divindade. Não há duvida sobre a sua deidade, por varias vezes ele recebeu adoração da parte dos homens, perdoou pecados, ressuscitou mortos e em determinados momentos fez julgamentos, coisas que só cabem a Deus (Ex 20.3-5). Assim como a expressão “Filho do homem”, significa nascido do homem a expressão “Filho de Deus” significa nascido de Deus. Jesus não é um filho de Deus, ele é O FILHO DE DEUS, isto no sentido único, não há outra pessoa no universo que ostente este titulo.

Declarações que provam a sua divindade
a)      Ser um com o Pai (Jo 10.30) – significa ser o mesmo Deus e não a mesma pessoa.
b)       Ele é o verbo de Deus (Jo 1.1)
c)       Ele é o pão da vida (Jo 6.35,48,51;12.46)
d)       Ele é a luz do mundo (Jo 8.12)
e)       Ele é (Jo 8.18,23,24,28,58;13.9)
f)        Ele é a ressurreição e a vida (Jo 11.25)
g)       Ele é o caminho, Verdade e Vida (Jo 14.6)
“Ele é o Eterno e verdadeiro Deus, e ao mesmo tempo verdadeiro e perfeito homem, algo desconhecido na raça humana devido a queda no Éden.” (Lição Bíblica; 1º Semestre 2008, comentada pelo pastor Esequias Soares)

OS OFICIOS MINISTERIAIS DE CRISTO

Os ofícios de Cristo envolviam as três classes de mediadores entre Deus e o seu povo, ele agiu como profeta, sacerdote e rei.
a) O profeta (Is 42.1; Rm 15.8;Mt 21.11)
Como profeta ele pregou a salvação, geralmente os profetas exerciam seu ministério, quando havia crise no governo e confusão entre o povo. Jesus exerceu seu ministério profético num momento de comoção nacional, a nação judaica anelava a libertação. Assim como os profetas ensinavam o caminho para sair das dificuldades, o Senhor Jesus apresentou o escape do poder da culpa do pecado, não apresentou apenas a nação, mas também ao individuo. O caminho mostrado por ele era o que ele mesmo abriu o caminho da salvação por sua morte na cruz.

Moises foi o primeiro profeta nacional, ele tornou o modelo para os demais profetas. Mais tarde Samuel instituiu as escolas de profetas, o próprio Jesus se considerava profeta (Mt 13.57; Lc 4.24; 13.33). Jesus não é apenas um profeta, ele é Deus em forma humana, o Emanuel – Deus conosco. Ele reunia todas as condições necessárias ao exercício do ministério profético e só ele pode exercer o ministério de forma singular. O ministério profético de Jesus continua por meio da igreja, por intermédio da inspiração do Espírito Santo, a igreja edifica, exorta e consola alicerçada na Palavra de Deus.

b) Sacerdote (Hb 8.3)
O Sacerdote era uma pessoa divinamente consagrada para representar o homem diante de Deus. Era ele também o responsável para oferecer os sacrifícios pelo povo, Jesus no Calvário, como sacerdote, ofereceu-se a si mesmo, o sacrifício. Conseguindo assegurar o perdão para a humanidade e a aceitação do homem perante Deus. O sacerdote no AT ministrava as coisas sagradas, os romanos chamavam-no de pontifex, “aquele que estabelece uma ponte”, o elo entre Deus e o homem.

O profeta como já vimos tinha a função de trazer de Deus para o homem e o sacerdote leva do homem para Deus. Jesus cristo veio de Deus e trouxe a mensagem profética, ensinou-nos o caminho para o céu, viveu aqui como homem sentiu as dores que o homem sente. Só havia uma maneira de solucionar o problema, o oferecimento de um sacrifício vivo, consciente, que fosse aceito por Deus. Os descendentes de Arão ofereceram sacrifícios por si e pelos pecados do povo, Jesus ofereceu-se a si mesmo a Deus como perfeito e perpetuo sacrifício (Hb 7.26,27). Ao mesmo tempo em que era o Sumo Sacerdote, ele era também o sacrifício santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores (Hb 9.11-15).

c) Rei (Gn 14.18,19; Hb 7.1-3)
Jesus é o governante perfeito, Melquisedeque, tanto era rei de Salém, como também era sacerdote do Deus Altíssimo. Um dos títulos de Jesus era “Filho de Davi”, Davi foi ungido rei secretamente e somente alguns anos mais tarde seria apresentado publicamente (2Sm 2.4;5.3). Deus escolheu Davi, filho de Jesse para ser o rei de Israel, um rei segundo o coração de Deus, que agiria de acordo com a vontade divina. Em Davi foi feita a promessa de um trono eterno, o Espírito Santo, ao longo da história tratou de revelar o caráter do futuro Messias e de seu Reino, que seria descendente de Davi (Sl 89.3,4; Is 9.7).

Todo o Israel esperava o cumprimento desta promessa, porem aconteceu o nascimento de Cristo, o único que possuía as características das profecias e os israelitas não vira. O Evangelista Mateus, conta a genealogia de Jesus, ligando-o a família de Davi e mostrando seu direito ao trono. Provando aos judeus que Jesus era o Messias esperado que governaria eternamente (Is 11.1-5). Em sua entrada triunfal em Jerusalém, estava claro que era ele o Messias, pois estava se cumprindo a profecia  de Zacarias (Zc 9.9). Horas depois estava preso e na presença de Pilatos, que o interrogava e dentre as varias indagações, ele perguntou: “És o Rei dos Judeus?” Ele explicou que sim, mas colocando que seu reino não era deste mundo, e, nem fundado por forças humanas e muito menos dirigido por ideais humanos. Mesmo pendurado na cruz, sem forças todo ensangüentado, sofrendo dores insuportáveis, não perdeu a majestade, um daqueles malfeitores que estavam crucificados ao seu lado, viu o que nenhum dos judeus tinha visto.

Alem do rosto todo ensangüentado, seu corpo todo dilacerado, sua angustia, toda a sua expressão era de dor. Aquele malfeitor conseguiu vê-lo como Rei. “Lembra-te de mim quando entrares no teu reino” (Lc 23.42), e ele como Rei falou: “hoje estarás comigo no Paraíso”. Após sua morte e ressurreição ele declarou ter o domínio sobre todas as coisas (Mt 28.18), e ao subir para o céu foi coroado e entronizado com o Pai (AP 3.21; Ef 1.20-22).

Como Profeta Jesus trouxe Deus até o povo, como Sacerdote levou o povo até Deus e como Rei, Deus reinara entre seu povo para sempre. Jesus é o SENHOR ETERNAMENTE AMEM.  

O PROPÓSITO MAIOR DA MISSÃO DE CRISTO NA TERRA

Jesus ensinou, curou, ressuscitou os mortos, porem esta não era a obra primordial. O propósito maior era a salvação da humanidade por meio de sua morte na cruz do calvário. Não somente a sua morte como também o ressuscitar para viver por nós e a sua ascensão para estar diante do Pai e interceder pelos pecadores diante de Deus (Rm 8.34).

A morte vicária de Cristo, não foi um incidente histórico, já no jardim do Éden havia sido predita (Gn 3.15). Não era apenas um justo morrendo por uma boa causa, mas um sacrifício vivo e perfeito como oferta pelos nossos pecados, o que Deus aceitou como propiciação, pelas nossas culpas (Rm 3.25). Até a natureza foi afetada com a morte de Jesus, o sol não deu a sua luz em pleno dia, toda terra fora coberta de trevas, não foi um eclipse solar, mas algo sobrenatural que perdurou por cerca de três horas (Lc 23.44).

Com a morte de Jesus a paz e a justiça estavam se encontrando (Sl 85.10), pois o sacrifício de Jesus satisfez toda a justiça da Lei e dos profetas. A confirmação bíblica e histórica da morte de Jesus é fato inquestionável. Sua morte vicária proporciona ao crente reconciliação com Deus, Jesus é a única provisão de Deus para a Salvação.

A missão de Cristo na terra foi de fato morrer por toda a humanidade, com a finalidade de expiar, diante de Deus os pecados dos homens. Seu nascimento sua morte e sua ressurreição foram os acontecimentos mais importantes para a humanidade. A doutrina central do NT se resume nas seguintes palavras: “Cristo morreu por nossos pecados”, nesse evento e doutrina se resume o cristianismo.

A ressurreição de Cristo é o grande milagre do cristianismo, e a pedra angular, pois se Cristo não tivesse ressuscitado, sua morte não seria expiatória. Seria o maior engano da historia afirmar a existência da salvação, a pregação seria um erro. Mas a maior alegria do cristão é poder dizer: “Cristo ressuscitou dentre os mortos”. A evidencia é o tumulo vazio e não somente isto Jesus se apresentou vivo aos seus discípulos e a mais de quinhentas pessoas, eles viram o Cristo ressuscitado e testificaram: “Ele esta vivo”. Ele foi ascento ao céu, se apresentou a João o apostolo, como aquele que vive, foi morto, mas vive para todo sempre (Ap 1. 18) 

CONCLUSÃO

“Em Jesus não temo o mal e a morte, Em Jesus estou firmado e forte! Em Jesus meu barco ruma ao norte; Em Jesus eu sempre hei de vencer!” (HC 400).

OBRAS CONSULTADAS

PEARLMAN, Myer – Conhecendo as doutrinas da Bíblia – Editora Vida, 15ª impresao, 1990.
JR, Floyd C. Woodworth, ICP, 1988
LIÇÕES BIBLICAS – 1 Trimestre, 2008

Colaboração para Portal Escola Dominical – Pr. Jair Rodrigues
Fonte: PortalEBD

0 comentários:

Postar um comentário